Oi gnt,muito obrigado pelos seus coments!Desculpa a estrutura do texto,é meu primeiro conto e ainda estou pegando o jeito,obrigado pela dica “Markus”,e adorei seu livro.Bem,agora a história.
Se passou o resto do final de semana tranquilamente, ao chegar segunda, fiquei um pouco envergonhado de rever o Dani , não queria que ele ficasse tipo todo cheio de amor comigo. Quando cheguei cumprimentei todos, e para minha surpresa o Daniel não ficou assim,ficou até distante do resto de nós , na primeira aula o Luke ate comentou que achou ótimo ele não estar em cima da gente hoje.No intervalo foi a mesma coisa , ele parecia me ignorar , eu achei aquilo um pouco chato , não queria perder uma amizade como a dele.Porém quando voltamos do intervalo eu troquei de lugar com a menina que estava atrás dele , e decidi esclarecer tudo , me aproximei dele e disse baixo:
Eu: O que você tem Dani ? Não falou direito comigo o dia todo.
D: É que eu fiquei chateado , achei que podíamos ter algo! — Ele falou em um tom triste , fiquei com pena dele por um momento.
Eu: E nós podemos , nossa amizade , você vai realmente se afastar por uma besteira dessas ? — Eu percebi que ele ficou um pouco chateado , talvez por ter dito que era uma besteira , então comentei.— É isso que dá ser bonito!
Isso foi o suficiente para quebrar o clima tenso que estava entre nós , rimos um pouco e o dia ficou bem melhor depois que fizemos “ as pazes” , ficamos falando a aula toda , o professor quase nos botou para fora da sala.Ao decorrer das semanas minha amizade com o pessoal estava bem mais forte , especialmente com o Lucas e o Dani , isso é meio irônico já que eles meio que se odeiam.No começo de março era a festa de carnaval , eu nunca fui muito de festejar mas para não ficar sozinho no carnaval eu chamei o pessoal para ficar lá em casa , curtir um pouco do sol , ir a praia , fazer qualquer coisa.Todos estavam sem nada pra fazer então concordaram logo , menos o Lucas ele falou que ia com seus primos para um desses Fest com muita música , pessoas e pegação.Estava todo mundo se divertindo na piscina lá de casa até que minha mãe entra gritando na área da piscina:
M: Filho , aconteceu algo... — Na mesma hora comecei a ficar preocupado e sai da água.
Eu: Que foi mãe ? — Ela passou um tempo sem falar nada, o que me deixou ainda mais nervoso. — Mãe responde o que foi!
M: É o Lucas, filho , ele está no hospital aqui perto , os pais dele estão viajando e ligaram para mim...
Nem deixei ela terminar de falar , apenas corri para dentro de casa em rumo ao meu quarto , tomei um banho super rápido me vesti e desci , quando cheguei minha mãe estava me esperando , meus amigos disseram que iam ficar , mas que queriam notícias assim que possível.Segui calado para o carro , minha mãe se sentou do meu lado no banco de trás e botou seu braço sobre meus ombros, me abraçando como forma de consolo.
M: Vai ficar tudo bem , neste momento só há uma coisa a fazer , ter esperança. —Minha mãe sempre foi uma mestra na artes de dar conselhos , ela sempre sabia o que dizer e sempre estava ao meu lado.
Eu: Vai ficar tudo bem , não vai mãe ? — Perguntei com os meus olhos cheios de lágrimas que desciam levemente no meu rosto , até molharem minha camisa de cor negra.
Ela assentiu com a cabeça , o caminho todo fui calado , minha mãe também , estava parecendo que alguém tinha morrido , podia ser um exagero todo esse choro , vai ver ele teve uma crise alérgica ou apenas deu um mal jeito na perna , mas ainda havia a possibilidade de ser algo muito grave e era isso o que me matava por dentro , os médicos não disseram aos pais deles o que ele tinha , talvez por ser algo muito grave , essa dúvida me matou por dentro até a chegada no hospital. Quando chegamos os médicos nos levaram até o quarto onde o Lucas estava , pela janela do quarto dava para ver que sua situação não era muito simples , o doutor disse que mesmo sem ter quebrado nenhum osso , o seu sistema nervoso estava um pouco “ alterado “ , disse que as próximas horas eram cruciais e que se tudo ocorresse bem ele sairia do hospital sem nehum machucado , o que me deixou mais calmo.Minha mãe falou que não poderia ficar muito tempo , mas eu disse que iria ficar no quarto com ele até Lucas se acordar.
M: Quer que eu pegue umas roupas para você ? — Falou isso enquanto saia do quarto.
Eu: Quero sim, obrigado mãe
Eu me sentei na cadeira ao lado da cama dele e fiquei esperando ele acordar , mexer a mão ou qualquer coisa que me garantisse que ele estava vivo.Acabei pegando no sono , dormi o dia todo naquela cadeira bem desconfortável. Quando acordei já era de noite , minha mãe tinha deixado uma bolsa com roupas e eu decidi tomar um banho , queria tentar relaxar ao menos um pouco , porém no meio do meu banho escutei um barulho , era voz do Lucas repetindo meu nome , com uma voz tão dócil , em um tom baixo por falta de forças.Peguei uma toalha me enrolei nela e fui ver se era ele mesmo:
Eu: Lucas é você ? — Falei me sentando na cama , olhando para ele.
L: Tem mais alguém nesse quarto por acaso ? —Falou com um tom mais forte e irônico.
Eu: Não,como você sabia que eu estava aqui ?
L: Não sabia...eu apenas senti. — Ele disse isso com um pouco de vergonha na voz , olhando fixamente para os meus olhos.
Nesse momento a vontade de me entregar em seus braços foi grande , eu o olhava e me aproximava tentando arriscar um beijo , eu estava pensando nos momento perfeito de filmes que pareciam muito com esse , eu estava radiante de alegria , foi no momento em que ele abriu os olhos que eu finalmente percebi o que eu estava fingindo não sentir , quando eu pensei que só por um segundo ele podia nunca mais sorrir , falar comigo , respirar , existir , eu me senti péssimo , foi como se uma parte de mim tivesse morrido , e no segundo em que ele falou meu nome eu percebi que a vida só fazia algum sentido com ele por perto. Eu ia chegando perto de seus lábios cada vez mais...até uma enfermeira entrar no quarto e estragar todo o clima:
E: Ele acordou ? — Ela perguntou , apontando para ele.
Eu: Sim , ele chamou enquanto estava no banho. — A minha vontade de matar ela foi enorme naquele instante.
E: Certo , vou cuidar dele direitinho , pode voltar para o seu banho se quiser.
Voltei para o banho , fiquei lá de baixa da água quente pensando no que ele havia dito , e no nosso quase beijo , “ Será que ele queria me beijar também? “; “ O que ele falou foi verdade ?”; foram algumas das perguntas que me perseguiram durante o todo o banho. Depois que sai do banho me vesti e a enfermeira disse que talvez ele caísse no sono por causa dos remédios,após ele dormir aproveitei para avisar a minha mãe e os meus amigos que ele havia acordado.