Paixão Secreta | 01x33

Um conto erótico de Mike
Categoria: Homossexual
Contém 2781 palavras
Data: 16/02/2014 17:01:33
Última revisão: 29/01/2015 13:15:44

Capítulo Trinta e Três

O GAROTO DO FRITZ

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Kenn ficou me encarando. Sabia que ele estava surpreso, especialmente pelo fato dele ter dado em cima do meu namorado e ter me contado. Fritz vestiu a camisa e saiu de cara fechada do banheiro e quando nós dois saímos ele saiu na frente me deixando pra trás.

- aonde você vai? – perguntei.

- é isso que eu não entendo – falou ele voltando – você não é espontâneo, você corta o barato é tão cheio de regras nunca está afim de nada – falou ele alto.

- Shhh – falei, pois Kenn estava no banheiro ouvindo tudo.

- quer saber? vai se foder – falou ele.

- o que? você é meu namorado deveria ser compreensivo, você não confia em mim?

- porque eu deveria? Você não faz nada de diferente desde que namoramos.

- fala baixo droga.

- vai se foder – falou ele virando as costas e saindo.

Fui andando atrás dele e coloquei a mão no ombro dele.

- espera, você não vai dizer isso e simplesmente sair andando.

Ele se virou.

- quer saber, você estragou a noite.

- eu estraguei? Você nunca namorou Fritz? Eu não sou uma puta pra você ficar jogando sua merda em mim. Eu não devo estar aceso pronto pra transar todas as vezes que você quiser.

A porta do banheiro se abriu e Kenn saiu.

- não se incomodem comigo – falou ele passando pela gente e descendo as escadas.

- esquece isso – falou ele se virando e descendo as escadas.

- babaca otário – falei com ódio.

Fiquei lá parado com cara de idiota e esperei alguns segundos até que me acalmasse e depois desci as escadas, Fritz estava lá na mesa sentado outra vez.

Não queria que soubessem que tínhamos brigado outra vez então fui andando até a mesa que ficava do outro lado da grande piscina. De repente eu parei porque senti algo escorrendo nas minhas pernas. Foi quando ouvi alguém gritando.

- segura a bola!

Me virei de uma vez e senti algo batendo no meu rosto e eu fiquei tonto por alguns segundos e cai na piscina com roupa de tudo.

Fui até o fundo e voltei tossindo. Todos estavam rindo.

- desculpa – falou a esposa de Adam.

- você está bem? – perguntou Adam.

- estou sim! A festa não pode parar – falei tentando parecer animado sentindo a água fria.

Logo eu ouvi as crianças que estavam dentro da piscina gritando. Eu olhei pra trás para ver o que elas viam e eu vi a água em volta de mim estava com uma mancha vermelha. Eu tinha sangrado.

- você se cortou? – falou Adam desesperado – sai dai.

Todos da mesa se levantaram para ver e viram a piscina cheia de sangue. Meu pai se levantou e veio ver também.

Sai da piscina com ajuda de Adam e me sentei na beirada.

- Fritz vem aqui, procure aonde ele se machucou.

Fritz veio e olhou todos os lugares e não encontrou nada.

- deve ter saído do machucado da mão – perguntou Adam encabulado.

- pega toalhas pra mim? – falou Fritz

- claro – falou Adam indo pegar dentro da casa.

- Mike, me perdoa eu não...

- esquece – falei – agora você deve estar satisfeito.

Logo Adam veio e trouxe toalhas pretas pra mim.

- o que é isso? – perguntou meu pai.

- não é nada pai, é só sangue dos machucados.

- vamos, eu te levo pra casa – falou meu pai.

Eu me levantei enrolado na toalha.

- eu vou com vocês – falou Fritz se levantando e pegando a chave em cima da mesa.

- não – falei.

- não faz isso – falou ele. Fritz sabia de onde tinha vindo o sangue e agora ele estava arrependido.

- quero você bem longe mim – falei – custava ter confiado em mim? Ter ficado ao meu lado? Precisava falar aquelas coisas pra mim Fritz? Bom, seu desejo se realizou eu estou fodido.

Fritz ficou lá parado sem saber o que fazer e o que dizer.

- vamos – falou meu pai.

Nós fomos até o carro e eu entrei e me sentei no bando de trás e meu pai logo ligou o carro e fomos embora.

