Amor por Conveniência 1

Um conto erótico de Nico
Categoria: Homossexual
Contém 1038 palavras
Data: 15/01/2014 02:01:34
Assuntos: Homossexual, Gay

Novembro, já se iniciava o penúltimo mês daquele ano, que em seu finzinho ainda guardava boas surpresas.

Dia 1°, segunda-feira, dia de se retomar as atividades no trabalho mas antes disso, nada melhor que passar na praia e desfrutar de uma das coisas mais belas que minha cidade pode oferecer. Esse contato com a natureza sempre me fazia bem e naquele horário ainda não estava tão cheia como costumava ser ao longo do dia, afinal, ainda não eram nem 06 da manhã. Eu havia sentado em um dos bancos da orla admirando o mar carioca mas não por muito tempo, o trabalho me esperava. Sempre ia caminhando, seja na ida ou na volta do trabalho, eram 30 minutos cada viagem. Cheguei 10 minutos antes do meu horário na loja e o Jorge, quem eu substituiria naquela manhã, já me esperava.

Jorge: Bom dia.

Eu: Dia.

J: Quanta alegria... tem algo pra me contar? – disse ele, notando um sorriso em mim.

Eu: Nada, apenas estou de bem com a vida.

J: Tô sabendo. Mas se por acaso surgir um motivo dessa felicidade toda, me conta tá?

Eu: Pode deixar rsrsrs.

Eu trabalhava em uma loja de conveniência, bem grande por sinal, havia de tudo, praticamente um mini supermercado e funcionava 24 horas. Às quintas-feiras e aos fins-de-semana a loja funcionava apenas para a venda de lanches, cigarro e bebidas, pois à partir das 22 h, ali funcionava como um bar, um ponto de encontro de amigos após o trabalho. Era costume a rapaziada se encontrar ali a partir das 18 h, mas só a partir das 22 h o funcionamento da loja era exclusivo do bar. Eu já trabalhava ali há três anos, desde a inauguração da loja, o único desde o começo da empresa. O meu trabalho era de atendente no caixa, mas quando se estava no horário de virada (quando se chegava às 22 h e saía às 06 h) era de tudo um pouco, pelo movimento ser mais “fraco” e eu preferia pois se ganhava mais sem falar na comissão, já que muitos nos viam como garçons e os que simpatizavam sempre davam um agrado. Fiz muitos amigos e falando em amigo, às 08 h como de costume, Renan entrava na loja.

Renan: E aí, meu amor. Tudo bom?

Eu: Melhor agora.

O Renan trabalhava como analista de sistemas para uma empresa que terceirava serviços computacionais e ele sempre ia até loja pois encomendava as refeições dos empregados ali. Eu o conheci naquele mesmo ano, quando ele se empregou naquela empresa e começou a frequentar a loja. Ele tinha 1,87 m, musculoso, moreno e muito simpático, e sabia da minha orientação, como todos que conheço.

(Bom, eu tinha 23 anos na época e me chamo Nicolas. Sou loiro, 1,78 m, e frequento academia, não sou bombado, sou forte srsrsrsrsrs.)

O Renan sempre foi de ter essas brincadeiras, como me chamar de “amor” mas ele se considerava hetero.

Renan: Nico, o que tem hoje pro almoço?

Entreguei o cardápio pra ele.

Eu: Isso aí tudo.

R: Custava falar?

Eu: É que eu ainda nem tive tempo de olhar. Mas se fazes questão, eu leio. – disse pegando o cardápio da mão dele.

R: Bem melhor ouvir da sua vez.

Dei um sorriso de canto e li as opções de refeição pra ele.

Eu: Satisfeito?

R: Agora sim.

Ele fez a encomenda e pediu uns bombons, até me ofereceu um.

Eu: Não, obrigado. Ainda não tomei café.

Renan: Nossa, você é lesado.

Eu: Depois eu como.

R: Mentira, você pensa que me engana.

E assim ele saiu sem se despedir me deixando sem entender nada. Não demorou 10 minutos ele volta.

Renan: Pra ti. Anda, não fica só olhando.

Eu: Calma, que é isso?

R: Comida. Agora põe isso pra dentro.

Ele havia levado dois sanduíches naturais, uma maçã e um suco grande.

Eu: Mas tudo isso?

R: Sim, e nem reclama que eu nem trouxe muita coisa.

Ele disse que só sairia dali quando eu terminasse de comer tudo, então pedi para um outro funcionário segurar as pontas enquanto eu ia na copa comer, Renan me acompanhou.

Eu: Você não tem que trabalhar?

Renan: Quanto a isso, relaxa.

E ele falava isso sem tirar os olhos de mim enquanto comia. A gente botou o papo em dia e logo ele teve que ir. No horário do almoço foi um outro funcionário buscar as refeições, o Renan devia estar bem de “castigo” por ter se atrasado de manhã.

Quando eu pegava o turno do dia, largava às 16 h e foi o caso daquele dia. No caminho de casa passei na panificadora e comprei uns salgados que minha irmã gostava.

Em casa, morávamos minha irmã [Vanessa] e eu, ela é mais velha que eu 5 anos. Formada em psicologia e noiva do Marcelo. Formam um casal incrível. Ela e eu morávamos na casa que nossos pais nos deixaram, ambos faleceram devido ao câncer, meu pai faleceu quando eu tinha 10 anos e minha mãe, com 17. Com isso a Vanessa se tornou a chefe de casa, para a nossa “sorte”, ela se formou no mesmo ano em que nossa mãe veio a falecer, se tornando a única fonte de renda da casa. Cheguei a cursar administração por dois períodos mas vi o sacrifício que ela fazia para nos manter, era difícil o mercado de emprego pra ela pois era recém-formada. Acabei por largar a faculdade e consegui um emprego em uma rede de supermercado, onde fiquei por quase dois anos. Vanessa não me apoiou, ela queria que eu terminasse os estudos, mas eu não achava justo deixar toda aquela responsabilidade em cima dela, ainda por ela ser epilética, o qual ela tinha que desviar uma boa parte do salário para os remédios. E me mantive nesse emprego até ir trabalhar na loja de conveniência.

Cheguei em casa e minha irmã ainda não havia chegado, fui para o quarto e ao deixar o celular na mesa de cabeceira, notei que haviam algumas mensagens. Não dei tanta importância e fui tomar banho. Mal eu sabia que eram todas do Renan.

Oi, galera. Bom, estou iniciando esse conto que narra minha história e espero que gostem. Abraços e até mais.


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