Império – O início de uma nova história que eu não esperava. - Parte 01.
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Tudo bem, tudo bem, eu sei que eu deveria começar da forma mais formal possível, dizendo meu nome, características físicas, idade e a minha opção sexual. Perdoem-me, porém eu não tenho tempo pra isso.
Estou de frente ao espelho, arrumando-me de forma desengonçada, da minha forma para ser sincero. Estou bastante atrasado, e com toda certeza o meu chefe assim que eu chega a empresa me dará uma ótima bronca por isso.
Volto ao banheiro, escovo os dentes e penteio os cabelos. Para o lado e para o outro, para frente e para trás, vou passando o pente neles, que desisto em seguida. Opto por deixá-los arrepiados, já que meu cabelo é cortado dos lados e aparado na parte de cima a tesoura, então eu fico legal com ele arrepiados para cima.
Assim que saio do banheiro, já arrumado por completo, pego minha maleta de couro escuro do meu notebook em cima do sofá ao passa pela sala de estar e em seguida saio pela porta da frente. Fecho a porta, e tiro as chaves do meu carro do bolso da calça azul escura jeans que estou usando, por sorte o meu Eco Sport 2014 na cor prata já se encontra do lado de fora da garagem. O que vai me custa menos tempo de casa até o trabalho.
Respiro fundo e aperto o botão do alarme, destravando as portas, entro e pego o mesmo caminho de sempre até a empresa. O trânsito estava calmo, e não demorou muito para que eu chegasse a empresa. Estaciono o carro no estacionamento da empresa e tiro meu crachá de dentro do porta luvas, desço do carro carregando o meu crachá na mão direita e a maleta do meu notebook na esquerda.
Apresento o crachá aos dois seguranças parrudos na entrada que me deixam passa em seguida, empurro a porta de vidro a minha frente e vou em direção ao elevador. Aperto o botão inúmeras vezes; na tentativa de que o elevador chegue rápido ao térreo - mas acho que isso não funciona. Por fim, logo as portas de metais se abrem diante de mim, e eu entro, nem reparando na pessoa que me acompanha.
Começo a canta "Na linha do tempo - Victor e Leo". Eu amo muito essa música, assim como as antigas da banda, na verdade a banda em si, os dois cantores são muito lindos. Estava chegando na metade da música quando sou interrompido por uma voz, que eu conheço e bem.
- ora, ora. Vejo que alguém está apaixonado. - diz Cláudio rindo - não é mesmo? - completou.
- não estou não; não sou desses que se apaixona fácil. - respondi.
- pois pra mim não é o que parece. Aliás, nada não, é melhor deixa para lá.
- se você insiste em deixa pra lá, por mim, tudo bem. - continuo a canta a música. Não de onde eu parei, porque eu não lembro onde foi.
O Cláudio sempre foi uma pessoa divertida e comunicativa, não há quase ninguém desta empresa que em não fale, ou que tire alguma gracinha. Mas comigo, sabem? Eu sempre senti aquele toque diferente de malícia em todas as suas brincadeiras bobas, desde quando ele me contratou. Só que aí vem a primeira parte pior de tudo, ele é irmão mais novo do meu chefe.
Ele é bastante charmoso e bonito, o que não deixa de ser gostoso e atraente para quem já tem 32 anos de idade. Se ele desse em cima de mim, eu o ignoraria, não quero me envolver em uma história dessas, não com o irmão mais novo do meu chefe, não é só por isso. E é aqui que a segunda pior parte de tudo entra, ele é casado e tem dois filhos. E a terceira pior parte disso tudo é, que eu não quero fazer parte disso.
Nas férias do ano passado, fomos passa um mês inteiro em um hotel resort. E o que eu devo admitir é que o Cláudio é bem sexy e gostoso - o que eu já falei, mas vale a pena reforça; a sua pele branca amarelada com os seus músculos ressaltados de bíceps definidos me estimulava em diversas masturbação matinal, uma das causas de meu atraso. Assim que ele saiu da piscina, com a água escorrendo por aquele peitoral definido, e com algumas gotículas de água se formando em seu abdômen, era uma visão do quase-paraíso. Sem fala em seus belos par de olhos azuis meio acizentados, e no principal, o enorme volume que se formava em sua sunga azul clara.
- ok - disse ele saindo do elevador que já havia chegado no segundo piso: o nosso corredor de trabalho.
Eu sair atrás dele, não para segui-lo claro, é que a nossa direção era a mesma, só que em corredores diferentes e em portas e salas diferentes. Fui em direção a sala em que trabalho, o corredor é estreito, mas da passa umas quatro pessoas, uma do lado da outra, se forem magras - não há preconceito.
