Capítulo 11
O Cumprir De Uma Promessa.
-Ahn... -Alec estava
preso aos olhos de Tsol. Mal tinha voltado à realidade, e já estava perto de perder a consciência de novo.
-Alec, me... -Tsol se interrompeu, de súbito. Quase como se o que dissesse a seguir, fosse matá-lo. Tsol ficou vermelho.
Alec, começou a recuar, até ficar no meio do seu ninho de cobertores.
-Não quero saber -Disse, raivoso. Tendo a sua raiva alimentada pelos hematomas, de quando Tsol apertou seu braço e seus ombros, até ficar machucado -E não encoste em mim. Se me tocar eu... - certo. Com toda a certeza, não há nenhuma ameaça que amedronte Tsol. Ele não parece ter medo de nada, nunca. Isso o extressa. Além de ser pequenininho e insignificante, não sabe nem elevar a voz para uma pessoa com facilidade -Ah, esquece.
Tsol o encarou por mais um momento, antes de abrir as abotoaduras de sua blusa vitoriana e massagear os pulsos. Ele pegou um copo na bancada.
-O que eu queria dizer, é... -Tsol encarou as chamas da lareira -Me... Me...
-Não precisa. -Alec não entendeu muito bem como, mas conseguiu entender que Tsol queria pedir desculpas -Você não tem cara de quem gosta de pedir desculpas.
Tsol o encarou, teimoso. Ele fungou pesadamente, fazendo seu peitoral subir e descer. Sua expressão mudou de teimosa, a determinada.
-Eu te devo isso, Alec. Você não entende.
-É sério. -Alec examinou o conteúdo do copo. Era chá. -é pra mim?
-É... -Tsol hesitou, olhando os enormes olhos castanhos de Alec. -Mas... Se eu não for pedir desculpa, preciso pagar de outro jeito.
Alec estava tão confuso, que sua cabeça doía. Tsol é tão bipolar que chega a irritar. Uma hora é mandão e chato, outra hora é raivoso e resmungão e em outra hora é compressivo e tonto.
-Não sei pra quê você quer pedir desculpa. -Até a sua voz era descrente -Você vai me fazer algo pior depois, e vamos brigar de novo depois, então não sei pra quê me pedir desculpa!
-Por quê... Você Não é Como as outras pessas, Alec! -Tsol encarou-o, irritado -Você...
-Sou louco! -Interrompeu Alec -É isso o que sou. Eu vivo ouvindo uma voz esquisita que, segundo o que percebo, é um lado retardado e assassino que vive dentro de minha cabeça!
"EI! " Shulåãn reclamou na mente de Alec "Eu tenho sentimentos, Sabia?!"
-Você é corajoso. -Disse Tsol - Eu admiro pessoas corajosas.
"Corajoso... ! " Imaginou Alec, irônico. "Tá pra nascer".
-Você é uma das poucas pessoas que já me enfrentaram... -Tsol encara o chão - o que você tem de pequeno, tem de corajoso. -Ele olhou pra Alec, que estava encolhido, quietinho, com os olhos fixos nos dele. -por falar nisso, quantos anos você tem?
Alec se lembrou do "seu dia" e franziu o cenho.
-Contando hoje, tenho dezesseis anos. -Ele respirou fundo. Não tem aquele momento que vem um peso no estômago, parecendo que você vai morrer de nervoso? Pois é! Alec tinha exatamente esse nível de vontade de voltar pra casa!
Mas pra isso, é necessário vencer.
Tsol parecia tão perdido naquela conversa sem pé nem cabeça quanto ele. Na verdade, ele pareceu ler os pensamentos de Alec, quando disse:
-Bem, acho que vou dormir na minha cama fria. Amanhã cedo, tenho que começar at marcenar suas flechas.
"Ah, Claro... " Imaginou Alec, que já não estava com saco pra esse humor indeciso insuportável de Tsol "Aí, daqui a meia hora, vamos ter uma briga feia, e vamos acabar com mais raiva ainda um do outro. Disso, ele vai gritar comigo, me xingar e dizer que não vai mais fazer porcaria nenhuma de arco e flecha ".
