- Que sorriso é esse? Viu o passarinho verde? – perguntou meu irmão Ricardo enquanto sentava ao meu lado no sofá. Eu e meu irmão sempre nos demos muito bem, somos bem ligados um ao outro e ele era o único que sabia que eu era gay.
- Não é nada, só estou feliz porque não posso?
- Ah Leandro, pra você estar feliz desse jeito só pode ter homem no meio, vai me conta quem é ele.
- Eu não consigo esconder nada de você né Ricardo – disse.
- Nada irmãozinho, agora conta quem é. Quero conhecê-lo para dar minha aprovação.
- Mas, você já conhece – disse.
- É o Gustavo – respondi.
- Que Gustavo? Eu não conheço nem Gustavo – ele disse.
- O Gustavo aquele colega de trabalho do nosso pai.
- Aquele Gustavo, mas, ele é muito mais velho que você Leandro – ele disse.
- Algum problema nisso? – perguntei.
- Por mim nenhum.
- Sabe lembrando nunca gostei tanto de uma pessoa como gosto dele e algo tão forte, tão intenso, nunca tinha sentido isso antes.
- Ah que graçinha meu irmãozinho tá amando o coroa – disse ele rindo.
- Para de brincadeira seu idiota.
- Mas, agora é sério Leandro você já pensou como vai contar pra os nossos pais que é gay e ainda por cima que está namorando um colega de trabalho do nosso pai?
- Não pensei nisso, mas eu amo tanto o Gustavo que por ele eu enfrento tudo.
- Nossa isso é que é amor hein – ele disse.
Não sabia qual seria a reação dos meus pais mais a única coisa que importava e que tinha Gustavo comigo e nosso amor iria vencer todos os problemas.
- Ricardo você me ajuda? – perguntei.
- É claro que sim Leandro sou seu irmão mais velho pra que? – ele disse.
Nossos pais chegaram e Ricardo disse a eles que precisávamos conversar e fomos todos para escritório.
- O que vocês querem nos dizer meus filhos? – perguntou minha mãe.
- Pai, mãe o Leandro precisa contar uma coisa para vocês, fala meu irmão.
- Pai, mãe eu sou gay – disse esperando pela reação deles.
-Meu Deus, porque, porque isso foi acontecer comigo um filho gay que vergonha Meu Deus – disse meu pai.
- Vergonha porque Álvaro o Leandro sempre foi um ótimo filho nunca nos deu problemas – disse minha mãe.
- Isso é culpa sua Fátima que sempre mimou e passou a mão na cabeça desse menino, viu só no que deu?
Os dois que começaram a brigar como nunca tinha acontecido, num ímpeto de coragem falei:
- Sabe pai, minha mãe pode até ter me mimado demais, mas, ela só estava tentando suprir a falta de carinho que você nunca deu pra mim em nem para o meu irmão já você sempre colocou o seu trabalho na frente de tudo nunca se importou conosco não precisa sentir vergonha do seu filho porque nunca teve um filho e também porque você nunca foi meu pai de verdade.
Nesse meu pai em um acesos de ódio me um tapa na cara, ele nunca havia encostado a mão em mim ou no meu irmão antes disso.
- Já chega, não sou obrigado a ficar escutando essas coisas dentro do minha própria casa, você não é mais filho, quero que você sai da minha casa agora.
Me senti humilhado, destruído sai correndo de casa e liguei para o Gustavo,
- Oi, amor – ele disse.
- Gustavo, por favor me busca aqui em casa agora – falei.
- Você tá chorando meu menino o que aconteceu?
- Te conto, mas por favor vem me buscar.
- Claro meu menino to indo ai agora.
Continua...
Espero que gostem e que comentem. Abraços.