Ao som de uma porta se trancando eu começo a abrir meus olhos, minha perna doía, mas não tanto ao ponto de tentar me levantar. Mas nesse espaço de tempo eu senti um peso cair sobre mim e uma voz no canto do meu ouvido, "Eu perdi a conta de quantas vezes te disse para ficar fora disso, sabe o que eu perdi também? A paciência.", eu o forcei para cima, mas ele não se desgrudava de mim, não importa o que eu fizesse, "Se lembra do dia que tudo isso começou? Que você atrapalhou tudo? Se lembra também que eu te disse uma coisa? Vou cumprir o que eu AAAAAAAH!", o grito de dor dele me animou para continuar a me erguer, eu havia acabado de dar uma joelhada em seu pau, que estava duro e me preparava para um soco.
Porém Roger segurou minha mão, "Seu imbecil! Você vai pagar por isso!", "O que você vai fazer, Roger? Deixa de ser idiota, qualquer coisa que você fizer todos vão saber, de um jeito ou de outro, se quiser me bater, melhor, vou ter marcas para provar.". Ele me soltou, entendi que algum juízo havia entrado em sua cabeça, que estava livre disso, talvez tivesse acabado tudo, mas esperei demais dele. Roger se levantou e me abraçou por trás, segurando meus braços, "Ok Lucas, mas a gente pode acabar com tudo aqui, agora, me escuta...", ele disse desabotoando sua camisa enquanto segurava forte minhas duas mãos com apenas uma das suas. Ridiculamente fácil escapar, mas eu queria ouvir o que ele diria, talvez por acreditar de alguma forma num fim fácil para aquilo tudo, talvez esperando algo que me deixasse ainda mais furioso. "Viu? Com calma a gente consegue resolver isso. Eu não sou uma má pessoa, só não sei me expressar e controlar meus impulsos e raiva. Fora isso sou comum, tenho meus sentimentos também..." ele disse soltando minhas mãos, e segurando meu ombro, com leveza, terminando de tirar sua camisa, me virou e botou a minha mão em seu peito.
"Tá sentindo, Lucas? Aqui também bate um coração. Só não consegui controlá-lo para amar a pessoa certa, alguém que eu conseguisse amar do jeito certo, sem sofrimento.", aquela conversa começava a mostrar o sentido de Roger ser assim, mas não diminuiria nunca minha raiva. "Muito comovente, é só isso?", eu falei o olhando com cara de desprezo, ignorando tudo que ele disse e dando um leve empurrão em seu peito, o seu rosto antes procurando compreensão voltou a me olhar com a raiva usual, ele me abraçou a força novamente, "Você sabe o que eu poderia estar fazendo com você agora, e não minta para mim Lucas, você pode enganar aos outros, mas eu sei que você iria gostar. Aliás, com o que eu tenho aqui garanto que você ficaria muito feliz. Vamos ao que mais te interessa, como eu vou te deixar em paz. Se é isso que você quer, é fácil, fica aqui comigo por mais uma hora..." ele disse tirando minha camisa, "Isso, muito calmo, você vai gostar assim. É só isso que eu quero de você.", "Não era você que estava nunca crise de amor, Roger?", eu disse num tom irônico enquanto ele ainda me abraçava. Chegava perto de mim e eu sentia que ele estava duro, seu corpo estava quente ao se encontrar com o meu, apesar de eu sentir o ódio queimando em mim. Ele me virou de frente e disse, com um sorriso, "Eu sei quem eu amo, mas também tenho meus desejos." e me beijou, me segurando com força, quanto mais eu me batia para soltar, mas intenso o beijo ficava, sua língua invadindo minha boca. Minha mente pensava como se eu fosse dois ao mesmo tempo.
Parte pensava em como ele sabia que eu gostava, não dele, mas de homem, e julgava a possibilidade de tentar me livrar dele com aquilo. E a outra parte sentia o ódio, que não mais crescia, já havia chegado ao seu limite. Pisei em seu pé e o joguei na cama. "Não sabia que você gostava tão violento assim, Lucas, hahaha.", eu ri, subi em cima dele, sentando no seu colo, sentindo sua pica dura e sua mão apertando minha bunda, desci minha boca até seu ouvido, "Você nem imagina Roger, não imagina mesmo.", ele ria, voltei a olhar em seus olhos enquanto ele passava a mão pelo meu corpo, "Eu sabia que você não ia resis...", silenciei sua frase com o que o surpreendeu, muito mais do que ter sentado em seu colo.
