A & R ( UM AMOR CONFUSO)- 18

Um conto erótico de Ariel Rons
Categoria: Homossexual
Contém 1122 palavras
Data: 07/05/2013 17:22:20

Bom, antes de começar este capítulo queria dizer a certas pessoas que só se julga alguém quando se tem certeza que ela fez aquilo que você está julgando e opinando!

Espero que tenham gostado de como o Renato contou a história desde o início. Eu estava em Curitiba, e ele ficou escrevendo o conto esta tarde enquanto eu voltava. Mas cheguei agora à tarde e a primeira coisa que quis fazer foi escrever então vai láRenato estava ali em minha frente ajoelhado me pedindo em casamento, mas o pior de tudo foi ter que dizer para ele:

Ariel: Não! Eu não posso fazer isso! – nisso ele se levanta, começa á chorar e vai para a sacada. Eu vou de atrás, chego lá e começo á falar. -a primeira pergunta que lhe devo responder é “Por que eu não quero me casar?”. Ninguém mais poderá saber meus motivos além de você. Não tenha pressa para encontrar as respostas, esse é um momento de auto reflexão que requer cuidado. Muitas pessoas ficam com medo de se envolver em uma relação tão séria quanto casamento, procure entender meus motivos. Se você aceita que não é a hora e que existem algumas coisas que podemos fazer em nossas vidas antes de se casar, vamos fazer com que cada um entenda os motivos do outro. Tente descobrir se é uma questão de sentimento ou de tempo. – terminei de falar e fui embora, deixando com que ele refletissea semana se passou e o Renato aceitou o meu não. Mas não sei o que acontecia comigo, mas eu estava muito estressado.

Mesmo com stress eu tive que levantar cedo (era sábado) e ter que ir pela primeira vez trabalhar com meu novo chefe.

Cheguei cedo à empresa e o Luciano já estava lá:

Luciano: Bom dia Ariel! Finalmente nos encontramos novamente. Você de terno fica muito bonito sabia? – falou com um sorriso malicioso.

Aquele dia na empresa estava sendo um inferno, o trabalho era cansativo e o Luciano não parava de me olhar um segundo sequer.

Em meio á tudo aquilo comecei á escrever uma carta de amor para Renato:

“O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato. O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço. O amor comeu meus cartões de visita. O amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome.

O amor comeu minhas roupas, meus lenços, minhas camisas. O amor comeu metros e metros de gravatas. O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus. O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos.

O amor comeu meus remédios, minhas receitas médicas, minhas dietas. Comeu minhas aspirinas, minhas ondas-curtas, meus raios-X. Comeu meus testes mentais, meus exames de urina.

O amor comeu na estante todos os meus livros de poesia. Comeu em meus livros de prosa as citações em verso. Comeu no dicionário as palavras que poderiam se juntar em versos.

Faminto, o amor devorou os utensílios de meu uso: pente, navalha, escovas, tesouras de unhas, canivete. Faminto ainda, o amor devorou o uso de meus utensílios: meus banhos frios, a ópera cantada no banheiro, o aquecedor de água de fogo morto mas que parecia uma usina.

O amor comeu as frutas postas sobre a mesa. Bebeu a água dos copos e das quartinhas. Comeu o pão de propósito escondido. Bebeu as lágrimas dos olhos que, ninguém o sabia, estavam cheios de água.

O amor voltou para comer os papéis onde irrefletidamente eu tornara a escrever meu nome.

O amor roeu minha infância, de dedos sujos de tinta, cabelo caindo nos olhos, botinas nunca engraxadas. O amor roeu o menino esquivo, sempre nos cantos, e que riscava os livros, mordia o lápis, andava na rua chutando pedras. Roeu as conversas, junto à bomba de gasolina do largo, com os primos que tudo sabiam sobre passarinhos, sobre uma mulher, sobre marcas de automóvel.

O amor comeu meu Estado e minha cidade. Drenou a água morta dos mangues, aboliu a maré. Comeu os mangues crespos e de folhas duras, comeu o verde ácido das plantas de cana cobrindo os morros regulares, cortados pelas barreiras vermelhas, pelo trenzinho preto, pelas chaminés. Comeu o cheiro de cana cortada e o cheiro de maresia. Comeu até essas coisas de que eu desesperava por não saber falar delas em verso.

O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas folhinhas. Comeu os minutos de adiantamento de meu relógio, os anos que as linhas de minha mão asseguravam. Comeu o futuro grande atleta, o futuro grande poeta. Comeu as futuras viagens em volta da terra, as futuras estantes em volta da sala.

O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte. E para finalizar quero lhe dizer que você é o meu amor... Renato.”

Terminei de escrever e mandei para ele, mal podia esperar para ver a sua felicidade.

Quando estava quase terminando meu trabalho o Luciano veio falar comigo.

Luciano: Ariel, quando você for embora, antes venha comigo até minha casa, pois tenho algumas coisas lá em casa que devo deixar para você fazer esta semana.

Ariel: Tudo bem! – falei desanimado e com medo da idéia.

O horário terminou, já eram cinco da tarde e tive que ir com Luciano até a casa dele.

Chegamos lá e a casa era bem grande:

Luciano: Pode entrar Ariel! – falou abrindo a porta.

Ariel: Onde estão as coisas que eu vou ter que levar para casa. – querendo apresar a passagem pela casa dele.

Luciano: Calma! Por que você não se senta e relaxa.

Ariel: Eu tenho que ir para casa logo Luciano. – terminei de falar e ele veio por trás de mim e começou a massagear meus ombros.

Luciano: Você está muito tenso. Vou lhe ensinar a relaxar! – terminou de falar e veio me beijar.

Levei um susto com a situação, empurrei-o para o sofá e saí correndo de lá.

Cheguei em casa e queria abraçar o Renato o mais rápido possível, mas não o encontrei em casa.

Fui para meu quarto chorar. Renato chegou depois de meia hora e perguntou:

Renato: O que houve meu amor?

Ariel: Eu não sei meu amor, ultimamente eu acho que tudo acontece de errado para mim e eu estou sempre desanimado. – falei chorando.

Renato pensou um pouco e veio me abraçar, me deu um abraço bem gostoso e depois eu perguntei:

Ariel: Por que está me abraçando?

Renato: Ariel, eu acho que você está com depressão e o motivo disso sou eu! Então eu acho que devemos dar um tempo...

Continua.


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Comentários

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Seu conto é muito interessante, no começo era confuso mas ficou otimo e concordo com o Príncipe H, se um conto não me agrada eu não leio e também não deixo esses comentários prejorativos.

Parabéns pelo conto

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O certo era o renato lha dar um pé na bunda.... seu "nao" ao pedido d casamento so dixa claro q vc nao quer relacionamento serio e duradouro...

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Todo mundo já sabia que esse tal de Luciano estava com segundas intenções...gostando muito do conto Ariel, nota 10!!!

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Estou achando bem ridiculo todas essas discursões aqui na casa. Gosto e muito desse conto/relato e tipo, eu penso que se algo não me agrada, eu não leio. Simples. Seu conto é cativante, você escreve bem e é 10!

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