Ele me salvou - Capítulo 02

Um conto erótico de SSLeitor
Categoria: Homossexual
Contém 1928 palavras
Data: 11/08/2015 14:31:10

Primeiramente quero agradecer a todos que votaram e comentaram, vocês me deixaram muito feliz.

Anjo Apaixonado: Fico feliz em saber que gostou, vou continuar sim e espero conseguir terminar essa estória hahaha.

Edu19>Edu15; Aqui vai o segundo capítulo, espero que goste.

Martines: Que bom que gostou, sim, é fictício.

lucassh: Obrigado, continue acompanhando.

Miltex: Obrigado, também estou adorando seu conto.

luh. 1611: Obrigado :)

Vi-nícius: Obrigado :)

Maluco Apaixonado2: Ganhei meu dia com seu comentário, fico muito contente que gostou e sua história está maravilhosa!

Ru/Ruanito: Vai ficar mais tranquilo agora haha

Marcos Yu: Espero que sim, muitíssimo obrigado!.

Sem mais delongas, vamos ao conto:

Nunca tinha passado por minha cabeça ter algo com outro homem, mas de alguma forma Vinicius tinha mexido comigo, eu só conseguia pensar no nosso "encontro" daqui a algumas horas, passei o dia andando de um lado para o outro dentro de casa na tentativa de me distrair enquanto não chegava a hora combinada, Sofia estava na sala assistindo TV e ela já estava a bastante tempo comigo para perceber que eu não estava no meu "normal".

- Pare de andar feito barata tonta e sente aqui comigo, vai começar Grey's Anatomy - Desde que perdi minha família no trágico acidente me interessei por medicina, quero ser médico e ajudar as pessoas, por isso a série de TV se tornou a minha favorita e Sofia sabia disso. Sentei ao seu lado, peguei uma almofada e a abracei. Depois de um tempo fui me sentindo sonolento e acabei adormecendo ali mesmo, sentado. Acordei com Sofia me cutucando e senti uma baita dor no pescoço.

- Lucas vai dormir no seu quarto, vai ficar todo dolorido desse jeito.

- Que horas são? - Perguntei meio grogue.

- São pouco mais de 15 hrs - Meu sono passou na hora, eu tinha que me arrumar para o meu "encontro". Levantei correndo e fui para meu quarto - Que pressa é essa? - Ouvi Sofia gritar do andar de baixo.

- Tenho um compromisso! - Gritei de volta.

Tirei rapidamente a roupa e fui direto para baixo do chuveiro, lavei o cabelo e todo o corpo, saí do banheiro correndo e me enxugando, passei desodorante, abri o guarda roupas e fiz um lembrete mental "preciso fazer compras" procurei desesperadamente por algo que me não me fizesse parecer um emo, no fundo de uma gaveta encontrei uma camiseta verde estampada que há tempos não usava, vesti uma bermuda jeans e calcei um chinelo branco, me banhei de perfume e fui ao espelho pentear meus cabelos, quando me vi no reflexo eu parei e refleti.

- Porque estou me preocupando tanto em estar arrumado para um cara? - Perguntei para mim mesmo, mas no fundo eu sabia a resposta.

Penteei o cabelo e coloquei um relógio de pulso, me assustando com a hora, faltava 5 minutos para as 16 hrs, desci correndo as escadas, parando apenas no balcão para pegar o celular, carteira e chaves do carro.

- Sofia, estou saindo e não tenho horas para voltar - Gritei já atravessando a porta.

- Divirta-se e Juízo - Ouvi-a gritar em resposta.

Eu ainda tinha 16 anos, mas já dirigia, uma porque tecnicamente o carro é meu e outra que não tinha alguém que me dissesse que não podia dirigir e o meu mais próximo "exemplo" de adulto que no caso era Sofia foi quem me ensinou a dirigir e a pilotar. Saí com o carro da garagem já com o endereço do Vinicius traçado mentalmente. Tentei ir o mais rápido possível respeitando o limite de velocidade e algum tempo depois parei em frente a uma casa que batia com o que Vinicius havia falado, buzinei e ele saiu na porta. Certo, eu estava pirando, fiquei admirando a beleza dele de longe, ele estava lindo com o cabelo penteado para o lado, mas com um leve topete, ele vestia uma bermuda jeans e camiseta branca que realçava seu corpo, para minha sorte a janela estava fechada e ele não me podia ver babando.

Ele ficou encarando na minha direção meio perdido, abaixei o vidro e gritei.

