Somente eu um lugar eu teria pouso garantido e todo o opoio necessário, na casa da Irisleine. Por mais que fosse humilhante para mim, era a única pessoa a quem poderia recorrer para me ajudar nesse momento delicado.
Minha aventura cor de arco-íris na fazenda estava preste a chegar ao fim, pouco antes depois de começar.
Amanda não me deixava me aproximar mais dela, toda investida de minha parte era frustrada ao primeiro toque.
Liguei para a rodoviária, não havia passagem para o próximo dia, resolvi ir dirigindo uma das Picapes se volta para casa. Não conseguia falar com Irisleine, toda fez que chamava eu desligava ao primeiro chamado, como estava usando o modo número desconhecido ela não teria como ligar de volta. Mandar sms não era o adequado depois de anos de relacionamento amoroso entre eu e ela. Quando chegasse lá me explicaria pessoalmente.
Oito horas da noite, o jantar estava quase pronto, Diego e companhia chegou do pronto atendimento médico. Diego estava com a cabeça enfaixada, os olhos vermelhos de raiva, o semblante de um psicopata arquitetando seu plano de tortura.
Sentamos todos à mesa em um clima péssimo, Diego encarava Amanda, ela por sua vez me olhava com semblante inseguro e preocupado.
Amanda e eu sentada de um lado da mesa, Diego, Delfina e mais dois peõs do outro lado. Começamos a comer em silêncio, Diego chegava a bufar de raiva ao ver Amanda tão próxima à mim.
- Engraçado como vocês duas ficaram amiguinhas, assim de repente. - Disse Diego.
- Diego nós precisamos conversar.
- Sobre o quê, Amanda? Não acredito que seja sobre os preparativos de nosso casamento.
- Diego meu filho, o quê está acontecendo? - Perguntou Delfina.
- Devia perguntar à essas duas desavergonhadas. Com licença, estou satisfeito, vou para o alojamento.
Diego se levantou, saindo a pisar firme no chao de madeira.
- Seja o que estiver acontecido Amanda, acho que você deveria ir atrás do meu filho e conversarem. Ele a ama muito, e podem superar.
-Liah?
- Vá atrás de seu amor.
Não acredito, eu estava a incentivando para ir atrás de um homem. Ela é hetero, tomara que ele a faça feliz.
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Amanda entrou no alojamento, Diego fumava um cigarro de palha, sem camisa, ouvindo música sertaneja.
- Sai daqui!
- Vamos conversar, Diego.
- Não há sobre o que falar. A traição sua é imperdoável. - Deitou na rede. - Que vergonha para Seu Jorge, duas filhas sapatonas.
- Lésbicas, também são gente, Diego.
- Quanto menos, melhor. Pode deixar, vou cuidar desta pessoalmente.
- O quê pretende fazer?
- Espere e verá.
- Por favor, meu amor, me perdoe? Eu te amo! Amo muito!
- Mas foi lá se esfregar com aquela sapatão. Perdeu a virgindade e tudo, que nojo. - Ele cuspiu no chão.
- Isso não tem tanta importância, foi apenas uma transa sem sentido. Foi apenas uma vez, eu serei só sua pra sempre a partir de agora. Vai amor, vem cá...
Quando uma mulher quer seduzir um homem, consegue. Vamos poupar essa transa hetero chata e totalmente desnecessária para nós lésbicas.
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No outro dia, acordei bem cedo, o sol ainda se escondia atrás das nuvens rosas/roxas do amanhecer. Da janela vi Amanda beijando Diego enfrente ao alojamento dos peões, depois ela entrou aqui na casa principal ajudar a preparar o café da manhã.
- Bom dia. - Cumprimentei Amanda e Delfina a entrar na cozinha.
- Acabei de passar o café, menina. - Delfina me serviu.
- Como foi com, Diego? - Perguntei.
- Estamos bem, de novo.
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Diego não veio tomar o café, nenhuma novidade, ele não comia de manhã só tomava uma caneca de leite tirado na hora da vaca, antes de ir trabalhar.
Tinha assuntos para tratar na cidade, não o veria na hora da partida, que alívio.
Tomei café, abraços, beijos, despedidas com votos de felicidade. Coloquei minha mala no carro, saindo.
A viagem foi tranquila até metade do caminho, onde em umas curvas perigosas o freio da caminhonete deu problemas... O carro passou direto em uma curva, entrei na mata, derrubando pequenas árvores, abaixando o mato, terminando por capotar em uma ribanceira.
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Acordei no hospital depois de 6 mêses, não sentia as pernas. Estava super magra, cabelos grandes, rosto com gazes em curativos. Se eu tivesse morrido teria sido melhor, chorei em silêncio quando me vi no espelho a primeira vez desde que tinha acordado.
O médico me informou detalhes do acidente, o carro havia tido um problema técnico, segundo os especialistas que analisaram o acidente. Diego foi o responsável, eu tinha certeza.