O meu chefe, o irmão mais velho do Cláudio, com quatro anos de diferença de idade também é muito bonito. O pai desses dois só pode ter o sêmen abençoado por Deus, porque pra colocar dois filhos do mesmo sexo e que são gostosos e sexy, deve ter mesmo. Ô família abençoada.
Pego a chave debaixo do tapete que fica com frente à porta de madeira polida envernizada da sala do William. Coloco a chave na tranca e destravo - apenas eu eu sei onde a chave fica, como esse corredor é bastante "morto" não há pessoas circulando por ele, então é difícil que alguém saiba a localização da chave.
Estranho é o fato do William não ter chego ainda - percebo isso assim que entro na sala. Ele sempre é o primeiro que chega cedo, antes de todos, até dos seguranças. Deduzi que ele não vira hoje. Tiro a o notebook de dentro da maleta e coloco-o sobre a mesa de madeira branca e acesso o Wi-Fi da empresa, e o meu e-mail em seguida. E foi como eu imaginei - não veio trabalhar, mas me deixou trabalho.
- vamos lá. Deixe-me ver o que tenho pra hoje - falo em voz alta, tamborilando os dedos em meu queixo; - às vezes é estranho fala consigo mesmo.
Abro a caixa de e-mail e leio o primeiro que encontro. Sei que foi o William que me mandou porque tem o nome dele escrito como entrada.
E-mail: passa na sala do meu "querido" irmão e peça para que ele imprima todos os documentos do senhor Ryan. Você sabe onde fica minha gaveta né? - é só para se fazer sarcasmo, boa sorte!
Levanto da cadeira e vou em direção à sala do Cláudio. Cheguei em seu corredor e parei para beber um copo d'água, minha garganta estava seca e meus lábios também. A sensação do líquido gelando a minha garganta foi um êxtase.
Volto a caminha e paro de frente a sua porta, bato duas vezes, e não ouço nenhuma voz me mandando aguarda ou entra. Bato mais uma vez e não ouço nada novamente, percebo que a porta está levemente aberta e empurro-a com uma das mãos. O que eu não deveria ter feito, me deparo com uma cena constrangedora e sexy: o Cláudio está sentado em sua cadeira, diante do computador com uma de suas mãos masturbando seu pau, e assim que ele olha pra mim, percebo as suas bochechas levemente vermelhas, creio que está com vergonha - também quem não estaria?
Ele continuou sentado, encerando-me, não fez nenhuma cerimônia em guarda seu pau dentro da cueca novamente, se levantou e foi até a porta fechando-a. Seu pau é lindo, meia-bomba balançando de um lado para o outro enquanto voltava para a cadeira, branco e da cabeça rosa, com cerca de nada mais nada menos que 19 à 20 centímetros de extensão.
- que porra Kleber, não sabe bater na porta antes não? O vadio do meu irmão não ensina mais educações aos seus contratados? - perguntou ele parando na minha frente ainda com o seu pau meia-bomba do lado de fora, o que estava me chamando bastante atenção.
- nossa - exclamei olhando em direção ao seu membro - que agora estava endurecendo, ganhando vida sem nenhum um toque.
- gostou? ah, claro que gostou, não há quem não goste. Se quiser topa, pode topa. - disse se aproximando mais perto de mim, e eu o encaro e ele também encara-me.
- o senhor que mesmo isso? - pergunto com a respiração ofegante - o que ele tem de tão especial que está me chamando? Bicha, cai na real, é um pau e você que topa-lo, aproveita! - diz minha voz interior em minha mente.
- por favor, senhor não, que assim a relação brocha. Vá em frente, ressuscite-a, pode até colocá-la na boca, eu deixo, mas sem morde.
- não mordo - pisquei o olho direito para ele. Não estava respondendo por mim, meu corpo estava respondendo por mim, meus impulsos se tornaram incontroláveis.
- então vamos começa isso logo. - diz ele pegando minha mão e colocando por cima de seu pau, masturbando-o.
Minha mão tremia no começo e o meu corpo gritava em arrepios súbitos de sussurros de prazer. A sensação da pele do pau dele encostando na minha mão era gloriosa, uma força que me tirava o ar e não me deixava outra opção a não ser fazer o que era pra ser feito - isso não está certo - penso - não, não está, ele é casado, tem filhos e você não deveria está fazendo isso - confirmo. Tiro a mão de seu pau e tento corre, mas ele é mais rápido que eu, e me encosta em uma de suas paredes e beija meu pescoço, me deixando preso ali novamente, imóvel.