Acertei um soco em seu rosto, me certificando que estava usando a força necessária ou superior para deixar uma marca bem forte nele. "Tenta se explicar por isso sem se complicar, Roger. E se lembre, se você fizer algum mal a mim ou a Renan, você vai acabar muito pior, então mantenha sua boca fechada. Você é doente, mas eu não tenho a menor pena de você.". Vesti a camisa e saí do quarto, deixei a porta aberta, esperando Roger sair do quarto e me atacar, assim eu brigaria e faria muito mais que uma mancha de soco em seu rosto, mas nada aconteceu. Encontrei com Marcela na portaria, ela estava linda como sempre, mas eu totalmente desarrumado, "Aconteceu alguma coisa?", ela disse me arrumando, enquanto eu ficava mais vermelho que seu cabelo, "Não, nada não, obrigado", eu segurei sua mão e comecei a levá-la para o restaurante. Chegando lá sentei entre Renan e Marcela, conversamos muito, outros perguntaram sobre Roger, disse que ele falou que preferia ficar e comeria algo por lá, já que não estava com muita fome.
Lúcio, sentado à frente de Renan não tirava os olhos dele, algumas vezes olhando para mim, devia estar desconfiado, mas eu não me importei, pelo menos por essas horas estava tudo bem. Voltando para o hotel conversamos sobre o que seria feito no dia seguinte, iríamos em um colégio conhecer a estrutura e passear pela cidade, a partir das 15:00 estaríamos livres das obrigações. Fui para o quarto com Renan, nos arrumamos para dormir até que escuto alguém batendo na porta, e em seguida, a voz de Lúcio. Abri e ele ria, "Você não vai acreditar, não posso voltar para o quarto!", eu o chamei para entrar e ele já começava a explicar o motivo. Quando estava chegando ele começou a escutar gemidos, alguns deles de Roger, mas haviam outros, e então ele notou que eram de duas outras vozes diferentes, dois outros homens. Enquanto ele me falava rindo eu ia pensando em como Roger não prestava e era louco, não ri e dei a desculpa do sono, disse que Lúcio podia dormir lá, a cama seria suficiente para os três, então ele deitou ao meu lado e eu com Renan dormindo quase abraçado a mim. Acordei com Lúcio alisando meu cabelo e Renan já havia acordado e descido para o café.
"Fiquei com pena de te acordar, mas não queria te deixar só, aí resolvi ficar.", ele me disse beijando minha bochecha, "Sabe, raramente a gente fica sozinho agora, mas dá para conversar.", "Eu sei, mas a gente vai ter mais tempo, Lúcio.", ele riu e chegou mais perto, "A gente tem agora.", ele disse passando a mão pelo meu corpo e beijando meu pescoço, sua mão foi até minha bermuda e a abriu, ele começou a alisar o meu pau, o deixando duro, eu sabia que havia permitido isso.
Eu tirei sua camisa e bermuda, deixando-o apenas de cueca, passei a mão pelo seu corpo forte, sentindo seu calor, ele fez o mesmo comigo, mas continuou, tirou minha cueca e me masturbava mais rápido, beijando minha barriga, eu gemia baixo, podia ser que Renan voltasse, comecei a beijar seu pescoço e Lúcio me puxou, me colocando sentado em seu colo, eu apertava seu corpo e ele segurava nossos paus, movimentando-os juntos, ficar naquela posição com ele, sentindo suas pernas fortes, olhando em seus olhos, sua outra mão na minha bunda e o dedo se aproximando de me penetrar me excitava tanto que não demorei muito e já estava gozando, o que ele também fez. Deitei em cima dele e ficamos parados por um tempo, ouvindo a respiração um do outro quando Lúcio resolveu me beijar, eu sabia qual seria o resultado daquele beijo, se eu permitisse que o mesmo acontecesse, então me afastei. "A gente é só amigo Lúcio, se lembra?", ele estava com um olhar de decepção, mas dessa vez sem raiva. Ele saiu em silêncio e foi tomar banho, esperei até que ele aparecesse já vestido e dizendo que ia descer para comer, que depois a gente se encontrava. Passei um tempo pensando no que aconteceu e fui para o banho.