- "Arthur, você vai fazer dupla com o Lucas! Podem sentar junto com ele para conversarem sobre o tema, o tema de vocês é: química orgânica." Não! Ela estava brincando!!!! Com o Lucas???? Por que o Lucas???? Não podia ser o outro bonitinho lá?! Eu não me atrevi a me levantar, Lucas veio na minha direção.
- "Engraçado né?! O destino insiste em nos juntar."
- "é..." Se azar se chamar destino agora lascou!
- "Pesquisa ai, preciso falar com a Thatiana" Ele simplesmente levantou e saiu, da pra acreditar???? Quando eu olho pro lado advinha com quem que a Bianca estava fazendo dupla???? Com o bonitinho. É claro que fui até lá.
- "Arthur. Prazer."
- "O prazer é todo meu. Sou Gabriel." AI MEU DEUS, "o prazer é todo meu?" Hahahaha
- "Minha dupla não está muito afim de fazer trabalho. Que droga. Posso sentar com vocês?!"
- "Claro!" Bianca disse. Logo o sinal bateu, o tempo se passou e fomos embora. Lucas saiu andando bem rápido e eu é claro fui atrás, até parece que eu ia fazer tudo e ele ia ficar sem fazer nada.
- "Lucas!!!!"
- "Oi Arthur, foi mal..."
- "Cara o trabalho não é só meu, não vou fazer sozinho!"
- "Eu sei cara, eu precisava resolver meu lance com a Thatiana, ela já estava colando em mim cara... Se quiser pode ir lá em casa agora pra terminarmos."
- "Tá. Pode ser..." O Lucas foi o caminho inteiro falando do quanto que ele era pegador e as táticas dele para seduzir as garotas. Finalmente chegamos na casa dele, quando entramos, senhor que visão era aquela, Lucas já era gato, triplica essa beleza. Mas dessa vez eu consegui ver a cor dos olhos do cara que estava na minha frente era azul, o azul mais lindo que já vi. Ele estava sem camisa e que barriga e o cabelo, ah o cabelo estava bagunçado era o bagunçado mais perfeito que já vi. Eu simplesmente paralisei.
- "Lucas, porque não me avisou que vinha com visita????"
- "Foi mal. A gente decidiu de última hora, vamos fazer trabalho."
- "Tudo bem, eu também to fazendo, só vim pegar um copo de refri" ele veio falando em minha direção, MEU Deus EU SOU O REFRI DELE! Me leva cara, me leva. Brincadeira. Mas é sério, ele era muito gato. E eu nem tava acreditando que ele estava vindo na minha direção, ai meu Deus. Pisquei. A mão dele já estava estendida.
- "Sou Gregori, irmão do Lucas."
- "Eu, eu... Eu sou Arthur."
- "Prazer, Arthur!" Apertamos as mãos, ficamos uns 15 segundos com as mãos apertadas. E sorriu.
Meu Deus o sorriso dele era lindo.
- "Lucas onde tem banheiro?!"
- "Lá em cima, vamos." E subimos.
- "Vira a direita e já é o banheiro Arthur, to te esperando no quarto."
- "Beleza!" E entrei a direita e achei o banheiro. Me olhei no espelho, ajeitei meu cabelo e... Calma. Não falei de mim até agora né. Bom eu tenho o cabelo arrepiado, liso. Tenho olhos castanhos claro, tenho 1,65 de altura e particularmente não me acho bonito, mas sempre chamei muita atenção. Depois que perdi minha irmã, fiquei meio estranho e meio que parei de me olhar. De se importar comigo e com meus sentimentos. Minha irmã era mais velha, ela sempre me aconselhava e me guiava mas ela morreu em um acidente de carro. Eu sempre fui diferente, sempre fui mais... Posso dizer sensível, nos namoros que tive com garotas sempre fui o mais cabeça, procurava entender mais a situação e resolver com calma e sem brigas, até meus 15 anos, quando comecei a olhar pra meninos de uma maneira diferente, um olhar de poder ter quem me proteger, acho que quando minha irmã morreu, comecei a sentir falta dessa proteção, mas não é só isso. É, o amor. O amor que eu sinto, ou imagino sentir por um homem é diferente. Não foi por falta de oportunidade que não fiquei com nenhum garoto até agora, foi por querer me guardar, pro cara certo e pro momento certo.
Enfim, me arrumei, respirei fundo.
- "Arthur, o que esta fazendo? Você não é assim... E se ele for babaca igual o irmão, por ser mais velho é bem capaz, quer saber? Deve ser um idiota mesmo." Depois de falar comigo mesmo. Sai do banheiro e vi Gregori sentado mexendo no computador em seu quarto, mas dessa vez de camisa, passei reto e fui pro quarto do Lucas.
- "Lucas? Lucas?" Onde esse idiota foi, se ele sumir juro que vou embora e peço pra professora me mudar de dup...
- "Ele saiu Arthur, ele teve que resolver um problema com uma tal de..."
- "Thatiana?"
- "Não, Rebeca!"
- "Eu não acredito que ele me deixou na mão de novo!" Eu não pude conter, eu já estava muito bravo, que garoto mais irresponsável.
- "Bem vindo ao meu mundo! Ele sempre foi assim, mulherengo. Coloca as mulheres acima de tudo, até da família."
