Desci pelo corredor e eu não sei se pela raiva eu acabei me perdendo e não sabia mais como fui parar alí. Direita? Não, esquerda... Por qual o corredor que a enfermeira nos levou mesmo? Apareceu uma enfermeira num corredor à minha esquerda.
- Desculpe, você pode me dizer onde fica o elevador?
- Aqui. – ela apontou logo a frente.
- Ah... Obrigado.
Talvez estivesse ficando meio cego também, quem sabe? Entrei no elevador e ele me levou pro térreo. A sala de espera ficava à direita. Disso eu sabia. Encontrei com o Kaio com um copinho de café caminhando.
- E aí? Como o cara tá?
- Ele tá bem. Já foi medicado e deve ser liberado até o fim da tarde. Olha, eu sei que o dia tá amanhecendo – eu olhei pro relógio e já eram quase 6 da manhã – mas você pode me levar num lugar? Eu poderia pegar um táxi mas é porque é urgente. De lá eu me viro sozinho pra voltar, vocês podem ir pra casa.
- Claro. Se preocupa com isso não. Pra onde? – ele terminou de engolir o café e caminhou pra um lixeiro. Eu fui atrás dele.
- Na casa onde a gente trouxe o Bernardo. Na casa da ex dele. Eu acho que ela pôs algo na bebida dele. Por isso isso tudo aconteceu. Eu preciso tirar satisfação com ela.
Kaio ia jogando o copinho de café no lixeiro e me olhou rapidamente com cara de “Como é?”. Notou na hora minha relação com o Bernardo. Ah, que se dane!
- Lucas... aquela mulher tá aqui. Na sala de espera com o Igor.
- O que?
- Estão conversando há um tempinho já. Ela chegou chorando aí querendo saber notícias do cara.
Eu não dei mais ouvidos. Saí correndo pra sala de espera. Ao chegar lá eu vi o Igor de pernas cruzadas em uma cadeira e ela sentada em outra ao lado dele. Amanda estava chorando e enxugando o nariz.
- O que você tá fazendo aqui? – eu gritei ao entrar na sala.
Igor levantou rápido e me olhou me advertindo do silêncio.
- Eu vim saber como ele tá. Ele acordou?
- Não graças a você! Você colocou algo na bebida dele não foi? Eu vou te prender!
Ela voltou a chorar.
- Eu só pensei em fazer um jeito dele curtir a festa e vir ficar comigo. Não pensei que... – ela soluçou - ele fosse ficar mal. Todo mundo toma essas coisas.
- O Bernardo toma remédio controlado! Se você é da gangue que toma essas coisas não deveria estar perto dele mesmo! Quem eram esses caras que estavam contigo?
- Não posso dizer. Eu não posso... – ele chorou mais.
- Fala! Eu vou trancar vocês todos na cadeia! Você quase matou o Bernardo! – Eu tentei avançar pra cima dela mas o Igor me segurou.
- Eles estão me ameaçando Lucas... Eu não posso... Não posso dizer quem eles são senão eu já era. Se o Bernardo não melhorar eu tô ferrada.
- Você acha que vai sair assim? Você quase matou uma pessoa sua louca!
- Não fala isso! – ela desabou na cadeira.
- Lucas, calma... – Igor pegou nos meus ombros. – Ela só é alguém que agiu sem pensar. Inconsequente. Não adianta mais. O Bernardo tá bem, isso que importa.
- Mas Igor...
- É claro que ela não vai sair assim, Lucas! Calma! É só mais uma pessoa cega pela ambição... Eu já conversei com ela.
- Eu vou embora Lucas. Eu juro que eu nunca mais me intrometo na vida do Bernardo. – ela disse.
- Vai pro inferno!
- Amanda, o que a gente conversou. Daquele jeito. Vamos. – ele fez sinal pra ela levantar.
Eu olhei pro Igor confuso.
- Calma. Você não vai ganhar nada se fizer o que tem vontade agora. – ele sussurrou no meu ouvido. Eles dois foram pra recepção.
Kaio veio pra sala de espera.
- Eu vou furar o chão de tanto caminhar daqui pra lá... Devo ter tomado quase um litro de café. – ele falou e sentou numa cadeira passando as mãos no rosto.
- Foi mal envolver vocês assim.
- Tudo bem... – ele sorriu.
