Estávamos á algum tempo na pegação, eu não havia o deixado tirar nada alem da minha camisa, já estava ficando difícil controlar todo o desejo que eu estava sentindo.
-Deixa vai? –Ele pediu!
-Nossa primeira vez! –Neguei!
-O que tem?
-Você deixaria?
-Ue claro que sim, quer trocar?
-Trocar?
-Sim, eu te pego depois você me pega, pode ser?
-Então tá!
Nós beijamos mais um pouco, arranhei de leve as costas dele, ele pegou minha mão e levou pra dento da sua cueca, era grande e estava pulsando, eu tirei pra fora, um cheiro diferente exalou o ambiente, era diferente de tudo que eu já tinha sentindo, ele foi rapidamente abrindo o botão da minha calça e logo em seguida abaixou o zíper, retirou toda minha calça e baixou minha cueca ate os joelhos, quando íamos começar a brincar alguns meninos entraram no banheiro, eu mais que rapidamente coloquei minha cueca no lugar sentei no sanitário e coloquei minhas pernas na porta do banheiro, ficamos calados esperando que todos saíssem , quando isso aconteceu uma crise de risos me afetou.
Eu estava dentro do banheiro masculino de uma escola, com outro menino pelado bem na minha frente, de verdade não acreditava que estava tendo a mínima coragem de fazer aquele tipo de coisa, eu me julguei muito safado.
-Vamos continuar?
Eu não respondi apenas comecei a me vestir acho que ele entendeu o recado é também se vestiu.
-Olha o que aconteceu aqui...
-Nosso segredo - Interrompi.
-Hurum
Arrumei meu cabelo e saímos, morávamos em bairros distintos, fiquei aliviado em não ter que acompanha-lo.
Voltando ao assunto da menina, depois de muito tentar eu acabei admitindo à ela que não sentia nada por meninas, isso ocorreu na escola também, na hora do intervalo.
-Você está me dispensando?
-Não é isso!
-Então é o que?
-Eu não sinto prazer com você, da pra entender agora!
-Há isso eu já percebi há muito tempo!
-E porque não terminou logo?
-Eu gosto de você Wemerson, mas tudo bem, eu até entendo, olha pra provar que eu gosto de você vou guardar o seu segredo está bem?
-Obrigado, Bruninha!
-Não faz besteira, com sua vida, ouvir dizer que o HIV tem afetado muitos gays.
-Que isso, preconceito agora!
-Foi o professor de história que falou, você sabe o que ele pensa desse tipinho, alias a maioria dos alunos e professores da escola, lembra o que aconteceu com o Arthur?
-Não quero lembrar disso, ficou no passado!
-Não pense que você esta livre disso, todos na sala notaram aquele dia.
-Notaram o que?
-A me poupe, você saiu da sala dizendo que estava passando mau, você estava super bem, e depois o Patrick sai da sala alegando a mesma coisa?
-Virose, já ouviu falar? –Pensei rápido!
-A noite do mesmo dia, você não estava com virose nenhuma!
O sinal bateu, minha salvação, depois da conversa que tive com a Bruna nos afastamos um pouco, todos perceberam, no mesmo dia na hora da saída, toda escola já sabia que eu estava solteiro. Não fiquei com raiva disso, afinal de cotas era só a verdade.
Patrick investia cada vez mais em mim, eu sempre me esquivando, depois do que Bruna me disse resolvi não ficar com mais ninguém da escola, não poderia dar o mole se ser descoberto, estamos sim em ritmo de final de ano, eu já tinha me afastado da maioria das pessoas da minha sala, estava simplesmente me privando de todos novamente.
Assim que entramos de férias perdi o contato com todos da escola, todos mesmo passei a ficar só em casa, um dia estava na área de casa lendo um livro, a área do meu quarto fica nos fundos da casa no segundo andar. Eu estava lendo “Soul Love” um romance jovem bem legal, perdi total atenção no livro quando fui me espreguiçar e olhei o Andre só de cueca no quintal dele, nossas casas eram muradas claro, mas ainda assim eu poderia ver facilmente por cima do muro subindo para o segundo andar. Eu o fitei por um longo tempo, ele estava dando banho no cachorro, mas só de cueca, aquele corpo, estava se formando aos poucos, o cabelo dele estava caindo sobre os olhos, e a boca dele parecia ainda mais vermelha, uma delicia por bem dizer.
O livro que estava em minhas mãos caiu fazendo barulho, ele se virou e me viu.
-Tudo bem? –Ele disse!
-Er... ta tudo bem sim, e com você?
-Tudo numa boa, achei que estivesse com raiva, nunca mais falou comigo!
-Impressão sua!
-Mesmo depois da briga dentro do quarto?
-Tá tudo bem, juro!
-Calor né?
-Um pouco!
