O que a vida me ensinou - Parte 3

Um conto erótico de Júlio Caio
Categoria: Homossexual
Contém 3464 palavras
Data: 12/09/2015 23:49:21

Boa noite, saindo mais um conto e agradeço os cometários e leituras. Serão mais uns três cotos e chegamos na parte em que a historia se iniciou... Bjos e boa leitura.

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Acordei as cinco e quarenta como faço todos os dias em que tenho que ir trabalhar, troquei o samba canção pelo short de treino, e uma regata preta, pego meu fone e desço, vou dar algumas voltas no parque. Adoro ter verde a minha volta enquanto corro, dá a sensação que não precisa ser tão ruim o tempo todo como quase sempre acontece.

Fico correndo até umas seis e meia e paro, desaqueço e volto para casa. Ao pegar o elevador, topo com o Ricardo.

-E ai fera, bom dia como está?

-Bem, e você? - nós não somos amigos, na verdade todas as vezes que ele fala comigo acho estranho, não me sinto intimidado, mas sei lá, sempre fui o cara grandão com cara de mau, pelo menos é o que me falavam e só perdia pro Quim, mas o Ricardo é mais alto que eu, acho que o cara deve ter dois metros de altura, ele é bem “bombadão” e seus músculos não tem aquela aparência de artificial, parecem ter sido construídos com muito esforço e isso me dá mais raiva. Ele é aquele cara que se você vê no shopping você diz "olha aquele cara, trouxe os músculos pra passear".

Rio internamente de minha piada horrível.

-Bem – e fica o silêncio até ele descer dois andares abaixo do meu.

-Um bom dia, vizinho – ele diz ao sair.

-A você também.

Ao chegar ao meu apartamento imediatamente sinto o melhor cheiro do mundo, caramba acho que até da galáxia. Vou caminhando até chegar à cozinha, e vejo Mel só de cueca preta, com uma camiseta branca de manga longa. Ele se vira e da um salto para trás com a mão no peito.

-PORRA!!! - caralho meu coração está quase saindo pela boca – o que é isso na tua cara?

-Credo – fala com carinha de nojo - Juca não te ensinaram que no português, o cumprimento matinal é bom dia, e não porra?! - ele fala tão normalmente como se não tivesse com uma parte do venom na cara dele?!

A única coisa que faço é continuar encarando.

- Olha meu querido, somos amigos e não estou aqui para te conquistar, então não preciso ter vergonha de mostrar esse lado, isso aqui – fala apontando para sua face - é uma máscara que uso pela manhã para retirar as impurezas da minha pele e deixa minha cutes di-vi-na. - fala isso como se eu estivesse xingando e ainda me da um olhar de quem está jogando praga. - E vai se acostumando, porque quando você estiver com uma garota dormindo e acordando contigo todos os dias meu querido, vai encontrar coisa pior – e solta minha risada favorita, aquela alta e sem pudores.

-Ok, bom dia – fico encarando ele sem conseguir desviar do seu rosto, é serio eu estou esperando esse negocio se mexer e tomar todo o seu corpo.

-Porque está me olhando assim?

-Venom.

-O que?

-Você já assistiu o homem aranha?

-Claro que não, sou uma pessoa culta – e fez cara de ofendido – eu leio os quadrinhos - e sorriu.

-Sim muito mais culto, olha esse negocio está muito esquisito, você parece aquele cara.

-Credo você é muito chato Juca, já vou tirar, mas só porque já deu o tempo. Lava as mãos para tomar o café e me espere.

-Então não demora.

Sentei-me à mesa que tenho na varanda que vai da cozinha a sala, é bem espaçosa e é por isso que amo esse lugar. Mel preparou uma mesa incrível, eu nem sabia que tinha essa comida toda aqui. Sento-me e folheio o jornal, vou para a parte que interessa a de economia. Quando estou terminando um artigo o ouço chegando.

-Bem melhor, eu gosto de vê seu rosto assim, parece pele de bebê dá até vontade de apertar. - assim que termino fico pensando que falei algo gay demais.

-Duas coisinhas pra você saber, eu sou lindo de qualquer jeito e outra você lavou as mãos?

