Boa leitura amores <
Quando eu me virei ele estava me encarando com aqueles olhos cor de mel, visão dos deuses! Esqueci de falar: Ele tinha 1,90, era loirinho, bombadinho e tinha os olhos mais lindos desse mundo. Sem falar naquele sorriso de parar o trânsito. Enfim, ele era perfeito em todos os aspectos possíveis e imagináveis.
Em meio aos meus devaneios como esse aí de cima, não percebi que estava olhando demais ele, quando dei por mim eu fiquei muito envergonhado, vermelho feito uma pimenta... (Droga, ele deve me achar um otário). Depois de toda essa alucinação, consigo falar em um som quase inaudível:
- Fala cara, você me chamou?
Ele estava com um ar de riso e logo respondeu:
- Está vendo mais alguém na sala?
(Ótimo, além de babar na frente do cara ele deve me achar um otário)
Soltou um risinho
- O meu nome é Paullo. E o seu?
- Hmm... Marcelo. Satisf... Prazer (Essa brincadeira já tá velha)
Apertamos as mãos e eu precisava sair dali, aquela situação já estava ficando um pouco embaraçosa. Não entendia o porquê, sempre fui um cara tão controlado em relação aos meus sentimentos, agora era como se eu fosse um livro aberto e desprotegido na frente dele (não era nada legal).
- Celo, onde você tá indo agora?
- Tô indo comprar um lanche. (de onde ele tinha tirado essa intimidade? Que cara folgado)
- Eu vou com você.
- Ah beleza.
Fomos nos direcionando até a lanchonete. No caminho, não pude deixar de notar as meninas olhando descaradamente para ele, não só as meninas, alguns meninos também. Quem mandou nascer tão perfeito?
Compramos o lanche e sentamos em uma mesa que tinha na área da lanchonete. Começamos a conversar:
- Então Paullo, me fala de você...
- Bem, eu tenho 19 anos, tô fazendo cursinho mais por causa dos meus pais que não param de falar. Quero fazer gastronomia, mas eles querem "algo que me dê dinheiro". Eu apenas quero fazer o que eu gosto.
Ele falava e eu ficava com aquela cara de bobo (coisa ridícula).
Naquele momento, percebi que havia duas meninas que não paravam de nos olhar a mesa ao lado. Uma loira e uma ruiva.
Acreditam que a safada da ruiva veio na cara de pau e colocou seu telefone na mesa com um sorrisinho safado?
Ele deu um sorrisinho de lado e me olhou. Eu estava com raiva, não vou mentir. Mas fingi bem.
Eu queria ter conversado mais com ele, mas tivemos que voltar pra sala. Assistimos mais algumas aulas e chegou a hora de ir para casa (buááá).
Ele pediu o meu número e depois eu peguei o dele, assim como quem não quer nada. Me despedi e saí andando um pouco rápido, pois o meu ônibus estava do outro lado da rua. Daí aconteceu que, atravessei a rua sem olhar e ouvi uma freada brusca, foi tudo muito rápido.
Só senti alguém me puxando e mesmo assim ainda caí e ralei os cotovelos no asfalto.
- Tá afim de morrer, Celo?
Eu estava em choque, mas aquela voz eu reconheceria a milhas de distânciaSó pra lembrar gente, cada capítulo terá uma música específica. A de hoje é "Who's That Boy" - Demi Lovato
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