-Vem pra cá, vamos tomar banho de mangueira!
-Andre sua mãe sabe?
-Sabe de que?
-Nada não, dei xá pra lá.
-Eu comprei uns animes ontem, ta afim de ver?
-Anime de que?
Ele gesticulou com a mão, indicando masturbação.
-Hum quem sabe uma outra hora!
- hurum, quem sabe, terminei aqui, vou tomar um banho agora!
-Tudo bem, flw!
-Até mais.
Com isso eu até esqueci do livro que tinha caído, entrei pra dentro e me joguei na minha cama, eu estava começando a gostar do Andre, eu tudo o que eu já havia passado com essa de me apaixonar talvez não fosse me fazer criar juízo pra saber que isso nunca daria certo, o Andre vivia ficando com meninos mais novos, e ele era dois anos mais velho que eu, safado ao extremo, seria sofrimento na certa, mas ele era tão lindo, aqueles pensamentos ficaram me rodeando até eu cair no sono.
Acordei com batidas na porta do meu quarto.
-Entra!
-Oi
-O que você esta fazendo aqui?
-Vim te ver, tem problema?
Ele estava vestido com uma camiseta branca e uma bermuda xadrez, os cabelos estavam espetados, com algumas mechas caindo sobre seu rosto, sua boca deliciosa como sempre.
-Você usa batom? –Perguntei sem pensar.
-Não nem uso, por que?
-Sua boca é tão vermelha? –Ele corou!
-Obrigado!
Quando percebi que estava apenas com um short tacktel e com o cabelo bagunçando, foi a minha vez de corar.
-Preciso me vestir!
-Desculpa ter vindo sem avisar.
-Tudo bem, quem te atendeu?
-Sua mãe, ela estava saindo!
-Nem me avisou!
-Disse que ia fazer compras!
-Hum eu queria ter ido!
-Porque?
-Quero comprar alguma camisas, e eu tava querendo comprar um cordão sabe, vi no shopping uns dias atrás!
-Então vamos lá, depois vamos no cinema !
Olhei a hora no meu celular, era pro volta das 7:30.
-Vamos, só preciso tomar um banho!
-Tudo bem, eu espero!
-Senta ae!
-Ta bem!
Fiquei só de cueca, nem me toquei, peguei a toalha rápido!
-Desculpa!
-Relaxa!
Peguei uma cueca limpa eu fui tomar banho, tomei um banho rápido , me enxuguei, vesti a cueca e sai, escolhi usar um calça um pouco justa camiseta colada e moletom, estava um clima agradável que me permitia fazer aquela escolha, passei perfume.
-Vamos?
-Você esta gatinho!
-Sou difícil!
Mesmo não tendo noticias de que Andre andava aprontando ultimamente era sempre bom manter um pé atrás quanto tudo aquilo, precisava me cuidar pra não sofrer nenhum abuso, eu ser magoado novamente. Quando chegamos ao shopping o mesmo tinha inaugurado algumas semanas, como já havia dito “cidade pequena”, fomos na minha loja preferida, eu amava um coleção de camisetas que tinha lá, escolhi algumas peças e fomos para o provador, ao termino tinha comprado 6 camisas e 2 calças.
-Vamos comer pipoca mesmo?
-Eu não gosto muito prefiro Milk Shake!
-Eu também gosto, vem vamos comprar!
-Eu quero o de 800ml!
-Poço sem fundo é?
-Nem sou!
-Eu pago beleza?
-Nem pensar, macho não paga nada pra mim!
-Desculpa ai senhor hetero, eu vou pagar e proto, quer de que?
-Baunilha!
-Senta ae e me espera!
-Eu vou comprando os ingressos, e melhor!
-Tudo bem então !
Assistimos “Loivrai-nos do mau”, quando o filme acabou já era meio tarde, então resolvemos ir pra casa mesmo.
-Você gostou?
-Gostei sim, foi legal sair da rotina!
-Me usando é?
-Não queria ter ido?
-Claro que queria, com você então!
-Ouvi uma cantanda, é isso mesmo?
Ele sorriu, mais não me respondeu.
-Bem chegamos, boa noite
-Nem um abraço?
-Amigos Andre, amigos!
-Amigos se abraçam sabia?
Eu dei um abraço nele, demorou mais do que o esperado, quando nos largamos, fomos nos afastando aos poucos, péssima ideia, o perfume indescritível, alua em seu ápice em cotraste com nossas peles, deixando tudo ainda mais incrível, sua boca estava tão próxima da minhas, a respiração acelerada, nosso olhos se encontraram, eu estava mesmo apaixonado por um garoto que eu esnobava a poucos dias.
-E..eu –gaguejei.
-O que?
-Boa noite moço
Me virei e andei rápido ate a minha casa, elétrico eufórico, nem acreditava que aquilo estava acontecendo!