Calada, recatada, acanhada, inibida, religiosa e míope, vestida de forma tradicional, roupas largas, sem decotes ou atrativos, tranças grossas, óculos, sem maquiagem – nem batom - passei a adolescência em brancas nuvens para o amor. Foi na igreja que minha vida mudou. Lá conheci um pastor, Afonso. Na prisão ele se converteu e estudou; ao sair foi ordenado pastor. Ele tinha 24 anos e eu apenas 18 e em 3 meses namoramos, noivamos e casamos. Meu pai quis assim. Ganhamos uma casa de presente do meu pai. Sala, quarto cozinha e banheiro e nos fundos um quartinho onde guardo as bagunças.
Estávamos casados há quase 2 anos quando Alfredo saiu da prisão em condicional e não tinha para onde ir. Afonso, que fora busca-lo na penitenciária, resolveu, sem me consultar, abrigar o amigo que passaria a ocupar o quartinho nos fundos de nossa casa. Alfredo garantiu ao Afonso que mesmo sem emprego ajudaria na manutenção da casa com biscates e ele o levou para nossa casa.
Afonso entrou silencioso e, como de hábito fez a brincadeira de tapar os olhos com sua mão me abraçando pelas costas com a outra. Na sequência encosta os lábios em meu rosto e viro o rosto para receber seu beijo em minha boca. Como eu disse, uma habitual brincadeirinha carinhosa. Só que desta vez, olhos libertos, levo um baita susto com um estranho em minha cozinha me comendo com os olhos.
Me dei conta que estava com trajes caseiros, isto é, apenas uma camiseta branca quase transparente de tão fininha e um short de malha que marca meu corpo. Apenas isso, sem sutiã ou calcinha (por recomendação do ginecologista – foi difícil habituar).
O estranho, longos cabelos e barbas louros, olhos verdes faiscantes que vasculha cada milímetro do meu corpo e do meu rosto. Para minha surpresa meu corpo reage imediatamente deixando minha face enrubescida e meus mamilos evidenciando-se na malha da camiseta intumescido como se banhado de surpresa por água gelada.
- Afonso, que mulher maravilhosa você tem. É essa a sua esposa?
Um orgulhoso marido passa a tecer elogios a mim e ele rebate interrompendo a ladainha.
- Pode parar, nada disso que cozinha bem. Ela é muito da gostosa. Você não merece esse mulherão nem dá conta disso tudo não.
Enquanto fala ele pega minha mão e com facilidade faz meu corpo rodar.
- Que bundinha linda, seios perfeitos e gulosos, olha como os bicos estão durinhos. Acho que ela estava pensando em você.
- Mais respeito Alfredo. Você está falando da minha senhora. Somos religiosos. Não gostamos deste assunto nem dessa forma de falar. – Retrucou rudemente Afonso.
Alfredo se desculpou, pôs a culpa no ambiente da carceragem, teceu mil elogios respeitosos a mim e a minha beleza. O clima desanuviou, mas os olhares daquele cafajeste em nada mudou. Ele reparava, agora, o tecido marcando minha vulva e passeava daí aos meus seios me desejando ao ponto de parecer babar.
Eu estava calada e fiquei calada, mas meu corpo não queria se calar. Minha mão presa na mãos daquele homem suava, minhas pernas estremeciam, meu corpo estremecia e ele sente minha aflição e ri para e de mim.
- Mas vamos ao que importa, como é seu nome minha princesa?
- Verônica.
Minha voz é fio. Sai trêmula. Nunca na minha vida me senti tão, tão desejada.
- E eu sou o Alfredo, seu hospede e escravo do quarto dos fundos.
Ele me puxa para perto de si. Cola meu corpo ao dele, beija minhas faces com muito carinho, sem pressa, nas maçãs do meu rosto, se afasta e – agonia – sinto falta do seu calor. Ele pergunta sem qualquer afetação:
- Esse cheirinho bom é o nosso almoço?
Resmungo um sim e ele me beija a testa.
