Capítulo 5 - O segundo começo.
Eu cheguei em Londres domingo e tudo isso que relatei aconteceu de lá até terça-feira. Pois bem, quarta-feira eu levantei, fiz minha higiene matinal, tomei café da manhã e fui para uma "escola", digamos assim, para poder participar dos programas que o meu intercâmbio oferecia. Lá parecia mais um castelo do que uma escola, tinha um gramado de um verde bem vivo, alguns tipos de flores espalhados por canteiros e árvores com estudantes de baixo. Caminhei até o que parecia ser a entrada e me informei onde acertaria os detalhes da minha matrícula. Seria no segundo andar onde estaria alguns coordenadores. Fui até lá, acertei todos os detalhes necessários, peguei meu material e uma mulher simpática me acompanhou até o meu grupo, onde estaria também o coordenador responsável por nós. Quando eu cheguei na minha sala, tive uma grande surpresa, o meu coordenador era o Jimmy. Quando ele me viu, abriu aquele sorriso estridente e disse para eu sentar onde eu achasse que seria melhor.
Assim como eu, boa parte do meu grupo eram de outros países. Ao todo, eram mais ou menos 20 pessoas. O Jimmy começou a falar como seria nossas aulas durante o intercâmbio. Quase todas seriam em campo, só algumas que a gente faria dentro do campus da escola, no caso, as de história e inglês. Ele brincou um pouco com a gente e depois nos apresentamos um para os outros. Após uma hora dentro de sala, começaria a nossa primeira aula. Nós iriamos a um museu de arte que tinha perto da escola, o que seria ótimo, pois eu não estava muito afim de andar hoje.
Esperei todo mundo se dirigir ao refeitório, onde pegaríamos o lanche para levarmos, para poder falar com ele. Aquele moletom da escola deixava-o bem fofo e como ele estava de short, dava para ver o quão malhada suas pernas eram (que panturrilhasEu não sabia que você era professor. - falei chegando perto dele e me encostando na mesa.
- Como eu disse, a muitas coisas sobre eu que você não sabe. - sorriu.
- Hum, e quando eu vou descobrir o resto de você?
- Em breve ou aos poucos.
Aquele joguinho tava me atiçando os sentidos e eu estava gostando disso. Mistérios me encantam. Seguimos para o refeitório e depois para fora do campus onde estava todos os outros componentes do meu grupo. Seguimos para o musei, a maioria a frente e eu atrás com ele.
- Sabe, ontem eu vi quando você chegou com aquele cara. - falou com repulsa.
- Ah, o Sebastian? Ele é legal. Mas, você o conhece?
- Ãn, digamos que eu sei o suficiente para não gostar dele.
Impressão minha ou tinha algo nessa história que não cheirava bem? Ele falou aquilo com um pouco de rancor na voz e dava para ver que o que tivesse acontecido, não era nada bom. Me senti curioso sobre isso, o que será que tinha acontecido? Mas quando eu ia perguntar, ele interrompe:
- Chegamos! Entrem, peguem um panfleto na entrada e nos encontramos na saída oeste do museu. E a primeira atividade é encontrar uma obra do século XVI e fazer um pequeno resumo sobre ela. Boa sorte!
Algumas pessoas bufaram de raiva. Provavelmente por não esperarem uma atividade dessas logo no primeiro dia. Eu tiraria de letra. Enquanto eu pegava um panfleto, eu o vi seguindo por um corredor e entrando em uma sala. Provavelmente estava acertando algumas coisas da visita. Segui para dentro do museu e não perdi muito tempo procurando uma obra, pois entrei um um corredor lateral onde havia algumas obras e seus respectivos séculos. Fiz minha atividade e guardei dentro da minha bolsa. Como ainda faltava muito tempo para nós podermos sairmos de lá, eu comecei a andar pelo museu. Não era muito grande, mas tinha muita coisa bacana.
Estava andando distraído mexendo no meu celular, quando esbarro em alguém. Ele vinha carregando um copo de café e no esbarro, acabou molhando meu celular todinho. Já estava me preparando para xingá-lo até a morte, quando eu vejo quem tinha feito aquilo comigo. Acertou quem pensou no Sebastian. Ele estava lindo, pra variar. Um cardigã desabotoado, uma calça skinning e um tênis iate.
- Ah desculpa cara, eu tava distraído e nem vi você... - falou ele tentando me limpar com um guardanapo.
- Sem problemas, eu que sou um lesado mesmo.
- A culpa também foi minha, desculpa.
- Cara, sem problemas. Eu só vou precisar de um celular novo, mas depois eu compro um.
- Nada disso, eu vou comprar um para você.
- Não preci...
- SHIU! Eu já falei que vou comprar e ponto final. - disse autoritário.
Me rendi, sabia que não adiantaria discutir com ele. Me sentei em um banco que tinha ali perto e ele veio atrás de eu. Tentei limpar a mancha de café, mas sem sucesso. Desisti. Ficamos ali olhando para uma obra muito bonita. Ele parecia concentrado, então demorei um pouco até puxar conversa.
- Então, o que você faz aqui?
- Folga no hospital, mesmo eu querendo está lá. - sorriu.
- Ah entendo...
- E você?
- Trabalho do curso de intercâmbio.
- Interessante... - falou ele chegando mais perto de mim.
Sua presença me deixava inquieto e isso eu não podia negar. Ele não falava nada e eu muito menos iria puxar assunto, até que eu lembrei do que o Jimmy tinha falado logo mais cedo. O que será que tinha rolado entre os dois? Pensei comigo mesmo, quando eu ia tirar essa duvida, eis que surge o dito cujo no fim do corredor me chamando. Deu para ver o clima tenso que ficou na sala com a troca de olhares dos dois e eu fiquei meio sem saber o que fazer. Socorro!
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Olá pessoas que não me abandonaram. Espero está agradando todos vocês. Eu sei que o conto ta meio clichê, mas lembrem-se que é o meu primeiro, então sempre tem essa coisa né? Enfim, não que esse conto já esteja perto de terminar, mas já tenho ideias para o próximo e já vou começar a trabalhar nele para ficar bem legal e agradável, ok? Bem, é isso. Até mais e beijos.