Eu ia até ele, mas antes que levantasse, uma colega nossa foi e sentou, continuei lá de longe ouvindo as bobagens do Lipe...
Ana olhava para mim e para eles, sabendo exatamente como estava me sentindo!
Lipe: Porque o colega do seu pai está aqui?
Eu: Segredos de familia Lipe, sinto mas não vou contar a você.
Lipe: Desculpe. Mas dá mesmo para notar que as garotas estão loucas por ele...
Eu: Claro, ele é perfeito mesmo!
Lipe: Você também está louco por ele não?
Eu: Desculpe?
Lipe: Não precisa negar, eu já percebi.
Ana: Nossa, até Lipe, percebeu...
Eu: Olha eu sinto mas já vou, não estou com pique para mais aulas hoje.
Saí...
Fui até Olli e Nanda, a vaca que estava com ele...
Eu: Olli eu já vou.
Olli: Ah, ok.
Nanda: tchal Olli, adorei te conhecer.
Deu um beijo no rosto dele...
Fomos até o carro...
Ele: Gatinha essa colega sua, ela estava praticamente se atirando para mim...
Eu: Uhum.
Ele: Se eu pegar ela, vai ficar estranho para você? Digo, é que estou na seca, faz mais de um mês que não transo!
Eu: Desculpa, mas porque você está pedindo minha opinião?
Ele: É que ela é sua amiga e eu trabalho para você.
Eu: Ela não é minha amiga, nós só estudamos juntos e porque você trabalha para mim não significa dizer que quero saber da sua vida sexual.
Ele: Tá, desculpa.
Fomos em silêncio...
Chegando lá...
Eu: Olha Olli, vou para meu quarto, pode fazer o que quiser hoje, não vou sair, só me deixa sozinho que estou com dor de cabeça!
Ele: Tá, mas, o que houve? Você nunca agiu assim...
Bati a porta e não respondi...
Eu sou um idiota mesmo, ridiculo, nunca me apaixonei e a promeira vez que me apaixono é por um hetero... Agora eu tinha certeza que realmente estava, pois nunca senti algo parecido por ninguém, estava arrasado...
Peguei o telefone e liguei para Ana.
Eu: Aninha, eu sou tão burro... Ele quer a Nanda, ele é hetero, como posso ama-lo?
Ana: Ou querido, coração partido não?
Eu: Completamente.
Ana: Pegue doces, um filme romantico e se afogue... É o normal.
Eu: Não. Agora só quero mesmo dormir.
Desliguei...
Passei a tarde toda dormindo, quando acordei já era noite, minha cabeça estava explodindo, saí do quarto, ele estava assistindo tv, estava no canal de esportes claro!
Ele: Vic, você está bem?
Eu: Estou com minha cabeça explodindo, vou tomar um remédio e já, já passa.
Fui a cozinha, peguei um copo de água e tomei um remédio...
Voltei ao quarto novamente... Passei dias daquela forma.
Certo dia Ana me liga...
Ana: Hoje nós vamos sair e nem diga não.
Eu: Qual é Ana, não estou com vontade!
Ana: Vic faz dias que sua vida é de casa para a facul, da facul para casa... Você vai sim.
Eu: Tá, tá... Eu vou. Tchal.
Desliguei se não ela iria me encher o saco!
Saí do quarto...
Ele: Victor vem aqui.
Eu fui...
Ele: Aconteceu alguma coisa? E nem me diga que não! Me fale a verdade!
Eu: Não, nada, só estou indisposto estes dias... Só isso.
Todos os dias que ia a facul ele continuava vendo a Nanda, falando com ela, então resolvi perguntar também...
Eu: E você e a Nanda? Como estão?
Ele: Ela se atira encima de mim, Mas estou na dúvida se pego ou não... Mas você não disse que não quer saber da minha vida sexual?
Eu: Só quis puxar papo. Hoje vou sair com Ana e Ro, ok?
Ele: Ah, esse é o Vic que conheço!
Que saco! Tudo só piorava, sempre via ele seminú em casa, o jeito que ele me olhava cuidando de mim nos lugares me protegendo, eu sei que era seu trabalho, mas me impáctava, mexia comigo! Seu jeito durão, sua voz grossa e rouca, seu porte parrudão...
