A CARTA - 4ª Capítulo

Um conto erótico de lipe
Categoria: Homossexual
Contém 2327 palavras
Data: 22/12/2014 23:41:51

A CARTA – 4ª Capítulo

"Há pessoas que amam o poder, e outras que tem o poder de amar."

(Bob Marley)

Rodei a escola toda em busca da Julia até o inspetor me fazer ir ao pátio da escola ouvi a diretora da escola no seu tradicional discurso de boas vindas e novamente citar o meu nome como um dos melhores alunos da escola e Blá blá blá. Depois fomos direcionados a nossas novas salas de aula, cheguei na frente da minha e dei uma olhada na folha pregada na parede pra confirmar se meu nome estava lá e estava.

- Parece que vamos estudar juntos esse ano – falou uma voz atrás de mim

Quando olhei para trás era o Jonas com um sorriso de canto a canto na boca.

- Ah legal – falei com outro sorriso forçado adentrando na sala

Enquanto caminhava em busca de uma cadeira para poder me sentar tive a sensação de que ele me seguia. Meu Deus, o que esse garoto quer comigo? Vou ser sincero não estava gostando nada nada dessa aproximação repentina dele, tinha que fazer alguma coisa, eu não quero sentar perto dele, foi ai que por graça divina avistei uma cadeira que tinha gente dos dois lados, atrás e na frente e a foi lá que resolvi sentar, quando eu me sentei que me virei para frente vi que ele passou do meu lado com uma cara de poucos amigos. Vocês devem está me adiando nesse momento por causa dessa minha atitude mas eu não queria me apegar a mais ninguém, queria passar aquele ano escolar na minha, sem ter muito contato com as pessoas, aprendi da pior forma que ninguém se importa com ninguém, nessa vida é cada um por si, ou você é forte ou você cai, e eu escolhi ser forte, pelo menos na frente dos outros. Olhei para trás e vi que ele se sentou perto do Douglas e do Willian, só era o que me faltava, esses dois na mesma sala que eu, o Douglas até que era bonito mas muito arrogante, se achava só porque o pai era dono daquela escola e talvez seja por isso que a trupe de palhaços dele não fazem nada o ano inteiro e sempre passam, o Jonas, ele era mais esforçado dos 4, era bolsista e precisava se manter lá com boas notas então não se dava ao luxo de fazer as mesmas coisas que os 4 patetas faziam, quando ele me viu o olhando desviei o olhar e foi nessa hora que a professora entra na sala e faz todo mundo se apresentar, aquela baboseira de primeiro dia de aula, as aulas teriam passado normalmente se eu não tivesse a sensação que alguém me encarava, eu odeio isso, de vez e quando dava uma olhada para trás e exatamente era ele, só que ao contrario dele parar, ele continuava me encarando e eu que era obrigado a olhar para outro lugar.

Logo deu 8h40 e o sino tocou avisando a hora do intervalo, fui para cantina onde comprei meu lanche e resolvi voltar para a sala, sabia que nessa hora não ficava ninguém por lá, me sentei na minha cadeira e uns 10 minutos após ele entra pela sala, tinha certeza que ele procurava alguém pois olhou os 4 cantos da sala quando me avistou e veio em minha direção.

- Só era o que estava me faltando – pensei

- E ae cara “beleza”? – falou se sentando ao meu lado

- Beleza - falei

- Porque tá aqui sozinho cara? – perguntou

Pensei em ser ríspido com uma resposta como “porque quero ficar sozinho” mas não estaria sendo eu e ele não merecia isso pelo menos não aparentava merecer.

- Não tenho muitos amigos, a Julia não veio hoje então estou aqui sozinho – falei

- Não seja por isso – falou estendendo a mão – Amigos?

Sério, quando ele falou a palavra “amigo” me veio o Alex na cabeça e uma vontade enorme de chorar, e ele percebeu.

- O que foi cara? Falei algo errado? – falou meio preocupado

- Não, claro que não – falei me levantando – tenho que ir no banheiro, já volto

- Eu vou com você – falou se levantando também

- Não, fica ai, é rápido, eu já volto – falei o impedindo

Eu tinha que achar um local pra colocar tudo pra fora, no caso minhas lagrimas, fui em disparada para o banheiro entrei no reservado e comecei a chorar baixinho.

Porque ele estava me ignorando daquele jeito? eram 15 anos de amizade, ele me chamava de irmão, não tinha cobrado exatamente nada a ele, naquele carta apenas falei algo que eu sentia e nada mais, nunca pensei que ele fosse ser tão homofobico assim, eu sei que eu havia prometido pra mim mesmo que não ia chorar mais, mas eu não estava conseguindo parar.

- Filipe? Tá ai cara? Precisa de ajuda? – falou Jonas entrando no banheiro

- Não, não preciso – falei tentando disfarçar a voz de choro

- Tá chorando cara? Quer desabafar?