-Sim. - falo desviando olhar do dele.

-Eu já disse que você não sabe mentir?

-Ai cacete – falo me levantado – pelo amor do meu saco, até parece que eu voltei a morar com a minha mãe.

Quando voltei, ele já havia posto um café para mim, e um suco de alguma coisa verde para ele.

-Bom ontem à noite eu liguei para Julia e ela me passou seus gostos – e deu uma risada como se lembrando de algo na parte da conversa.

Abocanho uma torrada com um creme verde em cima que tem um gosto muito bom, caramba e é melhor do que da Julinha.

-Huummmmm...

-Gostou? - ele pergunta com uma carinha de expectativa.

-Muito, muito bom. Que saudade que estava de comer bem no café da manhã.

-Pois então se acostume, faço questão que possamos comer o café assim juntos, eu gosto de comer com pessoas que valorizam o dom que é o paladar e desfrutem dele.

-Mel é verdade, sou um idiota você é chefe?!

-Sim meu querido, meu diploma diz isso – uma pausa, naquele dia eu percebi que gostava de vê-lo levar as coisas à boca, tinha um bolinho salgado e ele o levou a boca e mordeu, isso durou uns três segundos, mas aquilo mexeu comigo a partir dali sempre que estávamos comendo algo, eu sempre parava para olha-lo e o mais patético de tudo é que eu não me tocava que aquilo de certa forma era o inicio de uma atração, pois eu não procurava justificar para mim mesmo o porque de gostar de observa-lo envolver seus lábios ao redor das coisas, eu só o fazia no momento e depois não ficava encucado. Voltando...

-Mel me conta um pouco como foi seu tempo de faculdade? Por favor, e fala um pouco de seus planos.

-Juca desculpe-me, mas eu não quero falar dos tempos da faculdade agora e não é por você, bem é que na verdade foi na faculdade que eu conheci o cara com quem vivi até alguns poucos meses atrás, e se eu for falar sobre isso vou querer contar tudo, deixa para amanhã ou segunda, eu só quero que traga muito chocolate e que não se importe se eu chorar.

-Se isso vai te fazer mal então não quero saber, eu gosto de te vê assim sorrindo.

-Obrigado, eu não sei te explicar, mas eu gosto muito de você senhor Júlio Caio de Almeida Villar, eu gosto de você, pois me passa confiança - disse sorrindo.

-Eu também gosto, você é uma pessoa cativante.

-Ok, sobre meus planos irei lhe contar em primeira mão. Quero montar um restaurante aqui, liguei ontem para o meu pai e ele disse que havia entrado em contato com o corretor para falarmos sobre a localização, mas o mais importante é que eu escolhi essa cidade porque quero que Julia seja minha sócia.

-Sério Mel? Nossa ela vai ficar tão feliz, a Julia sempre quis montar um restaurante, mas ela achava que não seria bom para a formação dela entrar de cabeça assim sozinha. Ela já sabe?

-Não né, se estou lhe falando em primeira mão é porque você é o primeiro, dã. - falou com os braços cruzados, fazendo como diz minha mãe, uns mugango com a cabeça.

-Seu grosso.

-Olha quem fala! O cara que fala porra como vírgula.

-Ah Mel não tem graça discutir contigo – e começo a rir – eu adorei saber disso, e pode deixar a parte burocrática comigo e com o Quim, vamos assessorar em tudo.

-Bem estava contando com isso, ontem quando estava falando com meu pai ele me fez contar tudo sobre a minha chegada, e como ele veio ao casamento ele te conheceu, me falou que acompanha seu trabalho, pois acha fantástico seu poder de convencimento, ele até brincou que quando precisasse demitir alguém te chamaria e me falou que eu deveria falar contigo sobre isso.

-Nossa, eu estou surpreso, eu não me lembro de muitas das pessoas naquele dia, estava tão feliz que só conseguia pensar no Quim e na Julia.

- Imagino

- Seu pai parece muito gente boa – falo comendo uma fatia de bolo de cenoura – sua relação sempre foi assim?