- Esposa do Afonso e uma excelente cozinheira. Curvo-me aos seus pés.
Ele é só irreverência. Nesta hora ele deposita um joelho no chão e se dobra em minha homenagem ou para esconder sua ereção de meu marido que está feliz e rindo das presepadas do amigo de infância.
Eu soube na hora que aquilo não ia dar certo.
- Onde é o banheiro? Posso tomar um banho e tirar esse cheiro de cadeia do corpo?
Meu marido aponta para a porta e vai buscar toalha e bermuda para Alfredo que some no banheiro.
É a vez do Afonso ficar surpreso. Ele veio sem jeito e sem graça falar comigo e eu aceitei suas desculpas fingindo um pouco de indignação. Fazer o que? Meu corpo estava adorando aquele homem e eu, apesar de detestar aquele cinismo, via nele um homem simpático, agradável, mas um perigoso cafajeste.
Quem sai do banheiro é outro homem. Barba feita, cabelos molhados e presos num rabo de cavalo, peito largo, liso e nu. Pernas grossas e um volume entre pernas de assustar.
Ele joga a toalha em Afonso.
- Agora é a sua vez. Estou com fome, mas só vou provar enquanto você toma seu banho, depois almoçamos.
Nunca tinha visto Afonso cantarolar. Ele estava feliz com a presença do amigo entre nós. O pior é que sem qualquer motivo eu também estava. Talvez pela massagem no meu ego e na minha autoestima.
Antes de Afonso sair de cena para seu banho Alfredo mais uma vez nos surpreende. Me abraça prendendo todo meu corpo bem colado ao dele. Sinto o cheiro de macho sem camisa misturado ao do sabonete que eu adoro e atordoada quase não entendo o que ele está falando.
- Perdoa-me Verônica. Fui bruto, fui vulgar. Na prisão acabamos nos transformando um pouco em animal e vê-la assim, radiante e bela, aguçou meus instintos mais animalescos. Me abrace e diz que me perdoa. Você também Afonso, me abrace.
Afonso veio por trás de mim e se abraçou a nós. Alfredo roçava sua pélvis contra a minha que sentia sua ferramenta explodir numa desejosa ereção. Afonso nos deixa ali, abraçados em confraternização e se tranca no banheiro no exato momento em que Alfredo me beija a boca com sofreguidão enquanto aperta, com as duas mãos, minha bunda colando ainda mais minha pélvis a dele com aquele troço enorme e duro.
Foi quase impossível manter a boca fechada. Meu corpo inteiro articulava contra mim. Meu tato me dava notícias que o troço de Alfredo estava pulsando, meu olfato destacava o agradável aroma daquele corpo, meus olhos estavam perdidos no verde faiscante dos olhos dele ofuscando minha visão, minha audição ouvia o bater forte e descompassado de meu coração e os ruídos de minha respiração forçada. Mas meus lábios... Meus lábios sentiam o apelo dos secos lábios daquele homem. Sentiam o mordiscar de seus dentes roçando neles e, de repente, a língua dele castiga meus lábios, invade minha boca nas laterais sendo contido pelos meus dentes trincados.
- Ai! – Grito ao receber uma forte palmada. Ninguém ouve. Meu grito fica contido na boca de Alfredo, na língua de Alfredo que aproveitando meu susto penetra em minha boca, brincando com minha língua que se vê sugada para a boca dele, estou beijando um estranho e...
Penso alto: “Socorro, tira essa mão daí!”
As mãos de Afonso invadiram meu short e vão abaixando ele...
“Tira essa mão daí!”
Ele se afastou e sua mão está sobre a minha vulva, remexendo-se, acariciando-me. Ele está se abaixando.
“Socorro, tira essa mão daí”
A outra mão vem por trás e dedos estão invadindo minha vagina enquanto que pela frente dedos maltratam meu grelinho nunca antes tocado a não ser por mim.
Não tem mais volta. Estou gozando alucinadamente nas mãos daquele homem que arranca de mim o beijo mais delicioso que já experimentei. Meu corpo está arrepiado, meus seios intumescidos, minhas pernas trêmulas, meu coração perdido em seu descompasso, minha respiração suspensa. Perco as forças no auge de um prazer único.
