Passaram-se alguns dias e papai deixou mesmo de falar com o tio Phill, bem nossa vida estava até normal, menos pelo fato de Lucy e Taylor me encherem de perguntas sobre papai...
Para se ter uma ideia eu saí por um momento para ir ao banheiro e esqueci meu cel encima da mesa, quando volto pego Taylor sozinho fuçando, tomo meu cel e vejo o que ele estava olhando, fotos de papai, bem eu tiro várias fotos dele dormindo, de cueca, pelado, de todo jeito, eu adoro...
Eu: Taylor, o que vc está fazendo?
Taylor: Nossa como seu macho é lindo hein? É o homem mais lindo que já conheci pessoalmente, parece um modelo!
Eu: Que saco!
Saí, a primeira coisa que fiz foi colocar senha no meu cel...
Bem, chegando em casa vejo papai e pulo em seu colo beijando-o...
Eu: Senti sua falta! Vc não pôde me buscar hoje!
Ele: Você lembra que hoje temos a festa que eu te disse da empresa?
Eu: Sim!
Ele: É uma festa de gala, comprei um smoking para você.
Eu: Ai que tédio!
Ele: Quero que você me acompanhe em tudo amor.
Bem o dia se passou voando, tomamos banho e nos vestimos, quer dizer, nos vestimos não, ele se vestiu eu ficava tentando colocar a porcaria da gravata mas não conseguia...
Ele: Vem aqui... – Me puxou pela mão, me sentou em seu colo e deu o nó certinho, depois me deu um selinho. – Pronto, tudo certo.
Depois que nos arrumamos fomos, a festa seria na casa do dono da empresa, estávamos no carro ele dirigindo...
Ele: Aconteceu outro assalto no bairro!
Eu: Outro? – Estavam invadindo algumas casas no quarteirão e ele estava preocupado...
Fomos o resto do caminho falando nisso...
Chegamos, conhecia alguns colegas de trabalho dele, mas não todos e também havia visto poucas vezes...
Chegando lá papai me levou para cumprimenta-los...
Ele: Gente este é o meu filho Daniel. Dan estes são meus amigos Dean e Justin.
Eu: Oi?
Justin: Seu filho é muito bonito! Daria certinho com minha filha!
Ele: Nem vem, Dan ainda é jovem para casar...
Eu na verdade estava morrendo de vergonha daquilo tudo!
Saí de perto e ele me seguiu...
Eu: Que louco!
Ele: Amor, ele é assim mesmo, temos que encenar ok?
Voltamos para a mesa, mais um monte de caras do trabalho dele veio, tinha um em particular que estava me enchendo, pois não parava de me olhar, seu nome era Greg, não estava gostando muito...
Greg: Então Peter, seu filho namora muito?
Eu: Eu estou bem aqui, porque não pergunta a mim mesmo?
Todos começaram a gritar e zuar...
Ele: Então, você pega muitas menininhas?
Eu: Na verdade não saio “pegando”, acho este termo vulgar, e não me importo muito com isso...
Ele: Deixe-me adivinhar, então não é um pegador, tá mais para um nerd.
Todos riram, papai estava percebendo meu incomodo e estava bem sério com aquilo tudo, na verdade eu estava percebendo que aquele requinte todo era pura farsa, enquanto estavam todos em uma casa luxuosa, em uma festa linda, usando smokings, só se importavam com a vida de cada um, inclusive com a minha...
Eu: Não, na verdade é porque eu sou gay mesmo!
Justin que havia praticamente oferecido sua filha a mim engasga com uma taça de champanhe a qual não parava de beber desde que chegamos, aquela era sua terceira ou quarta taça.
Greg olhou para mim e riu... Como quem pensa: Já sabia!
Eu também saquei que ele era e não fiquei por baixo, ele estava se achando muito inteligente, mas ia ver com quem estava li dando...
Eu: Mas creio que você já sabia não? Um gay sempre reconhece o outro!
Ele arregalou os olhos para mim, papai olhou para mim assustado...
Greg: Com licença... – Ele se retirou.
Papai e eu falávamos com olhares, ele olhava para mim me repreendendo e eu olhava para ele dizendo: Ele começou!
