Era a madrugada de quinta para sexta feira, por volta de 1hr da manhã, eu estava no meu quarto, arrumando minhas malas, eu considerava essa uma das piores partes para mim, pelo fato de que eu era muito complicado para tal tarefa, uma hora eu colocava coisas demais e achava que devia tirar algumas, e acabava tirando demais, e recomeçava desde o zero de novo, e assim ia. Artur tentava dormir na minha cama, porém eu estava fazendo tanto barulho, que ele só tentava dormir e ficava resmungando.
— Vai dormir Higor, amanhã você arruma isso, é só uma mala. — Ele ficava repetindo.
Eu nem respondia, continuava concentrado em minha tarefa, calças, blusas, sapatos e outras coisas voavam pelo ar, eu já estava perdendo a paciência, nunca ficava do jeito que eu queria, porém continuei. Já passava das duas, e eu continuava a bagunça, Artur já estava perdendo a paciência comigo, e jogou um travesseiro em minha cara.
— Vai dormir criatura. — Ele falou irritado.
— Não enquanto eu não terminar aqui. — Falei jogando o travesseiro de volta a cama.
— Senhor Higor Gonçalves se você não vier dormir agora mesmo, amanhã vou contar pra tua mãe que não andas dormindo direito. — Artur me olhou com aquela cara de quem não estava brincando.
— Você não teria coragem. — Falei irritado.
— Quer apostar?? — Ele me encarou.
Fiquei pensando nas horas e horas que minha mãe ia ficar me dando sermão por não estar dormindo a noite, o quanto isso era perigoso e prejudicial à saúde e todo esse bla bla bla, após essa visão olhei para o Artur.
— Que golpe baixo. — Respondi indignado.
— Eu prefiro chamar de estratégia. — Ele respondeu sorrindo.
— Satisfeito?? — Perguntei ao me deitar na cama ao seu lado.
— Muito, agora relaxa e dormi agarradinho com o teu boy.— Ele disse.
— Desculpa, é que sempre que eu vou pra casa dos meus pais, eu fico muito nervoso, não sei explicar, ainda mais dessa vez que você vai junto.
— O problema sou eu então?? — Ele perguntou meio triste.
— Não amor, claro que não, não fala bobagem, eu só to nervoso, só isso. — Respondi me virando pra ele e o olhando nos olhos.
— Calma tabom, vai dar tudo certo, confia em mim. — Ele deu aquele sorriso perfeito.
— Eu confio amor. — Respondi.
— Então agora vamos dormir, porque amanhã temos um longo dia pela frente.
— Vamos sim.
Por mais que eu tentasse, não conseguia dormir, eu pensava demais no dia seguinte, tinha medo de dar alguma pista e meu pai perceber algo, não tinha medo por mim, e sim pelo Artur, tinha medo que meu pai descobrisse e acabasse magoando meu grandão, ele estava tão feliz em conhecer os sogrões, imagina se ele se decepciona e fica magoando, meu pai podia dizer coisas muito absurdas para ele, mas eu tinha que manter a calma, vai ficar tudo certo, pensa positivo Higor, você consegue, não deve ser tão difícil fazer seu pai adorar o Artur né??? Ou será que é???
Acordei ou melhor levantei por volta das 8hrs da manhã de sexta feira, mesmo passado a noite em claro devido ao nervosismo, não tinha olheiras ou qualquer coisa do tipo, minha aparência estava ótima, e isso era bom, já que se minha mãe ver qualquer coisa errada, já acha que preciso ir ao médico. Fui até a cozinha e comecei a preparar o café, a manhã estava linda, com aquele sol que da graça em contemplar, enquanto Artur ainda dormia, eu fui até a padaria e comprei as coisas para o café da manhã, durante esse processo minha mãe ligou mais algumas vezes, querendo confirmar tudo. Fora as milhares de ligações dela e eu ouvindo ao fundo meu pai dizer " Deixa o guri em paz mulher ", a manhã foi tranquila, Artur dormiu por mais um pouco, até que levantou, fez a higiene e se sentou a mesa comigo.
— Bom dia amor. — Ele falou ao se sentar.
— Bom dia dorminhoco. — Respondi com uma risada.
