Excelente o conto. Nota 10.
A namoradinha
Conheci Juliana como conheci tantas outras bonecas. Seu anúncio nos classificados do maior jornal local me chamou a atenção, talvez pela palavra "novata" em destaque. Sua voz ao telefone, feminina e delicada, soou muito simpática, o que sempre é um bom começo. Nada pior que uma daquelas cheias de marra, que só pelo primeiro contato, já deixam na cara que vão te tratar com a maior má vontade.
Estranho dizer, mas parece que já rolou uma "química" entre nós desde o primeiro contato, antes mesmo de nos vermos. Ficamos muito mais tempo conversando do que costumam ser esses papinhos só pra saber onde, como e quanto. Parecíamos velhos amigos batendo papo. Fiquei muito mais ansioso para conhecê-la do que qualquer outra com quem já havia combinado uma foda por telefone.
Achei o seu 'cafofo' meio indiscreto, bem em frente a um local movimentado à beça, um entra e sai danado de gente. Maior medo de dar de cara com alguém conhecido, vai saber. Mas não resisti e toquei a campainha. Não me arrependi de arriscar.
A morena jambo que atendeu à porta me encantou de imediato. Passaria tranquilamente por uma menininha de dezenove anos, uma daquelas namoradinhas da adolescência de quem tão bem nos lembramos. Vestida despojadamente, nada mais que uma camiseta branca de algodão e um shortinho jeans apertado, toda sexy, no jeito mais simples de expressar isso. Não precisava de produção alguma para ser bela e desejável.
Os peitinhos, pequeninos, só de hormônio, nada daqueles exageros, marcavam e transpareciam na camiseta alva. As coxas, não muito grossas, mas bem torneadas, também chamavam a atenção. Um lindo sorriso, de dentes muito brancos, me recebeu como a um querido amigo, acompanhado de um simples e afável "oi!".
E a atração que não deu pra esconder nem por telefone, ao vivo e em cores, a cor do pecado de sua pele morena, se mostraria ainda maior. Quando percebi, estávamos nos beijando. Coisa rara em encontros furtivos no meio da tarde ou em trepadas apressadas em becos escuros, bancos de carro ou hotéis de giro rápido. Mas muito gostosa. Prelúdio de algo grandioso e inesquecível.
O entrelaçar de nossas línguas foi tão divino, e durou tanto, que parecíamos não querer nada além daquilo. Mas os seios que eu apenas imaginara por debaixo da camiseta, agora estavam para fora dela. E eram tão lindos, e deliciosos, que não dava para deixar de prová-los. Lambi com sofreguidão aqueles mamilos escuros e durinhos, fazendo Juliana gemer e se arrepiar todinha. Deslizei minha língua por toda a pele visível, demorando-me especialmente em seu lindo umbiguinho, adornado com um piercing prateado.
Quando ela se livrou enfim do shortinho jeans, revelou uma tanguinha de renda branca quase transparente. Só uma tirinha praticamente atrás, deixando ver e admirar uma bundinha linda, pequena, mas toda empinadinha. Já me imaginei encaixando nela, enquanto puxava seus cabelos longos. Meu pau ainda estava guardado na calça, mas já estava explodindo de tão duro.
Na frente, uma tanga tão pequena parecia não conseguir esconder muita coisa. E o brinquedinho que escapuliu dela realmente não era dos maiores que eu já enfrentara. Bem longe disso, aliás. Duro, talvez tivesse uns quatorze centímetros, se muito. Parecia um grelinho um pouco mais desenvolvido, não fossem as bolinhas logo abaixo. Comecei a mamar nele como se estivesse lambendo uma das namoradinhas dos velhos tempos.
Pequenininha, mas perfumada. A piroquinha da Ju, como nossa recente intimidade já permitia chamá-la, tinha um aroma de flores do campo. Um perfume que eu já sentira, só não lembrava quando e onde. E que trouxe reminiscências, misturadas com o mais puro tesão. Engoli o brinquedinho todo, várias vezes, enquanto um dedinho safado brincava com o seu buraquinho.