Alfredo me sustenta mas vai deixando eu me ajoelhar no chão. Ajoelhada ele coloca seu troço, seu enorme troço para fora e guia contra meus lábios. Penso em resistir e levo uma leve bofetada. Abro a boca. Fico inerte e a bofetada vem do outro lado. Tudo sem palavras e passo a chupar aquilo por puro instinto. Eu e meu marido não praticamos essas coisas nojentas, deliciosamente nojentas que estão me realizando enquanto mulher, enquanto meu marido toma banho, enquanto estou me transformando numa pecadora adúltera.
Olho para mim: short no meio das coxas, ajoelhada na cozinha de minha casa; o troço do “melhor amigo” do meu marido em minha boca, sendo sugado, lambido prazerosamente; vagina encharcada depois do meu mais intenso gozo; corneando, com prazer, o homem que eu amo, meu marido, que toma banho ali ao lado; me apaixonando pelo homem que me domina e desejando dar todo prazer do mundo para ele; me entregando à luxúria, me transformando em vadia, puta, adultera e pecadora!
Ele goza abundantemente e me obriga a engolir tudo. Sai da minha boca, pressiona aquele troço e espalha as gotas que sobram nos meus lábios, nas maçãs do meu rosto. Não me deixa limpar, mas permite que me erga e me recomponha.
Meu marido saí do banho. Alfredo passa a mão nas suas marcas deixadas em meu rosto e me comanda ao ouvido:
- Chama o corninho e enche ele de beijo para também ele sentir o sabor do seu macho.
Ele fala e me dá uma palmada bem audível. Assustada chamo Afonso.
- Você está cheiroso!
Falo e surpreendo meu marido beijando-o na boca diante de nosso convidado. Não sei o que ele imaginou. Talvez tenha achado que queria demonstrar ao seu “melhor amigo” o quanto o amo e correspondeu beijando-me a boca e todo o rosto e quanto mais ele beijava as áreas marcadas pelo amigo mais umidade eu sentia escorrer de minha vagina e novas contrações se anunciavam.
Quando meu marido ia parar Alfredo se aproxima e pede para ver um beijo daqueles bem amorosos bem de pertinho, está com saudades de beijo na boca.
Meu marido se esmera e os dedos de Alfredo acariciam, sobre a bermuda, minha vulva inteira. Queria poder negar, fingir que sou virtuosa, mas foi uma deliciosa aflição que me deixou ansiando ser penetrada. Durante o beijo e depois dele ficou um vazio na minha vagina que exigia ser preenchida.
Como vou viver com esse homem no quartinho dos fundos e não mais pecar?
Almoçamos. Meu marido levou Alfredo até o quarto levando dois edredons, improvisaram uma cama e voltaram a sala.
Alfredo me abraçou agradecendo a acolhida e sussurrou em meu ouvido arrepiando todo meu corpo.
- Te espero lá no quartinho. Vou tirar teu cabaço.
Abraçou o “grande amigo” Afonso, também agradecendo e se retirou para dormir um pouco.
Meu marido me chamou para cama e sem nem pensar disse que acordara tarde e que ia ver o filme daquela tarde na TV.
Liguei a TV enquanto meu marido se recolhia. Ele fechou a porta e ligou o ar-condicionado barulhento. Era a minha deixa.
Incrível como o apelo do sexo é forte em mulheres levianas como eu. Sempre me escondi por trás da religião. Sempre fantasiei cenas de sexo mais ousadas do que o papai x mamãe sem preliminares que meu marido me oferecia, para não cometermos o pecado da luxúria. Como eu sempre quis ser luxuriosa e mentia para mim mesma.
Assim que o ar-condicionado se anunciou ligado eu estava entrando no quarto dos fundos sendo recebida por um Alfredo, de pé em frente à porta, se oferecendo inteiro para mim.