Ele passa a sua língua por toda a extensão do meu pescoço, e depois pelo meu queixo, subindo, explorando cada parte de minhas bochechas e para de frente a minha boca. Ele me encara e eu encaro-o, minha respiração some, e minhas mãos tremem, não consigo se solta dele, mesmo que eu queira, mas os impulsos do meu corpo grita mais alto dentro de mim. Então, ele me beija.
Sua língua quente sintoniza-se junto a minha, criando uma sensação de paixão, mesmo a cena sendo totalmente erótica. Seus lábios são doces contra os meus, e sinto sua respiração ofegante, desisto de tenta lutar e me entrego. Levo minha mão esquerda a sua nuca, pressiono ele mais para perto de mim, e coloco a direita em sua cintura, quero prová-lo, quero senti-lo cada vez mais perto de mim, como se eu dependesse disso para sobreviver.
- eu te amo - ouço ele sussurra em meio aos beijos.
Me afasto dele, as palavras "eu te amo" me desesperaram do torpor de prazer, ele tente me beija novamente e eu o empurro, se afasto dele e o encaro. Seu olha é incrédulo, consigo nota isso ao me encara nos olhos, tudo o que está acontecendo, tudo o que aconteceu. É loucura.
- eu não posso - é a única coisa que consigo dizer.
Abro a porta e corro o mais rápido possível, para que ninguém me veja e pergunte-me qual o motivo de eu estar tão assustado. Não quero dá respostas, respostas mentirosas. Por que eu não o impedi? Por que eu deixei que ele me beijasse? Eu o amo? Não, não posso amá-lo, mal o conheço. Isso foi pura atração, foi o seu corpo, você não teve culpa - digo a mim mesmo. Mas eu tenho culpa, tive a total culpa.
Desta vez o elevador está aberto, e ninguém está dentro dele pra minha sorte, corro antes que a porta de metal se feche, entro e aperto o botão do térreo. As portas abrem e corro o mais rápido possível, não quero vê-lo, não sei porquê, mas não quero. Coloco a mão nos bolsos, nem a chave do carro, nem a chave de casa estão dentro deles - ele as tirou, esperto, deduzi. Só de pensa em voltar lá em cima e ter que encontra com ele mais uma vez, meu chão desaba, por que estou tão apavorado? Foi só um beijo.
Empurro as portas de vidro e vou em direção ao estacionamento, se eu estiver sorte, conseguirei quebra o vidro e liga o carro com os fios. Paro na porta do passageiro, e levanto o cotovelo, bato contra o vidro, mas não quebra, um choque eminente passa pelo meu braço direito.
- caralho - xingo em protesto.
- procurando por isso? - encarando-o, é o Cláudio bem próximo de mim com as minhas chaves balançando em um dos dedos da mão esquerda.
- sim - falo indo até ele e tento toma a chave de sua mão, ele as levantas e som das chaves se chocando soa pelo ar. - me da, não quero ser forçado a te bater.
- duvido que consiga - diz ele colocando-as no bolso do peito de sua camisa. - precisamos conversar. É sério, tenho coisas para dizer ao seu respeito. - pede ele se aproximando de mim, e encostando-me a porta do carro.
- devolve minhas chaves, que conversamos - sussurro com a voz calma.
- assim você foge, não há como conversa com você fugindo - ele passa seu dedão sobre a minha bochecha. - você é tão lindo.
- obrigado. Mas não, não vê que é um erro? Deixa-me em paz.
- já te deixei por muitos anos, não tanto assim, acho que dois anos no máximo. Eu te amo, eu te amo e continuarei amando. - sussurrou aproximando sua boca em meu ouvido. Senti o seu cheiro fez com que me arrepiasse, seu pescoço estava na altura de meu nariz, e não me importei em inspirar fundo para senti-lo, o cheiro doce de madeira com ervas frescas.
- não me beije. - peço, mas sei que quero que me beije. Que me faça completo como fez a pouco minutos atrás.
Ele voltou a me encara, seus belos olhos azuis acizentados me acalmavam, ele coloca sua mão em meu peito, e eu levo a minha por cima da dele, mas não tiro-a de mim, mesmo sobre o tecido consigo senti o calor, seu calor. Quero senti mais, muito mais. E então coloco meus braços envolta de seu pescoço e puxo-o para um beijo, calmo e lento, e fecho os olhos.
Deixo que me arraste, para onde quer que esteja me arrastando. Não me importo, quero seu beijo, de alguma forma, mesmo sabendo que isso é errado. Não me importo mais, não agora. Nós afastamos, e ficamos nos encarando por poucos segundos, quando uma voz conhecida corta o nosso torpor de leveza.
- Cláudio - falaram.
Eles nunca se deram muito bem...
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Esta parte foi refeita, espero que gostem. Estou refazendo as partes para que o conto ganhe mais sentido, leiam as próximas.