- Nossa, até que enfim vocês apareceram, eu já estava preocupado. Aconteceu algo? – Eu falei assim que nos aproximamos deles.
- O pneu do ônibus furou e nós tivemos que ficar horas esperando o socorro. Parece que hoje não é nosso dia de sorte. – Disse o Paulo.
- Ai, que passeio horrível! Credo! – Disse a Paula.
- O que foi que aconteceu? – Perguntou o Bruno.
- Aconteceu de tudo! O pneu furou, eu caí e me machuquei – ela mostrou a perna toda ralada – Os locais eram lindos, mas não valeu a pena.
- Nossa, Paula! Isso aí está feio, vamos logo, então! Quando chegar na cidade, a gente passa em uma farmácia e vamos lá para o nosso hotel, eu faço um curativo nisso.
- Ai, Bruno, obrigada! De verdade!
- Imagina! Vamos logo!
Nós fomos pegar o carro e o Bruno foi dirigindo. Deixei os “machões” irem lá na frente, afinal eu não queria ficar ouvindo as merdas que o Paulo falava, e fui lá atrás com a Paula.
- Parece que o dia de vocês foi muito bom. – Ela disse.
- Foi mesmo!
- Olha só como vocês estão queimados. Ual!
- Ué, vocês também estão.
- Mas não como vocês.
- É que a gente passou o dia torrando debaixo do sol.
- E eu passei o dia subindo e descendo as porras daquelas dunas, me ralei inteira, fui quase devorada por vários mosquitos enquanto esperava sei lá quantas horas a porra de um pneu. Se eu soubesse teria ficado com vocês aqui na praia.
- Ah, mas pelo menos agora tu tens história para contar. – Foi inevitável não soltar uma risada.
- E tu ainda ri? Mas que menino abusado! – Ela disse sorrindo.
- É que tu me fizeste imaginar as cenas. Aí, a risada foi incontrolável.
Eu estava conversando com a Paula, mas estava de olho no Bruno, já estava de noite e ele estava dirigindo em uma cidade que ele não conhecia, somente com a ajuda de um GPS. Eu fui o tempo todo falando com a Paula e olhando para o Bruno, mas graças a Deus nós chegamos em segurança. Nós fomos perguntando para as pessoas onde tinha uma farmácia e assim que encontramos uma o Bruno foi lá com o Paulo e compraram tudo o que seria necessário para o Bruno cuidar da perna da Paula. Quando eles voltaram, nós fomos direto para o nosso hotel.
- Paula, senta aqui! – ordenou o Bruno – E estende a perna!
Ela fez o que ele mandou e enquanto ele cuidava do ferimento da Paula o Paulo perguntou se poderíamos conversar, eu aceitei e nós fomos para o corredor do hotel.
- O que foi, Paulo?
- Antoine, eu queria te pedir desculpas pelo o que eu falei hoje de manhã, desculpa mesmo, não era minha intenção te ofender.
- Tranquilo, Paulo! Não fica grilado com isso, não! Já passou!
- Amigos? – Ele disse entendendo a mão.
- Amigos! – Eu disse apertando a mão dele.
Nós voltamos para o quarto e o curativo da Paula já estava pronto, ela teria que vir no outro dia refazer o curativo. Eles agradeceram ao Bruno, o Paulo me pediu desculpas mais uma vez e foram embora.
- Amor, o que tu achas de a gente ir lá na Casa de Forró?
- Hoje? Agora?
- É, ué!
- Ai, amor, eu não tô muito afim, não. Que tal se amanhã a gente cancelasse a praia e fossemos para o centro de Fortaleza visitar algumas coisas? Ai, voltaríamos cedo para o hotel, descansaríamos um pouquinho e depois iriamos para a Casa de Forró. Pode ser?
- Pode, sim! Mas eu tô com fome, o que nós vamos fazer?
- A gente poderia ir rápido à um restaurante, poderia até ser aquela Cantina de novo.
- Então, “simbora”! Vou tomar banho rapidinho, tu vens comigo ou vais depois?
- Eu vou depois, pode ir na frente.
Ele foi para o banheiro e eu fui separar minha roupa para podermos sair, quando ele saiu do banheiro e entrei e tomei meu banho, fiz a barba, me perfumei todo e fui me arrumar. Dentro de 20 min, nós já estávamos a caminho da Cantina.
