-Oi lek... Leandro. Diz ele consertando. -Entao, eu queria falar uma parada com voce. E ja adianto que nao aceito "nao" como resposta. Ele fala parando na minha frente com um sorriso de canto de boca.
Ele me olhava um tanto quanto desconfiado e isso me deixava ainda mais nervoso, mas tinha que ser firme diante dele. Não queria que ele notasse a minha ansiedade.
- Então, eu queria te convidar pra minha festa de aniversario. Vou comemorar numa boate irada que abriu recentemente e quero muito que você vá. Na real, não aceito não como resposta. – Falei abrindo um sorriso para ajudar a convencê-lo.
- Acho que não Bernardo. Eu ainda não esqueci o que você fez completamente. Acho que devíamos ir com calma. – Ele respondeu olhando para mim. Eu não ia desistir.
- Por favor, é meu aniversário. Quero muito que você vá. Por favor, diz que sim. Vai, diz que sim – Eu implorava com as mãos juntas fazendo a carinha mais fofa que eu sabia fazer.
- Tá bom, eu vou ver se eu vou, ta?
- Aeee!! Ta Beb..Leandro. Vou ficar muito feliz mesmo. Vou estar te esperando. - Eu disse saindo em seguida para que ele não visse o enorme sorriso que estava estampado no meu rosto.
Ele estava me tratando friamente, mas eu sabia que tinha exagerado na minha reação quando ele me contou que era gay. Eu não esperava mesmo. Sabia que rolava algo estranho entre ele e aquele Caio, mas me enganava achando que era coisa da minha cabeça. Para falar a verdade, o Leandro confundia e muito o meu cérebro. Eu sentia algo inexplicável por aquele garoto e não sabia como agir com isso. Sentia uma necessidade de proteger, de cuidar, de mimar como se ele fosse um garotinho indefeso que precisasse de mim. Eu o via como um bebê. Meu bebe e isso era estranho até mesmo para mim. Gostava da maneira fofa que ele falava, do jeito que sumia nos meus braços quando o abraçava, a cara emburrada quando eu chamava sua atenção ou bagunçava os seus cabelos. Depois da aquela discussão na qual ele me contou sobre a sua sexualidade, nos afastamos completamente e eu me peguei sentindo muito a sua falta. Mas por quê? Provavelmente porque gostava da sua amizade, gostava desse instinto de proteção que ele despertou em mim, mas a verdade é que eu não sabia porque. Só sei que sentia falta da sua companhia e depois do nosso encontro por acaso no laboratório, resolvi não negar mais isso. O fato dele ser gay não impedia que fossemos amigos, né? E se ele queria ficar com aquele Caio, o problema era dele.
No dia da festa me arrumei caprichando no visual. Calça jeans surrada e levemente rasgada, um blusa preta de gola em V, que marcava sutilmente meu peitoral e meus braços, deixando parte da minha tatuagem a mostra. All star vermelho. Coloquei meu cordão de prata e alguns anéis no dedo. Passei os dedos no cabelo, deixando ele um pouco bagunçado e estava pronto.
A boate estava cheia e meus amigos não paravam de chegar. O ambiente psicodélico, com muitas luzes e efeitos fazia tudo parecer mais mágico. A galera estava animada e a pista de dança cheia. Reservei um espaço com sofás e algumas mesas para quem quisesse poder ficar mais a vontade. Comecei a perceber que estava me sentindo ansioso, olhando o relógio de minuto a minuto e sabia o porquê: O Leandro não estava ali. Já estava perdendo as esperanças que ele fosse e até mesmo me conformando com isso, quando eu o vi entrar. Senti meu coração acelerar dentro do peito e abri um enorme sorriso no momento em que ele olhou pra mim. Ele estava todo arrumadinho, tão gatinho que até eu mesmo me surpreendi com a minha reação ao constatar isso. Então meu sorriso logo morreu em meus lábios. Ele não estava só. Veio acompanhado daquele Caio. Eu não acreditava naquilo. Como ele teve coragem? Ele se aproximou de mim com um sorriso tímido e falou:
- Feliz aniversário Be..Bernardo. - Disse me abraçando em seguida. Mal consegui abraça-lo devida aquela irritação que eu sentia.
- Eu não convidei esse cara! - Falei bravo.
- Oi pra você também, Bernardo. - O Caio falou ironicamente. O clima ficou tenso.