- o que aconteceu? Onde você está machucado? – perguntou meu pai.

- o sangue saiu no meu machucado na mão.

- uma pena a festa estava ótima.

- verdade – falei e logo fomos embora.

Antes de ir dormir contei para meu pai que eu e Fritz namorávamos e que tínhamos brigado, dessa maneira ele não saberia por outra pessoa e logo depois dessa conversa nós fomos dormir. Eu acordei no domingo por volta dás 11h00min da manhã. Eu tomei um banho na água bem gelada e fui até a cozinha e meu pai não estava. Eu chamei pro ele, mas ele não respondeu. Eu subi as escadas e fui aos dois quartos de hospedes e ele não estava dormindo lá então fui até o quarto dele e meu pai estava deitado na própria cama. Tinha sido um avanço.

Eu fui até a cozinha e fiz o café da manhã e depois que terminei subi para acordar meu pai.

- pai acorda. – falei abrindo a porta.

- que horas são? – falou ele se revirando na cama.

- quase 11h00min. Eu preparei o café da manhã.

- deita aqui com o pai deita – falou ele batendo a mão na cama.

Fui até ele e me deitei ao lado dele e ele me abraçou dando um beijo no meu rosto.

- eu já te disse que te amo?

- eu também te amo pai.

- eu sei que não digo isso sempre, mas eu tenho muito orgulho de você, do homem que você se tornou.

- obrigado – falei olhando para o teto. – será que a mamãe também diria o mesmo se me visse hoje?

- não tenha dúvidas – falou ele.

- é engraçado né? Como nossa vida passa tão rápido. – falei.

- é, e acaba de repente. – falou ele – sua mãe se foi tão rápido, as vezes eu sinto que ela não viveu tudo o que queria. Eu tenho esse medo.

- Y.O.L.O.

- o que é isso? – perguntou ele.

- significa: “você só vive uma vez”.

- não entendo nada dessas siglas e gírias que vocês usam atualmente.

- não precisa entender a sigla pai. “você só vive uma vez” quer dizer que devemos viver a vida ao máximo por que só temos uma vida.

- vamos tomar o café da manhã se não via esfriar. – falei me levantando.

Eu desci e meu pai lavou o rosto e me seguiu.

Nós nos sentamo-nos à mesa da área e começamos a comer.

- estava sentindo falta desse momento em que comíamos juntos. – falei.

- eu também.

Antes que eu desse um gole do suco o interfone tocou.

- é só falar que alguém chega pra atrapalhar. – falei.

- deixe que eu vou ver. – falou meu pai.

Ele se levantou e atendeu o interfone e ficou lá por um tempo.

- quem é? – gritei.

Ele veio até a porta da cozinha.

- é o Fritz. – falou meu pai – vai querer vê-lo?

- aff...

- eu o mando ir embora.

- pode deixar ele entrar. – falei.

- tem certeza?

- tenho.

Meu pai foi até a porta e ele logo apareceu.

Ele estava com a roupa da festa.

- de onde você está vindo? – perguntei sentado na mesa.

- bom dia né? – falou ele rindo e vindo até mim para um beijo, mas eu virei o rosto.

- se eu estivesse em um carro você me veria acelerar. – falei mencionando o dia em que ele fez o mesmo comigo.

- eu vim da festa sim. Eu nem dormi.

- que ótimo – falei tomando um gole.

- vou deixar vocês a sós – falou meu pai.

- nem pensar, eu quero tomar café da manhã com o senhor pai. Pode ficar ai. – Fritz se você não se incomoda você poderia esperar ali atrás? Senta naquela cadeira se não você vai acabar com o clima entre pai e filho, pra falar a verdade eu acabei de criar uma regra: Se você é pai ou filho de alguém na mesa você fica, se não é só se afastar discretamente da mesa.

- Mike... – falou meu pai

- sem problemas – falou Fritz rindo – é por isso que eu gosto dele – falou Fritz alisando minha orelha e se afastando da mesa e sentando em uma cadeira virada para o jardim.

- Mike não faz isso com ele. – falou meu pai – coitado.

- coitado? Eu cansei de ser bonzinho com ele, não vou correr atrás, se ele quiser ele que venha. Tenho que deixar de ser besta. Esquece isso pai vamos continuar nosso café da manhã.

