Bem, vou começar essa nova postagem com uma nova – e óbvia – recomendação que ainda não dei aqui. Pra ler SUBMISSÃO é preciso ter lido DOMINAÇÃO, meu primeiro livro, pois este é uma sequência. Isso eu venho falando direto. Agora, pra seguir as postagens de SUBMISSÃO, naturalmente é preciso ler na ordem de publicação. Isso está bem fácil. Embora alguns capítulos não entrem inteiros, basta prestar atenção n “PARTE” numerada em cada título.
Então, quem ainda não leu do I ao VI, pode procurar aí pelo site, ou clicar no meu nome, e a relação vai aparecer.
Quem já comprou o DOMINAÇÃO, no preço absurdo de 4,99? Nem sanduíche é tão barato assim! Bom lembrar que pra seguir o SUBMISSÃO é fundamental a leitura dele.
SUBMISSÃO é a continuação do DOMINAÇÃO, o meu primeiro livro, e o mais vendido. Apontado também como um dos livros mais vendidos da Internet, e pioneiro nos temas sexuais explícitos, que depois viraram modinha. Mas, nenhum com tanta força quanto ele, nos quesitos de sexo explícito e realização de fetiches.
Continuando com as postagens meu quarto livro, em sequência, na medida em que estou escrevendo. Desta vez também o capítulo, no caso o V, já vai completo.
Um alerta – E ISSO É VERDADE -, a participação está pouca, o que pode ocasionar a interrupção. Então, vamos lá, não basta ler, precisa mostrar que leu. ;)
Lembrando outra vez: para seguir o SUBMISSÃO, é fun-da-men-tal a leitura do DOMINAÇÃO. Pensando nisso, consegui uma promoção pra agora, nesse início de postagens. A versão e-book estará sendo vendida por apenas R$ 4,99 no comprelivrosgls.com.br. O preço vai ficar valendo ainda durante o mês de JULHO. Qualquer um pode comprar né?
Vamos à postagem!
Capítulo V
O NOVATO
- Que foi amor, parece que viu um fantasma.
A voz de Igor revelava surpresa e preocupação. Desde a chegada em Londres, o empresário tinha adquirido o convencional hábito de tratar Marcos por “amor”, na presença de quem quer que fosse. Isso deixava o loirão constrangido, afinal, nas suas experiências de relacionamento com outros homens, tudo era feito extremamente escondido. Na verdade, a prática também o irritava um pouco, pois o tom sempre deixava no ar a sua condição de “esposa”. Mas, quem era ele pra reclamar. Se antes, quando ainda tinha alguma energia interna, se submetia intimidado aos machos, imagina agora, que se sentia pouco mais que nada.
Diante da fala do patrão, o desconhecido virou a cabeça sobre os ombros, para conferir quem chegava. Estranhou dar de cara com um grandalhão. Por tudo que Igor havia lhe adiantado, esperava encontrar alguém com bem menos corpo, mais miudinho e delicado.
Marcos estava escorado na batente da porta, onde se apoiou pra não cair, diante do susto de ter pensado estar diante de Clayton. Aliviado, tentava esconder o tremor das mãos. Felizmente, ao ver o rosto do novo segurança, percebeu que a semelhança nem era tanta. O cara era um pouco mais alto, talvez também mais velho. Porém, o tipo era o mesmo. Negro, pele lisa e brilhante, cabeça raspada, um leve cavanhaque, bem baixinho, e o sorriso, que trazia o mesmo contorno de superioridade do seu antigo office-boy.
- Na... na... nada Igor, não foi nada. – Involuntariamente, Marcos gaguejava, ainda não controlando de todo o pânico que sentira. – Acho que me levantei muito depressa da cama e vim correndo, tive uma tontura...
- Tá bom, tá bom amor. – Igor não mudava o tratamento, ainda que nunca fosse correspondido pelo parceiro, que continuava a tratá-lo pelo próprio nome. – Vem cá, quero te apresentar o Sidney. Ele vai trabalhar conosco, e olha que bom, é brasileiro, vocês terão muita afinidade.
Dando a volta na mesa, o moreno seguiu até a porta, com seu característico andar, firme e decidido. Enlaçando o ainda perturbado amante pela cintura, trouxe-o até o novato, que lhe estendeu a mão:
- Prazer, meu nome é Sidney, mas o senhor pode me chamar de Sid, é como todos me tratam.