- Sempre. Meu pai decidiu que iria me amar de qualquer jeito, eu não tive amor de mãe, então ele decidiu que me amaria incondicionalmente para eu nunca sentir falta daquilo que supostamente não conheci.

- Sinto muito, sua mãe morreu?

- Não. - ele fala levando agora a xícara com café aos lábios – a minha mãe era uma viciada em drogas, no começo do vicio segundo meu pai, ela era uma mulher muito bonita, uma prostituta de luxo, meu pai não sabe o que a levou a entrar no mundo das drogas, ele só lembra que dois anos depois de ele ter estado com ela ele há viu. Segundo papai ela estava deplorável numa área próximo ao centro comercial em que ele havia se reunido, meu pai queria dar umas voltas pela cidade, afinal fazia um tempo em que ele tinha saído do país, então lá estava ela, quando a reconheceu se espantou não só pela aparência degradada, mas porque ela tinha uma criança com ela na verdade, um bebê amarrado numa trouxa em seu peito, ela estava comprando drogas à luz do dia ali. Meu pai dispensou o rapaz que iria guia-lo e foi ate ela – ele solta uma respiração profunda – depois de quase três semanas ele conseguiu que ela passasse a criança para ele, papai nem acreditava que eu seria seu filho afinal ele havia se prevenido, mas o advogado o advertiu a fazer o exame de paternidade, pois se eu fosse o seu filho mesmo, ele se livraria de uma futura extorsão.

- E deu positivo?

- Sim, incrivelmente eu era seu filho biológico, porém isso não fazia diferença alguma, ele já me amava mesmo. - ele fica um pouco emocionado e automaticamente minha mão busca a sua por cima da mesa e aperto forte, não quero que ele se perca nessas lembranças ruins. O quero é aqui e agora, onde ele é feliz.

- Mel, eu estou aqui tá?

- Eu sei, obrigado. - Ele olha para longe, para o horizonte, não faço ideia do que se passa em sua mente. - ela nunca o procurou, eu não me ressinto, pois se estivesse com ela, se por um milagre estivesse vivo, não faço ideia do homem que seria.

- Eu gosto de quem você é hoje. - ele abre seu sorriso lindo.

- Meu pai literalmente é meu herói, e não importa se estamos em continentes separados, estamos juntos de alguma forma.

Terminamos o café falando bobagens e coisas de criança, fui descobrindo um pouco de como era o Mel e isso foi tão agradável. Quando olhei o relógio vi que já havia passado do meu horário há tempos. Sai correndo para o banheiro e quando voltei já todo arrumado o mel chega perto com uma cara de que comeu e não gostou.

- Juca você não sai com essa gravata, ela é uma agressão ao bom senso.

- Mas eu gosto dela, eu sei escolher minhas gravatas elas são caras viu.

- Não se trata de valor meu querido, ela realmente pode ficar espetacular com outra camisa de outro tecido o que eu duvido muito. – e já foi metendo a mão no meu pescoço desfazendo o nó e retirando-a.

- Posso ir ao seu quarto?

-Claro que pode – e ele foi literalmente correndo.

-Essa aqui! - trouxe uma negra – mas vai ter que trocar sua camisa também, e eu achei esses sapatos que são mais sofisticados.

Respirei fundo, já estava atrasado mesmo, que se foda vou confiar nele até onde vi ele sabe se vestir bem.

Depois de me trocar o Mel me fez fazer pose para tirar uma foto, como ele mesmo disse, uma selfie.

Quando cheguei ao escritório o Quim já foi entrando perguntando se eu estava bem, se tinha batido o carro ou algo do tipo. Meu irmão é muito protetor, realmente o sangue não faz a mínima diferença entre a gente.

- Não manão, não aconteceu nada de ruim na minha manhã. - falo levantando da minha cadeira e indo abraçar meu irmão. Sempre foi normal abraça-lo, e a meu pai também, mas só nenhum outro homem.

- Você não é de atrasar Juca, por isso é normal eu me preocupar principalmente se você não atende o celular?

- Celular?! Caralho esqueci em casa.

- Não importa, na hora do almoço você vai pegar qualquer um que quiser. Quem precisar falar contigo pode muito bem ligar para o escritório. Afinal o que ouve para ter se atrasado?