É, Alec conseguiu descrever direitinho a sua realidade atual. Ele passou a considerar o fato de nunca ter tido essa idéia de fugir de casa e ter recebido a notícia de que não iria pra orfanato nenhum com mais dignidade.
"Isso foi uma infantilidade extrema! " Alec pensou, contrariado "Agora, aqui estou eu... Nesse coma ridículo, nesse... Mundinho de meia tigela que meu pai contou pra mim, com esse loirinho insuportável, que vive pegando no meu pé e me xingando! ".
Cëla surgiu na mente de. Alec, inflando e tomando espaço.
"Ei, calma aí... ! " Reclamou o reflexo, zangado, como sempre "Uma informação por vez, senão meu cérebro explode! ".
Alec revirou os enormes olhos castanhos e assoprou o cabelo da frente dos olhos. Tomou um gole de chá de hortelã, que estava docílimo e quente. Sinceramente... Estava delicioso!
" Quer saber de uma, Alec? " Começou Shulåãn " Acho que você deveria dar uma chance pro Cabeça dura aí ".
Alec dava outro gole, escutando o que dizia seu reflexo, quando engasgou.
" Você não pode estar falando sério! " Explodiu Alec, em pensamentos "Ele é insuportável em todos os sentidos! Adimita, Shulåãn! Até você acha que ele me odeia!!".
"Não acho isso coisa nenhuma" Cëla cortou "Na verdade... Acho até que ele sente algo por você... "
Alec sempre gostou de Shulåãn. Mesmo quando ele era meio chato ou implicante demais. Mas isso... ISSO, vindo dele, era como levar uma facada nas costas do seu irmão mais velho!
"Isso foi a coisa mais RIDÍCULA da terra! " Alec estava tão estagnado, que gagejava " Mundo das Maravilhas, seja lá o que for, esse hospício em que eu vim parar! ".
"Alec... Esse " sentir" pode ser que ele só queira ser seu amigo, já considerou essa hipótese?
Amigo. Bem... Isso nem passou pela cabeça do garoto. Alec não sabia o porque de ficar tão nervoso ao ouvir falar de Tsol, mas sempre que aqueles enormes olhos azul cobalto miravam nos seus castanhos, ele sentia como se alguém estivesse injetado adrenalina líquida na sua circulação e o seu rosto queimava de vermelho.
"Mas quando ele quase beijou você... Essa hipótese, literalmente, não é mais válida ".
Alec sentia isso acontecer imediatamente. A ponta de seu nariz estava fria, suas mãos tremiam, havia uma inquietação no seu corpo e... E... Seu rosto queimava.
Alec olhou para Tsol e seu coração deu uma pontada de susto. Os olhos azul cobalto dele o encaravam fixamente. Ele tinha um pedacinho de madeira na mão e uma faquinha que ele tinha Visto semanas atrás na mão dele, quando estava limpando um castor e os esquilos que havia caçado.
-Você... tá bem? - Tsol desviou o olhar - Sua expressão tava meio... Confusa.
Alec estava tão aturtido por causa do olhar penetrante que recebera, que nem se deu conta, que a caneca virou um tiquinho de nada, e chá escaldante escorria por seu braçinho magro.
-AAAI!!! -Ele esperneou, mas conseguiu colocar a caneca de chá a tempo na bancada - Não, não estou bem.
Que ódio. Por culpa de Tsol veio parar nesse torneio, machucou a perna que estranhamente fechou do nada, quase morreu afogado, ficou cheio de hematomas e agora, uma queimadura!
Que Maravilha!
-Ah, esquece. - Alec pegou a caneca e engoliu o chá todo. Sua garganta, que estava doendo por causa da gripe, passou a arder. -Vamos dormir, amanhã cedo temos que derrubar aquela árvore qur você marcou.
Tsol concordou em silêncio e colocou a peça de madeira ao lado de uma cama * perto da lareira e colada na sua cama e ficou quieto, respirando calmamente. Alec adormeceu, encarando o cabelo loiro e fofo de Tsol, enquanto lembrava do dia que o lavou e sentiu a maciez deles...