- Não é nada, já estou bem – falei saindo do reservado limpando o rosto

A última coisa que eu queria era que ele me visse chorando, fui na pia e lavei o meu rosto e ele sempre atrás de mim, estava parecendo meu segurança.

- Olha sei que você não me conhece direito, mas se quiser alguém pra poder desabafar pode contar comigo, pode confiar em mim

- Confiar em alguém que faz parte daquela trupe de palhaços? – falei ríspido olhando pra ele

- Eu não sou como eles e você sabe muito bem – falou com um tom meio bravo

Não falei nada apenas sai do banheiro, cheguei na sala e o professor de química já estava escrevendo no quadro, consegui a permissão pra entrar e me sentei, logo em seguida ele também entra e passa me olhando. Sobre a trupe de palhaço a qual ele fazia parte poderia dizer que ele era uma exceção, estava ali talvez pela popularidade que eles proporcionavam. Sei que fui muito ríspido com ele e acabei o chamando de palhaço, precisava pedir desculpas a ele. No final da aula vi que ele estava arrumando as coisas dele mas o Douglas e o William estavam lá também mas a hora teria que ser aquela pois eles iam sair junto.

- Jonas posso falar com você? – falei me aproximando

- huuuuuuuuuum ai tem kkkk – falou os patetas saindo da sala nós deixando sozinho, pelo menos para isso eles tinham bom senso

- Não liga pra eles cara... mas e ae o que você quer falar comigo?

- Eu só queria te pedir desculpa por ter te chamado de palhaço, eu estava sem paciência – falei abaixando a cabeça mas ainda sim deu para perceber um sorriso em seu rosto

- ah, está desculpado – falou ainda com um sorriso no rosto

Como não queria prolongar muito aquilo, disse que precisava ir, fui o caminho todo pensando porque ele estava agindo daquela maneira, não que antes ele me tratasse mal, ele me tratava como uma pessoa normal apesar de já ter percebido alguns olhares dele pra cima de mim mas era tudo estranho. Cheguei em casa e a primeira coisa que eu fiz foi olhar minhas redes sócias e não tinha nada, estava tentando ao máximo ser forte e aceita que ele estava sendo um verdadeiro idiota me ignorando daquele jeito e que o pior tinha acontecido.

- Ele não respondeu ainda não foi? – perguntou o meu irmão que surgiu na porta

- O que você acha – falei me virando para ve-lo

- Se você quiser, eu vou atrás desse imbecil nem que seja no inferno – falou se aproximando

- rs a minha vontade é de te perdi isso mas não iria adiantar de nada mano – falei e deixei uma lagrima cair que enxuguei rapidamente

- Você tem razão

- E você não vai trabalhar

- Ah vim pegar umas pastas que havia esquecido, tenho que ir, vai ficar bem? – falou

- Vou sim, não se preocupa

- Qualquer coisa liga – falou me dando um beijo na cabeça e saiu

Os dias se passaram normalmente, passou o mês de fevereiro, março, abril, maio e chegou Junho, já estávamos prestes a fazer a prova de segunda unidade, dias depois descobri que a Julia tinha se mudado :(, meu irmão finalmente começou a namorar essa tal de Luana, coisa que dei total apoio, queria o ver feliz, o Jonas a cada dia tentava se aproximar mais de mim, todos os dias nos falávamos no intervalo, ele tinha um papo bom e se mostrou diferente dos palhaços dos “amigos” dele e as vezes soltava umas indiretas que eu tratava de me fazer de besta, mantinha certa distancia dele para não me apegar muito. O Alex? Estava como sempre, não obtive resposta alguma, alias, fiquei sabendo de umas coisas pelo meu pai mas não era nada de mais, depois de alguns dias parei de tá verificando minhas redes sócias em busca de resposta. Nesses meses escolares mantive o máximo de distância possível de todos, só falava mais frequentemente com o Jonas e olhe lá. Como havia dito, chegou o mês de junho, precisamente o dia 02 que era o aniversario da escola onde sempre havia uma comemoração com algumas bandas, apresentações escolares, DJ, e a noite um baile, estava decidido a não ir, não gostava disso mas o Jonas me convenceu a ir depois de muita insistência coisa que eu vim descobrir depois o porque que ele queria tanto que eu fosse. Coloquei uma das melhores roupas e fui, tenho que admitir que o Jonas estava lindo, usava uma calça jeans preta e uma blusa social que destacavam muito os seus músculos e tinha feito um cavanhaque que havia combinado muito bem, mas não fui até ele pois estava com seus “amigos” e umas “amigas” todos o cercavam, me sentei em uma das cadeiras no fundo e lá fiquei, a diretora como sempre falava da importância daquela festa para escola e blá blá blá.

- Enfim, queria chamar aqui no palco Jonas do 1ª ano “A” para abri essa festa – falou a diretora fazendo todos gritarem.