Quando chegamos lá, ela estava ainda mais agradável, pois tinha música ao vivo. Nós fizemos nossos pedidos, dessa vez nós fomos mais tranquilos e não nos acabamos em pizza. O Bruno pediu um Tortellini de Bolonha e eu pedi uma lasanha. Antes dos pratos principais chegarem, o garçom nos serviu algumas Bruschettas, que eram divinas.
Enquanto nós esperávamos os pratos nós comíamos as bruschettas e tomávamos um vinho. Nada melhor que um vinho para ajudar a relaxar.
- O Paulo te pediu desculpas?
- Pediu, sim!
- E tu desculpaste ele?
- Desculpei!
- Que bom! Ele nos convidou para nós passarmos uma temporada lá no Rio de Janeiro, quem sabe quando tu terminares a faculdade? A gente poderia ir no início do ano, dava para aproveitar o carnaval.
- Seria legal! A gente pode se programar quando chegarmos em Macapá.
- Tá tudo bem mesmo contigo? Tô te achando meio para baixo.
- Eu estou bem, amor! Só tô cansado, só isso!
Nossa refeição chegou e nós comemos ouvindo Quando M’innamoro (Obs. Essa música ficou marcada na minha mente que eu passei um bom tempo tentando acha-la, só sei o nome dela por causa disso). Aquele jantar foi muito agradável, a voz do cantor, a música, o vinho, a refeição, o Bruno, tudo estava encantador. Enquanto comíamos o Bruno ficava me olhando e sorrindo feito um bobo. Nós terminamos de comer, o garçom retirou os pratos e pedimos um Gelatto (nome fresco para dizer sorvete, a única diferença é que o Gelatto italiano é menos doce que o sorvete comum).
- Eu quero te beijar. – Ele disse enquanto tomávamos nosso sorvete.
- Aqui não pode! – Eu disse sorrindo.
- Poder, poder a gente pode, só não te beijo por que eu sei que tu não vais gostar.
- Eu ia amar, Bruno! Mas a gente também não pode sair se beijando em todos os lugares, né amor!
- Eu sei! Eu sei! Mas no hotel eu vou te beijar muito!
- Bobo!
Nós terminamos nosso sorvete e ainda ficamos apreciando o vinho e a música que tocava. Nós ficamos um bom tempo naquela cantina, pois quando saímos de lá já eram 23h. Nós fomos andando para o hotel. Chegamos no hotel eu me despir e cai na cama. O Bruno se despe também e se joga em cima de mim.
- Ai, eu ainda vou perder uma costela desse jeito. – Eu falei rindo.
- Perde, não! Eu estava com saudade de te abraçar, de te beijar.
Ele começou a cheirar meu pescoço.
- Adoro teu cheiro! – Ele começou a passar as mãos pelo meu corpo.
Ele parou de cheirar meu pescoço, me olhou e me beijou.
- Adoro o sabor da tua boca. – Ele disse entre um beijo e outro.
Eu não falava nada, só curtia o momento.
- Eu te quero para mim! – Ele disse depois de nos beijarmos muito.
- Eu já sou teu!
Nós voltamos a nos beijar. Ele foi parando o beijo e foi passando a mão pelo meu corpo, foi beijando todo o meu corpo. Ele colocou a mão em cima do meu membro que já estava muito duro e começou a massagear. Eu senti meu corpo inteiro se arrepiar. Ele tirou minha cueca com muita calma, ele pegou meu pênis e começou a chupar, mas ele estava calmo, tudo estava calmo, talvez fosse o efeito do vinho.
Ele chupava como se fosse o melhor doce, a melhor guloseima e eu ia à loucura com isso. Ele pegou um lubrificante de algum lugar e passou no meu membro, depois ele subiu em mim e me deu mais um beijo. Ele colocou um joelho de cada lado do meu corpo e foi sentando lentamente. Quando tudo já estava dentro, ele me olhou com uma carinha de safado linda e começou a subir e a descer. Enquanto ele subia e descia eu comecei a masturba-lo, o movimento que eu fazia com as mãos ia de acordo com o movimento que ele fazia com o corpo. Depois de alguns minutos nessa posição, ele saiu de cima de mim e deitou de lado, eu logo o segui e deitei atrás dele penetrando-o. Eu comecei um movimento calmo, nós não estávamos transando enlouquecidamente, nós estávamos sentindo prazer somente ao estar um com o outro. Não precisava de pegada forte, de movimentos fortes, de sedução explicita, naquele momento, a calma, o carinho, o amor estava dando muito mais prazer do que qualquer outra coisa.
