- Como assim, ela morreu, Cecília? Quando isso?!
-(choro) Meu avô ligou agora aqui pra casa e contou que ela acordou de madrugada falando que estava passando mal, com dores no peito. Ele foi buscar o remédio dela e quando voltou ela já não respondia mais. Tah, vem pra cá. Meus pais foram pra lá mais eu não vou conseguir ficar lá. (mais choro)
- calma, que eu tô indo pra aí.
Não sabia nem o que pensar. Não dava pra imaginar a vó Sol morta. Ela era a minha avó também. Comecei a lembrar do Gomes também, que se estivesse sabendo da notícia deveria está quase morrendo junto. Ele e Maria eram os mais apegados a ela.
Sai correndo e deixei um bilhete pros meus tios. Fui pra casa de Maria primeiro pra ver como ela estava, até porque ela não podia ter esses tipos de emoção. Chamei e ninguém atendeu, me deixando preocupada. Dei a volta na casa e fui até a janela dela, joguei uma pedrinha e ela apareceu. Voltei pra porta e esperei ela abrir pra mim. Quando ela abriu nem deixou eu entrar e foi me abraçando e chorando muito.
- se acalma, amor. - e abracei ela até ela parar de chorar.
Dona Sol morreu de um infarto. O lado bom foi que ela não sofreu pra morrer, e o lado ruim foi todos que ela deixou aqui. Não só Maria, como parentes e amigos que a amava muito, sentiram muito sua perda. Ela já tinha um cantinho no meu coração, que me conquistou, e agora será só nesse cantinho que irei encontrar ela. E Maria? Bom, tentei ficar o máximo possível com ela pra cuidar dela, afinal, ela tinha que se controlar pra não parar no hospital. Foram 2 meses difíceis para todos, mas fomos levando. Maria e eu nos aproximamos mais por conta disso. Nossa cumplicidade aumentou e a segurança dela também.
Tinha chegado o aniversário do pai dela e eu e meus tios iríamos.
Eu - quem vai vir?
Maria - sabe como meu pai é, né? Deve ter chamado até o padeiro e a família. - verdade. Eu não dúvidava disso.
Eu - e a piranha também vai vir? - A prima dela.
Ela - se vc tá falando da Vanessa, ela vai vir, sim, infelizmente. Não deixou de ser minha família, né.
Eu - ela ainda tem tentado falar com vc?
Ela - as vezes tenta puxar assunto besta mas não respondo.
Depois do que aconteceu, Vanessa tinha dado uma sumida. Eu sabia que uma hora ou outra eu teria que olhar pra cara dela, o problema é que eu teria que me controlar bastante.
O dia chegou. Mesa cheia, com várias comidas típicas do sul, carne já no fogo e música no bom som. Alguns choros de vezes em quando mas meu sogro sempre falando que Dona Sol iria querer ver é todos sorrindo e animados e não chorando por causa dela. Eu me lembro que ela mesma falou uma vez " se for pra chorar que seja só na hora que eu for e depois façam uma festa por ter mais um anjo cuidando de vcs." Só de lembrar escorre uma lágrima. Nunca vou esquecer o que ela me disse uma vez, " eu sei que vivi bem porque tropecei e cai muito nessa vida. Todos acham que a vida é ruim por isso, mas está errado. Como vc vai ter história pra contar se não passou por alguma? ". Vou levar isso pro resto da vida.
Enfim, os convidados foram chegando, era parente que não acabava mais. Não demorou muito e Vanessa chegou. Resolvi ir pra dentro e ver o que tinha pra ajudar. Fiquei lá ajudando Leona e a irmã a fazer algumas coisas e depois fui procurar Maria. Fui até o quarto dela, bate e entrei.
Eu - Mô, cê já tá pron.. - O coração até descompassou. Ela estava só de calcinha e sutiã escolhendo a roupa. Estávamos a quase 6 meses juntas e ainda não tínhamos tido nossa primeira vez. Eu respeitava isso numa boa, mas era difícil quando ela ficava sem roupa perto de mim. Ela tinha voltado com tudo pra academia e estava ali na minha frente todo o resultado. Eu sempre passava uma mão aqui e ali pra provocar ela mas nunca passava disso. Acho que ela notou minha cara e riu.
- Tudo bem, amor?
Eu - Tá tudo ótimo.
Ela - Me ajuda aqui com esse vestido.
Ela escolheu um vestido soltinho, que ia até o joelho, tomara-que-caia (tomara que não caia, na verdade), vermelho (amo vermelho). Ele fechava do lado mas ela não estava conseguindo sozinha.
Eu - Vc estava mais linda sem ele. - E fui dando uns beijinhos no pescoço dela.
Ela - Não começa. - ela falava isso mas já estava enroscada no meu pescoço.
Eu - Por que não? - Fui tentar abrir o zíper que tinha acabado de fechar.
Ela - Porque eu gosto. - Começamos a nos beijar e já foi saindo de controle. O o zíper aberto, puxei o vestido um pouco pra baixo e apertei seus seios. Empurrei ela pra parede, ela colocou as perna em volta da minha cintura e continuei beijando seu pescoço e fui descendo, até chegar nos seios. Que delícia! Depois de tanto tempo, eu estava ali me acabando neles. Ela arfava e gemia, arranhando minhas costas. Me atrevi a ir com uma das mãos até debaixo do vestido e dei uma apertada no bumbum dela.
Ela - Mor...para...
Eu - O que?...
Ela - Para.
Eu - Logo agora?
Ela - Nós não vamos poder acabar isso agora. E não é assim que vai ser. - Quando ela falou isso achei que tivesse passado do limite.
Eu - Desculpa, mô, é que eu não aguentei te ver daquele jeito...
Ela - Não é isso kk. Eu também quero, mas não agora. Vai ser de um jeito melhor. - falou e me puxou pra um beijo que fiquei até mole. Oh garota pra me deixar doida.
Eu - De que jeito?
Ela - Vai descobri só na hora.
Nos recompomos, entre muitos beijos, e descemos. Mas chegando na porta, damos de cara com Vanessa.
Vanessa - Oi, prima, eu estava te procurando. - COMO ASSIM "OI PRIMA"?! VERGONHA NA CARA MANDOU LEMBRANÇAS!
Maria - Eu, não. - disse isso e saiu porta afora me puxando. Mas a outra veio atrás.
Vanessa - Maria, vem cá, vamos conversar com calma. Preciso te contar uma coisa.
Maria não respondeu. Me puxou até onde estava o Gomes e os pais dele, me fez sentar numa cadeira e sentou no meu colo de costas pra ela. A festa estaca ótima, meus tios se divertindo, os primos mais novos da Maria ficavam inventando 300 brincadeiras com bola, cartas e qualquer outra coisa que a imaginação de crianças conseguem usar, Maria brincava com os sobrinhos de pique-bandeirinha (pelo menos é assim que se chama aqui no RJ). Vanessa não tentou mais nada.