Só para constar, acho que foi embora, pois no resto da festa ele não voltou nem o vi mais...
Dean: Você falou sério quando disse aquilo dele?
Eu: Não sei... O que você acha?
Ele se calou...
De repente apareceu um homem bem educado, mais velho, a nossa mesa...
- Então rapazes, estão gostando da festa?
Ele: Está maravilhosa.
Todos super encheram de elogios... Depois que saiu, papai me disse que ele era o dono daquilo tudo, aí eu entendi o requinte, ele sozinho era mais elegante do que todos aqueles brucutus alí.
Todos eram solteiros e Justin separado...
Dean: Olha quem está alí Peter a Anne!
Papai ficou meio sem jeito, eu olhei para a mulher e ela tinha cabelos pretos, olhos castanhos e pele morena, estava usando um vestido longo e vermelho.
Justin: Não te entendo Peter, uma gata dessas te dando mole você não quer...
Eu: É? Quer dizer que essa Anne anda dando encima dele?
Dean: Sim, ela é caidinha por esse trouxa!
Ele: Se vocês querem tanto porque não pegam ela?
Dean: Porque ela não nos quer e você sabe!
Justin: A gente é solteiro Peter mas você sabe muito bem que temos uma vida sexual bem ativa...
Dean: E como temos!
Justin: Mas você... – Balançando a cabeça em negativo...
O tempo passou e colocaram uma musica eletrônica alta, aquilo dali se tornou uma festa comum com pessoas vestidas com roupas elegantes!
Muitas pessoas jovens, pois a grande maioria havia levado seus filhos também, mas como já disse não faço amizade fácil, só estava sentado ali com ele e pronto.
Dean: OMG a Anne está vindo ai!
Ela se aproxima, olha para ele e diz: Peter, vamos dançar?
Ele: Não Anne, estou fazendo companhia ao meu filho.
Dean: Há vai Peter... Nós fazemos companhia ao Dan.
Justin: Você não se importa, não é Dan?
Eu: Oh não, não mesmo. – Olhei sério para ele, ele sabia a verdade, não era possível.
Ele: Então tá.
Eu fiquei olhando ela arrastando ele pela mão até a grande sala da casa que havia se transformado em pista de dança, ela ficou de costa se esfregando nele, como eu fazia nas noites que saíamos, virou de frente e ficou dançando, falava no ouvido dele, ria, pulava, pegava no cabelo, e ele com aquele sorriso galanteador, tudo estava me embrulhando o estômago.
Eu: Onde é o banheiro?
Dean: Não sei.
Eu: Vou perguntar!
Dean: Ótimo, se encontrar avisa, pois também quero usar.
Passei pela grande sala, por pessoas dançando inclusive ele... Mas não parei para falar com ninguém sobre banheiro nenhum, fui em direção a porta, queria sair dali o mais rápido possível, quanto mais eu me aproximava da porta mais me dava vontade de chorar, não queria ficar nem mais um segundo ali.
Já lá fora comecei a chorar de verdade, ia em direção ao carro chorando muito.
Ele: Dan?
Parei...
Ele: Dan... – Ele me virou. – Amor...
Eu: Me larga!
Ele: Isso é por causa da Anne?
Eu: Não... – Falei cínico. – Estava muito alegre vendo vocês dançando!
Ele: Dan deixa de besteira!
Eu: Besteira? Você sabe como fico quando te vejo com outra pessoa, é involuntário, não consigo controlar, machuca muito.
Eu chorava demais, sei lá, ele nunca havia me falado dela, tinha medo de perdê-lo, muito medo.
Eu: Quero ir embora!
Ele: Dan a gente vai conversar, isso não vai ficar assim.
Eu: Não temos nada para conversar, você prefere a Anne, vai lá ficar com ela! – Continuava cínico.
Ele: PARA COM ISSO! – Gritou.
Eu: Não. – Chorei mais... Esqueci o cinismo e chorei. – Eu quero ir.
Ele: Dan...
Eu: Se você não me levar eu pego um táxi.
Ele: Porra... Que droga Dan...
Ele chutou uma lata que estava ali...
