Gente, mais um post. Quero dizer que o conto já se arrasta para o seu fim, e eu criei dois finais para o conto: Um no qual o Júnior morre, e outro onde ele não morre. A minha decisão, será analisada no decorrer dos próximos posts e claro, com os comentários de vocês que são fundamentais. Beijo, boa leitura...
Júnior seguiu a procura do tal endereço informado pelo Leandro... Minutos depois, e já localizado, ele parou diante do portão da casa do Samuel e o seu olhar era de pura malícia. Ao atender a porta, suas afirmativas se confirmaram: ele estava sozinho em casa.
- O que você está fazendo aqui seu mané?
- Oi Samuel... Desculpa te incomodar a esta hora, é que... – o Júnior começou a chorar.
- Qual é a tua hein? Que palhaçada é essa? – respondeu Samuel grosseiramente.
- Eu briguei com os meus pais, e resolvi sair de casa... Mais antes de sair por aí, sem destino algum, eu vim aqui, para te pedi perdão por tudo que lhe fiz; por todas as vezes que briguei com você por bobagens.
O Júnior era muito esperto. Aquele teatro tinha que dar certo, pois ele precisava entrar na casa do Samuel.
- Você pensa que engana quem hein? Eu te conheço seu idiota! O que você está planejando?
- Eu já sabia que você não ia acreditar em mim. Enfim, eu só vim mesmo para me desculpar por tudo, não queria ir embora deixando uma imagem de garoto do mal...
- Tu nunca foi com a minha cara, e do nada quer que eu acredite que tenha mudado?
- Se cuida cara... O Júnior virou as costas fingindo partir.
- Espera cara! Tu pelo menos comeu alguma coisa antes de sair de casa?
- Fica tranquilo, eu vou ficar bem. Dá um abraço no Leo por mim.
O seu plano de inocente estava dando certo, pois a raiva do Samuel, já ia dando espaço a uma compaixão e pena.
- Cara, entra aí e me conta o que aconteceu. Aproveita e faz um lanche, e depois eu resolvo se te perdoo ou não.
Bingo! Ele conseguiu.
- Realmente eu não mereço nada disso... De todas as pessoas, você é a única que tem todos os motivos para não me ajudar...
- Eu faria isso por qualquer pessoa Júnior. Tu come aqui hoje e depois mete o pé da minha casa.
- Posso te pedi uma coisa?
- Fala...
- Deixa eu preparar um lanche pra nós dois? É como um pedido oficial de desculpas.
- E você acha que eu vou cair nessa? Tá querendo me envenenar é?
- Se você quiser, pode ficar do meu lado. E se quiser também, pode vasculhar a minha mochila... Eu não sou tudo isso que você pensa não Samuel.
- Beleza... Eu deixo você fazer um sanduba pra nós dois, mais eu vou te observar, pois quero vê se você mudou mesmo.
Eles foram pra cozinha, e enquanto o Júnior fazia o lanche deles, o Samuel o observava atentamente. Como o Júnior não era bobo e já imaginava que ele ficaria desconfiado, enfiou o veneno dentro da meia, e iria dar um jeito de por aquilo na comida do rapaz.
- Tá demorando porque mané?
- Já estou terminado. Poxa, a sua casa é fantástica! – ele tentou mudar o assunto, e derrubou uma xícara de propósito, só para poder se abaixar e pegar o veneno de dentro da meia.
- O que aconteceu?
- Me perdoa, eu deixei cair uma xícara. Sua mãe vai te matar.
- Ela não liga pra essas coisas...
Júnior foi muito rápido e sem nem o Samuel perceber, ele finalmente disfarçou e colocou o chumbinho misturado a maionese do sanduíche. Ele virou-se para servi-lo e parecia que uma nuvem negra se formara.
- Espero que você goste.
- Sabe o que eu acho de você? – disse o Samuel com o sanduíche nas mãos e sem morder. – Que você é um boiola e que sempre foi afim de mim.