Olhei pra recepção e vi a Amanda dando um papel pro Igor e apertando a mão dele. Lhe deu um abraço e chorou mais no seu ombro. Ele falou algo olhando sério pra ela e então começaram a voltar. Eu fiquei parado e de braços cruzados esperando uma explicação daquilo. Ele estava do lado dela???
- Lucas, a Amanda tem umas coisas pra te dizer.
- Fala logo!
- Eu vou embora. Embora da cidade porque se o Bernardo não melhorar os caras podem me encontrar por aí, eu não posso dar mole. – ela suspirou – Eu vou arcar com toda e qualquer despesa que ele tenha aqui no hospital. Que ele ou você tenha, não se preocupe. Eu sei que o que eu fiz foi errado e não vai acontecer de novo, é claro. Eu preciso de um tempo... Vou trancar minha matrícula enquanto há tempo e partir pra cidade dos meus pais... – ela olhou pro Igor e ele fez sinal pra que ela continuasse – em Palmas no Tocantins. Devo ficar lá... Não deixe essa informação vazar por favor. Eu deixei uma grana com o Igor e deve servir pra vocês resolverem tudo aqui. Deixei também meu telefone pra caso surja algo novo daí você me liga e só me dá o número da sua conta que a gente resolve. Lucas... – ela começou a chorar de novo. – eu me sinto a pior pessoa do mundo e nem que eu te desse todo o meu dinheiro eu conseguiria viver em paz de novo. Diz pro Bernardo que eu sinto muito mesmo.
Eu olhei pro Igor e ele piscou pra mim.
- Some. Não volta mais não. Você tem sorte. A gente ia te denunciar.
- Eu sei.
- Então deixa o dinheiro e se manda. Eu acho bom nada acontecer com o Bernardo daqui pra frente. Ele é meu namorado. Você tem que aprender a conviver com o fato de que as pessoas simplesmente não gostam umas das outras e Bernardo não gosta mais de você.
Ela cortou o choro de imediato. Me olhou fixo e acenou com a cabeça.
- Dá licença.
Ela passou por mim e pegou uma mala grande vermelha que eu nem percebi que estava ali no canto. Foi saindo e na porta do hospital havia um táxi a esperando.
Eu não sabia se aquela era a melhor decisão, mas da onde eu e o Bernardo íamos tirar dinheiro pra pagar aquele hospital? Só entramos sem pagar porque era urgência e espera-se que quem vá resolver urgência em um hospital particular é porque pode pagar. Não era nosso caso. Mas e se eu levasse o Bernardo pra algum hospital público? Quando será que ele seria atendido? UTIs vivem lotadas! Não, eu estava no lugar certo mesmo. Eu me segurei pra não gritar e deixar pra lá tudo que ela falou. Denunciar essa vadia e ver ela presa! Mas Amanda sofreu mesmo com o que aconteceu. Não era fingimento. Realmente não era... Ela gostava do Bernardo, do jeito dela, mas gostava. É incrível como pessoas se deixam levar umas pelas outras assim e cometer loucuras desse tipo. Que doideira...
Ao chegar na porta do carro ela pegou na maçaneta e olhou pra mim.
- Lucas, cuida dele. Bernardo tem muito mais a te oferecer do que você imagina. Nosso lance não era só sexo, não pra mim.
Ela entrou no carro e segundos depois ele saiu.
- Pronto. Acabou... você fez a escolha certa Lucas. Bernardo não vai mais ter nenhuma complicação daqui pra frente, o médico me disse. – Igor falou do meu lado.
- Eu espero que sim. Você falou com o médico?
- Dr Alexandre? Sim. É amigo da minha mãe. Quando ele tava indo pro quarto do Bernardo eu encontrei com ele no corredor e ele me disse isso. Mas disse que estava preocupado sobre a droga. Quando ele falou rupinol eu logo saquei. Muito óbvio. Ninguém em sã consciência toma rupinol assim.
- Ela disse que deixou dinheiro contigo.
- Foi.
- Quanto?
- Hum... Digamos que mais do que qualquer indenização que qualquer juiz poderia mandar ela pagar. Se você fosse pra justiça isso não daria cadeia não... No máximo indenização, que não seria nem metade da metade disso – ele me entregou o cheque – e serviço comunitário. Acho melhor você guardar esse cheque. Não é pré-datado. Já pode ir sacar se quiser.