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No Reino Vermelho
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-Por quê ele tava encarando o MEU Alec?! - Berrou o Príncipe. - Você viu não é, Ás?? Ele...
-Sim, vossa Majestade... -Disse Ás, solene, que, como sempre, concorda com o Príncipe - Mas lembre-se. O foco devemos ter agora, é outro.
"Ah, Claro... " Imaginou Alec, que já não estava com saco pra esse humor indeciso insuportável de Tsol "Aí, daqui a meia hora, vamos ter uma briga feia, e vamos acabar com mais raiva ainda um do outro. Disso, ele vai gritar comigo, me xingar e dizer que não vai mais fazer porcaria nenhuma de arco e flecha ".
É, Alec conseguiu descrever direitinho a sua realidade atual. Ele passou a considerar o fato de nunca ter tido essa idéia de fugir de casa e ter recebido a notícia de que não iria pra orfanato nenhum com mais dignidade.
"Isso foi uma infantilidade extrema! " Alec pensou, contrariado "Agora, aqui estou eu... Nesse coma ridículo, nesse... Mundinho de meia tigela que meu pai contou pra mim, com esse loirinho insuportável, que vive pegando no meu pé e me xingando! ".
Cëla surgiu na mente de. Alec, inflando e tomando espaço.
"Ei, calma aí... ! " Reclamou o reflexo, zangado, como sempre "Uma informação por vez, senão meu cérebro explode! ".
Alec revirou os enormes olhos castanhos e assoprou o cabelo da frente dos olhos. Tomou um gole de chá de hortelã, que estava docílimo e quente. Sinceramente... Estava delicioso!
" Quer saber de uma, Alec? " Começou Shulåãn " Acho que você deveria dar uma chance pro Cabeça dura aí ".
Alec dava outro gole, escutando o que dizia seu reflexo, quando engasgou.
" Você não pode estar falando sério! " Explodiu Alec, em pensamentos "Ele é insuportável em todos os sentidos! Adimita, Shulåãn! Até você acha que ele me odeia!!".
"Não acho isso coisa nenhuma" Cëla cortou "Na verdade... Acho até que ele sente algo por você... "
Alec sempre gostou de Shulåãn. Mesmo quando ele era meio chato ou implicante demais. Mas isso... ISSO, vindo dele, era como levar uma facada nas costas do seu irmão mais velho!
"Isso foi a coisa mais RIDÍCULA da terra! " Alec estava tão estagnado, que gagejava " Mundo das Maravilhas, seja lá o que for, esse hospício em que eu vim parar! ".
"Alec... Esse " sentir" pode ser que ele só queira ser seu amigo, já considerou essa hipótese?
Amigo. Bem... Isso nem passou pela cabeça do garoto. Alec não sabia o porque de ficar tão nervoso ao ouvir falar de Tsol, mas sempre que aqueles enormes olhos azul cobalto miravam nos seus castanhos, ele sentia como se alguém estivesse injetado adrenalina líquida na sua circulação e o seu rosto queimava de vermelho.
"Mas quando ele quase beijou você... Essa hipótese, literalmente, não é mais válida ".
Alec sentia isso acontecer imediatamente. A ponta de seu nariz estava fria, suas mãos tremiam, havia uma inquietação no seu corpo e... E... Seu rosto queimava.
Alec olhou para Tsol e seu coração deu uma pontada de susto. Os olhos azul cobalto dele o encaravam fixamente. Ele tinha um pedacinho de madeira na mão e uma faquinha que ele tinha Visto semanas atrás na mão dele, quando estava limpando um castor e os esquilos que havia caçado.
-Você... tá bem? - Tsol desviou o olhar - Sua expressão tava meio... Confusa.
Alec estava tão aturtido por causa do olhar penetrante que recebera, que nem se deu conta, que a caneca virou um tiquinho de nada, e chá escaldante escorria por seu braçinho magro.
-AAAI!!! -Ele esperneou, mas conseguiu colocar a caneca de chá a tempo na bancada - Não, não estou bem.