- Está esperando alguém? - Gritei de dentro do carro, ele viu que era eu e abriu um sorriso, trancou a porta de casa e veio na minha direção, abriu a porta e entrou - Desculpa a demora!

- Sem problemas - Ele colocou o cinto um pouco nervoso - Então, você já dirige?

- Pois é - tentei segurar o riso, ele estava muito nervoso - Relaxa, eu tenho seguro - Falei dando uma arrancada apenas para assusta-lo, Vinicius se segurou forte no banco e dessa vez eu não consegui me segurar e ri da cara dele.

- Não estou vendo graça, mas aonde vamos?

- Primeiro vou te levar em alguns pontos turísticos da cidade e depois vamos tomar um açaí.

- Tudo bem, o senhor é quem manda - Ele já parecia mais relaxado, era engraçado como a conversa fluía naturalmente entre nós como se nos conhecêssemos a tempos. Mostrei o que de melhor nossa cidade tinha a oferecer e ficamos algumas horas apenas rodando até escurecer.

- Está com fome? - Perguntei.

- Minha barriga está roncando - Ele colocou a mão sobre a mesma e fez cara de cachorro que caiu da mudança.

- Estamos quase chegando à lanchonete, aguente mais uma torinha.

- Sim senhor!

- Palhaço - Eu estava focado na rua, mas senti o peso do seu olhar e virei para olha-lo - O que foi?

- Nada... Ei não tire os olhos do trânsito!

- Tudo bem, mas não fique me encarando desse jeito.

- Não sou eu que estou dirigindo, posso olhar para onde eu quiser!

- Tudo bem então, cuidado para não se apaixonar - Tentei provoca-lo.

- Talvez eu já esteja - Falou murmurando, mas eu consegui escutar, senti meu coração explodir de alegria, mas eu não ia deixar transparecer.

- O que disse?

- Nada - Nós ficamos calados até chegar à lanchonete, entramos e aquele lugar me bombardeou com lembranças da minha infância, costumávamos vim aqui toda sexta-feira a noite, segurei o choro e abri um sorriso.

- Vai querer provar o melhor açaí da cidade?

- Sim senhor!

Sentamos em uma mesa afastada onde teríamos um pouco de privacidade, fizemos os pedidos e ficamos jogando conversa fora.

- Seus pais trabalham com o quê? - Perguntei

- Minha mãe é pediatra e meu pai é escritor por isso estamos sempre viajando.

- Sério? Nossa que legal o que seu pai escreve? - Perguntei entusiasmado.

- Ele escreve de tudo, atualmente ele está escrevendo um romance policial.

- Deve ser tão bom ter um pai escritor, deve ter muito orgulho dele.

- É, mas tem suas desvantagens, estamos sempre de mudança, nunca fiquei mais de dois anos em uma mesma cidade, mas chega de falar dos meus pais, o que o seus fazem?

- Estão mortos - Falei sentido um aperto no coração.

- Ai meu Deus, desculpa, eu... Eu... - Ele estava muito vermelho.

- Está tudo bem, você não sabia - Coloquei minha mão sobre a dele numa tentativa de acalma-lo, mas isso foi um erro, senti uma onda de choque percorrer meu corpo me fazendo arrepiar por completo, ele olhou para nossas mãos e depois olhou nos meus olhos, ele não tirou a mão e por mim a minha ficaria ali a noite inteira, mas o garçom chegou com os nossos pedidos fazendo com que eu a tirasse dali rapidamente.

Ficamos um tempo em silêncio apenas provando nossos açaís até que sou surpreendido com ele limpando o canto da minha boca com o guardanapo.

- Você parece criança! - Falou rindo e me fazendo rir também, estava um clima tão legal, havia tempos que não me sentia assim.

- Olha quem fala! Tem açaí até na bochecha - Ele limpou e ficou me olhando nos olhos.

- Você está namorando? - Perguntou depois de um tempo.

- Não e você?

- Também não, mas adoraria!

- Tem alguma menina no colégio que te chamou atenção? Talvez possa te apresentar - Ele abriu um leve sorriso, mas não desviou o olhar e eu também não faria isso.

- Tem uma pessoa, mas acho que você não pode me apresentar.

- Uma pena que não posso te ajudar nessa - Olhei as horas no celular e já passavam das 22hrs - Nossa, é melhor nós irmos, já está ficando tarde.