Tomei a iniciativa de ir beijando aquele corpo até, sem conseguir resistir, engolir aquele membro desejando que naquela tarde ele jorrasse muito.
Alfredo, em dado instante, assume o comando da situação começando por beijar minha testa e face enquanto me deita nos edredons. Brinca no meu pescoço, na minhas orelhas e arranca beijos melados, sugados, deliciosos de minha boca. Quando alcança meus seios me faz gemer e suspirar de insuportável desejo de ser penetrada. Ele ainda prolonga muito suas carícias pulando da barriga para os pés arrancando novas agonias e prazeres menores que vão se somando ao meus desejos de ser possuída.
O desejo se torna irresistível quando seus lábios alcançam a parte interna das coxas e sobe para as laterais externas da vulva, e passa a brincar perto de tudo que deseja ser tocado, lambido, mordido e possuído.
Eu não estou ligando para mais nada. Estou sem fôlego e gemendo como a mais rameira das putas. Me desconheço exigindo sexo aos palavrões. Xingo aquele macho que insiste em me torturar.
Finalmente, com alguns toques de língua no meu grelo sinto meu corpo explodir em orgasmo que não se aquieta. Levo uma surra de prazer até que ele me põe de bruços, põe um travesseiro sob meu corpo arrebitando minha bundinha, arreganha minhas pernas. Põe suas pernas ao redor de minha cintura. Desce o corpo e encosta a cabeçorra de seu troço na entrada da minha vagina e me faz sentir, milímetro a milímetro sua lentíssima e ininterrupta penetração que vai me rasgando e alargando as mucosas que mesmo umedecidas resistem àquela invasão deliciosa.
Eu sigo gozando intensamente, mas consigo sentir todas as sensações que aquele arrastar penetrante proporciona. Ele chega ao fundo de mim mas a penetração continua e minha vagina vai moldando-se a sua enormidade. Quando seus pelos tocam minha bundinha estou com uma indescritível sensação de preenchimento nunca antes atingido. Ele empurra umas três vezes sem se mover e sinto minha mucosa vaginal ceder escorregando um pouco mais.
Que agonia medonha, que sensação de vazio quando ele vai me abandonando vagarosamente. Parece que se acumula dentro de mim uma explosão retida. Minhas contrações desenfreadas e desnorteadas tentam conter aquela agoniante saída que abandona totalmente minha vagina me fazendo implorar por pica e levar palmadas por desejar o pecado.
Chego ás lágrimas querendo ser possuída e então vem a surpresa. Ele me penetra feroz e velozmente passando a bombear fazendo minha vagina experimentar uma sensação de atrito, ardor, calor e contrações totais enquanto minhas pernas estremecem duras como se estivesse em câimbras. Minhas auréolas, sem serem tocadas quase somem de tão duros, enormes e inchados meus bicos. Meu grelo exige atenção para não explodir.
Tento levar minha mão ao grelo e levo palmadas e recebo ordens de ficar inerte.
As bombadas não cessam. Sinto ele sair totalmente de dentro de mim e retomar sua posse sucessivamente. Ele me abraça, me vira ficando deitado de costas nos panos. Minhas pernas arreganhas e enrijecidas tremem dando um espetáculo à parte. Agora ele ergue minha bundinha com uma das mãos, acelera ainda mais suas estocadas e surra meu grelinho com tapinhas intermitentes e eu grito liberando o maior gozo de minha vida.
Quando meu marido chega no quarto encontra sua mulher com o corpo totalmente trêmulo, totalmente arrepiada, totalmente arreganhada, totalmente desnorteada e num feixe de consciência grito para ele:
- Afonso! Afonso! Estou gozando Afonso! É delicioso gozar Afonso!
As lágrimas de prazer correm em minha face, sinto meu corpo explodindo internamente,
- Beija minha boca e tenta sentir todo esse meu prazer Afonso, meu amor!
Desmaio!Borges C. (Toca de Lobo)
LINK PATROCINADO: Livros Eletrônicos de Borges C.
A Mansão dos Lord - ou - As Grutas de Spar
/>