Acho que estou me apaixonando

Um conto erótico de Lola
Categoria: Homossexual
Contém 1549 palavras
Data: 07/12/2014 17:54:24

Boa tarde meninas!

Então, leio sempre os contos aqui da casa. Em especial da Malu e da Duda, da Mah e Ci, da Be, da Lara, são muitas!

Adoro a histórias de vocês.

Me chamarei de Lola, isso mesmo lê-se "lóla", prefiro manter meu nome em segredo, espero que não liguem. Não sou assumida ainda, estou esperando o tempo certo, na verdade não me assumi nem para mim ainda, digamos que só me aceito quando estou bêbada e me sinto livre para "libertar" meu eu verdadeiro. Só que agora acho que estou me apaixonando por uma menina da minha faculdade e eu não sei mesmo o que fazer.

Bem, sou morena, típico estereótipo brasileiro, magra, cintura fina, bumbum grande, seios médios, tenho pernões, cabelos cachados natural meio black nos ombros, 1.65 de altura. Estou em uma faculdade pública, terceiro período, confesso que já estou em uma fase que não quero saber de estudos, as vezes vou para a faculdade só para beber e conversar, é feio eu sei, mas é a verdade.

Vou começar a contar o porque de estar aqui contando minha confusa história.

Na minha primeira calourada da universidade eu ainda era tímida e tinha poucos amigos, me divertir bastante apesar da timidez.

- Amiga, vamos comigo comer alguma coisa? - minha amiga me chamou

-Claro, vamos!

Saimos em direção a uma barraca que vendia lanches, minha amiga pediu torta salgada, peguei apenas uma coca e um brigadeiro. Sentei na mesinha e esperei minha amiga. De repente passa uma menina, nunca a tinha visto na faculdade. Passou ela e uma amiga, o cabelo dela estava tão cheiroso que foi o que me fez acompanha-la com o rosto, meu nariz seguia o cheiro. Ela parou ao lado da minha amiga na bancada. Estava com um short jeans desses que fica soltinho, uma blusa soltinha também, tipo hippie, mocassim. Ela é corpuda, não é gorda, é corpuda, cada coisinha no seu lugar, é alta, deve ter uns 1.70 por ai, o cabelo extremamente liso, quase na bunda e que bunda. Virou de frente, continuei olhando, nariz afilado, boca bem desenhada, o queixo, os olhos pequenos, pareciam que fechariam a qualquer momento, o olhar dela é sereno e o sorriso fácil demais. Minha amiga me tirou do transe.

- Lindo o mocassim dela, não é?

- oi?

- O mocassim dela- falou apontando discretamente

- é sim! O mocassim é lindo.

Ela passou por mim de novo e o cheiro daquele cabelo invadiu meu nariz novamente, sentou na mesa a minha frente, ela e uma amiga.

Ria solta, acho que já estava alta, eu também estava. Minha amiga terminou e voltamos para a festa, passei um tempo procurando ela com o olhar pela festa, mas desisti, não a encontrei.

Passaram os dias, não a vi mais na universidade, nem o nome dela ou de onde era eu sabia. Terminou o período, a vi um dia no local da xeróx, fui lá e fiquei ao lado dela, mas ela nem me olhava e eu não tinha o que falar com ela, me contive apenas em sentir o cheiro dela.

Passei os dias de férias na vida louca, minha mãe é bastante controladora, não podia chegar tarde e nem bêbada, até hoje ela pensa que eu não bebo, coitada!

Certo dia fui para o sushi digital, no Recife antigo, estava com algumas amigas, estava tocando "doutores da noite" eu curtia bastante quando a avisto vindo em direção ao sushi, nossa, paralisei.

- Olha aquela menina lá da faculdade, não é?- meu amigo falou

- Não sei!- falei disfarçando minha euforia

Continuei me divertindo e bebendo. Vi quando ela conseguiu uma mesa, estava ela e uma amiga, pediu ao garçom algo, estava com uma saia ligada ao corpo, uma blusa creme que ficava ensacada na saia, sapatilha e os belos cabelos soltos. Chegou um balde de cerveja, e caldinhos. A amiga puxou uma carteira de cigarros black e colocou na mesa, acho um charme mulher fumando, não as viciadas, uma vez ou outra, sabem? Ela puxou um, colocou nos lábios e ascendeu, eu daria qualquer coisa para ser aquele cigarro. Assim passou minha noite, entre me divertir e observa-la, ela nem notava minha presença.

Chegou o mês de Agosto, minhas aulas começariam dia 13, eu estava ansiosíssima para rever alguns amigos e a ela. Novamente eu a via na xeróx, nos corredores, mas nada de coragem ou assunto para falar com ela. Nós cursamos áreas diferentes, então não tinha como puxar assunto mesmo. Certo dia eu estava muito apressada, andava quase correndo no corredor da universidade, mas estava ao mesmo tempo procurando uns papéis no livro, só ouço o "vai bater, vai bater" e barruei ombro com ombro em alguém, meus livros caíram, ouço o barulho do celular caindo, pensei que era o meu, mas era o dela, quando olho pensei "puta que pariu, logo nela!" sim, dei um super barruada nela. sai recolhendo meus livros, peguei a bateria do celular dela, entreguei a ela, quase tremendo.