- Nossa, Bernardo, que falta de educação. Eu chamei o Caio pra vir comigo porque você sabe.. Mas se você preferir nós vamos embora. - Ele falou serio.
- Não..tudo bem. Desculpa pela grosseria, mas é que me pegou de surpresa. Divirtam-se. - Eu disse carrancudo, saindo para pegar uma bebida. Era só o que me faltava, ficar olhando os dois juntos ali na minha frente.
Tentei me distrair durante a festa. Cumprimentava meus amigos, conversava um pouco apesar da musica alta e não desgrudava os olhos do Leandro. Vi que ele conversava com aquele garoto, sorria e aquilo simplesmente me tirava do serio. O que será que estava acontecendo comigo? Porque eu estava me sentindo tão irritado? Parecia até que eu estava com ciúmes dele. É claro que não! Porque eu sentiria ciúmes do Leandro?
O pessoal estava animado e se divertindo, mas eu não. Eu não conseguia me divertir. Uma hora procurei o Leandro com os olhos e fui acha-lo na pista de dança. Dançava de um jeitinho fofo, com aquele lá, de uma maneira quase colada. Eu vi que eles tentavam ser discretos, mas como eu sabia o que rolava parecia explicito. Aquilo foi a gota da agua para mim. Olhei em volta e comecei a notar as garotas que estava por ali. Muitas eu sabia que eram afim de mim e estava na hora de dar um jeito naquela situação. Me aproximei de uma muito bonita, que o tempo todo olhava na minha direção e a chamei para dançar. A puxei pelo braço, me posicionando com ela na frente deles. Olhei para o Leandro, que me olhou sério e comecei a dançar. Me movimentava de acordo com a musica, de uma maneira sexy, olhando de vez em quando para ele, que me olhava e logo desviava o olhar. Vi que o Caio colocou a mão na cintura dele e aquilo fez meu sangue ferver nas veias. Ah não! Aquilo já era demais! Puxei a menina e a beijei, de forma intensa, com minha língua deslizando sobre a dela, a agarrando no meio da pista. Desgrudei meus lábios do dela e quando olhei para onde eles estavam, não vi mais nenhum dos dois. Comecei a procurar pelo local, esbarrando nas pessoas, sem me preocupar com nada. Vi o Caio perto do balcão do bar e fui lá falar com ele.
- Nossa Bernardo, gata aquela garota que você pegou hein? Mandou bem. - Ele falou com um sorriso cínico.
- Cala a boca! Cadê o Leandro? - Perguntei irritado.
- Foi no banheiro, parece que não está se sentindo muito bem. Ta muito quente aqui dentro. Pediu para eu espera-lo aqui. Porque você quer saber?
- Não te interessa. - Eu disse deixando ele pra trás.
Fui até o banheiro e o encontrei na frente da pia jogando agua no rosto. Estava com os olhos meio vermelhos e com uma cara muito abatida.
- Você está bem? - Perguntei preocupado.
- Estou. - Ele respondeu seco, passando papel no rosto.- Vou embora.
- Mas por quê? - Perguntei.
- Não estou me sentindo muito bem. Acho que já fiquei aqui o suficiente.
Ele disse virando as costas, mas eu segurei seu braço.
- Espera...Fica por favor. Sei lá, a gente nem conversou direito.- Eu pedi olhando nos olhos dele. Ele olhava para mim de uma maneira triste que fez eu ter uma vontade insuportável de abraça-lo ali mesmo.
- Prefiro ir, você está ocupado ficando com aquela garota. O Caio vai me levar em casa, não se preocupe.
Ele virou se mais uma vez e saiu do banheiro. Fiquei alguns segundos tentando entender o que estava acontecendo e fui atrás dele. Simplesmente não queria que ele fosse embora assim, ainda mais com aquele cara. A boate estava cheia, e a gente tinha dificuldade de passar entre as pessoas, fazendo com que eu ficássemos próximos. Ia pedir mais uma vez que ficasse quando uma confusão se formou perto da onde estávamos. Parecia ser uma briga entre rapazes, que foi se alastrando, causando pânico e tumulto no ambiente. Ele estava a poucos metros de mim, assustado, olhando cadeiras e copos voando e as pessoas correndo desordenadas. Corri até ele e o puxei, fazendo com ele que se agarrasse ao meu corpo e assim pudesse protegê-lo com o braço. Afastava as pessoas que nos empurravam e abria passagem para que pudéssemos sair dali.
- Be, espera! O Caio, cadê o Caio? Ele me perguntava enquanto eu praticamente o levava no colo, abrindo caminho entre as pessoas.