— Meio difícil conseguir dormir com uma barulheira daquelas. — Retrucou.
— Falando nisso ainda preciso terminar a mala.
— Eu tenho que levar o carro na revisão, daí você já aproveita pra terminar essa complicada mala.
— Não é complicada, eu que sou complicado. — Comecei a rir.
— É nisso você tem razão. — Ele também riu.
— Não precisa concordar né amor.
— Preciso sim. — Como eu amava aquele sorriso.
Após terminar o café, Artur me ajudou a lavar a louça e arrumar tudo. Ele saiu para levar o carro pra revisão e eu fiquei pra arrumar o resto das coisas, fui terminar minha mala e finalmente consegui terminar, não aguentei e fui olhar a do Artur, meu deus, ele estava esquecendo tanta coisa, o guri desastrado, nem escova de dentes ele tava lembrando de levar, como ele viajava sozinho, como?? Ah sim a sogrinha sempre arrumava a mala dele, por que se depender desse esquecido, ele tava ferrado. Deixei a casa ajeitada para os dias que eu passaria fora, e me sentei no sofá a espera do Artur, que não demoraria a chegar.
Fiquei assistindo o noticiário da manhã, até que Artur chegasse, meu celular apitou, era uma mensagem dele, avisando que não demoraria acabar e que a revisão foi tranquila. Não demorou muito ele chegou, e me ajudou com as malas, levamos até o carro e demos uma última olhada no apartamento, estava tudo certo, descemos novamente para o carro, peguei meus óculos escuros e Artur pegou os dele, nos despedimos do porteiro que nos desejou uma excelente viagem, Artur ligou o carro e eu o som, a viagem seria longa, antes de sairmos o telefone tocou, era meu pai.
— Oi filho, já saíram dai?? — Perguntou ele com aquela voz grave de sempre.
— Oi pai, ainda não, estamos saindo agora.
— Posso falar com seu amigo?? — Ele perguntou.
— Claro. — Passei o telefone pro grandão que ficou vermelho de nervoso, eu dizia que ele parecia decoração de Natal assim, por que ele ficava bem vermelho e os olhos dele eram verdes, ele não gostava muito, por isso eu chamava haha.
— Fala Senhor Roberto. — Artur falou com um carisma incrível ao telefone.
— Prazer falar com você Artur, gostaria de avisar que a estrada é perigosa, então atenção e muito cuidado, são quatro horas de viagem, passando desse tempo, se vocês não aparecem, eu boto a polícia de todo o estado atrás de vocês, tem um posto policial na entreda da cidade, avisem lá quando chegarem, boa viagem. — Artur ficou meio assustado ao telefone.
— Obrigado senhor, até. — Ele me devolveu o celular.
— Ta bom pai, até. — Desliguei o telefone e olhei rindo pro Artur.
— Ele é sempre assim?? — Ele perguntou apavorado.
— Só quando ta de bom humor. — Respondi rindo.
Artur passou a marcha e iniciamos viagem, seria longas quatro horas dentro daquele carro, eu ficava imaginando o quanto minha família iria gostar do Artur, ele tinha esse dom, tinha um carisma soberbo, difícil achar alguém que não goste dele, simplesmente todo mundo se encanta pelo loiro de olhos verdes. Durante o trajeto, eu podia contemplar a paisagem maravilhosa, essa parte do sul tem uma fauna e flora de dar inveja, algumas partes parecem tiradas de grandes lugares da Europa, os lagos e as árvores eram de uma beleza única, no som, diversas músicas tocavam para nossos gostos, enquanto tocava " Back in black " do AC/DC eu cantava e gritava junto com o vocalista Brian Jonhson, e depois com "Burn it Down" do Linkin Park, foi a vez do Artur cantar feliz da vida, e assim a viagem prosseguiu tranquila. Comecei a reconhecer alguns lugares, me dando a certeza que já estávamos perto da minha cidade natal, aos poucos as placas indicavam " Governador Celso Ramos a poucos quilômetros ", não demoraria muito até chegarmos.
Enfim o lindo portal da cidade indicava nossa tão esperada chegada, logo a frente havia o posto policial da cidade, onde meu pai era mais respeitado que o prefeito da cidade, Artur parou o carro para que nos apresentassemos, e logo o policial André veio ao nosso encontro.
