Cap. 5
- Ai, eu ainda não tô preparado pra isso Gabriel. Vamos esperar mais um tempo. Ainda não quero transar com você Gabriel- falei
- Tudo bem, eu vou esperar o tempo que for- falou ele, beijando meu rosto
- Gabriel- falei
- Oi- falou ele
- Você teria coragem de contar pro seu pai o nosso caso.
- Eu acho melhor manter em segredo por um tempo André. Eu acho que ele me expulsaria de casa, e pra onde eu iria. Não tenho parentes aqui. Meus parentes estão todos no RS. Vamos esperar mais.
- Tudo bem.
Ficamos o resto da noite abraçadinhos, e acabei dormindo lá. Acordei lá pelas 06h.
- Gabriel, eu deixei seu café lá em baixo. Volto lá pelas 20h thau- falou o pai dele.
- Tá- falou ele meio sonolento- ah, já são 06h, vamos levantar André
- Ah, o quê houve- falei
- Já são 06h. Ainda tenho que terminar o café. E nós ainda temos que se arrumar.
- Eu preciso ir em casa pegar minhas roupas.
- Tá, a gente passa lá depois. Agora vamos logo comer.
E logo, estávamos tomando café. E eu percebi que ele não tinha nenhuma foto de mãe ali.
- E a sua mãe Gabriel- falei
- Ela morreu- falou ele
- De quê- falei
- Ah André, eu não quero falar sobre isso, detesto lembrar que ela nos deixou.
- Desculpa, foi só curiosidade- falei, mas ouvi barulho de choro- você tá chorando- falei
- É muito triste lembrar da morte dela. Eu a amava tanto. Ela era tão bonita- falou ele pegando na minha mão- ela morreu por causa de alguns problemas cardiológicos que ela tinha.
- Poxa que triste. Meu pai também morreu, mas ele morreu antes de eu nascer, nunca o conheci- falei
- É né. Mas é vida que segue- falou ele limpando as lágrimas- vamos logo, ainda temos que passar na sua casa
Logo ele estava arrumado, e estávamos indo pra minha casa. Logo que cheguei, mamãe começou o interrogatório
- Dormiu bem André-falou ela
- Sim mãe
- E aonde vocês foram
- Saímos com amigos, pra uma pizzaria- menti
- Hum, já tomou café
- Já, só vim me vestir pra ir pro colégio
- Tá bom, mas tarde eu venho pra casa.
Logo terminei, e já estava pronto pra ir pro colégio
- Oi André- ouvi a voz da Giselle
- Oi Gi- falou ela- vamos- falei me agarrando nela.
Logo estávamos chegando no colégio. A aula se passou rápido e nós fomos pra uma lanchonete. E enquanto eu passava, dessa vez me segurando no Gabriel, um grupo de garotos, começou a gritar. “Ih, olha as duas bichonas ali, vem chupar meu pau aqui caramba”, e riram. Fiquei super constrangido, e ainda tive que segurar o Gabriel, porquê ele queria ir arranjar confusão com o garoto lá.
- Calma Gabriel- dizia eu e a Giselle, nos impedindo de ele ir lá tirar satisfação com os moleques.
Logo estávamos indo pra lanchonete, e lá vimos o Júlio, novo namorado da Giselle
- Oi amor- falou ele chegando
- Oi- falou ela dando um beijo nele
- Oi Gabriel, André- falou ele cumprimentando-nos. Nessa hora, Gabriel me pegou pelo braço e me virou
- O quê foi- falei baixo
- Ele te olhou de um jeito esquisito
- Olha, não vai arranjar confusão, você já arranjou confusão demais hoje.
Fiquei pensando, como assim me olhou esquisito. Como alguém olha pra alguém esquisito. Não perguntei nada, mas fiquei bastante intrigado. Logo caiu a noite, e eu fui pra casa. Lá na frente, ele me fez uma pergunta.
- Me diz uma coisa, você não quer ir ao Shopping daqui a pouco
- Mas você gosta de rua ein Gabriel. Tá, eu vou ao Shopping com você, me espera ai que eu só vou me arrumar, e depois eu volto.
- Tá ok.
Entrei, peguei um moletom qualquer, blusa por baixo, uma calça, tênis, e lá vou eu.
- Mãe, eu vou sair com o Gabriel, volto depois- gritei
- Pra onde
- Vou pro Shopping, tchau
- Tchau
Logo estávamos indo até a casa dele, ele trocou de roupa e nós fomos pro Shopping. Lá tiramos umas fotos, compramos algumas besteiras, comemos, e voltamos pra casa. Mas
enquanto estávamos passando próximo a um dos banheiros, nós escutamos barulho de choro
- Você ouviu isso
- Ouvi
- Vai, vamos ver o que é
Logo estávamos indo em direção ao barulho, até que chegamos próximo a uma pessoa.
- Ei- falou Gabriel- desculpa estar te perturbando, mas porquê você está assim
- Vocês não vão querer saber- escutei uma voz familiar
- Danilo- falei- Danilo sou eu, André caramba.
Só escutei a hora que ele se levantou e veio me abraçar
- André, puxa, quanto tempo rapaz. Nossa, você tá mais alto. Ainda bem que eu te achei, estou muito mal esses dias.
- O que houve- falei- ah, e antes de tudo, esse é o meu namorado Gabriel- falei, fazendo ele me beliscar- calma amor, ele sabe que eu sou gay. Ele é meu primo, que nem irmão. Só que estávamos um bom tempo sem se falar ein Danilo.
- É
- Mas agora me diz, porquê você está aqui, chorando
- É uma longa história.
E então ele contou que estava namorando um garoto, amigo dele. Mas a mãe dele descobriu, e o colocou pra fora de casa.
- E você já ligou pra ele- falei
- Já, mas ele está viajando, só vou poder ficar com ele a partir da segunda que vem
- Poxa, que barra. É por isso que eu e o Gabriel estamos tomando muitos cuidados, e ainda acho pouco.
- Eu fico imaginando, como é amar alguém, sem nem conseguir saber o rosto- falou ele, rindo
- Diferente- falei também rindo, e o beijando- olha, se você quiser ir lá pra casa, a mãe não vai brigar, sabe que nós somos irmãos né. Vamos logo- falei
- Mas eu não quero dar trabalho
- Que isso, não vai dar trabalho nenhum- falei
- Tá bom, eu vou pra lá, mas é só até meu namorado voltar
- Ok. Pega as suas coisas e vamos.
Logo estávamos pegando o táxi. Me despedi do Gabriel, e entrei. Logo o Danilo foi pro quarto dele, e eu fui pro meu tomar um banho, mas ouvi a porta abrindo.
- Quem é- perguntei
- Sou eu filho- falou mamãe
- Oi mãe- falei, querendo entrar no banheiro
- Espera ai, você não quer me contar nada- falou ela me deixando encabulado
- Não
- Tem certeza
- Tenho.
- Me diz uma coisa André. Você está tendo alguma relação amorosa com esse seu amigo ai, o Gabriel
Continua
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