Nós comemos calmamente o café da manhã e conversamos e meu pai disse que iria ligar para o chefe dele e ver se existia alguma chance do meu pai voltar ao emprego.

- vai sim pai, mas não se esqueça que eu vou marca o psicólogo para o senhor.

- pode sim filho, eu irei.

Depois que terminamos meu pai me ajudou a arrumar a mesa e a cozinha.

- pode ir pai, eu limpo a mesa.

Peguei um pano e limpei a mesa e as cadeiras.

- prontinho – falei lavando o pano, colocando no arame e fui em direção a cozinha.

- Mike? – falou Fritz me vendo ir embora.

- você ainda está ai? Tinha até me esquecido de você. – falei. – o que você quer? – falei da porta.

Ele se levantou e veio até mim.

- vamos conversar ratinho.

- nova regra: pessoas babacas não podem usar apelidos então...

Ele veio até mim com um sorriso no rosto e parou na minha frente.

- tira esse sorriso da cara – falei para ele – diz logo o que você quer, porque eu tenho coisas mais importantes pra fazer, você está estragando os meus planos.

- o que? – perguntou ele com um tom sarcástico – o que seria tão importante?

- sei lá, tipo lavar a privada.

- ai... essa doeu. – falou ele.

- e então? Você só enrolou até agora.

- para de ser tão malvado e vem se sentar á mesa pra gente conversar. – falou ele

- é sério Fritz, deixa pra disso outro dia.

- mas rapaz, para de graça e vem logo – falou ele indo até uma das cadeiras que ficava de frente para o jardim e se sentando.

Segui ele e antes que me sentasse ao lado dele ele me puxou e fez eu me sentar em uma das pernas dele.

- o que é? – falei olhando pra ele.

- me perdoa – falou ele com um sorriso. – por favorzinho perdoa seu gatão.

- gatão? Eu devia ter escolhido outro apelido pra você que tal cachorro? O que você acha? Vamos testar. – falei limpando a garganta: o que você quer seu cachorro? Está arrependido do que você fez?

- estou sim. – falou ele dando um beijo no meu pescoço.

- que bom, mas você espera só um pouquinho? Eu vou tomar umas latas de cerveja porque não estou afim agora, mas seu ficar bêbado o suficiente é só você me jogar na cama e me usar, deixa o dinheiro na cômoda antes de sair.

- como assim?

- é assim que eu me sinto em relação a você. Parece que eu sou só uma prostituta que você paga pra tranzar quando está com tesão e depois que o tesão passa fica me ignorando e jogando pedras em mim igual ontem.

- eu mereço tudo o que você está dizendo. – falou Fritz com uma cara sem vergonha com um sorriso no rosto.

- merece mesmo, porque você... que droga de sorriso é esse? Porque está tão feliz? Está drogado? – eu dei uma pausa – o que aconteceu naquela festa? Transou com alguém foi? – falei me levantando.

- não é isso seu tolo. – falou ele me puxando e beijando minha barriga. – eu estou feliz por ter você comigo. Eu não sabia a sorte que tinha até ontem. Tudo o que aconteceu abriu meus olhos, eu fui muito idiota por te tratar do jeito que eu te tratei. – falou ele colocando a mão na minha bunda e apertando de leve.

- tira a mão dai seu cachorro – falei me afastando – pois você deu azar, perdeu a chance que teve porque agora eu estou em outra, você achou que eu fui embora ontem? Deixa eu rir da sua inocência, eu fui pra uma festa e conheci vários caras lindos.

- pior pra mim, porque vou ter que procurar um por um e acertar um soco bem no meio da cara – falou ele se levantando.

- idiota – falei rindo – para de me fazer rir, eu quero ficar com raiva. – o que você fez comigo ontem foi imperdoável.

- foi mesmo – falou ele se aproximando devagar.

- pois é eu não devia te perdoar.

- não devia. – falou ele se aproximando mais um pouco.

- sem contar o mico que eu paguei pro sua causa, se não tivesse dito aquelas coisas pra mim teríamos voltado juntos para a mesa e eu não teria caído na água.

- foi mesmo, eu sou um canalha. – falou ele parando junto a mim e me puxou contra ele e eu fiquei sentindo a respiração dele.

- eu já disse pra me soltar – falei.