— Higor, que prazer reve-lo, como tu cresceu em. — André me conhecia desde que eu era uma criança.
— Prazer te ver também André, esse é o meu amigo Artur, ele veio conhecer a cidade. — Artur apertou a mão dele.
— Prazer. — Disse ele.
— O prazer é meu jovem, seja bem vindo a nossa linda cidade.
— Obrigado. — Respondeu Artur.
— Bom Higor, eu vou avisar ao seu pai que vocês chegaram, boa viagem.
— Valeu André, bom serviço.
Artur deu partida no carro novamente e pegamos o caminho para minha casa, que agora estava mais perto do que nunca, a cada minuto que se passava meu nervosismo aumentava mais, não conseguia imaginar o do Artur. Ele virou a curva e andou mais um pouco até eu poder avistar minha casa, com meu pai na frente do portão a nossa espera. Ele abriu o portão e Artur entrou com o carro e estacionou no jardim, que por sinal continuava tão grande quanto eu podia lembrar. Olhamos um para o outro e aquela era a hora, abri a porta e fui em direção ao meu coroa e lhe dei um apertado abraço.
— Pai, que saudades. — Falei enquanto lhe abraçava.
— Eu também estava filho, finalmente apareceu em. — Ele deu uma risada.
— Um passarinho sempre volta ao ninho né.
— Poisé meu filho.
— Ah pai, esse é o meu amigo Artur. — Ele veio até nos e parou na frente do meu pai, muito nervoso, levantou a mão para comprimenta- lo.
— É um grande prazer finalmente conhece-lo Senhor Roberto . — Artur falou um pouco tímido, meu pai o encarou por alguns segundos e finalmente retribuiu o aperto de mão.
— O prazer é todo meu, amigo do meu filho também é meu amigo, sinta-se em casa, vamos entrando, Ieda está louca pra ver vocês, eu ajudo com as malas. — Ele passou todo sorridente a nossa frente, e pegou as malas no carro, eu e Artur nós olhamos incrédulos.
O primeiro encontro se saiu melhor do que eu pensei, pelo jeito a história do " Amigo " realmente colou, meu pai levou as malas para dentro e logo fomos atrás. A minha casa era bem grande, na parte da frente o quintal tinha um bom tamanho, ali ficava umas flores que minha mãe amava cuidar, e algumas árvores. Na parte de trás da casa era onde ficava o maior espaço de lazer, era uma área bem maior, tinha uma grande piscina e alguns pés de coqueiros, bastante rosas, e um gramado lindo, ao lado uma área coberta onde tinha a churrasqueira, uma enorme mesa no centro, um balcão de mármore preto, e uma pia, e algumas toalhas e outros objetos. A casa era de dois andares, pintada com uma cor bege, e por dentro eram duas salas, três banheiros, quatro quartos, uma cozinha, uma área de serviço e o escritório do meu pai. Chegamos a cozinha e minha mãe quando me viu saiu em disparada até mim e me deu um abraço muito apertado.
— Ahh meu bebê, que saudades que eu tava, como tu cresceu, ta forte, bonito, é sinal que anda se alimentando direito, ai meu filho não tens noção o quanto eu esperei pra te ver. — Como era gostoso sentir aquele abraço da minha mãe, aquele abraço que sempre me confortava quando eu estava triste, que saudades dela.
— Ahh mãe, também tava morrendo de saudades da senhora, do seu abraço, da tua voz. — Respondi correspondendo o abraço.
— Então começa a me visitar mais né. — Tava demorando.
— Ta bom mãe, pode deixar, ah e coroa esse é o Artur, o meu " Amigo ".— Minha mãe sabia sobre ele, mas pra não correr o risco do meu pai ouvir nada, decidi apresenta-lo assim.
— A famosa dona Ieda, é um prazer, seu filho não para de falar da senhora. — Artur deu um abraço nela e pude ouvir ela dizer em seu ouvido " Meu filho tem bom gosto em".
— O prazer é todo meu, nossa você é muito lindo, Higor cuidado quando levar ele pra passear em, as garotas vão querer roubar ele. — Minha mãe adorava falar besteira, Artur começou a rir, e eu fiquei com vergonha.