A pior notícia foi saber, por enquanto eu não iria andar, talvez só após mêses de fisioterapia, cirurgias. Andar para mim é liberdade, cai em depressão profunda, eu estava morta em vida.
A única coisa a me manter respirando era a vingança, se eu conseguisse sobreviver Diego seria um homem morto.
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Dois mêses depois recebi alta do hospital, Irisleine e sua filha Edurda, foram me buscar.
Irisleine sempre quis ser mãe, adotou uma menina de 2 anos. Meu conceito de mundo mudou completamente quando acordei naquela cama de hospital, hoje Irisleine não parecia tão chata, eu conseguia ver os pontos positivos de suas palavras.
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Amanda se casou com Diego. O DNA confirmou ela ser filha legítima de Demerval Jorge Brasil. Pablo, foi advogado de meu pai, vendo meu estado sem poder me manifestar, me representou na justiça, a herança ficou repartida em 15 milhões para cada uma das filhas consideradas legal. Mesmo eu não sendo filha de sangue fui registrada por Seu Jorge, assim sendo dividiram a herança.
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Infelizmente a casa da fazenda foi vendida pelo banca para a agência à qual Poliana trabalha. Com a comissão em mãos pagou a cirurgia de seu marido, hoje vivem felizes e tiveram mais um casal de filhos. Os ossos de Helena foram transportados para o túmulo de meu pai.
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Delfina encontrou um tio de meu pai e acabaram se casando, hoje ela está em Londres e tem seu próprio negócio, um café-restaurante.
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Diego conseguiu uma autorização para administrar o dinheiro de Amanda, gastando boa parte com prostitutas, bebidas, drogas e viagens à lugares turísticos no país e no exterior. Quinze milhões de reais é um montante considerável, porém com está vida de luxos sem se preocupar com o futuro, em 1 ano o dinheiro estava prestes a acabar. Em um quarto num resort de férias houve um incêndio, Amanda e Diego estavam muito drogados, morreram carbonizados.
Triste fim para Amanda, lamento até hoje.
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Quatro mêses depois que sai do hospital, fazendo fisioterapia constantemente, utilizando o trabalho de profissionais mais graduados do país e exterior, consegui andar sozinha. Isso me deixou tão feliz, decidi no jantar anunciar meu noivado:
- Meus amigos, estamos aqui hoje para festejar a recuperação do meu amor, Liah.
Entrei no salão andando e todos os 300 convidados me aplaudiram de pé.
- Meu amor. - Dei um selinho em Irisleine, beijei o rosto de nossa filha em seu colo. - Pessoal eu não preparei nenhum discurso elegante, a maioria aqui são amigos íntimos e sabem tudo o que passei, hoje eu só quero agradecer à Deus por ter me dado uma nova opprtunidade, pedir à ele que cuide do meu pai, Amanda e da Helena esteja eles onde estiverem, pois eu acredito na vida após a morte. Mas hoje o dia é para comemorar a vida, e eu não teria sobrevivido se está mulher maravilhosa e a nossa filha não me desses o amor que eu precisava na hora de não desistir. - Irisleine chorava sorrindo. Tirei uma caixinha de jóia do bolso. - Me desculpa não ajoelhar meu amor, mas ainda não posso - sorrimos-, um dia o farei com o maior gosto.
- Ah amor, pára, rsrs.
- Eu não imagino mais a minha vida sem a sua presença e a de nossa filha... Amor você quer se casar com esse pedaço de mulher, manca, usando bengala na igreja, sendo uma turrona, te atentando e te amando por toda a nossa vida? Ham?
Nossa ela fez um suspense, eu via todos me olhando, ela super séria.
- Eu sempre esperei você ser está pessoa romântica, demorou muito tempo e... Agora... Você me fez esse pedido assim de repente...
Fiquei muito triste, se a resposta fosse não, eu bem merecia. :( Meu sorriso se desfez rapidamente.
- Você tem razão eu to um partido e tanto.
- Mania de pessimismo, amor. Ownty, meu anjo, minha vida, meu tudo... Claro que eu aceito!!!!!!
- Quase tive um troço mulher, rsrs.
Coloquei a aliança no dedo dela, ela na minha e a festa continuou.
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Sou arquiteta atualmente, minha esposa é médica, nossa filha está no pré do primeiro colegial e me disse ontem que quer ser escritora como eu, aingh que coisa mais fofa. Ela tem 6 Anos. Nesses quatro anos de casamento me sinto realmente feliz, o amor existe sim, uma família pode ser feliz.
Eu poderia ter me perdido no caminho, mas meu amor me reencontrou à tempo. TE AMO IRISLEINE E MINHA PEQUENA FILHA (amor não permitiu postar p nome de filhoca).
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.Perdoem os erros ortográficos.
. Espero que vocês tenham gostado.
Bjs meninas.