Que ódio. Por culpa de Tsol veio parar nesse torneio, machucou a perna que estranhamente fechou do nada, quase morreu afogado, ficou cheio de hematomas e agora, uma queimadura!
Que Maravilha!
-Ah, esquece. - Alec pegou a caneca e engoliu o chá todo. Sua garganta, que estava doendo por causa da gripe, passou a arder. -Vamos dormir, amanhã cedo temos que derrubar aquela árvore qur você marcou.
Tsol concordou em silêncio e colocou a peça de madeira ao lado de uma cama improvisada perto da lareira e colada na sua cama e ficou quieto, respirando calmamente. Alec adormeceu, encarando o cabelo loiro e fofo de Tsol, enquanto lembrava do dia que o lavou e sentiu a maciez deles...
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No Reino Vermelho
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-Por quê ele tava encarando o MEU Alec?! - Berrou o Príncipe. - Você viu não é, Ás?? Ele... MALDITO!
-Vossa Majestade... Lembre-se que esse não é o nosso foco por ora. Temos que nos preocupar com o Alec e a chegada dele.
Isso trouxe o Príncipe de volta a sanidade.
-Alec tem que chegar logo. Antes que dez pessoas atravessem o portão. -Disse o Príncipe, temendo o pior - Se ele não conseguir... - engoliu em seco - As regras do reino não permitirão que eu nem encoste nele... NUNCA MAIS!
O Príncipe sentiu um embargar no estômago e os olhos arderem. Ele ira chorar. Bem... Isso não é um problema. Se alguém comentar, reclamar ou rir, ele arranca a cabeça desse(a) desgraçado(a) com as próprias mãos.
Uma gota vermelha pingou no chão. Ninguém da sala de controle sibilou nem ao menos uma palavrinha. Nem RESPIRARAM. Mas encaravam o Príncipe fixamente.
Ás, com a mesma voz prestativa de sempre, ordenou que todos voltassem aos seus afazeres, o que, um por um fizeram. Alguns curiosos demais, ficaram encarando por um tempo. Outros, que já morrem de medo, voltaram tão rápido ao trabalho, que nem parecia que haviam parado.
"Incoerentes! " pensou Ás, com o nervosismo contido "Todos devem ter se esquecido do que acontece quando o Príncipe se descontrola!" .
Bem... Pode ser que todos esqueceram. Mas ele não. Na verdade, essa cena que presenciou quando era criança, o atormenta até hoje... E sempre vai atormentar!
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No Torneio, No Dia Seguinte...
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-Depois não quer ser chamado de teimoso. -Resmungou Tsol -Posso saber por quê diabos você me seguiu pra cá? Nem tá aguentando andar direito por ter corrido com a perna nessas condições!
-Me tornei Sociopata nesse Torneio. -Disse Alec - Tô odiando ficar sozinho.
-Não exagere - Tsol examinou o galho de uma árvore, Alec não entendeu o por quê ele estava analisando um galho, mas ele continuou lá... Olhando os galhos das árvores, até que agarrou um.
-É esse aqui - Ele arrancou um galho longo e quebrou um pedaço com o marchado - Usa de bengala.
Alec se sentiu velho, de uma hora pra outra. No dia anterior havia feito 16 anos, mas sentia como se já fosse um ancião.
-Obrigado. - Ele aceitou, deixando todo o peso do seu lado direito cair sobre o galho, enquanto avançavam.
Eles chegaram à mesma clareira, em que havia tido aquela discussão terrível. Alec obsevou o lugar em que havia sido empurrado no rio e sentiu um arrepio de desconforto se alastrar pelo seu corpo. Aquele frio insuportável do rio... Isso é uma tortura para gente frienta como ele.
-Que tal ir quebrando umas castanhas, enquanto eu derrubo essa árvore? - Perguntou Tsol, empunhando o marchado.
-Você vai chamar a atenção dos outros participantes do torneio. Alec lembrou, abobado.
-Eu mato com o marchado se esse for o caso. -Disse Tsol - Lembre-se, Alec: Eu sempre cumpro o que prometo.
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Came;)
Perdão por não postar ontem!! Curso!