Viçosa 14

Um conto erótico de Matheus Azevedo
Categoria: Homossexual
Contém 1608 palavras
Data: 18/07/2015 02:09:17
Última revisão: 18/07/2015 02:23:31

A viagem com o Marcos até a minha cidade natal deu tudo certo. Ficamos na casa da minha mãe, que ficava em um apartamento grande no centro da cidade. Moravam com a minha mãe, na época, além dos meus dois irmãos mais novos, duas tias minhas, uma separada e outra solteira.

Uma delas cedeu o quarto para mim e para o Marcos. Dormimos em uma cama de casal e de, noite, com o quarto fechado e todos dormindo, trocávamos beijos e carícias silenciosas. Era a primeira vez que dormíamos juntos, e eu ainda me lembro de ficar observando a pouca claridade da noite refletindo em seu peito branco enquanto ele dormia.

Apesar de sermos um pouco imprudentes, ninguém na minha casa desconfiou de nada. Somente uma das minhas tias, a mais nova, me questionou sobre ele, quando estávamos sozinhos. Achou estranho ele ser tão mais velho do que eu, acredito que ela no fundo tenha suspeitado de algo, tentou saber se eu estava em segurança, diante da minha fragilidade e inocência presumidas, mas não comentou nada com ninguém.

Voltamos para a cidade de Viçosa e continuamos o nosso relacionamento escondido, enquanto o ano escolar corria e eu, apesar de tudo, progredia nos estudos e começava a chamar a atenção dos professores e colegas.

Contudo, uma pessoa não me saía da cabeça. O Fernando.

Apesar de estar fervorosamente apaixonado pelo Marcos, eu sentia uma atração física irresistível pelo Fernando. Não que o Marcos não tivesse pegada e não rolasse uma incrível química entre nós, mas com o Fernando, as coisas eram mais quentes, mais loucas, mais selvagens, mais duras. Era sentimentos e sensações diferentes que eles me faziam sentir, e eu queria provar dos dois.

O fato deles serem irmãos de criação, de um ser "legítimo" e o outro "adotado", de um praticamente detestar o outro e de estarem, de certa forma, competindo por mim, bem, isso me deixava louco e com o tesão e desejo a mil. Eu tinha apenas 15 anos e estava tendo a noção de todo o poder sexual que eu tinha e o efeito que ele fazia naqueles dois rapazes mais velhos e muito bonitos.

Um alto, branco, magro, de olhos azuis, parecendo um anjo feito em mármore ou cera. O outro baixo, moreno, parrudo, olhos escuros, mãos fortes que me seguravam e me desciam àquele lugar em que tudo é quente e molhado (seria o inferno, para onde ele me conduzia?).

E não deu outra. Certo sábado estava tendo uma exposição agropecuária, aquelas típicas de cidade do interior, com exibição de animais e máquinas agrícolas, vaquejadas, rodeios e shows sertanejos. Durava o dia inteiro. E Fernando apareceu na minha casa, me chamando para ir com ele.

Não pensei duas vezes, me arrumei e entrei na caminhonete velha que ele gostava de dirigir.

Chegamos lá, ficamos passeando no meio daquele monte de bois, encontramos algumas pessoas conhecidas, mas no mais havia muitas famílias levando seus filhos para passear. O parque era grande, então acabamos caminhando para um lugar mais isolado.

Havia uma casa grande e antiga, estilo colonial, com pavimento superior e escadas que conduziam para uma varanda alta. A casa estava fechada, compunha apenas a arquitetura local e ninguém a usava. Havia uma varanda lateral que era ocultada por uma grade de madeira e pelo telhado grande, não dando vista para o resto do parque.

Não era um lugar 100% seguro, mas ainda estava de tarde, e se ninguém mais tivesse a ideia de ir ali, podíamos ficar sossegados. Além do mais, eu já estava com o tesão a mil, o desejando queimando dentro de mim, e nessas horas não nos preocupamos tão bem com essas pequenas questões de discrição e segurança.

Fernando e eu fomos para um canto, embora nenhum de nós tivesse dito palavra alguma. Nos sentamos em um banco grande de madeira que havia num canto, um do lado do outro. Sem dizer palavra alguma, rimos um para o outro e começamos a nos beijar, sua língua quente invadindo a minha boca com urgência.

Suas mãos envolviam meus ombros e costas, me puxando para ele, me fazendo sentir o calor do seu corpo. Quis tirar sua blusa, para poder senti-lo melhor. Seus peitos fortes, com poucos pelos escuro, sua barriga cálida. Ele não era sarado, mas era bem forte, troncudo, estilo parrudo mesmo. Era gostoso sentir o abraço dele, seu beijo, seu hálito quente no meu pescoço, seus dentes mordendo minha pele.

Ele gostava de me acariciar os cabelos, meus cabelos rubros e que insistiam em formar pequenos cachos nas pontas. Ele puxava o meu cabelo e conduzia a minha cabeça à sua vontade, ele era bem firme na sua pegada. Minhas mãos deslizavam por sua barriga, sentindo o contato de sua pele quente, estremecendo diante do meu toque frio.