- Foda-se o Caio! Eu preciso te tirar daqui.- Eu disse firme.
Com custo, conseguimos sair da boate e o levei até o outro lada rua. Olhei pra ele e constatei que apesar de assustado, ele estava bem, sem um arranhão sequer.
- Você está bem? - Perguntei.
- Eu estou, mas e o Caio? Eu não posso ficar aqui e deixar ele lá. E se acontecer alguma coisa com ele? - Ele me perguntava aflito. - Eu vou lá.
- Não vai, não! Ta louco? Você não viu como está lá dentro? Vão te pisotear! Eu vou atrás do Caio, fica aqui! - Eu praticamente mandei e voltei pra dentro da boate.
Era um confusão só, e os seguranças tentavam controlar a briga. As pessoas corriam assustadas, se embolando uma nas outras, transformando aquilo tudo num caos. Vi o Caio agachado, acuado num canto perto do balcão e fui até ele.
- Vem seu mané! – Puxei ele pelo braço e sai arrastando, abrindo caminho entre as pessoas, não me importando com os arranhões e socos que eu levava. Enfim, consegui sair com ele de lá e mostrei onde o Leandro estava. Ele nem me agradeceu. Atravessou a rua e o Leandro correu para os seus braços, abraçando-o fortemente. Olhei aquela cena e percebi que não havia mais nada para eu fazer ali. Ele estava em segurança, com a pessoa que ele gostava e eu não precisava ficar vendo isso. Abaixei a cabeça e segui andando, pensativo e me sentindo estranhamente triste. Vaguei até chegar à praia, e sentei na areia vendo o mar. Já era de madrugada e não tinha quase ninguém na praia, o que me dava a tranquilidade que eu precisava. Olhei pra lua e lembrei dele abraçando o Caio, de maneira quase desesperada. Senti um aperto no peito, uma angustia. Me doía o fato dele gostar daquele cara, de abraçar, beijar e até mesmo se entregar a ele. Eu não entendia o porque, mas doía. Então eu me dei conta que eu gostava do Leandro, muito mais do que eu queria gostar. Muito além do que eu poderia gostar. De um jeito que eu nunca tinha gostado de ninguém e essa constatação me apavorou. Eu estava apaixonado pelo Leandro.
Falaa galera!! Hoje excecionalmente nao teve o momento de reflexao
rsrs e tambem excepcionalmente quem narrou foi o Bernardo. A parte
ficou beem grande e tive que pedir pra ele postar pra mim. Espero que
curtam essa parte, pois na minha opinião foi uma das melhores hehe.
Valeu pelos coments gente, voces sao demais!!
Binho Subtil: Eai gostou do que o Bernardo fez? Sim? Nao? O mataria?
Rsrs. Valeu pelo coment!!
Thiago Silva: Cara sera?? Seria mto cafajeste!! Mas é a vida ne?
Veremos o q vai acontecer. Valeu pelo apoio ;)
liehzinhaa: Eh lindinha, eles tao tentando, quem sabe de certo. E tomara
que o Caio nao esteja aprontando? Torce pra ele? Rsrs. Valeu por estar
aqui!
Geo Mateus: Cara tu copiou o coment do outro? Hahaha que louco, mas valeu (y)
Junnior: Mais um do time do Bernardo rsrs. Valeu pelo coment carinha.
Espero te ver sempre.
Voncrimson: Apareceu?!?! No way!! Papo carinha rsrs entendo que nao
possa comentar, mas fez falta teu coment aqui, ve se consegue comentar
esse ta?. E o Bernardo ta tentando ne? Veremos no que vai dar.
Valeeeuu!!!
Hyan: Pode deixar que nao sumo carinha rsrs. Valeu pelo incentivo!
Natan: Hahaha realmente, eu que o diga, tenho um em casa haha. Mas
enfim, valeu pelo coment, te espero nesse hein?
Ru/Ruanito: É verdade, mas ha um cara fofo e super sentimental ali,
viu? Rsrs. Valeu caraa!!
Marcos Roger: Olhaa quem apareceu!! Senti falta do teu coment no
ultimo rsrs. Valeu pelo apoio de sempre e espero que goste dessa tbm
:)
Bom gente, espero que amem essa parte rsrs. Nao vou pedir desculpa por
erros pq sei que nao tem nenhum u.u rsrs. Valeu galerinha, adoro
voces.
Abraços, Leandrinho.