Bom, eu me chamo Ângela, e tenho uma super melhor amiga chamada Waldete. Fazemos de tudo juntas. momentos bons e ruins, como os que vou relatar agora, mas de onde conseguimos tirar lições valiosas e experiências que, sem dúvida, ficam para toda vida. para efeito visual, preciso dizer que eu sou um pouco mais alta, cabelos e olhos castanhos, magra, de seios pequenos e bundudinha, enquanto a Wal é mais cheinha, olhos verdes, loira e tem seios mais fartos.
Era um daqueles feriados no meio da semana onde não há nada de bom para se fazer, a não ser que você tenha uma super melhor amiga para ir com você à praia. Não ia dar ninguém lá, o que tornava tudo ainda mais perfeito. Morávamos em uma cidade litorânea, a praia ficava a menos de 7km indo pela estrada, com um visual incrível de mata tropical ao longo do percurso. Telefonei pra ela e acertamos tudo. Um shortinho e camiseta curtinha por cima dos biquines, bicicletas, nenhum dinheiro no bolço e praia! A sensação do vento batendo no rosto pelo acostamento praticamente sem carros garantiu o astral do passeio.
Assim como havíamos previsto, nada de gente na praia, prendemos as bicicletas, escondemos a chave do cadeado na palhoça de uma barraca vazia e demos nossa caminhada até os corais. Uma encantadora formação rochosa com piscinas naturais onde podíamos encontrar pequenos crustáceos e peixinhos que ficavam presos até que a maré tornasse a encher. Mas o mais emocionante, é que havia um caminho por onde podíamos descer para nos banhar escondidas atrás das rochas. um ambiente paradisíaco e também privativo para quem conhece. Foi quando a Wal veio com uma proposta que fez o meu coração disparar.
- Anjinha, e se a gente escondesse os biquines e aproveitasse pra tomar banho pelada?
- Ai, Wal, não sei. Pode ser perigoso.
- Perigo de quê? Aqui é escondido, eu sempre quis fazer isso, vamos? Se você não for não tenho coragem de fazer sozinha. O que pode acontecer? A praia está vazia, estamos escondidas pelas pedras, diz que sim, Anjinha, por favor!
- Então tá, sua doida, mas vamos tomar algumas precauções.
Então saímos da água e primeiro enterramos nossas roupas de saída de banho em um lugar seco, shorts e blusinhas, demarcando o local com um coco seco. depois fomos caminhando sobre as rochas. Encontramos uma pequena piscina natural onde poderíamos amarrar nossos biquines, diminuindo as chances de sermos vistas por alguém, mas também longe da arrebentação, que poderia desamarrar e levar nossos trajes de banho. demos um nó bem apertado, com medo que algo de errado pudesse acontecer e, mesmo que acontecesse, ainda tinhamos nossas roupas escondidas em um lugar diferente, na areia, reduzindo nossas chances de viver aquele clássico dos filmes onde voltamos e não encontramos nossas roupas. Só de pensar nisso sentia um frio muito grande na barriga e confesso que me excitei muito imaginando. Mas nem de longe gostaria que acontecesse de verdade. Já pensou? Como andaríamos todo caminho de volta até as bicicletas? E depois? O único caminho de volta era a estrada. mas tínhamos tudo sob controle.
Tiramos primeiro a parte de baixo e por último, se abaixando, a parte de cima. Amarramos bem e depois veio a parte mais emocionante, descermos as pedras peladinhas até o mar, onde ficaríamos escondidas, essa era a hora do risco! Passamos um bom tempo olhando se realmente não tinha ninguém, nem perto nem longe, criamos coragem, e fomos. Não podíamos ir correndo, pois as pedras eram escorregadias e podíamos nos machucar feio, mas também não era muito longe. Nossa, e foi muito excitante caminhar pelada sobre as pedras. Pode rir, mas eu nunca tinha vivido tamanha aventura!
Chegamos ao mar e nos divertimos muito nadando e brincando. Parecíamos duas crianças que nunca tinham visto uma piscina, tamanha era nossa excitação, rindo uma da outra e da situação até que nossas bochechas ficassem doendo. Foi quando algo de inusitado aconteceu. Ao longe, avistamos dois jet skis vindo a toda pelo mar, e eles passariam bem próximos de nós. Meu coração congelou. Vi os olhos da Wal arregalados olhando ora pra eles, ora pra mim, como quem me pergunta com o olhar: "E agora?"
- Wal, calma! - falei bem mais nervosa do que ela. - Vamos ficar aqui juntinho das pedras, com a água pelo pescoço. Eles não tem como saber que estamos nuas. Se sairmos da água será muito pior!
Então ficamos lá quietinhas. Nós só não esperávamos ser vistas, nem tão pouco que eles aproveitassem para vir até nós puxar assunto. Estávamos perdidas! mas se você acha que não tem como ficar aliviada em uma situação como esta, eu lhe digo que tem. Pois era um casal, em jet skis individuais, e não dois homens, como eu havia imaginado logo de cara. A possibilidade de estupro, pelo menos, caiu vertiginosamente. Com um dos ocupantes sendo uma mulher, consegui, por incrível que pareça, ficar um pouco mais aliviada. O que não nos salvava da vergonha que iríamos passar agora.
- Estão perdidas meninas? Se afogando ou algo do tipo? Quando vimos vocês de longe fiquei preocupada, achei que pudessem estar precisando de ajuda. - falou a mulher, que, preciso ressaltar, tinha um corpasso. Aliás, ambos pareciam atletas, tanto ela, como ele. e ela ainda tinha silicone. Era uma humilhação ainda maior estar naquela situação diante de uma mulher tão mais poderosa visual e financeiramente do que nós.
- Não, estamos bem. Só estamos tomando banho. - respondi timidamente.
- Amoooor, olha como elas são safadinhas! Elas estão nadando peladinhas em baixo d'água - falou o cara. Ambos caíram na gargalhada. Cruzei os braços sobre os seios, agora que não tinha mais jeito. Eles haviam percebido.
- Mas que safadinhas! - Ela repetiu. - Bom, roubadas vocês não foram. Vocês por acaso vieram andando peladinhas pela praia também?
- isso não é da sua conta, tá legal? - disse a Wal bem irritada - Vão cuidar das suas vidas!
- Isso não é da sua conta - repetiu o cara, com voz de retardado, depois riu alto.
- Bom, então também não deve ser da nossa conta uma coisa que nós achamos escondido na areia. - Disse a mulher sorrindo para nós. - Mas vamos fazer assim, vocês saem agora da água do jeito que estão, pra gente ver, e nós estregamos o que encontramos na areia pra vocês.
Eu e Wal arregalamos nossos olhos uma para a outra e em seguida olhamos juntas pra ela.
- O que você encontrou na areia? - perguntou a Wal com a voz baixinha.
- Ué, não é da sua conta também! - mais risos - Saiam da água peladinhas q a gente entrega o que a gente encontrou na areia pra vocês.
- Vocês estão mentindo, não encontraram nada na areia.
- Então tá bom, vocês vão querer arriscar? - perguntou a mulher, dando partida no motor.
- Tá bom - disse quase chorando - e onde está essa coisa que vocês encontraram na areia?
O cara então retirou de trás do colete dele uma sacolinha preta e nos mostrou.
- Tá aqui, dentro dessa sacola. - Respondeu sorrindo. Nos olhamos de novo apavoradas.
- E então, o que vai ser? - perguntou a mulher, acelerando o motor do jet.
Continua...