Capítulo 7 – Must Be Dreaming
Eu estava muito ansioso para o que podia acontecer ali naquela Sala/quarto, porém pensei comigo mesmo “ele ta dando sinais Roberto, se isso não são sinais o que droga eles seriam? Então relaxa e vai na onda” Respirei fundo e o segui pra sala de tv. Nossos dois colchões de solteiro estavam lado a lado, praticamente formando um de casal :P, e em cima tinham dois edredons que o a Mãe do Luís deve ter arrumado pra evitar o que nos passássemos frio e um par de travesseiros.
Nisso foi pro quarto trocar de roupa enquanto eu esperei sentado no sofá da sala de televisão. De repente ele entrou na sala e me despertou dos meu pensamentos. Já estava até virando um costume isso.
- Beto, pode ir se trocar já. Não te chamei pra ir junto pra não acordar o Thiago.
-Hum.. O-o-ook. Respondi como um boco.
Calma, não pensa bobagens! Ele agiu normalmente, pois é comum trocar na frente de outro garoto ora já que ambos são garotos, não pensa bobagens! Eu gritava pra mim mesmo. Eu não pode deixar de dar um Body-check (neologismo criado entre eu e a Ceci :P) no corpo dele. Ele estava com um pijama que tinha uma camisa bege claro e o short marrom. O short era bem curto devia pegar no maaaaximo no meio da coxa dele. E que par de coxas :D. PQP. Eram bem branquinha com um pouco de pelo que que ia aumento de volume conforme ia indo pra canela. Meu deus como ele é gato.
- Beto? Você vai ou não se trocar? Ou ta com tanto frio que vai dormir todo empacotado de blazer??? Falou ele sorrindo e cutucando minha barriga.
Merda eu to travando muito!!! Se em meia hora e a segunda vez q eu do bandeira imagina até amanhã :X. ROBERTO! FOCO E CONTROLE!
- Que nada cara, eu to e morrendo de vontade de tirar essa fantasia toda... falei rindo
Fui pro quarto dele e tirei a roupa e vesti meu pijama, que era um short preto e uma camiseta larga cinza. Não tem nada que eu odeie mais do que dormir de roupa justa me sufocando. Diferente do pijama do Luís que era bem justo. ^^
Voltei pra sala de tv e o Luís já estava esparramado em um dos colchões, quando ele me viu ele bateu no colchão do lado com um cara de sorrateiro sorrindo eu então fui igual um robô tentando fingir de humano andando até o colchão e me sentei lá. Um pouco afastado dele.
- Beto por que você ta tão longe? Falou ele cantarolando
- Eu to normal, ora. Falei vermelho, tenho certeza q eu tava vermelho :X
- Não, você ta quase na parede isso sim falou ele me puxando então fiquei próximo dele.
Quando eu me dei por mim e parei de ficar hipnotizado encarando ele tinha só um edredom entre nos. OMG, se controla Roberto eu mentalizada não ceda a vontade de agarrar ele. OK! Ele então fez a pior brincadeira possível.
- Já sei o que você precisa. Ataque de cocegas!!!!! Ele quase gritou e partiu pra cima de mim com tudo.
- Luís Não!!!! Ele sabia o quanto eu odiava [e ainda odeio] cocegas.
- Só paro se vc
implorar!!! Não to ouvindo você implorar. Falava ele em meio a risos.
- Eu fiquei rindo e fui ficando com raiva. Como ele podia ser tão fofo e chato ao mesmo tempo.
Porém com a proximidade dele eu pude sentir o perfume dele, Quasar Clássico, Porém não era só o cheiro do perfume tinha também o cheiro dele. Era um cheiro reconfortante. Não sei por que mas era.
- Tá bom eu desisto, falei conseguindo me livrar das mãos dele.
- E tão legal te fazer passar raiva. É engraçado, disse ele todo inocente.
- Sei sei... falei fingindo raiva.
- Eu to sem sono Beto falou ele me encarando, vamos ver filme.
Eu tava com sono porém não quis contrariar ele, eu achava bom fazer as vontades dele agora... :D
- Claro cara. Tem algum DVD ai ou prefere ver da TV?
- Não eu tenho, Anjos da Noite 2, eu sei que vc detesta terror porém não terror é ação eu te prometo.
- Deveria eu acreditar em alguém que sabe q eu detesto cocegas e me mata com um ataque delas??? Falei fingindo indignação.
- Eu prometo Beto, falou ele estendo a mão para cima e fazendo cara séria.
- Ta bom eu acredito em vc, põe logo esse filme ae. Falei rindo
Ele colocou o filme e eu deitei enquanto ele ficou sentado apoiando a costa no sofá. De repente já tinha passado uma meia hora filme, que era bem chato por sinal, e ele começou a do nada a fazer um cafune na minha cabeça.
“PQP o que esse garoto ta fazendo!!!” Eu pensei sabendo que estava como um pimentão mesmo sendo moreno claro.
- Relaxa vc é meu melhor amigo ok. Falou ele adivinhando meu “desconforto”, que eu nem tava desconfortável e com nada eu tava era adorando aquilo.
- Você também e meu melhor amigo cara, falei sorridente pra ele.
- É engraçado né, falou ele meio absorto e sério, ficamos tão amigos do nada nesses sei lá, dois meses que eu fui pra sua escola.
- A escola não é minha pelo o que eu me lembro? Falei sendo bobo
- Eu sei né seu gênio! Respondeu ele sorrindo
- Sim, porém não foi do nada ora. Ficamos amigos por que temos muita coisa em comum.