Havia me esquecido de dizer que ele cantava e tocava, e sempre que havia essas festas na escola ele gostava de tocar e as meninas ficavam loucas. No momento olhei pra ele e percebi que ele procurava alguém em meio a multidão, foi quando os olhos dele encontraram o meu e um sorriso lindo apareceu, naquela hora acho que fiquei mais vermelho que uma tomate, foi ai que ele pegou o violão dele e foi pra cima do palco.

- Bom dia GALERA – falou já no palco

- BOM DIIIIA – responderam quase todos em coro

- Bem, hoje vou dedicar essa música a uma pessoa muito especial que há alguns meses vem mexendo com meu coração, Tá sendo difícil de domar essa fera – falou a maior parte olhando para mim

Depois disso as meninas começaram a gritar feito umas loucas e pude até ouvir algumas delas comentado: “Pra quem será, será que é pra mim? Não, acho que é pra mim”.

- coitadas – pensei

Não que eu pensasse que fosse pra mim, mas ah... sei lá. Ele era tão galinha pegava todas mas esse ano não o vi com ninguém apenas as meninas dando em cima dele mas nunca se sabe né.

- Então vamos lá – falou ele começando a tocar

“Você já percebeu que quando eu te vejo eu perco o chão

Que o simples fato de te ouvir me faz perder toda a razão

Quando você chega, minha mão transpira

Minha mente pira, eu já nem sei o que fazer

Já vi que esse lance tá ficando chato

Pois até meus atos não consigo mais conter

Não ligo se você nem tá ligando

Nem tão pouco se importando, mesmo assim vou te dizer

Já dei tempo ao tempo

Mas o tempo não me ajuda

Se tento te esquecer

Só faço te querer

Tá no meu pensamento, sentimento que não muda

Tô louco para te ter, só quero amar você” (Jorge & Matheus – Tempo ao tempo)

Só tenho uma coisa a dizer: foi lindo, estava com os olhos marejados, queria chorar mas não queria ser patético e se não fosse pra mim? Ah que droga, claro que era pra mim, ele passou a maior parte da música olhando para mim, sinceramente aquilo tinha tocado lá no fundo, era difícil de acreditar que ele estava gostando de mim de verdade, era tão surreal isso, apenas gostava dele como amigo e ainda sentia algo muito forte pelo Alex, sinceramente estava com medo dele se declarar pra mim, eu não iria saber o que fazer. Quando ele terminou todos o aplaudiram e as meninas como sempre gritando feito loucas, os “amigos” dele subiram no palco e o abraçaram, vi no momento que Jonas falou algo aos amigos e olhou pra mim, vi que ele estava com os olhos marejados, e saiu do palco, pelo caminho que ele tomou iria ao banheiro, será que era um sinal pra eu ir atrás?

- Ah quer saber? Que se dane, vou lá – pensei comigo

Dei uma disfarçada e segui corredor a dentro.

- Jonas? – falei entrando no banheiro – tá ai cara?

- Ah sim, só um minuto – falou e ouvi ele dando a descarga

- Tá – falei

- Opa, ainda bem que veio – falou saindo do reservado e indo em direção a pia

- Você insistiu tanto que acabei vindo – falei dando um risinho e ele também – Parabéns você canta muito bem – elogiei

- Ah obrigado cara – falou se virando pra me olhar

Que droga, ele estava agindo como se nada tivesse acontecido, se a musica era pra mim porque ele não falava logo.

- Pra quem era a música? – perguntei já muito curioso

CONTINUA...

Que saudades galerinhaaaaa, MUITO obrigado pelo carinho, como sempre deem suas notas, comentem, digam se estão gostando ou não, o que devo mudar ou manter emfim, tudo tudo.

AVISO: Eu estava com vontade de mudar o nome da serie para : “Um novo recomeço” o que vocês acham?

E só mais uma coisa; quem puder da uma divulgada sobre meu texto, dizer o que acha aos amigos e etc... isso vai me ajudar a continuar, claro se vocês quiserem ;)


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Comentários

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Muda, e esquece o alex, descreve jonas de novo

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Gostei continua e sobre o titulo gostei do seu novo nome

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Tomara que não seja pra você kkkkk u.u Vai que o Alex volte ne

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Eae cara tava ancioso pela continuaçao ^^ ta massa e nao muda o nome não deixa assim mesmo :) bjss darling byee

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Que legal continue logo... ah eu gostei do novo título, tem mas haver com a história.

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Não muda o título, tá bom assim. Se jonas não dizer que é pra ele eu desisto do mundo

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Muito Bom Continuaaa. Votandoo 10

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Gostei continua e sobre o titulo gostei do seu novo nome

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Quero muito que continui seu conto mostra que perdemos uma amizade que não era verdadeira e pode ganhar um amor. Que lindo, não demora a postar. Não muda o nome não que já se identificamos com isso.

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