A noite chegou e me arrumei, fomos a boate de sempre, eu e meus amigos adorávamos...
Chegando lá, encontrei Ana, falei com ela, ele como sempre foi para o bar e pediu uma água...
De repente me aparece Ro...
Eu: Por onde você andou sumido?
Ro: Por aí... Fiquei sabendo que você está amando seu guarda-costas.
Ana: Eu contei!
Eu: E qual a novidade? Fofoqueira!
Começamos a dançar e beber...
De repente me aparece o Lipe...
Lipe: Olá?
Eu e Ana respondemos...
Ro: Oi!
Eu: Você conhece o Ro?
Lipe: De vista!
Ro: Mas eu não o conheço.
Lipe: Estudo na mesma faculdade que vocês.
Ro: Não havia te visto. Muito prazer.
Lipe: Igualmente!
Eu e a Ana já nos olhamos...
O tempo passou e estávamos dançando, eu estava como um louco, só queria extravasar, precisava, queria esquecer um pouco aquela foça na qual estava!
De repente Ana me cutuca e aponta...
Lipe e Ro estavam se agarrando, nós rimos demais...
Eu: Vou ao banheiro.
Fui, estava apertado demais, até que aquela noite estava animada, depois que lavei as mãos, saí...
Ana estava em frente.
Ana: Olha, mantenha a calma, ok? Você não vai ver algo muito agradável lá!
Eu: O que foi?
Ana: Vem!
Quando saio pego a Nanda no bar conversando com ele, pronto, minha noite foi para o beleleu.
Eu: Não acredito!
Ana: Olha, calma Vic, sei que você gosta dele, mas ele não é o único homem no mundo, ok?
Eu: Mas para mim é. Olha eu mais que ninguém sei que existem muitos homens no mundo, a cada noite ficava com um diferente, mas agora Ana só existe ele na minha mente, que ódio, nunca senti isso por ninguém, isso me frustra, me sinto humilhado por sentir isso por alguém que não sente o mesmo! Quero beber.
Ana: Vamos, a gente senta em uma mesa, te acompanho.
Eu: Obrigado amiga!
Ana: Deixa de besteira, as outras vezes que passei por isso você sempre esteve me ajudando também!
Fomos para uma mesa e eu bebi demais, sempre olhando para eles, bem, pelo menos ainda não havia acontecido nenhum beijo, mas eu não parava de beber, vê-los juntos me matava!
Ana: Você vai passar por isso Vic, relaxa, beba o tanto que quiser, extravase, não se preocupe, estou aqui com você ok?
Depois de beber bastante Ana me ajudou a levantar...
Ana: Vamos acabar com a noite dele e da vaca!
Ela me ajudou a caminhar até eles...
Ana: Olli, está na hora de leva-lo para casa!
Ele: Puts o que aconteceu?
Ana: Não é óbvio? Bebeu demais!
Ele: Ok. Vem Victor!
Ele me pegou pelos ombros e fomos caminhando, me levou até o carro.
Ele: Hoje você exagerou hein?
Eu: Não te importa! - Falava embolado, deitei minha cabeça no banco e fechei meus olhos.
Ele: Me importa sim!
Fomos calados...
Chegando lá, ele me levou até o sofá e me jogou nele.
Ele: Espera, vou tirar seus sapatos.
Enquanto ele tirava, eu falava...
Eu: E a Nanda?
Ele: Ainda não rolou nada, mas iria, estava quase, porém você estragou o clima.
Eu: Ah, desculpe!
Ele: Você está me preocupando, a dias não estou te reconhecendo!
Eu: Você só me conhece a mais ou menos um mês!
Ele: Mas já é o bastante para saber que você não está legal.
Ele acabou de tirar meus sapatos e meias, sentou no sofá do meu lado.
Eu: Você quer saber o motivo? - Falei arrastado, com a lingua embolada.
Aproximei meu rosto do dele e o beijei, o beijo foi lento e calmo, deu um frio na boca do estômago, minhas mãos e pés gelaram.
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Oi gente? Estão gostando do meu novo conto? Devo continuar?
Beijokas.