- Desculpa, estava apressada!!

- Relaxa!

A amiga dela puxou ela sem nem me dar a chance de dizer mais nada!

Fiquei com um hiper peso na consciência, não sabia se tinha quebrado o celular dela. Falei para minha amiga que riu e disse que isso só poderia ter acontecido comigo. No dia seguinte eu estava no bar e a vejo sentada no bar também, tomei coragem e pedi ao tio que levasse uma cerveja a mesa dela por minha conta. Acompanhei o tio com o olhar e vejo ela recusando a cerveja. Fui no tio e perguntei o motivo, ele me falou que ela disse que mandasse obrigada, mas não era necessário! Meu Deus ela é perfeita. Puxei o ar e fui a mesa dela

- Quebrou? - falei já pegando o celular dela que estava encima da mesa.

- Não! relaxa

- Desculpa de verdade

- Isso acontece!

- Mandei uma cerveja para tirar mais o peso da minha consciência, mas você não quis.

- Queria me comprar com uma cerveja?

Fiquei apreensiva, mas ela começou a rir, que sorriso perfeito, então eu fiquei tranquila.

-Não, só quis me redimir!

- Relaxa, vou ter que ir agora. Voltar para a aula.

E ela se foi.

Até que no mês seguinte, no dia do meu aniversario, meu amigos fazem uma comemoração para mim no bar(não poderia ser diferente), eu bebi que só a porra, fiquei muito bêbada. Quando eu estava dançando sensualmente, provocando uma amiga minha, a vejo vindo em direção a mesa onde estávamos, tentei agir normalmente, ela vinha com um amigo, de mãos dadas, frustrei na hora, quando o amigo dela abriu a boca, voltei a sorrir, ele era gay. Ele é amigo de duas meninas que estavam na mesa, chegou falando com todo mundo, as meninas falaram que era meu aniversario ele me abraçou desejou tudo de bom, falei meu nome ele o dele, mas ela não, apenas ficou parada olhando para o celular. Ele pediu um litrão e eles dois ficaram bebendo na mesa ao lado, eu arrumei coragem e fui até eles.

- Ei menino, tu chega, se apresenta e não apresenta tua amiga não é? - perguntei

- Há claro, onde estou com a cabeça. Essa é a Giullia.

Ela sorriu, se levantou, estendeu a mão, mas eu a puxei para um abraço e falei em seu ouvido

- Prazer, Lola, desculpa pelo celular!

Ela riu mais uma vez e voltou a sentar e ficar calada.

O amigo dela ficou rindo, dizendo que eu era muito atirada, que a amiga dele não curtia essas coisas não, que ela não gostava de racha( vulgo sapatão), eu ri desconcertada e disse que eu também não curtia, que só queria socializar. Eu ficava com um menino que morava perto da minha casa, e mandaram para meu whatsapp uma foto dele beijando uma menina, fiquei super mal, aquilo estragou minha noite, comecei a chorar descontroladamente na frente de todo mundo, mas não foi só por isso, foi também pelo que o amigo dela tinha me dito, mas enfim, chorei horrores e ela veio até mim, perguntou se eu estava passando mal e eu me aproveitei daquilo, confesso! Ela me levou até o banheiro, já que minhas amigas estavam cagando pra mim, nem deram bola(pq não era a primeira vez que eu chorava pelo o Will), sentei em uma cadeira, comecei a chorar e contei tudo pra ela, ela me ouvia atentamente, até me aconselhou, ficou acocorada na minha frente, com as mãos no meu joelho, me pedia para ter calma, disse que iria buscar uma agua, quando ela estava saindo para pegar eu puxei a mão dela e disse " não, fica aqui!" ela me olhou, eu olhei bem profundamente nos olhos dela fiquei de pé e puxava a mão dela para mais perto de mim, junto vinha seu corpo... Por dentro eu queria explodir, meu Deus, vou beija-la... O mundo parou, coloquei a mão no pescoço dela puxando para mim, mas ela tira minha mão e me puxa para um abraço, eu a aperto no abraço, queria ficar ali para sempre.

- Vou chamar suas amigas!

e saiu. Depois desse dia ela parecia me evitar, falava comigo apenas o essencial, por educação. Mas ao menos agora ela me conhecia.

Continua!

Então meninas, por favor, me falem o que acharam, sejam sinceras!

Preciso de conselhos, de criticas, tô perdida pra porra...


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Comentários

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Ain, mais uma de Recife, to adorando isso aqui chessuis. Vou te deixar meu email, caso queira manter contato *-*

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Muito bom , tomara que de tudo certo entre vocês. ..continua

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Menina, adorei. De verdade! Fico feliz que vc acompanhe nossa história, e se você leu tudo, deve saber que quando conheci Ci, seria impossível imaginar que hoje estaríamos juntas. Mas estamos e nos amamos demais. Tenha paciência e mantenha a cabeça no lugar. O que tiver de ser, será. Beijos e escreva mais vezes.

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Lola não fique chateada, se for pra ser sua, ela será. Pelo que vc descreveu a seu respeito, com certeza vc é decidida, de tempo ao tempo, quando acontecer vc vai ser muito feliz. Ninguém se torna homossexual da noite para o dia, isso nasce dentro de cada uma. Te desejo sorte, beijinhos adocicados em ti.....

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