Foi nessa posição que ele gozou sem ao menos tocar no pau dele, eu ainda demorei um pouco para gozar, mas assim que gozei eu o abracei por trás e nós ficamos daquele jeito.
- Eu te amo! – Eu sussurrei no ouvido dele.
Nós não nos movemos, nem ao banheiro nós fomos, nós acabamos dormindo daquele jeito. No outro dia, eu acordei e nós ainda estávamos abraçados, nem eu nem o Bruno nos mexíamos à noite. Eu comecei a beijar o pescoço dele e ele foi despertando aos poucos.
- Bom dia, meu amor! – Eu disse.
- Bom dia! – Ele disse se virando e me olhando com uma carinha de sono ainda.
Nós estávamos pelados debaixo da coberta. Ele me deu um selinho, apesar de não gostar de beijá-lo sem escovar os dentes, eu deixei.
- Contigo cada momento é único! Eu te amo por isso, tu és “only one”! – Ele falou fazendo referência a música que ele mandou eu ouvir nas festas de final de ano do ano passado.
Ele me abraçou e nós ficamos abraçadinhos por um bom tempo.
- Vamos tomar banho? – Eu perguntei.
- Vamos, sim!
Nós fomos ao banheiro e tomamos banho juntos, na verdade nós mais nos beijamos do que tomamos banho. Eu saí primeiro do chuveiro e fui logo escovar meus dentes, mas ele logo me seguiu.
- Vem cá! – Ele falava com a boca só pasta de dentes – Deixa eu te dar um beijo.
- Nem pensar! Pode chegar pra lá.
Ele cuspiu na pia o excesso de creme dental e veio para cima de mim.
- Vem cá, vem! – Ele falava rindo.
- Um-um! – Eu já não podia falar, pois estava com a boca cheia de creme dental.
- Vem, amor! – Ele veio me prensando contra a parede e me abraçando.
Eu não podia falar nada, eu pensava que ele realmente queria me beijar naquele estado, mas era só brincadeira. Ele me soltou e nós voltamos a escovar nossos dentes. Nós saímos do banheiro vestimos uma blusa folgada e uma bermuda e fomos ao restaurante do hotel tomar café.
- Eu estava pensando... eu acho que eu não quero sair para lugar nenhum hoje, eu quero ficar no nosso quarto. O que tu achas? Aí, à noite nós poderíamos ir lá na casa de forró. – Ele falou depois que nós já tínhamos nos servido e estávamos sentados em uma mesa.
- Por mim tudo bem! Eu também não estou com muita vontade de sair do quarto hoje.
Nós tomamos nosso café e voltamos para o nosso quarto. Nós nos deitamos na cama e ficamos conversando.
- Amor, quando nós chegarmos em Macapá, tu vais conversar com a tua mãe, né?
- Vou!
- Nós vamos chegar em uma quinta feira, teria como nós marcarmos um jantar para o sábado?
- Se ela não estiver uma fera comigo, nós marcamos sim!
- Ela não vai estar uma fera, ela só ficou preocupada, só isso.
- Tomara que seja só isso mesmo.
- Bom, aí no sábado eu quero conversar com toda a tua família, principalmente como teu pai, pois eu acho que com ele a conversa vai ser um pouquinho mais difícil.
- Por que tu dizes isso?
- Por que eu lembro de como ele ficou quando ele descobriu que tu estavas namorando com o Thiago, imagina agora que tu estás comigo.
- Meu pai te adora, Bruno!
- Ele adorava o Thiago também, afinal ele é sobrinho dele.
- Isso é uma verdade!
- Então... eu quero conversar com calma, não quero pegá-lo de surpresa.
- Tudo bem! Quando eu conversar com maman eu marco esse jantar.
- Vem mais pra cá! – Ele disse abrindo os braços.
Eu me aconcheguei nos braços dele e coloquei minha cabeça no peito dele. Nós ficamos abraçadinhos pelo resto da manhã, não transamos, só ficamos abraçados e curtindo aquele momento só nosso. Quando deu a hora do almoço, nós fomos até o restaurante do hotel e fizemos nossa refeição. Depois do almoço, nós voltamos para o quarto e passamos o resto da tarde lá, transamos uma vez e voltamos a deitar. Foi um dia completamente preguiçoso. Aí muitos podem perguntar: mas por que não aproveitaram Fortaleza? Eu respondo: Nós não fomos para Fortaleza para aproveitar a cidade, nós fomos para lá para ficarmos a sós, para aproveitarmos a companhia um do outro, conhecer a cidade era um bônus.