- Você que mesmo ouvir a verdade? Eu amo você Samuel! – ele mentiu.
- Cara, eu sabia! Eu sou hétero mané, e não curto viadagem comigo não... – ao dizer aquilo, ele finalmente mordeu o lanche e Júnior começou a sorrir.
- Eu sempre te achei um gostoso. Aliás, o mais gostoso da turma. – ele dizia aquilo debochando da cara dele.
- Sai fora seu viado! Eu curto mulher entendeu? – e a cada mordida e conversa entre eles, a tensão só aumentava.
- Na verdade Samuel... Eu te acho um rato! Um playboy ridículo e que se atreveu a entrar no meu caminho... Mostra que você é mais forte do que eu...
- O que você botou aqui dentro? Ai, ai, eu tô tonto e com pontadas no peito.
- Eu quero te vê lá no inferno! Manda lembranças pro capeta seu rato de esgoto!
Fim de linha para o Samuel! O ataque cardíaco foi fulminante. Júnior cuspiu no corpo e saiu dali discretamente.
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- Menos um Júnior... Agora eu preciso saber quem é o imbecil que está mandando estas mensagens. – ele disse pra si mesmo.
Ele começou a andar pelas ruas, subindo e descendo as calçadas, e rindo à toa... Seu ego estava alimentado pela sua grande conquista; o Marcelo.
- Meu, só meuuuuuu – ele olhou para o céu e gritou! Hahahahahahahahahah... Só meu, o Marcelo é só meu,e eu vou tirar ele daquela família de retardados. É de mim que ele sente tesão, que faz do jeito que ele gosta...
Ele estava definitivamente descontrolado. Vagava pelas ruas escuras, e gritava, ria alto, dizia coisas... Falava sozinho, se jogava no chão, sentava na calçada...
- Ratos! Todos são ratos! E aí Samuel? Já chegou ao inferno? – disse ele olhando para o chão. Kkkkkkkkkkk... Já era para eu ter acabado com você há muito tempo.
O Júnior falava sozinho e seu olhar era tão sombrio e cheio de mistérios. Resolveu ir até a casa do Marcelo, aquela altura da madrugada. madrugada.
- O que você está fazendo aqui?
- Eu vim te vê meu amor.
- Você ficou louco? Os seus pais sabem que você está fora de casa?
- Fica tranquilo... Eu disse a eles que ia dormir na casa do Leandro.
- A minha mulher chega amanhã de manhã. É muito arriscado você aqui!
- Deixa eu entrar vai? Deixa eu te aquecer naquela cama gigante?
- Você é muito louco garoto! Porque todo adolescente age por impulso hein?
- Porque somos intensos...
- Entra vai.
Ele entrou e logo se atracou nos braços daquele homem.
- Você tá me fazendo perder a cabeça sabia garoto?
- Sabia... A intenção é essa; meu coroa gostoso.
- Coroa? Poxa, assim você me entristece.
- É brincadeira seu bobo. Eu não troco o meu amante por nenhum rapaz. Eu nem acredito que estou aqui com você.
- Nem eu Júnior... Pra mim ainda é muito novo. Você é o amigo do meu filho, e eu sou vinte anos mais velho que você.
- Estas coisas são tão importantes assim pra você?
- Claro que são. Eu tenho medo de alguém descobrir... A minha mulher, seus pais.
- Ninguém vai descobrir! Agora vamos deixar de lero-lero e vamos ao que interessa?
- Você é muito guloso sabia?
- Tá com medo de não dar conta do recado?
- Você está me desafiando seu garoto atrevido?
- Estou! Quero vê do que você é capaz!
- Eu vou te mostrar seu safado! – o Marcelo segurou ele pela cintura e o jogou no sofá.
Aos poucos o Júnior ia se infiltrando naquela família, e o Marcelo? Como será que ele vai reagir ao descobrir quem é o Júnior e do que ele é capaz?
CONTINUA...