Foi a vez de Juliana conhecer a minha ferramenta. Abriu meu zíper com curiosidade e virou os olhinhos ao conferir o meu grosso calibre. A mesma cara de safada de tantas garotas que já haviam brincado com ele nos bons e velhos tempos de moleque. Deu uma abocanhada de uma vez só. E mamou gostoso, como só as travestis sabem fazer. Mulher alguma domina essa arte com tamanha maestria.
Transamos loucamente. Comi Juliana em todas as posições que conhecia e mais umas outras que ela me ensinou na hora. Não sei quantas vezes gozei naquela tarde, nem contei. Me senti um guri de vinte e poucos anos, cheio de fogo e não o negando nunca. Exaustos, chegamos a dormir abraçados. Não pareceu em momento nenhum um encontro entre uma profissional do sexo e um cliente. Seu telefone foi parar na minha agenda.
Não liguei no dia seguinte, embora tenha passado o dia com vontade de fazê-lo. Mas dois dias depois, já estava telefonando de novo. Em minutos, já era recebido com o mesmo sorriso e, no lugar do short e camiseta, um singelo vestidinho florido. Que caiu no chão tão logo o portão fechou, revelando um corpo já desnudo e pronto para o amor.
Sussurrei no ouvido de Juliana o que estava com vontade de fazer naquele dia, e vi surgir em seu rosto o mais malicioso dos sorrisos. A namoradinha, toda sacana, foi se posicionar atrás de mim. Tirou minha camisa de uma vez só, acariciou meus mamilos, arranhou as minhas costas. Abriu e arriou as minhas calças e começou a pincelar, carinhosamente, minha bunda. Sem qualquer cerimônia, e dizendo palavras que me faziam perder a noção do que estava fazendo, me penetrou e levou à loucura. Bombou meu rabo até que ficássemos os dois de pernas bambas. Tirou um instantinho antes de gozar e me presenteou com fartos jorros no rosto, que escorreram por ele todo. Me fez lamber cada gota, até ficar tudo bem limpinho. E retribuiu à altura, me mamando feito uma bezerra até me fazer explodir em sua garganta.
Foram quatro meses em que nos vimos, sem exagero, quase todos os dias. Não foi a primeira trans com quem tive um relacionamento, mas foi o mais intenso. Dormi na casa dela em alguns finais de semana, em que trepamos até não aguentarmos mais. Saímos juntos algumas noites, apesar do meu jeito caseiro. Bebemos todas juntos e fizemos amor na rua, sob o luar. Passeamos de mãos dadas por aí. De vez em quando a pegava no colo e lembrava daquele nosso primeiro e inesquecível beijo na boca. Era uma namoradinha diferente, que também me comia de vez em quando. Sabia que ela continuava tendo outros clientes e não cobrava nada dela. Mas mantive a minha própria fidelidade. Enquanto estive com ela, não saí com qualquer outra travesti. Ou mulher. Ou ser vivo.
Um dia, logo depois de uma transa que pareceu um pouco diferente, meio fria e formal, ela me pediu para que não nos víssemos mais. Revelou que estava se apaixonando por mim e que isso não poderia acontecer, de jeito algum. Compreendi, embora lamentasse o término da nossa relação. Sofri um tantinho, até chorar, chorei (tô contando só pra vocês, hein?), como em qualquer final de relação. Apaguei o telefone dela da agenda, mas não da minha própria memória. Vez por outra, me pegava parando o carro em frente da casa dela novamente, esperando o portão abrir para ver de novo aquele lindo sorriso. Um dia até vi, mas ao notar outro homem deixando sua casa e a beijando como eu, preferi ir embora. Vi na internet suas fotos e notei que os peitinhos por que me encantei viraram enormes seios de silicone. Talvez mais bonitos e chamativos. Mas não vou esquecer nunca daqueles naturais que conheci tão bem. Um dia espero revê-la. Ou, se isso não puder acontecer, me apaixonar novamente, por uma nova namoradinha travesti.
Comentários
mito bom
Um conto muito bom .....e vc se apaixonou por ela também ......na verdade amor é universal , não têm sexo !!!