Às 21h nós resolvemos ir à Casa de Forró. Nos arrumamos de maneira simples novamente e fomos. Chegando lá o Roberto veio nos recepcionar com um grande abraço.
- Que bom que vocês voltaram!
- Pois é, adoramos esse lugar.
- Fico feliz com isso! Venham, hoje temos uma banda muito especial tocando aqui. – Ele falou lá o nome da banda, mas eu não me lembro.
Nós fomos entrando e o clima estava bem animado. A pista de dança estava fervendo e a banda tocava animadamente. O Bruno já foi logo me puxando para dançar e assim nós caímos na dança, dessa vez ele não pisou tanto no meu pé, consequentemente a noite foi mais que agradável.
- Vamos beber alguma coisa! – Eu disse no ouvindo do Bruno enquanto dançávamos.
Nós paramos de dançar e fomos para o bar.
- O que tu vais querer, amor?
- Uma caipiroska de kiwi.
Ele pediu uma caipirinha tradicional para ele e a minha caipiroska (só tomo caipiroska, ODEIO o sabor da cachaça, o negócio ruim da peste!). Nós encontramos uma mesa vazia e nos sentamos.
- A gente poderia ter ligado para o Paulo para ele virem conosco.
- É, poderíamos! – Eu disse sem um pingo de animação, pela Paula eu até queria que eles viessem, mas pelo idiota do Paulo, nós estávamos muito bem ali sem ele. Sim, eu disse que desculpei (e desculpei mesmo), mas não queria ter muito contato com ele.
Enquanto eu tomava minha bebida, o Bruno ficou mandando mensagens para alguém. Depois de um bom tempo eu resolvi perguntar com quem ele falava.
- Com quem tu tanto falas, amor?
- Com o Dudu!
- O que essa rapariga quer?
- Engraçado, ele te chamou da mesma coisa! – Ele disse rindo – Ele só quer saber o que estamos fazendo e eu estava contando.
- Ele ainda não falou sacanagem?
- O que? E como! O que ele ainda não falou foi alguma coisa séria.
- Espera aí, eu vou falar com esse cretino também. – Falei pegando meu celular e comecei a mandar mensagem para o Dudu.
“O que tu queres com o meu namorado, quenga?”
“Nada, viado! Só queria saber como vocês estão, já que o senhor esqueceu que tem um amigo, né?
“Esqueci nada! Só estou curtindo um pouco do meu amor, tu que mandaste!”
“Estão, faz muito bem! Vai lá curtir teu amorzinho, rapariga. Quando chegar aqui eu quero saber de tudo!”
“Tudo mesmo?”
“Não, algumas coisas eu dispenso”
“Falow! Até dia 07!”
“Falow! Vai dar, vai!”
- Filho da puta! – Eu disse ao ler a última mensagem.
- O que foi que ele te disse?
- Não queira saber!
- Passa esse celular pra cá!
Ele pegou meu celular e leu a mensagem.
- Mas que filho da mãe! – Ele disse rindo da mensagem do meu amigo.
- Pois é!
- Mal ele sabe como a gente está.
- De sexo? Estamos muito bem mesmo!
Nós terminamos nossos drinks e voltamos para a pista de dança. A noite toda foi assim, nós dançávamos, parávamos, bebíamos uns drinks e voltávamos a dançar novamente. Nós saímos da casa de Forró quando já estava amanhecendo.
- Amor, a gente já sabe que hoje nós não vamos a lugar nenhum além da nossa cama, né? – Eu disse enquanto tentávamos pegar um táxi.
- Não vamos mesmo! Hoje eu só quero cama!
Nós, depois de vários minutos frustrantes, conseguimos pegar um táxi e fomos para o nosso hotel. Chegando no nosso quarto, nós tomamos um banho e deitamos, pelados, na cama, afinal nós estávamos meio embriagados e mortos de cansaço, pois dançamos a noite toda. Na manhã seguinte nós acordamos com o celular do Bruno tocando.
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Boa noite! Gente, não li ainda os comentários do capítulo anterior, estou morto de cansaço, a jornada de trabalho não está nada fácil, mas vamos que vamos. Como eu não poderia deixá-los na mão, como eu não consegui revisar esse capítulo, me desculpem por qualquer coisinha que possa estar fora do lugar.
Beijooooooooooooo em todos!
Até amanhã se Deus quiser!