Sim senhor! - Dessa vez ele não parecia tão animado, fomos até a recepção, pagamos a conta e fomos para o carro.

Entramos no carro e ele me olhava com certa tristeza no semblante. Virei-me e nossos olhos se encontram, era estranho se sentir atraído por outro cara, era algo novo e assustador. Reuni toda a coragem que eu tinha me entreguei ao desejo do meu coração, inclinei o suficiente para que meus lábios tocassem no dele, no momento eu fiquei apavorado porque ele continuou ali, parado, meu coração parou de bater, mas logo voltou com a velocidade triplicada. Vinicius colocou uma mão no meu cabelo me puxando para si, nossos lábios se encaixaram e iniciou-se o melhor beijo da minha vida, senti todo meu corpo reagir ao seu toque, era algo inexplicável, esqueci tudo, todas as dores e angustias, esqueci até meu nome. Fomos parando o beijo com alguns selinhos e então a vergonha tomou conta de mim, eu recostei minhas costas no banco e fiquei olhando para o estacionamento.

- O que foi? - Perguntou ele - Não gostou?

- Esse é o problema, eu adorei - Não tirei os olhos do estacionamento.

- Qual o problema nisso?

- O que vai ser daqui para frente? Como nós ficamos? Estamos namorando? - Reuni novamente toda minha coragem e o encarei.

- Daqui para frente nós decidimos, podemos ser o que você quiser, é estranho eu sei, nos conhecemos hoje e tudo isso aconteceu, mas desde que eu coloquei meus olhos em você não consegui te tirar da cabeça. - Eu o beijei novamente e não sei quanto tempo se passou, mas tudo que é bom dura pouco, o celular dele tocou e era seu pai mandando ele ir para casa.

- Vamos então! - Dirigi até sua casa parando um pouco mais acima para não levantar suspeitas.

- Me dá seu celular! - Entreguei o aparelho para ele e eu peguei o dele, anotei meu número e salvei - Até amanhã! - Nós destrocamos os aparelhos e ele me deu um beijo se despedindo, desceu do carro e entrou em casa.

Fiquei alguns minutos ali parado processando tudo, mas logo o cansaço bateu, liguei o carro e fui para casa. Entrei com o carro na garagem e tudo estava silencioso, fui de fininho para meu quarto, nenhum sinal da Sofia, entrei e me joguei na cama e sinto meu celular vibrar no bolso, pego o aparelho e começo a rir.

UMA NOVA MENSAGEM DE AMOR S2

Abri a mensagem ainda rindo, mas o conteúdo me chamou bastante atenção.

"Não sei o que está acontecendo comigo, acho que estou apaixonado"

Eu nem sequer pensei e respondi.

"Acho que o cúpido errou o alvo, mas estou adorando esse erro"

- Que cara de bobo apaixonado é essa? - Quase enfartei com a Sofia na porta do meu quarto, não havia trancado a mesma - Eu conheço a garota?

Se eu ia começar algum relacionamento eu tinha que ser sincero, tomei novamente daquela coragem que eu nem sabia que eu tinha.

- Na verdade é um garoto! - Disse numa tonalidade que saiu quase normal. Sofia piscou os olhos algumas vezes, acho que estava processando a informação quando sou surpreendido por um gritinho.

- Sério? Mentiraaa!!! Ai meu Deus!!! Eu sempre quis ter um amigo gay!!! - Ela pulava e batia palmas.

- Se você estiver pensando que eu vou ficar fofocando com você sobre homens pode ir tirando o cavalinho da chuva!

- Estraga prazeres - Disse fazendo uma careta e mostrando a língua.

- Às vezes eu me pergunto quem é o adulto responsável aqui - Falei rindo como a tempos eu não fazia.

Continuo?

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Comentários

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Amei. Simplesmente perfeito.Vc escrevi muito bem parabens bjos

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Gostando muito. História bem interessante. Continua!

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Uau, sua história e bem interessante hahaha hilariante, está muito bom, mas eu não quero ser chato, pelo contrário, te elogiar bastante pelos contos, mas você não acha que na história, não está indo muito rápido não? Tipo no relacionamento dos dois? Eu nn quero alterar a sua história, mas se já começou assim é porq tem um motivo né? Aguardando ansioso pelo próximo capítulo, um abraço :)

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Filho se tu parar eu corto meus pulsos kkkk zoa não faço isso mas a história tá muito legal nota 10 mesmo e espero ansioso o próximo capítulo dessa história Hehehe

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