- "Que droga..."
- "Mas, fala ai... Quer ajuda com o trabalho?"
- "Não, não quero te atrapalhar Gregori!"
- "Relaxa Arthur. Não vai, já me acostumei a concertar as cagadas do meu irmão, chega ai..." Nem pensei duas vezes...
- "Que quarto maneiro, pelo que estou vendo, gosta de Nova Iorque hein..." O quarto dele era incrível!!!
- "é... Sou apaixonado por lá.. Viajei pra lá e foi incrível, fomos..." Ele continuou falando e eu fui viajando na sua voz. Ele ficou falando dos lugares que ele conheceu, de como lá era incrível e quando fomos nos dar conta já eram 17h00 e ai sim, ele começou a me ajudar na pesquisa, mas meu celular tocou, era minha mãe pedindo pra eu ir pra casa.
- "Gregori eu preciso ir, já está tarde."
- "Pô já?!"
- "Já..."
- "Bom, sendo assim... Eu te levo até a porta vamos lá." Ele levantou e eu fui atrás já com a minha mochila.
- "Você mora longe daqui?" Perguntou ele
- "É... Não, moro duas ruas atrás." Pra que ele quer saber? Fala sério.
- "Caraca, aqui perto. Meu pai deixou o carro ai, eu levo você."
- "Não precisa, relaxa, é rapidão."
- "Justamente Arthur, é rápido, relaxa." Ele colocou a mão no meu ombro e sorriu. Eu desmaio agora ou depois? Meu Deus. Pisquei ele já tinha ido tirar o carro. Sai atrás dele, entrei no carro.
- "Calma, você... Você já tem carteira? Você já dirige?"
- "Não... Mas eu ando dirigindo muito, meu pai já me ensinou." Coloquei o cinto e nesse momento me caguei. Meu Deus vou morrer. Tá amarrado.
- "Calma." Ele riu. "você está em boas mãos, eu cuido de você." Ele riu novamente e eu desfaleci.
- "Se eu morrer, eu te mato hahaha"
- "Engraçadinho, sou o melhor motorista do mundo."
- "Então já passo te contratar?"
- "Com toda a certeza." Meu deus, não posso me iludir, não posso me iludir, não posso... Cara já estou iludido!
- "Onde é? Preciso saber a casa do meu cliente agora..."
- "Na casa do portão branco com grama na frente."
- "Além de boa pinta e gente boa é rico?"
- "Ah para Greogrio." Neste momento o carro parou, já havíamos chegado.
- "Pode me chamar de Greg. Só Greg." Ele falou isso olhando no fundo do meus olhos, ele molhou os lábios deixando-os bem rosados.
- "Ok. Só Greg." Nós rimos.
- "Te vejo amanhã?"
Sorri e disse:
- "Talvez. Se seu irmão não me der cano de novo pra fazer o trabalho..."
- "Quem disse que ele vai ser sua dupla? Eu vou. E vai por mim ele vai adorar..."
- "E eu também!" CARA PORQUE EU DISSE ISSO, meu Deus!
- "E eu então?!" E riu. Abaixei a cabeça e ri. Então Só Greg levou suas mãos até minha nuca na altura de meus cabelos, acariciou o mesmo, olhou no fundo dos meus olhos e disse:
- "Até amanhã. Arthur." Nesse momento eu já estava morrendo por dentro.
- "Até, só Greg." Sai do carro, abaixei, olhei pra ele que ainda estava sorrindo e disse "Tchau."
- "Até amanhã." Eu entrei e ele ficou lá parado ainda, olhei pelas frestas do portão, ele ficou parado durante uns 2 segundos a mais sorrindo igual um bobo e foi embora.
Eu entrei, foi pro quarto correndo ainda sem acreditar no que aconteceu e fui tirar as coisas da minha mochila, até que percebo que esqueci meu celular no carro do Só Greg. Não deu 2 minutos ouvi uma buzina e desci correndo, era ele já com o carro estacionado, encostado no carro com meu celular na mão.
- "Boa tática de querer que eu pegue seu número, esquecendo teu celular no meu carro? Esqueceu tem senha. Nem pude pegar seu número." Disse ele com aquele sorriso lindo no rosto.
- "Até parece que eu iria dar. Teu irmão já é maluco, vai que ele puxou isso de você... Nem em sonho." Disse rindo e olhando em seus olhos.
- "Que marrento!" Ele ficou batendo as mãos no bolso, como se tivesse procurando alguma coisa. "Caraca perdi meu celular. Empresta o teu, preciso avisar o Lucas que já estou indo pra casa."
- "Claro." Fiquei preocupado, afinal já era um pouco tarde. Dei meu celular a ele. Ele agradeceu, discou. Quando de repente um celular começa a tocar ele tira o celular dele da cintura. Eu não estava acreditando que ele pegou meu celular e se ligou só pra ter meu número. Ele deu risada me devolveu o celular e com um sorriso lindo e sínico disse:
- "Agora marrentinho, já tenho teu número! Já era" ele riu com a cara mais deslavada do mundo, me deu um beijo na cabeça, entrou dentro do carro e foi embora.
Fiquei rindo durante uns 3 segundos, entrei pra casa e pra minha surpresa meu pai estava na janela, me olhou e disse:
- "Quem era o teu amigo?!"