- você pode simplesmente me empurrar e ir embora, mas sei que não vai conseguir fazer isso – falou ele aproximando o rosto do meu e eu não resisti e correspondi ao beijo que ele me deu em seguida.

Passei as mãos nas costas dele e o abracei. Ele estava com pegada, mais do que o habitual. Ele enfiou a mão dentro da minha camisa nas costas e ficou alisando ele. Eu parei um instante de beija-lo e olhei bem fundo nos olhos dele e alisei o rosto com a barba loira clara:

- eu não vou transar com você. – falei.

- eu não vim aqui pra tranzar, eu vim para passar o dia com você. Você é meu namorado e eu não estava te tratando como tal.

- sério? – perguntei.

- sério.

- não vai acontecer nada, nem com a boca nem com minhas mãos – falei o fazendo rir.

- eu sei.

- tudo bem – falei.

Ele então bocejou.

- nossa que bafo de cerveja e cigarro.

- eu estou morto de sono.

- vamos lá pro meu quarto. Você pode se deitar de tirar um cochilo.

Nós fomos andando até a sala e meu pai assistia a televisão e eu me sentei ao lado dele.

- pai nós vamos lá pro meu quarto, Fritz vai dormir lá e eu quero ficar lá com ele um pouco.

- sem problemas – falou meu pai.

Nós então subimos as escadas e ao chegar ao meu quarto Fritz caiu na cama.

- estou quase morto – falou ele.

- pois você só vai morrer depois de me contar o que aconteceu na festa depois que eu fui embora.

- ok – falou ele.

Fechei a porta do quarto e me deitei ao lado dele.

- e então, o que aconteceu?

- bom depois que você se foi Adam teve que esvaziar a piscina, lavar e depois encher.

- e ele fez isso ontem?

- claro, nós nem tínhamos tomado banho ainda quando você resolveu encarnar Carrie A Estranha na piscina.

- piadista – falei.

- depois de uma hora a piscina estava pronta para ser usada. As crianças foram se deitar e ficaram só os adultos.

- ai é que a putaria rolou né? – falei.

- que nada, ficamos apenas conversando a noite toda. Rimos bastante, falamos de você.

- sobre mim?

- claro. Eles me contavam às coisas que você já tinha feito na empresa, Steve me contou que tinha jogado lama em você um dia de chuva, Adam me disse que para te agradar era só enviar um cartão e flores azuis.

Eu dei risada quando ele contou isso.

- faz isso pra você vê... – falei rindo.

- pois é ele me contou sobre o tal Hunt...

- e o Kenn?

- o que tem ele?

- ele não ficou sem graça com você? ele deve imaginar que eu te contei o que ele falou sobre chamar você de gostoso e tal...

- na verdade não, ele ficou lá apenas rindo de tudo o que falavam. – ele deu uma pausa para bocejar. – bom continuando... Por volta dás 04h30min da manhã os amigos de Adam e da esposa foram embora e ficamos apenas nós. Gray entrou pra dentro da casa do Adam com a namorada e não voltaram, você deve imaginar o que faziam.

- sim – falei.

- Ás 05h00min foi quando nós entramos na piscina. Por volta dás 08h00min foi quando saímos e a esposa do Adam fez o café da manhã. Kenn caiu no sofá e dormiu. Nós ficamos conversando e foi quando eu decidi vir embora, Gray a namorada, Steve e Vanessa aproveitaram o embalo e também foram embora.

- o Kenn ficou lá?

- ficou sim, Adam disse que estava com dó de acordá-lo e deixou-o lá. Depois ele vai leva-lo embora. Xavier e a esposa também ficaram todos vão almoçar lá.

- o azar foi meu que perdi um festão.

- a festa só não foi melhor porque você não estava lá.

- sei...

- é sim. – falou ele olhando pra mim – quero dormir de conchinha em você, rapidinho eu durmo.

Me virei de costas e ele se aproximou de mim e me abraçou. Nós ficamos em silêncio por alguns segundos e logo ouvi ele roncando e aproveitando que estava lá fechei os olhos e dormi.


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Comentários

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ACHO QUE O FRITZ ESTÁ ENGANANDO O MIKE.

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Gente, eu tbm concordo. O Fritz não está parecendo confiável. Fazemos assim. Fala eu quem está achando que o Mike está levando chifrada.

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To preocupado com essa parte, muito preocupado, achei estranho essa narrativa do Fritz.

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