Eu olhei o valor e não havia nada menos que R$ 70.000,00. SIM! R$ 70.000,00. Você não leu nem eu digitei errado.
- Meu Deus...
- Eu disse que você tava fazendo a escolha certa, não disse?
- Você arrancou tudo isso dela?
- Ela chegou com uma proposta menor, eu negociei, negociei... Perguntei se ela achava que isso pagava o que ela fez. Disse que entendia o lado dela e pronto. Disse que ela teria que dizer pra onde estava indo caso você precisasse ir atrás dela, mandei ela deixar contato e tudo mais. Ela só queria a confirmação que nada iria acontecer com o Bernardo. Eu disse que o quadro dele era grave, ninguém sabia de nada. Ela ficou mais preocupada ainda e assinou o cheque. Ela já ia embora de qualquer forma pra se livrar dos caras lá...
- Obrigado.
- Lucas, paga a conta do hospital e leva o Bernardo pra casa no fim da tarde. Usem esse dinheiro como vocês quiserem. Viagem, comprem alguma besteira, invistam nos estudos, deem entrada num apartamento... sei lá. Se virem. Com esse valor isso não é difícil. E não se preocupe, eu não cobro honorários, ainda né! E não precisam ir pra empresa amanhã, não se preocupem. Quanto a terça-feira eu não garanto nada. Mas vou tentar ajeitar. Aviso assim que der. – ele riu.
Eu segurei o choro e deu um abraço nele. Eu não tava errado quanto ao Igor. É o tipo de amigo que você quer ter sempre por perto. Até hoje ele descasca abacaxis pra mim. É de longe uma das melhores pessoas que eu tenho a minha volta.
- Obrigado de novo.
- Relaxa. Me deixa só me despedir do Bernardo, aí eu vou pra casa que eu tô exausto. Não sou bom em passar sono não e já tá claro.
- Claro. Vem.
Subimos até o quarto do Bernardo. O Igor entrou.
- Ei, tudo bom? – ele falou e acenou quando entrou e eu fui atrás dele. Bernardo riu.
- Quer dizer que você é assim na vida real também?
- Não entendi.
- Você falou como todas as manhãs lá na empresa.
A gente riu.
- Como se sente?
- Bem. Só dor na cabeça. Mas o médico disse que vai passar logo. O que vai durar alguns dias é a dor no meu abdome.
- No abdome?
- É... é que eu pus muita força pra vomitar quando cheguei. Meu estômago e minha garganta estão acabados.
- Então tem que cuida pra não infeccionar a garganta.
- Ele falou.
- Posso dar uma olhada nos seus remédios?
- Ele deixou a receita aqui do lado. – ele apontou.
Igor pegou os papéis e ficou olhando.
- Você dá uma de médico também é? – Bernardo perguntou.
- Não. Minha mãe é. Daí eu aprendi umas coisas sobre medicamentos... Deixa pra lá. Tá tudo certinho aqui sim.
- Igor, obrigado por tudo. Se vocês não chegam lá na hora certa eu nem sei...
- Tudo bem. Você tem sorte e um ótimo namorado também. – ele riu. Bernardo ficou vermelho. – Eu preciso agora. Lucas, se quiser eu te levo e te trago pra você tomar um banho e trazer alguma roupa pro Bernardo pra quando ele sair no fim da tarde. Você também precisa comer e tudo mais... Do Bernardo quem vai cuidar é o hospital.
Gente, que demais! Claro que eu queria! Nem pensava nisso...
- Ah, seria ótimo! Se não for incomodar é claro!
- Não. De boa. Me deixa só achar o Kaio que já deve ter caminhado pelo hospital todo. Vou tá lá embaixo esperando.
Ele apertou a mão do Bernardo e saiu.
- Ele junto com o Kaio são uns fofos. – eu disse me aproximando.
- E nem são namorados... Eles são primos, acredita! Ele me disse na festa.
- Primos? Eles são namorados, Bernardo!
- O que??
Eu ri tanto disso...
Eu saí com o Igor e o Kaio e fomos primeiro comer. Paramos numa lanchonete e tomamos café. Foi bom conversar com eles. Eles tem um senso de humor incrível! Enquanto a gente comia eles riam e conversavam muito. O Kaio é muito engraçado! Fiquei sabendo o babado do carnaval, o que aconteceu e tudo mais... Alí eu entendi o porquê do assunto ser chato. Coitado do Kaio, gente... nem foi culpa dele!