- Sim, falou ele sério. E você sabe tudo de mim eu acho.
- E você de mim. Eu respondi, porém ele não sabia de tudo, ele não sabia o mais importante, que eu gostava de garotos. Que eu sempre gostei, e agora gostava especialmente dele.
- Mas tem algo que vc não sabe, de repente me vi falando. “PORRA!!! O QUE FOI ISSO ROBERTO!!!!” de repente minha consciência gritou comigo. Mas é bobeira. Falei tentado da pior forma possível disfarçar.
- Cara vc pode me contar tudo ora! Não acredito q vc tem segredos comigo. Ele falou de forma ofendida deu pra ver.
- Luís é só uma bobeira. Eu respondi ficando meio nervoso. To ferrado! To ferrado! Eu pensava comigo mesmo.
- Então e mais fácil ainda de vc me contar não? Falou ele colocando seriedade na voz dele.
- É... que... É que eu... ah cara e bobeira, um segredo bobo... Falei mais gago do que eu era capaz de ser.
- Então vc esconde algo falou ele se afastando e me encarando nos olhos.
Nossa ele parecia tão sério, tão ressentido. Será que magoaria tanto assim eu esconder algo dele.???
- É que... Toda hora que eu ia falar perdia as palavras. Eu sabia que isso podia mudar tudo, se ele soubesse que eu era gay. Foi fácil com a Ceci por que ela era menina. A maioria das meninas leva na boa já os garotos não. Eu sempre tive isso em mente.
- Então Beto? Falou ele.
- E que... É complicado... Assim... Eu falava enquanto ia me aproximando dele.
- Beto relaxa... Quando você falar vera que não é nada. Ele disse isso se aproximando.
Isso foi a minha deixa, quando eu vi ele tava próximo de mim, acho que uns 40 cm de distância entre nós. Eu podia ver que mesmo com um pequena irritação que tinha no olhar dele também tinha preocupação. Então eu não pude me controlar eu puxei ele e beijei ele. Ele não reagiu da maneira que eu pensei que ele iria reagir, no caso me jogando longe e me xingando, não ele me puxou pra perto e correspondeu. A boca dele era macia. Os lábios era finos e quentes. De repente ele foi colocando a língua dentro da minha e eu correspondi ao ato. E eu vi que o beijo estava ficando mais quente. Então como um retardado eu parei o beijo. Ele me encarou bem no fundo dos olhos e nesse momento eu não conseguia ler as expressões dele devido a turbilhão que estava no meu peito. Eu tava alegre e eufórico por ter finalmente beijado ele, o garoto que eu tava me apaixonado a cada hora mais e mais, porém eu tava com medo do que veria daqui pra frente. De qual seria a reação dele.
Então ele corto o silencio.
- Então seu segredo é... falou ele calmo.
- É que eu sou Gay, eu falei completando a frase dele.
- Só isso? Ele continuava calmo e aquilo me confortava e assustava ao mesmo tempo.
- Sim, eu falei ficando um pouco acuado sem saber o por que.
- Ah Beto, relaxa cara, isso e normal não?Eu já tive amigos que tenho certeza q eles eram gay, ele só não me falaram como vc fez mas eu não via problema nisso. Assim como não vejo em você. Ele dizia isso enquanto passava a mão no meu braço pra me confortar.
- Então você não vai me odiar??? eu falei ainda apreensivo.
- Claro que não Beto eu nunca vou te odiar ok? Falou ele abrindo um sorrisão.
- Obrigado cara, respondi com imenso sorriso e uma gigantesca sensação de alivio que tomava conta de mim.
- Abraço? Falou ele abrindo os braços
- Sim, respondi me atirando pra cima dele :D. Obrigado. Seu apoio e muito importante. Eu fala enquanto pensava que aquilo poderia se tornar nosso segundo beijo ^^
- Não precisa agradecer cara, falou ele calmo.
O cheiro dele era tão bom. O corpo dele era quente e reconfortante, era tudo que eu queria por agora. Fica ali pra sempre nos braços dele. Acho q agora eu podia dizer q eu tava amando ele.
- Por que você começou a me chamar de Beto? Eu falei enquanto tava abraçado com ele.
- Você não gosta? Falou ele de forma eu pude sentir o alarde na voz dele.
- Não! Não! Eu gosto.. Muito por que você e o único que me chama assim. Respondi sorrindo.
- Que bom Beto...
Tudo tava tão perfeito. Absolutamente perfeito. Até que não estava mais quando ele resolveu levantar. E desfazer nosso abraço.
- Onde você vai? Eu falei tentando não deixar transparecer tanto desespero na minha voz, como sempre disfarcei muitíssimo mal. :X
- Vou beber agua apenas, falou ele rindo. Beto você me ama?
O QUE? EUPERDI ALGO O QUE ELE ACABOU DE FALER
- Como assim ama? Falei como o maior doa idiotas.
- Me ama ora. De Amar.
Ele falava isso porém não olhava pra mim, ele olhava pra porta de costas pra mim. Como ele me faz uma pergunta dessa sem me olhar na cara???
- Não Luís... Quer dizer não sei. Eu falei, quando notei eu tava gelado, tava quase tendo um ataque nervoso ali mesmo, ele me pegou muito de surpresa com essa pergunta. Mas eu tenho certeza que te amo como amigo, eu falei porem acho que aquilo só piorou tudo.
Ele então saiu e foi pra cozinha enquanto eu fiquei sentado olhando pro nada tentando perceber o qual grade tinha sido a merda q eu tinha feitoBom gente espero que gostem do cap e comentem :D pois eu estou adorando escrever pra vocês :D