— Ele sabe cuidar bem do que é dele né. — Disse Artur.
— Sei mesmo. — Comecei a rir.
— Sabe do que filhão?? — Perguntou meu pai chegando a cozinha, ele havia ido levar minhas malas para o quarto.
— Sei dirigir bem pai, o Artur diz que eu sou meio barbeiro. — o improviso saiu na hora, que susto.
— Ah mas quando eu te ensinei tu era barbeiro mesmo, e aposto que ainda é, não é não Artur. — Meu pai disse rindo alto, quase nem acreditei.
— E muito senhor Roberto , ele manda muito bem de moto, agora de carro, ele é muito ruim. — Os dois começaram a rir.
— Seus abusados. — Respondi aos risos.
— É a realidade filho. — Disse meu pai.
— O Encostado vai comprar as coisas oro café, Anda que já ta tudo pronto. — Minha mãe ainda chamava meu pai assim, que nostálgico.
— Você ainda chama ele assim mãe?? — Perguntei rindo.
— Ah sempre né filhão, algumas coisas nunca mudam. — Respondeu minha mãe.
— Fala mal, mas ama muito, hahaha. — Respondeu meu pai, as gargalhadas.
— Amo mesmo, agora vai lá. — Respondeu ela, e meu pai saiu ainda as gargalhadas.
— Mãe eu vou arrumar minhas coisas junto com o Artur e já voltamos pro café.
— Ta bom, não vão se pegar lá em cima. — Fiquei vermelho de vergonha e. Artur ria.
— Para mãe. — Ela começou a rir.
Sabe quando você nota que algo está diferente, era exatamente essa a sensação que eu estava aqui, o clima estava muito diferente, meu pai não era esse cara Alegre e divertido, ele sempre era sério e resmungão, achei estranho esse novo ele, ele tratou Artur tão bem, e gostou muito dele, eu podia notar isso facil fácil, meu pai não era de brincar com as pessoas como fez com o Artur, era algo estranho, porém muito bom, saber que meus pais adoraram o homem que eu amo era maravilhoso, melhor que isso seria se meu pai aceitasse tudo, mas isso é com o tempo.
Cheguei a porta do meu quarto, eram tantas lembranças boas que vivi ali, tanta coisa, tantas garotas que tranzei nesse quarto, a cada uma que eu lembrava, me fazia voltar no tempo, e reviver tudo aquilo, adolescência, uma época maravilhosa que infelizmente não volta mais, claro que meus maiores feitos foi depois que me mudei, aprontei muito mas muito mesmo depois dos dezoito, mas ainda sim nessa época eu já era terrível, infelizmente essa também foi a época do Pedro, então nem tudo são flores não é mesmo. Abri a porta e estava tudo igualzinho da última vez que o vi, a estante agora vazia pois levei todos os livros, o guarda roupa com pouquíssimas coisas que eu deixei, a cama de casal recém arrumada ( Cortesia da minha mãe) , os pôsteres dos meus filmes favoritos ainda na parede, e escrivaninha que eu usava para estudar, e a janela que dava de frente pra praia , essa rua era bastante disputada exatamente por isso, pela vista. Em cima da cama, as nossas malas deixadas pelo meu pai.
— Muitas lembranças?? — Perguntou Artur me abraçando por trás e me dando um beijo no ombro.
— Bastante, mas vou ter a melhor de todas dessa vez, com você. — Me virei e o beijei.
— Eu prometo que vou ser o mais inesquecível.
— Você já é amor. — Respondi, e pude notar uma lágrima escorrendo do rosto dele.
— Não faz eu ficar emocionado agora. — Respondeu ele.
— Vamos arrumar tudo aqui.
— Vamos.
— Acho que o seu pai gostou de mim. — Comentou Artur enquanto guardavamos as nossas coisas.
— Você acha?? Eu tenho certeza, o jeito como ele brincou contigo lá em baixo, me deixou muito feliz. — Respondi.
— Talvez isso deixe as coisas mais fáceis.
— Também acho, era o que minha mãe vivia dizendo, no fundo ela tinha razão.
— Amei minha sogra, ela é uma fofa. — Disse Artur.