Eles me levaram em casa e me esperaram tomar um banho rápido. Joguei na mochila uma roupa pro Bernardo e voltamos pro hospital. Íamos escutando no carro umas músicas que eu não conhecia nem de perto. Mas eram legais.
Me deixaram no hospital e se foram. Eram umas 9 da manhã. Eu fui pro quarto e o Bernardo já havia comido. A enfermeira disse que ele vomitou um pouco do que comeu, sinal que o estômago ainda estava mal. Mas não passou disso. Eu reclinei minha poltrona ao lado da cama dele e acabei pegando no sono. Acordei meio dia. Eu estava muito cansado. A enfermeira estava entrando no quarto.
- Como está Bernardo?
- Beem... Eu já disse pra vocês. – ele disse revirando os olhos.
- Hora de almoçar!
Incrível como elas falavam. Pareciam estar falando com uma criança, fazendo gracinha, mudando a voz, não sei pra quê.
Me espreguicei e fui pro banheiro lavar o rosto. Que lindo par de olheiras eu arranjei. Iriam demorar uma semana dormindo pra sair... Voltei para o quarto.
- Tem como eu comprar meu almoço? – perguntei pra enfermeira que dava a comida na boca do Bernardo. Ele me olhava esperando algo.
- Tem sim. O almoço custa R$ 20,00.
- O que?
Que absurdo!
- Qualquer refeição a mais é esse valor. Apenas as refeições do paciente são de graça.
Eu ia reclamar mas... espera! Eu tinha dinheiro!
- Pode deixar a comida dele aí. Deixa que eu dou.
- Você? – notei que ela me olhou.
- Sim. Eu. Não pode?
- Claro... Quando terminar é só chamar pra que seja recolhido tudo. E o soro dele está acabando, quando tiver mais perto tem que chamar também.
- Pode deixar...
Ela saiu da sala.
- Gostei de ver. Tá aprendendo a ter ciúme hein! – ele disse rindo. – Queria ver até quando tu ia deixar ela me dar comida na boca!
- Cala a boca e come. – Eu comecei a dar a comida pra ele.
- Vida de rei! – ele falou de boca cheia e cruzou o braço disponível atrás da cabeça.
- O rei deve ter dinheiro pra pagar não? – eu limpei o seu queixo.
- Vou falar com minha mãe. – ele virou o rosto recusando a colherada. – Ela deve vir aqui hoje a tarde.
- Abre a boca.
- Espera eu engolir né!
- Você acha que ela vai pagar tudo?
- Não sei nem se ela pode pagar parte. Cartão de crédito, cheque, sei lá... Sem pagar é que eu não posso sair. – ele abriu a boca e eu depositei a comida.
- Olha... eu preciso te contar exatamente o que aconteceu essa noite.
- Me drogaram? – ele falou de boca cheia.
- Você já sabe?
- Sim. Nem importa... a gente nunca vai saber quem foi.
- Foi a Amanda!
- A Amanda??
- É. Aquela vadia te drogou pra ficar contigo. Você não se deu bem com a droga e passou mal, ela se sentiu culpada e te levou pra casa. Na verdade dois caras te carregaram. Lá você convulsionou.
- Eu não acredito nisso... – ele fechou os olhos.
- Ela foi embora da cidade... Come.
- Sério? – ele ficou de boca aberta esperando a comida.
- Foi embora com medo de você morrer e ela ir presa. – eu dei a comida. - Ela disse que tava sendo ameaçada pelos caras, os mesmos que te carregaram... daí ela foi embora e o Igor fez ela deixar uma grana pra pagar suas despesas.
- Tá certo! Ela que é a responsável, é quem tem que pagar mesmo! – ele falou apontando o dedo pra mim com a boca cheia. – Me dá água.
Eu dei o copo com canudo. Ele sugou.
- Pois é. Mas olha só isso... – eu puxei a carteira e mostrei o cheque.
Bernardo observou.
- Meu Deus do céu!!
- Muita grana né... Como ela consegue tanto dinheiro assim?
- Ela é viúva de um cara há 3 anos. Herdou muita coisa, mesmo após dividir com os filhos do coroa.