Virou para mim de novo com as mãos na cintura, me olhou sério...
Ele: Eu só estava dançando com ela para me deixarem em paz, nada iria acontecer, você estava ali me vigiando, sabe muito bem...
Eu: Mas nunca me falou sobre ela, nunca... Porque? Deve gostar dela e tinha medo!
Ele: Medo?
Eu: Medo de eu ir, de eu fugir, como a dois anos...
Ele: Você acha que eu estou com você por medo? Dan TE AMO! – Ele gritou. – Eu estou com você por isso...
Eu: Eu vou... – Virei de costas e dei alguns passos em direção a rua, ele me puxou e me beijou, estávamos por trás do carro mas ainda assim poderia aparecer uma pessoa a qualquer momento, mesmo assim ele me beijou...
Ele me agarrava pela cintura me apertando, abriu a porta do carro, e entramos nos beijando... Ele sentou no banco do motorista baixou o banco e eu me escanchei sobre ele que desabotoou a calça e eu desabotoei a minha baixando a parte de trás deixando a parte que mais nos interessava livres, se é que me entendem...
Cuspi na minha mão, passei na cabecinha de seu pênis lindo, depois peguei na base, apontei para minha entradinha e encachei, pronto, fiquei descendo e subindo devagar até entrar completamente, comecei a cavalgar em seu colo, ele revirava os olhos e eu mordia meus lábios, segurava no banco com as duas mãos em cada lado da sua cabeça, eu estava com raiva, e descontava no sexo, pulava encima dele, deitei a cabeça no seu ombro e mordi seu pescoço com força enquanto transávamos vorazmente!
Com um tempo ele gozou e eu também, estávamos molhados de suor pois não tiramos os smokings (Que a propósito ele ficou um gato com o dele, havia esquecido de dizer) depois de tudo acabado saí de cima dele e fui para o banco do passageiro, subi minha calça, nem poderíamos voltar pois estávamos sujos de esperma, mas mesmo que pudesse não voltaria nem a pau!
Ele subiu sua calça e ligou o carro, o caminho inteiro fomos em silêncio, eu olhando pela janela... eu estava com ódio...
Chegamos e fui direto para o meu quarto, tranquei a porta, ele não bateu, dormi lá...
No dia seguinte acordei, fiz minha higiene, tomei minha insulina e desci...
Ele estava lá, era um domingo...
Cheguei a cozinha e sentei a mesa na qual ele também estava, o ignorava, nem olhava para ele, estava com raiva e queria demonstrar, em dois anos essa foi nossa briga mais séria, o que me deixava mais raivoso era ele não ter me falado nela, se ela não tinha nenhuma importância então para quê esconder?
Ele estava lendo um jornal e falou olhando para ele: Ainda está com raiva?
Eu estava passando geleia em uma torrada e falei olhando para ela: Como não estaria? Se ela não tem nenhuma importância porque escondê-la?
Ele: Porque ela não tem importância, então não tinha para quê falar. – Continuava olhando o jornal...
Eu: Ela trabalha de quê?
Ele: É minha secretária!
Eu: E tudo não poderia ficar pior não? Ela trabalha ao seu lado! Perdi a fome. – Levantei.
Ele: E se eu provasse que ela não tem importância nenhuma?
Me virei...
Eu: Já chega, não quero falar sobre isso...
Ele: Eu a demiti Dan, quer dizer, a transferi, troquei com um colega!
Eu: Como?
Ele jogou o jornal na mesa e levantou.
Ele: Minha secretária agora é uma mulher de 52 anos, respeitosa, e que todo mundo adora na empresa, seu nome é Daphne.
Eu: Você está falando sério?
Ele: Se quiser eu ligo e te mostro que é a verdade.
Eu: Não, não precisa... Seu bobo...
Ele se aproximou de mim, me abraçou e disse: O que mais preciso fazer para você entender que é a pessoa mais importante da minha vida?
Sorri...
Ele: Eu te amo Dan... E ninguém mais.
Me beijou, sentou comigo em seu colo e tomamos o café da manhã juntinhos.
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Obrigado pelos comment's...
Abração galera!