— Também acho. — Ouvi minha mãe dizer da porta, estava rindo.
— Desculpa chama-la assim. — Disse Artur envergonhado.
— Que desculpas meu genro lindo, amei ser chamada de sogra, só toma cuidado quando o Roberto estiver por perto, estão se ajeitando bem?? — Disse ela sorridente.
— Estamos sim mamãe, e que milagre é esse?? Papai de excelente humor. — Perguntei.
— Não é maravilhoso, de um tempo pra cá ele vive assim, nada mais de rabugento, só alegria, mas continua Durão, prefiro ele assim.
— Eu também. — Respondi.
— E eu não te disse que ele ia adorar o Artur, assim vai mais fácil, vocês vão ver.
— E a senhora acha mesmo que ele gostou de mim?? — Perguntou o grandão curioso.
— Tenho certeza, trinta anos de casamento, acho que da pra conhecer ele bem. — Minha mãe sorria.
— Isso é muito bom. — Respondeu Artur todo feliz.
— Amanhã a família inteira chega, fiquem preparandos.
— Pode deixar mãe, que a gente não vai sar bandeira.
— Agora vamos descer pra tomar café.
Descemos e não demorou muito até meu coroa chegar com as coisas, reclamando da fila na padaria, agora parecia meu pai falando. Durante o café, meu pai e Artur conversavam muito, sobre futebol, música, política, esportes. Meu pai ficou encantado quando o Artur disse que tocava bateria, não só tocava né, amava e era muito bom, ele tinha talento na bateria. O foco da conversa mudou e começamos a falar da faculdade e tudo mais, contei como eu e Artur nos conhecemos e nos tornamos grandes amigos e tals, em momento algum mentimos, já que foi daquela maneira mesmo que aconteceu. Quando Artur disse que estudava medicina e queria ser cardiologista, dai que meu pai se encantou por ele, que era uma profissão maravilhosa e tals, cheguei a ficar com aquela cara de " Esqueceu que eu to aqui vei", minha mãe apenas ria. A noite levei Artur pra dar uma volta na cidade e conhecer alguns pontos turísticos, a praia daqui é considerada uma das melhores do Brasil, e Artur estava louco pra conhecer.
Nos sentamos a beira da praia, que era linda demais, por ser de noite, não dava para contemplar muito bem, mesmo com a iluminação dos holofotes, essa praia me trazia lembranças perfeitas, pois foi aqui no meu aniversário de 14 anos, que perdi minha virgindade com a Luana, mas isso é história pra outro conto.
— Essa cidade é linda. — Comentou Artur vislumbrando o oceano a sua frente.
— Verdade, tem que ver amanhã de dia, é perfeito demais.
— Eu to tão feliz amor, nunca pensei que seus pais fossem gostar tanto assim de mim sabia. — Ele tinha um sorriso no rosto, que era lindo.
— Eu já imaginava, é impossível não gostar de você amor.
— Até parece. — Ele riu. — As vezes eu acho que seu pai já sabe, e finge que não.
— Com certeza não sabe, vai por mim, conheço ele, não ia ser assim tão fácil. — Respondi meio triste.
— Se você diz. — Notei um tom de desapontamento na voz dele.
— Não fica assim, vai dar tudo certo. — Peguei na mão dele.
— Espero que você tenha razão.
Voltamos para minha casa e meus pais já haviam ido se deitar, pois estava tarde. Subimos as escadas bem devagar e sem fazer barulho, indo em direção ao meu quarto, entramos e eu tranquei a porta, e fui pra cama com o Artur, começamos com leves beijos, e o tesão foi tomando conta de nós, mesmo com meus pais a poucos metros de distância, tirei a roupa e Artur também, ficamos só de cueca e os beijos foram ficando mais fortes, meu pau já estava duro feito rocha, e o dele também. Artur ficou por cima de mim e começou a apertar meu pau por cima da cueca e botou a mão por dentro, de repente alguém bate na porta e eu jogo Artur pro chão.
— Filho?? — Era a voz do meu pai, gelei na hora.
Me levantei e fui até a porta, falei sem abri-la.
— Fala pai, aconteceu alguma coisa?? — Perguntei nervoso.