- Um café da manhã espetacular Quim, caramba o Mel cozinha muito bem, já estou contando as horas para o jantar.

- Hum irmãozinho, estou achando que alguém vai te conquistar pelo estomago viu.

Sinto meu rosto esquentar imediatamente, deve estar todo vermelho.

- hahaha. Estou me cagando de rir aqui! Eu gosto é de buceta porra!

- Hum mente suja, não estava falando do pau dele e sim da amizade – e o desgraçado começa e rir e eu a ficar mais vermelho.

- Xô, sai da minha sala, seu idiota – falo já o empurrando porta a fora.

- Aposto que no final das contas, você vai acabar se apaixonado por ele.

- Não fala comigo pelas próximas horas seu imbecil – falei e bati a porta literalmente na cara dele.

- AAIIIII... Seu filho da clara.

Dou uma risada, pois não xingamos a mamãe, apenas a nomeamos nos nossos bate bocas.

Sento em minha cadeira, e fico pensado que meu irmão às vezes é um grande babaca, mas tudo bem, afinal eu sei que ele gosta apenas de me tirar do sério, e com certeza não estava falando nada que realmente viesse a acontecer, disso tinha certeza.

Minha manhã foi bem produtiva, consegui identificar um rombo enorme em uma rede de combustível, incrível que o gerente comercial de um dos postos conseguia montar uma bela de uma farsa, depois que sofreram um assalto foi declarado que o valor do roubo foi bem acima do que é faturado na semana. No princípio o chefão acreditou, mas o bom de ter um filho nerd, é que nessas horas ele fica inquieto, pois não consegue admitir que a matemática não se comportasse como ela é uma ciência exata.

O garoto, que é estudante de matemática na mesma faculdade que eu me especializei, contou para um professor do que se passava na empresa de seu pai, e esse professor que se tornou amigo meu, me ligou e depois acertou com o garoto de eu dar uma olhada na documentação, o resultado é que o garoto estava certo, mas com a experiência que tenho tinha certeza que o buraco era mais embaixo, o que eu não contava é que o buraco ia dá na china.

- Caralho, vou ter que falar com esse merda antes do almoço.

Junto todos os papeis e copio os arquivos para o meu pen drive e sigo para a sala do Quim.

- Não quero saber de gracinhas - já chego anunciando – você tem certezas desses números, Quim? - fala levantando os papeis em minha mão.

- Claro que tenho, eu conferi diversas vezes e fiz um comparativo, até criei uma tabela de projeção que mostra o que realmente deveria ser arrecadado.

- Então maninho, estamos pescando um peixe bem grande.

- Mas essas análises não são suficientes, precisamos no mínimo de acesso do fluxo de caixa retroativo, para fazer um comparativo com o que entrou ,e ainda um relatório de perda com os assaltos.

-Não se preocupe, eu consigo todas essas informações. Agora que eu notei nessa relação é apenas a ponta do iceberg.

- Tem certeza?

- Absoluta. Esses roubos vêm acontecendo no mínimo há três anos, e não há um. Como imaginamos a princípio, e o aumento que provocou o deslize deve-se provavelmente ao aumento da quadrilha.

Volto-me a porta e a tranco, retorno e sento-me a frente do meu irmão, olhando-o fixamente.

- Quim, eu tenho uma hipótese,

- Eu gosto quando você tem uma, ela sempre é um leme para nos levar na direção correta.

- Ok. Eu acredito que o aumento de pessoas envolvidas nessa quadrilha haverá a necessidade de aumentar a quantidades de assaltos, afinal chamou muito a atenção este ultimo, e se eles não provocavam antes os assaltos, apenas se aproveitavam deles, agora provavelmente precisaram coordena-los, e se isso acontecer a coisa vai ficar bem feia, pois eles estarão se envolvendo com pessoas realmente perigosas.

- Merda. Não havia parado para pensar nessa possibilidade.

- Quim, dessa vez quero a equipe em oculto, se alguém tiver que mostrar a cara eu farei isso.

- Mano não é assim. Eu estou aqui, sou seu irmão mais velho e tenho o dever de te proteger.