- Hum... Só sei que a gente não precisa mais se preocupar com ela. Acabou. Finalmente. Abre a boca.
Terminei de dar comida pra ele e chamei a enfermeira pra trocar o soro. Fui comprar o meu almoço. Voltei pro quarto e dia de domingo é o pior dia pra você ligar a TV aberta porque não há nada que se aproveite.
Bernardo ficou assistindo algo... eu caí no sono de novo na poltrona. Acordei com algo nos lábios. Bernardo passava o dedo brincando com minha boca.
- Acorda menino! Eu preciso ir ao banheiro.
Eu apertei o botão que chama a enfermeira e o levamos no banheiro. Naquele momento eu vi que Bernardo ia me dar muito trabalho. Ele não conseguia deixar a coluna reta, andava com os ombros curvados pela dor no abdome.
- Ainda dói muito? – A enfermeira fazia massagem no abdome dele quando voltou pra cama.
- Não...
- Dói aqui? – ela apertou.
- Dói!
- É seu estômago. O jeito é tomar os remédios e esperar.
- Fazer o quê né...
Ela saiu do quarto. Eu fui lavar o rosto.
- Como você consegue não sentir sono? – eu perguntei enxugando os olhos.
- Eu já tirei vários cochilos. Você é que desmaia aqui do meu lado.
- Tem que ligar pra sua mãe.
- Eu vou. Quando chegarmos em casa e estiver tudo bem.
Isso foi pra vocês terem uma noção de como foi o resto do dia no hospital. 5h da tarde o médico entrou na sala e o examinou pela última vez já com os papéis da alta nas mãos. Disse pra ele tomar cuidado, não se deixar levar por aparências em festas. Alta assinada eu fui chamar um táxi pra ir pra casa. O pagamento do hospital ficou para o dia seguinte. Eu disse que estava sem cheques e na segunda eu transferiria o dinheiro ou deixaria um cheque lá. Mentira, nem talão de cheques eu tenho... Eles concordaram e me pediram pra depositar identificado em uma determinada conta lá. Aleluia! Assim o fiz. O resto do dinheiro foi todo depositado na conta bancária do Bernardo.
Fomos pra casa e eu fui cuidar do Brutus que não tinha nem água nem comida. Levei Bernardo pra cama pra ele ter repouso como o médico mandou. Após isso eu fui cuidar na casa e tudo mais. Que dia! Bernardo ligou e contou “tudo” pra mãe dele, se é que me entendem. Disse que foi apenas uma queda de pressão mas tudo estava bem.
Igor me ligou e perguntou se estava tudo bem eu disse que sim, expliquei do estado do Bernardo e do que o médico havia dito na alta. Ele disse que estávamos liberados pelo resto da semana no estágio. Graças a Deus! Daí lembrei que não havia respondido nenhuma mensagem ou ligação do pessoal da universidade. Respondi as mensagens dos meus outros amigos e disse que estava tudo bem. Havia encontrado o Bernardo e depois explicava tudo. Preparei um jantar com as coisas que a enfermeira falou e dei pro Bernardo. Dei o remédio a hora e tudo mais...
Dois dias depois o Bernardo já caminhava sem sentir dor no estômago mas ainda estava debilitado. De vez em quando ele dava febre por conta da garganta mas os remédios ajudavam. Ele não conseguia rir, nem tossir, nada que forçasse o abdome. A gente passava o dia todo juntos porque eu não gostava de sair e deixa-lo sozinho com dor. Só ia pra minha aula super rápido.
Após a aula de terça-feira os meus amigos vieram em minha casa. Eu já havia contado o que aconteceu.
- Entra gente.
- Bernardo está no quarto? – Natan perguntou.
- Tá...
- Eu quero me desculpar. Vim na paz. Sério.
- Tudo bem.
Entrei no quarto pra falar com ele.
- Bernardo, os meninos vieram te ver...
- Manda eles entrarem. – na certa ele pensou que eu falava do Igor e do Kaio.
- Oi, tá melhor? – Júlia perguntou.
- Ah... são vocês... Tô sim. – Bernardo sorriu.
Rony se reservou a apenas sorrir e apertar a mão do Bernardo. O problema foi quando o Natan entrou no quarto.
- Você???
Aff... confusão formada.
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Eaí gente?