— Enquanto vocês estavam fora, um amigo seu veio te procurar. — Respondeu ele.
— Amigo?? Que amigo pai?? — Mas quem poderia estar ali me procurando, quem já poderia saber que eu estaria na cidade??
— Eu não sei o nome dele, sua mãe é que sabe, ele disse que vocês estudaram juntos no ensino médio e que eram grandes amigos, ele não me pareceu estranho, mas é que eu vi de longe, e minha visão não é das melhores, sua mãe disse que ele vinha bastante aqui em casa naquela época, e que não reconheci por que ele está muito diferente. — Terminou ele.
— Ta bom pai, valeu e boa noite. — Meu deus não podia ser ele, seria impossível ele saber que eu estou na cidade, estava tudo tão perfeito para ele estragar agora.
— Boa noite filho.
Me virei ainda me recuperando do susto e Artur estava jogado no chão, só de cueca, eu acabei rindo da situação toda.
— Quem é esse seu amigo?? — Ele perguntou voltando pra cama.
— Não sei, meu pai não sabia o nome e eu tinha vários amigos naquela época, não sei quem seja. — Embora eu tivesse uma ligeira desconfiança.
— Ta bom então. — Artur não pareceu acreditar muito.
— Cheguei a perder o tesão com esse susto. — Comentei.
— Cheguei a broxar. — Artur riu.
Decidimos ir dormir depois daquele susto, não tinha mais clima, e eu já estava com muito sono. A manhã chegou e aos poucos eu já podia ouvir o barulho dos meus parentes chegando. Artur dormia agarradinho comigo de conchinha, até que decidi levantar e ele ficou resmungando um pouco até levantar. Botamos nossas roupas e descemos pro café, já havia chegado bastante gente, primos, tios e por ai vai. Fui até o banheiro fazer minha higiene antes de comprimenta-los. Depois que sai foi a vez do Artur, os outros banheiros também estavam ocupados. Comecei a comprimentar meus tios e outros primos, até chegar a vez dela, a Deiziane, minha prima, agora com os traços de uma mulher, mas ainda podia ver aquela garota com quem já tive bastante história, digamos que já fomos mais do que primos, por longos três anos, foi uma das poucas que mantive contato depois que fui embora, embora ainda conversassemos por telefone, era estranho ver ela tão mudada, ela veio até mim e me deu um apertado abraço.
— Caramba primo, como tu mudou, ta enorme e todo definido, mas o rosto continua o mesmo, como sempre lindo demais, que saudades. — Disse ela.
— Eu mudei prima?? olha pra você, lembro de ti ainda uma garota e hoje já é uma mulher, ta linda. — Ela ainda possuía lindos cabelos loiros e olhos azuis, Corpo perfeito e um sorriso meigo.
— Aquele é o famoso Artur?? — Ela perguntou e me virei pra trás, Artur estava saindo do banheiro.
— É ele sim.
— Parabéns primo, seu namorado é lindo demais. — Comentou ela.
Olhei sério pra ela e...
Continua.
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Bom pessoal, eu sei que estou em falta com vocês, e que me desculpar não vai adiantar nada, porém eu passei por uma série de problemas pessoais esses últimos dias, coisas sérias, e tive de me afastar, acreditem tive meus motivos. Esses problemas acabaram mexendo com o meu psicológico, e eu não conseguia mais escrever, sentava e ficava de frente pra tela e nada saía, não conseguia nem um simples parágrafo, foi terrível, acho que foi uma dessas famosas crises de inspiração, mas graças a deus tudo se acertou e eu consegui voltar a escrever e pra não correr o risco da inspiração me deixar novamente, já escrevi o final da história e até semana que vem já está no ar, se preparem para fortes emoções. Ainda não decidi o que farei após o final da história, mas to pensando em uma segunda temporada, já que ainda tenho bastante história pra contar, já que 2015 está sendo um ano cheio de emoções. Deixem sua opinião logo abaixo, se querem ou não uma segunda temporada, espero que me entendam e que curtam esse capítulo, até mais, e meu carinhoso abraço a todos.
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Pessoal eu gostaria de pedir a quem manda email, colocar o nome de usuário daqui, pra que eu possa saber com quem estou falando, obrigado.