Bem gente. Eu pretendo aumentar os capítulos. Como eu disse no primeiro: Eu estaria readaptando um conto hétero. Mas eu pensei e talvez eu mude a história trazendo só alguns pontos que acho essências. Espero que estejam gostando, um beijoFala o que você quer? - O que esse garoto idiota quer? Me zoar? Não vou mesmo.
- Quero falar contigo, sério. - Fui andando um poucou em direção a ele e parei em uma certa distância.
- Anda. Diz que pretendo chegar cedo hoje na escola.
- Então, eu vi você conversando com a Betani lá no ponto ontem. O que ela falou com você?
- Nada que fosse do seu interesse, porque?
- Porque estamos brigados, pensei que tinha falado algo sobre mim. - Virei as costas sem deixar ele terminar de falar. - Mas já que não. Vai lá cafoninha. - Rael continuou, e deu uma risada. Continuei andando e fiz de conta que ignorei o que ele disse. Mas doeu por dentro, é meu irmão. Iria doer menos se fosse um de fora. Saí de casa e peguei meu celular, liguei pra uma qualquer cooperativa de taxi e pedi um taxi. Não demorou nem 5 minutos pro táxi chegar e eu dar o endereço da escola e o taxista da partida. Fui a viagem inteira pensando, porque as pessoas são assim comigo, porque elas me tratam assim? Porque não tenho amigos, porque ninguém gosta de mim? Nunca fiz nada contra ninguém. Muito pelo contrario, sempre fiz o bem. Sentia o vento bater em meu rosto enquanto pensava na minha droga de vida de cabeça baixa. Continuei pensando por um tempo e logo fui interrompido pelo motorista do táxi.
- Senhor, chegamos... - O motorista disse. Levantei a cabeça e olhei pra ele meio assustado.
- É, desculpa. Tava distraído. - Disse tirando o dinheiro do bolso e dando pro motorista. Saí do carro e já eram 7:20. A hora da entrada é 7:30. A escola tava vazia, não tinha quase ninguém la fora, aproveitei e fui correndo pra sala de aula já que não tinha ninguém lá. Me sentei na cadeira da frente como sempre e tinha uma um bilhetinho em cima da mesa, estranhei. Peguei o bilhete e tinha um coração bem na frente. Parecia uma cartinha de amor, fiquei curioso pra saber pra quem era e assim que abri vi meu nome la em cima "Juan Guth" a cartinha dizia: "Te aceito do jeito que você é, essa menino todo certinho, jeitinho inocente me conquista, se quiser saber quem é vai na biblioteca na hora do intervalo, te espero la." Confesso que na hora eu sorri, nunca recebi uma cartinha antes. Fiquei todo bobo e também com medo porque ninguém além de minha mãe sabia minha sexualidade. Mas estava curioso pra saber quem é, claro que iria lá na hora do intervalo. Deu a hora da entrada e o sinal bateu todos entraram pra sala e eu guardei a cartinha com um pouco de pressa pra ninguém ver. A galera toda entrou na sala inclusive Nicolas, Clara, Betani e o Rael. Milagre, nunca assistiram aula. Eu tava meio bobo por conta da carta, mas isso não impediu que a professora de Português entrasse na sala e começasse a passar a avaliação no quadro. Copiei tudo direitinho, o segundo tempo também foi de Português, nossa a professora passou bastante coisas hoje. Mas eu amo estudar, sem dúvidas. Prestei atenção em todas as aulas e em seguida bateu o sinal do intervalo. Saí da sala com um pouco de pressa e fui direto pra cantina. Comprei um lanche e fui comendo o mesmo enquanto pensava se iria mesmo la na biblioteca saber quem era o remetente da carta. Vou ou não vou? Ah, é melhor eu ir. Não conseguir parar de sorrir em relação a essa carta. Terminei de comer o lanche e fui indo pra biblioteca com passos bem lentos, to meio sei lá.. Com medo. Quando cheguei na biblioteca todas as luzes estavam apagadas e a mesma estava fazia, confesso que o meu medo aumentou um pouco. Fui andando lentamente
- Olá, tem alguém aí? - Disse enquanto olhava por toda a biblioteca. E ninguém respondeu.. Que tolo eu de achar que alguém ia se interessar por mim. Vou é embora. Dei as costas e quando eu tava quase chegando na porta da saída, todas as luzes se acenderam..