- Quim ,eu não sou criança, mas eu gosto sim de ter você como irmão e como meu anjo.

Sorrio para meu irmão, adoro esses momentos em que mostramos que um tem ao outro para cuidar e proteger.

- Então qual seu próximo passo?

- Recolher tudo que puder, mas não quero envolver a pessoa que gerencia as contas, eu tenho certeza que esse gerente está dentro do esquema, afinal pelo que vemos o rombo sempre é maior no posto que sofria o assalto. E se duvidar eles têm até outros métodos de desvio.

-Quim, está na minha hora, hoje vou fazer como o resto do pessoal e vou trabalhar apenas até ao meio dia, quero pegar o Mel e leva-lo ao shopping.

- Hummm

- Cala a boca, seu fodido.

- Eu não falei nada, mente suja - fala com as mãos para cima em rendição.

- Eu vou logo embora antes que você fale mais alguma merda, o mel é um cara muito legal.

- Eu sei que ele é, e outra, ele vai passar a tarde com a Julia, então esquece sair com ele.

- Caralho, não acredito! - poxa eu queria ficar com ele, continuar com o papo da manhã.

- Gazela, eu sei que ficou triste, mas vamos aproveitar e termina o relatório da empresa da dona Suzana, que na terça temos que reunir com ela e os advogados para acerto e tratar o restante do valor do trabalho que prestamos a ela.

- TÁ, - falei bravo, porra eu queria que o Mel tivesse me avisado que não ficaria em casa, poxa custava ter falado. Caramba Juca, tu não é o namorado dele.

- Desemburra essa cara rapaz.

- Vou logo avisando que segunda eu não venho.

- Por quê?

- Eu também sou dono dessa porra, e não preciso me explicar.

- Juca você fala palavrão como vírgula, o boquinha essa sua hein?! É tão suja quanto à mente.

Solto uma gargalhada, pois na hora lembro-me do que o mel me falou mais cedo.

- Eu quero ficar em casa com o Mel – meu irmão me olha com uma cara, ate parece que eu falei algo que ele entendeu, mas eu não. - Ele é um cara legal, muito sensível isso já ficou bem claro, até um pouco afeminado, mas isso não me assusta ou repele. Quim, ele é um cara incrível, a melhor coisa que fiz este último tempo foi leva-lo lá para casa, e eu estou crescendo com isso.

- Juca eu quero que saiba que independente de qualquer coisa eu estou contigo – meu irmão fala isso segurando meu mindinho com o dele, parece bobo eu sei, mas desde que eu tinha cinco anos e cai da bicicleta que ele me fez a primeira promessa, ele disse que eu aprenderia andar nela ainda naquele dia, e meu irmão cruzou meu mindinho com o dele e prometeu. Todas as vezes que temos uma promessa séria é assim que a selamos.

- Eu sei disso.

- Você ainda não percebeu irmão, mas quando notar quero que tenha absoluta certeza que pode contar comigo.

- Eu não estou entendo do que está falando.

- Nada Juca, esquece – e deu a volta na sua mesa e me abraçou - na hora certa você vai saber - falou baixinho, talvez pensando que eu não estava escutando, quando ia perguntando eis que batem desesperados na porta.

- Se quem estiver batendo nessa porra quebrar, vai ser descontando. - falo em direção a porta e quando abro só sinto um peso vindo contra mim.

-HAAA Júlio, seu cretino eu não acredito que o Mel falou primeiro pra você.

- Eu não tenho culpa. - digo sorrindo.

- Sei, - e então olha atrás de mim e simplesmente diz – Juca e Mel se mandem para outro lugar, preciso dar a noticia ao meu marido e já comemorar.

- Pelo amor do meu saco, vocês não vão transar aqui! Eu vou por câmera nessa porra quero vê isso acontecer.

- Vem seu estressadinho – mel sai me arrastando.

Bem, o restante do dia mostrei ao Mel como eu trabalho, almoçamos juntos, e depois ele e Julia foram visitar alguns espaços para o futuro restaurante. À noite, quando eu voltei para casa, tive uma surpresa. E ainda maior que isso, criei meu primeiro laço físico com o Mel.


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