Desculpem a demora. Eu precisei viajar até a cidade dos meus pais para votar e cheguei hoje, internet lá é uma coisa meio tensa... Mas enfim, voltei. Hoje ia ser o último capítulo, assim de supetão mesmo mas decidi alongar mais um pouquinho pra os que tanto pedem rs. O capítulo de hoje tinha 15 folhas no Word! O maior que já escrevi. Achei demais e decidi quebrar.
Além disso, eu preciso antecipadamente pedir desculpas pelo fim da Amanda. Eu sei que não agradou a todos, assim como o fim do Klaus no conto "A primeira vista". Havia uma versão do capítulo de hoje quase 100% fictícia onde a Amanda era presa no hospital e tudo mais. Mas sendo estudante de Direito como sou, não posso inventar uma coisa dessas, então preferi manter do jeito que foi mesmo. Desculpe se não agradou a todos. Amanda ainda vai aparecer no próximo capítulo, adianto.
Eu gostaria de agradecer os emails que recebi de ontem pra hoje. Vocês são as coisas mais fofas desse mundo. Respondi a todos, um por um. Aguardo mais.
Muito provavelmente o próximo capítulo será o último. Mas se eu conseguir alongar mais eu alongo, mas sem compromisso!
Drica Telles(ametista): Sim, muito usada por estupradores também porque a vítima não tem consciência nem reflexo então é mais fácil praticar o ato sem nenhum ato de protesto da vítima. Fora a musculatura da vagina completamente relaxada. Eu ajudei os meninos porque me sentia responsável também pelo o que aconteceu, eu deixei o Bernardo sozinho. Na verdade, eu ia pagar a conta do hospital, mas quando conversei com a Amanda e vi que ela estava de fato arrependida e estava muito preocupada com o Bernardo eu me aproveitei disso e ajudei os meninos em vários outros setores. Hoje eles não passam mais perrengues e dinheiro não é problema pra eles. Se estabilizaram bem. Já a Amanda... você tem que ler pra saber.
Renan46a: Estou tentando ao máximo esticar.
yumi: Estuda juíza!
Drica (Drikita): Muito cuidado com rupinol! Sério! É um terror!
esperança: *-*
mille***: Que horrível cara! Cuidado.
Higor Melo: Não. Ele vai ficar aí e pronto! Daí quem acessar meu perfil vai ler primeiro o "Um estranho" e depois o "A primeira vista" pra saber quem são Kaio e Igor. Tipo, nessas séries de livros que lança-se a história principal e depois um volume só contando coisas antigas pra esclarecer melhor? Vai ser tipo isso. Kaio mandou um abraço por você outro dia dizer que se identifica com o jeito de ser dele. Eu esqueci até de escrever aqui mas ele falou isso.
Lost boy: Xô te adiantar... O conto "A primeira vista" tem duas temporadas. A primeira se passa de outubro de 2013 a Janeiro de 2014. A segunda de Fevereiro de 2014 à Abril de 2014. O lance do carnaval só está na segunda temporada hahaha! Tem que esperar mais um pouco pra saber.
May Lee: Eu lembro de você!!! Oun obrigado! :) Ainda bem que gostou tanto dos últimos capítulos. Foram demais pra mim também. Na verdade eu adoro todos os meus capítulos. Menos os de número 1. Eu nunca sei como começar. Nunca! Mas depois que começo aí já é difícil parar de escrever! kkkk Espero que goste da repostagem do "A primeira vista" e do próximo conto inédito que tô escrevendo.
Obrigado a novitoXXX, Irish, love31, Drica (Drikita), Agatha1986, Wyllia Paes, Gossip Boy, Monster, Geomateus, DavidH, Fernando_Mocelim, Junynho Play por comentarem.
Acabo de ter uma ideia. Espero acordar amanhã e quando ler os comentários ter dado certo... vamos lá. Não vou pedir o estado de vocês porque eu já fiz isso no início do ano e poucos se sentem a vontade pra dizer. Então hoje eu quero pedir sugestões de nomes de casais para o conto novo. Quero o nome dos dois protagonistas. Pais, mães, amigos e outras pessoas eu invento. Mas preciso que sugiram os nomes dos protagonistas. Tenho motivos pra não poder escrever com os nomes reais. Então me deem sugestões de nomes que vocês gostam porque eu ainda não decidi quais usar dessa vez a essa altura do campeonato.
Aguardo.
Abraços!
