Olá pessoal, voltei com um novo conto a vocês. Estou muito feliz que tenham gostado tanto de Um amor por um fio...
E Ru/Ruanito – seu emotivo! kkk
Um beijo e muito obrigado pelos elogios do conto anterior.
Gostaria de ter sua opinião após lerem este. Espero que gostem. A história não é real, mas conheço uma bem parecida. Então... Aqui vai o prólogo.
Meu pequenino amor - Prólogo
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Eu era um garoto americano, estudava no 2º Ano e tinha 16. Era até bonitinho, belos olhos verdes e cabelo ruivo, e pequeno, magricela e baixo. O que me faz bonitinho. Não bonito, lindo, mas bonitinho. Na escola não era reconhecido, sofria bullying por ser um dos melhores alunos da classe. Eu era gay, me reconhecia, mas não quer dizer que me aceitava. Não aceitava o fato de os alunos dali serem preconceituosos, racistas e de tanto discriminarem os outros. Então resolvi guardar tudo em segredo. Nos intervalos, onde eu passava era olhado com desprezo, algumas vezes com risinhos. Não sei se sabiam sobre mim, mas poderia ser que tinham certas desconfianças.
Apesar dos anos estudando naquela escola de Solvang, não conhecia ninguem. Apenas meus agressores e os populares da escola, em destaque Tyler Hammond, filho da familia mais rica da pequena cidade, que tinham o maior vinhedo dali, o que era um tipo de comércio comum, mas que lucrava bastante. Tinha o cabelo loiro e olhos azuis, com o corpo musculoso, resultado de muita ralação na academia e nos esportes.
Então, num dia como qualquer outro, estava sentado em uma das mesas do refeitório sozinho como sempre, diferenciado de todos, que formavam seus grupos e ficavam em seus cantos (punks, teatro, arte, populares, mas não havia homossexuais), Tyler se aproximou de minha mesa com um de seus lindos sorrisos:
- Posso me sentar com você?
- Vai se sentar com o odiado da escola, troxa, aberração assim como você disse? – rebati.
- Vim me redimir com você. Peço desculpas pelo que fiz contigo, e espero que possamos ter uma vida mais pacífica.
- Por quê eu deveria confiar?
- Estamos sendo observado por quase toda a escola, eu estou até estragando minha imagem.
- Seu egoísta, mentiroso. Você é apenas mais uma farsa no mundo.
Saí deixando-o sozinho na mesa. Mas não ficou assim. Com o tempo Tyler foi se aproximando de mim, e cada vez me sentia mais atraído por ele. Cada momento longe das conversas de Tyler, eu sentia saudade. Me vi apaixonado, até que um dia, eu estava na casa de Tyler, em seu quarto.
O quarto era espaçoso e grande, afinal era uma mansão. Era detalhado em azul escuro, branco e preto com algumas luzes neons. A cama grande de casal e ao lado uma escrivaninha com um Mac.
Tyler tirou sua camisa reclamando do calor do verão. Seu corpo até estava suado, porem não tirou o perfume que me excitava, me fazendo remexer tentando tirar o olhar do corpo másculo a sua frente. Tyler percebendo o olhar, foi se aproximando.
- Você não está com calor? – ele disse perto de mim, e fui andando de costas até a porta.
Muito – respondi quase sem ar, com mais calor exalando de Tyler suado a poucos centimetros de distancia – Preciso ir pra casa, já está tarde.
- Fique mais – falou, pedindo.
- Eu quero ir.
- Quer mesmo? – Tyler se aproximou mais fazendo com que eu encostasse as costas na porta sem lugar para escapar. Nossos rostos estavam um pouco proximos. Notei seu sorriso safado chegando cada vez mais perto.
Eu não conseguia nem respirar direito, então fechei os olhos na expectativa de um beijo.
- Há! Você não achou que eu fosse te beijar, achou? – e deu uma leve risada – Então você é realmente gay... Vai ser uma grande quantia a receber amanhã. Foi mais facil que pensei.
- O que? Como assim? Vocês fizeram uma aposta com isso?
- Achou que eu estava apaixonado pela donzela, foi? – e deu uma risada. – Tadinha da bichinha.
Abri a porta do quarto já chorando e corri para bem longe dali, em direção a minha casa. Precisava respirar e pensar direito. E isso era com as musicas de System of a Down. Ouvi Aerials até em casa a pé. Eu queria me mudar daquela cidade, daquele país de merda, que nunca se importa com as pessoas que sofrem bullying. Estão todo dia tendo casos e não tomam precauções e medidas para a melhoria. Eu saio daqui, nem que eu tenha que fugir.
A vida é uma cachoeira, nós somos um no rio, e novamente um após a queda. Apenas um, esquecido e alienado, sem esperanças neste novo mundo. Somos almas dificeis de serem salvas, com um oceano no caminho, mas vamos superar isto. Vamos superar. Dificil de acreditar nesta falsa esperança. O que me resta é apenas tocar ao piano e chorar, chorar, chorar.
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Votem e comentem a opinião de vocês por favor. Obrigado e beijoks. ^^