Tirei minha camisa também e ficamos nos beijando pelo maior tempo, nossas línguas se enroscando, brincando uma com a outra, nossas mãos involuntariamente descendo pelas calças um do outro. Arranquei a sua bermuda, querendo explorar e roçar naquelas coxas grossas que eu tanto gostava. Não pude me conter por mais tempo e logo estava chupando o cacete do Fernando.

Era um pau longo e fino, moreno, e eu, ainda sentado no banco, me debruçava sobre ele para lhe sugar a cabecinha, acariciando o resto do membro com minhas mãos. Não conseguia engolir tudo, mas ia chupando o máximo que conseguia, lentamente, sem pressa, apenas saboreando aquele momento.

Fernando estava pelado, usando somente um boné, apoiando-se com as duas mãos no banco, de olhos fechados, puxando o ar pelos dentes, enquanto eu ia devagar mamando-lhe todo o pau, sem pressa, até que ele não aguentou mais, e explodiu em um gozo, que eu evitei.

Ele me olhou trôpego, sorrindo, e deitou no meu colo, para se recuperar. Como a tarde já estava saindo e começando a escurecer, achamos melhor irmos embora, pois logo o parque ficaria lotado de gente com o início dos eventos da noite.

Fernando me deixou em casa e nos despedimos com um aperto de mão, embora ele me apertasse em outro lugar durante todo o percurso. Desci do carro, entrei na casa que estava vazia, com exceção da Maria Eduarda (outra moradora da casa), que estava de saída indo para a exposição e me disse que eu tinha visita. Entrei no meu quarto, e dei de cara com o Marcos sentado em minha cama.

Ele tinha alguns livros na mão, me lembrei que ele ficara de trazer para mim, era sobre um trabalho que eu teria que fazer para a escola. Havia combinado com ele para vir na minha casa e havia me esquecido e, ops, saído com o irmão dele.

Marcos estava atordoado e confuso, e pela cara que devo ter feito, não consegui esconder dele a minha reação ao encontra-lo. Ele me olhou, com aqueles olhos cinzas duros, a linha da boca se crispando. O rosto impassível.

- Onde é que você estava - perguntou - Faz tanto tempo que eu estou te esperando que é inacreditável!

- Foi mal, sinto muito, esqueci mesmo que tinha combinado com você para trazer os livros.

- E tava fazendo o que?

- Fui com uns colegas de escola na exposição, lamento, mas esqueci mesmo do nosso compromisso.

Marcos olhou para mim friamente, não parecia acreditar em nada do que eu dizia. Por mais que eu me justificasse e explicasse, mais ele ficava irritado e zangado comigo.

- Você podia ter deixado os livros aqui também e voltado outra hora - disse eu, também começando a ficar irritado; afinal, o que ele era para mim para que lhe devesse tanta satisfação? - Eu já pedi desculpas, sinceramente não sei o que você quer mais de mim!

- Eu vou te dizer o que eu quero. Eu queria uma mulher, como todos os meus amigos têm, eu nunca esperei por alguém como você.

- Eu não sou sua mulher. Talvez você ainda não tenha percebido.

- Realmente, você não é uma mulher, sua alma foi criada um pouco mais embaixo.

Se ele pretendia me insultar com aquilo, não funcionou. Empertigado, soltei um riso cínico e olhei para ele, como se o desafiasse.

- Você fala muito, mas sabe de pouco Marcos - eu disse.

- Você me ofende e abusa, contando todas as suas mentiras... Senhor, como elas me hipnotizam... você me trai... meu pequeno, eu não sei onde você esteve...

Marcos estava nervoso, caminhava duramente de um lado à outro do quarto, até suava um pouco, olhava de soslaio para mim, que permanecia imóvel junto à porta, não sabendo ao certo o que fazer.

- Todos os dias eu venho aqui na sua casa...tento ficar com você, mas você me afasta de ti... não sei para onde você vai, só sei onde você esteve...

- Você me perguntou o que eu quero - continuou ele, parando e olhando diretamente para mim - Deixa eu te dizer o que eu quero, eu te quero outra vez, eu vou transar com você de novo, lá vamos nós...

Ele me agarrou subitamente e me jogou na cama do meu colega de quarto, deitando-se sobre mim, me agarrando à força e me prendendo em seu corpo maior e mais forte do que o meu. Ele me beijava, me mordia, me lambia, se convulsionava de raiva e ira e desejo e paixão, e isso estranhamente me excitava, embora eu temesse sua reação um pouco. Será que ele podia sentir o gosto do irmão em minha boca enquanto me beijava?

Eu retribuí os seus beijos e o agarrei pelo pescoço, puxando-o para mim. À minha reação, Marcos hesitou, me olhou e sorriu, a língua balançando molhada em sua boca enquanto ele dizia:

- Vá com calma, eu ainda vou te enviar a conta.


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Comentários

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Caraca, acabei de descobrir esse conto incrivel, li todos os capitulos e vejo que vc parou a muito tempo... Espero que leia isto e venha terminar o que começou, por favor

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