Diante do tamanho de Marcos, ele teve de olhar pra cima, o que não afetou em nada a firmeza com a qual o encarou. Segurando com força a mão branca e delicada que lhe foi oferecida de volta, causou arrepios no novo protegido que, involuntariamente, trouxe de novo à mente a presença de Clayton. "Não é possível, a pegada é praticamente igual".
- Bom, bom, apresentações feitas, vamos agora cada um cuidar do que é seu. – Igor cortou o clima, com o astral super “gente boa” que procurava manter com os colaboradores, sem, contudo, admitir que fosse questionada a sua autoridade.
– E Sid, pode eliminar esse tal de “senhor”, aqui não temos dessas cerimônias. Eu sou Igor e ele é Marcos, só isso. A sua função pressupõe grande proximidade, o que de toda forma trará mesmo alguma intimidade. – A piscadela de olho poderia ser apenas de camaradagem, mas o loirão já enxergou ali algo a mais, diante do que aos poucos vinha sabendo a respeito das funções dos seguranças do companheiro.
- Amor, faça as honras da casa. – Prosseguiu - Mostre ao nosso novo amigo as acomodações, explique os horários e tudo mais. Afinal, a princípio, ele ficará por sua conta. E não se impressione com o tamanho não viu – a risadinha amigável dirigida ao baixinho deu o tom da brincadeira – Sid é perito em diversas lutas, além de ser exímio atirador. Suas recomendações foram as melhores!
Se tinha uma coisa que Marcos sabia, mais do que ninguém, era que tamanho nunca foi documento. Bastava lembrar as surras bem dadas que já havia levado na vida, justamente de dois moleques que não davam a metade do seu tamanho.
Ainda meio perturbado, o grandão sai da sala, constrangido pelo beijo de despedida dado por Igor, na presença de um praticamente estranho. Sidney o acompanha, lado a lado, ainda admirado pelo seu tamanho: "Não é possível que esse sujeito seja o franguinho que o outro viado lá descreveu" – Pensa, enquanto mantém um leve sorriso estampado.
Ao chegarem na sala dos funcionários, encontram César, fumando distraidamente. Ao ver o patrão, ele o cumprimenta, com um sorriso irônico. Desde que começara a acompanhar Igor, o brutamonte tinha mudado de atitudes com o antigo protegido. Parecia sempre querer insinuar algo, fosse nesses sorrisinhos ou em comentários de duplo sentido. Agora que finalmente havia se livrado de Tony, Marcos precisava aguentar outro empregado deixando-o pouco à vontade na própria casa.
- César, este é o Sid, o novo segurança que entrou no lugar do Tony. – Mesmo a contragosto, o loirão se esforçava para não demonstrar o incomodo que o cara lhe causava.
- Como assim? No lugar do Tony? – A muralha de músculos leva um susto. – Ele vai começar a acompanhar o Igor é? – Seu semblante era de clara insatisfação. Pelo jeito antevia ter chegado a sua vez no rodízio sempre comentado na casa.
- Não César, tudo continua como está. Ele ficará é no seu lugar, trabalhando comigo. – Marcos continuava com seu esforço em não ver o que era óbvio para todos na relação do seu companheiro com os seguranças.
Sem se preocupar em esconder seu alívio, o monstrão finalmente estende a mão ao recém chegado, dando-lhe as boas vindas:
- Muito prazer cara, seja bem vindo! Você vai gostar daqui, os chefes nem parecem ser chefes, são mais que amigos nossos. E é bom ter mais um brasileiro na turma, essa gringaiada aqui é foda, a gente chega no fim do dia com dor de cabeça de tanto tentar entender o que conversam.
- Você mostra o quarto pra ele César, por favor? – Marcos tenta manter a naturalidade. Cismado como andava, tinha visto ironia também no comentário “mais que amigos nossos”.
- Claro, claro chefe! – César brinca, batendo continência. – Vamos lá Sid, você vai ver, aposto que nunca dormiu num quarto maneiro como este.
Como velhos amigos, os dois homens, de aspecto tão contrastante, saem da sala em direção aos dormitórios. Sentindo-se ainda mais sem energia, Marcos retorna também para o seu próprio quarto. Como Igor estava em casa, provavelmente teriam sexo no final da tarde. Pensar nisso não o empolgava em nada, embora soubesse que, assim que o macho lhe pusesse as mãos em cima, seu tesão adormecido despertaria e ele se entregaria com a languidez e a submissão de costume.
Bom, agora é com vocês. Vamos continuar ou parar por aqui?