O recreio não tinha acabado ainda eu fui para a sala para pegar minha mochila e vejo o Guilherme sentado em sua carteira.
Eu pego minha mochila e o Gustavo estava junto comigo.
- Jura que você não vai arrumar confusão. - eu disse olhando para ele.
- se você me der um beijo. - ele disse com uma cara de pidão.
Eu apenas dei um selinho.
- Um selinho? Ele perguntou.
- Se você não tivesse brigado talvez tivesse mais.
Eu disse saindo e indo embora.
Cheguei em casa eu fui me deitar.
Meu pai perguntou o que tinha acontecido e eu apenas fingi estar meio ruim, mas ele não caiu nessa deu para perceber o olhar dele sobre mim.
Mas eu não queria discutir sobre aquilo com meu pai.
Meu pai bateu na porta e entrou.
- Eu vou ter que voltar para o trabalho qualquer coisa me liga. – ele disse e fechou a porta.
Eu fiquei ali pensando no ocorrido, como sempre.
- Jonas você é um idiota o Guilherme foi querer te defender e você simplesmente o humilhou na frente de todos. – eu pensei alto.
Essa historia estava começando a ficar sem graça. Eu tinha que tomar uma decisão.
Eu iria ficar com o Gustavo, claro que se ele quisesse, o Guilherme teve a sua vez e não quis apenas me humilhou naquela sala e ele merecia tudo aquilo.
Ele é um idiota (gostoso)
Fui para o banheiro e tomei um banho para esfriar minha cabeça.
Voltei para o quarto e vesti um short, e uma camisa V branca, e fiquei descalço, e abri meu Notebook, e fui ver uns vídeos no youtube.
Dai peguei um DVD e coloquei um filme para eu assistir, muito bom Cyber bullying (Bullying Virtual). Um ótimo filme, e terminei de assistir e vejo que já era 13h05min da tarde, desço para prepara alguma coisa para mim.
Quando escuto o interfone tocar.
- Oi? – eu pergunteiOLA? – eu disse meio impaciente.
- O senhor Bradbury esta? – Disse uma voz conhecida.
- Não ele Esta no trabalho. Você gostaria de deixar um recado? – eu respondi.
- Não, ele me ligou que era para eu vir aqui. – disse a voz.
- Espera um pouco. – eu desliguei o interfone.
Eu não acreditava que ele estava ali na minha porta, o que será que meu pai esta tramando?
Quando eu abri o portão ele estava ali, com uma camisa social branca e uma calça jeans azul, com umas passadas de brancas. E seu cabelo estava penteado de lado. Ele estava arrumado, e muito mais bonito, eu não sabia que ele era tão perfeito.
Quando ele me viu ele ficou ali parado, parecia sem reação e eu também.
- Oi – eu disse.
- Oi – respondeu Guilherme.
Sim era o Guilherme que estava ali na minha frente parecendo um anjo.
- Meu pai esta ainda trabalhando. – eu disse tentando não olhar para seus olhos, mas ele não parava de me encarar.
- Sim, me desculpa, ele me ligou e falou que era para eu vir aqui umas 14h00min para uma entrevista com ele. – ele disse meio tímido.
- 14h00min? Agora são 13h00min. – eu disse olhando para ele.
- Serio?- ele abaixou a cabeça – olha desculpa eu achei melhor vir mais cedo, mas eu não sabia que ele não estava então eu... Desculpa-me por te incomodar. – disse ele se virando.
- Você vai embora – eu perguntei.
- Eu volto mais tarde, vou dar umas voltas, e...
Eu o interrompi.
- Você já esta aqui, entra, melhor você ficar esperando aqui dentro, o sol esta muito forte. – eu disse abrindo caminho para ele entrar.
Nós entramos, e ele estava muito tímido, tipo tímido mesmo, aquele Brutamontes, era lindo e quando ele ficava parecendo um Nerd, eu tinha que me segurar para não pular nele.
Ele se sentou no Sofá, na ponta, era muito engraçado.
Ele ficou me olhando, e às vezes ficava olhando para os lados.
- Você quer alguma coisa para beber? Suco refrigerante, agua? – eu perguntei.
- Agua- ele respondeu.
Eu busquei a agua na cozinha e quando eu me viro ele estava parado na porta da cozinha em olhando.
Eu tomei um susto que deixei o copo cair no chão.
Ele se assustou.
- Ei me desculpa, eu não queria te assustar, eu apenas queria... Deixa que eu limpo. – ele disse vindo me ajudar.
- Não precisa, eu mesmo limpo você é capaz de se sujar, e...
- Sujar com agua? Essa é nova – ele disse agachado próximo de mim.
Eu peguei os cacos e limpei a cozinha.
Peguei uma garrafinha de agua na geladeira e entreguei na mão dele.
- assim não tem perigo de quebrar. – eu disse sentando na cadeira da cozinha.
Ele abriu e tomou um gole. E ficou me encarando.
Não sei por quanto tempo.
- Eu queria te pedir desculpas por hoje de manha, eu não deveria ter me intrometido, e não queria arrumar briga com seu namorado. – ele disse olhando para o chão.
- Namorando? Não o Gustavo e eu não estamos namorando. – eu respondi.
Ele levantou a cabeça e me encarou.
- Mas vocês estavam se beijando.
- Agora só porque eu beijei alguém, quer dizer que eu devo estar namorando? – eu perguntei.
- Eu achei me desculpa. – ele disse novamente olhando para o chão.
- Eu posso te fazer uma pergunta? Ele é parente seu? – eu perguntei.
- Ele é meu primo. Ele veio ficar esse ano aqui.
- Legal assim você não fica sozinho. – eu disse.
- Eu preferia mil vezes ficar sozinho, a ficar do lado daquele imbecil. – ele disse ficando nervoso.
- Ele parece ser legal, mas que você, ele não me derrubou no chão no dia em que se conhecemos – eu disse dando risada.
Ele me olhou nos olhos.
- Me desculpa se eu te machuquei naquele dia. Eu não...
- Esquece eu estava brincando. Se eu tivesse te visto eu teria derrubado era você.
- Com certeza, - ele disse sorrindo.
Dai não saia nada de nenhum dos lados.
Ele ficou me encarando e abaixou a cabeça.
- Eu posso te perguntar, uma coisa? – ele disse
- Claro.
- Você não vai ficar bravo? – ele disse.
- Fala logo antes que eu me arrependa.
- Você disse que gostava de meninas, e depois você começou a gostar de garotos, olha promete que não vai falar para ninguém, eu não sou gay, mas tipo, meu negocio e buceta, e não um pau entendeu, mas eu...
Eu o interrompi.
- Fala logo – eu disse começando a ficar bravo.
- Qual a diferença de você beijar uma garota ao beijar um homem?
- Serio? – eu perguntei surpreso.
- Esquece, me desculpa eu não deveria... – ele disse saindo da cozinha e indo para a sala.
CONTINUA...
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