Como de costume, aqui vai a continuação...
Olhando para o alto, com o pensamento longe, sem alguém para conversar, com saudades do meu primo, imaginando o que ele estaria fazendo; é, fiquei pensando por um bom tempo no terraço. Tempo suficiente para começar a chover e estragar meu observatório. Antes de descer, me aproximei da beirada, e fiquei observando o trânsito. Cansado de ver os feixes de luz das lanternas traseiras dos carros, olhei para os prédios ao redor. Em um deles, tinha um rapaz fumando. Ele estava apenas de samba canção e sem camisetas, e eu ali na chuva observando ele. Ele então acenou com a mão, e entrou para seu apartamento. Resolvi entrar também, quando ele volta pelado e fica se masturbando. Mostrei o dedo do meio a ele, e entrei. Chegando no hall do apartamento, fiquei por um bom tempo ali parado antes de entrar. As luzes estavam acessas e eu não queria demonstrar a minha tristeza para meus pais. Dei alguns tapas na cara e entrei todo sorridente. Eles me cumprimentaram friamente, peguei minhas malas que estavam no mesmo lugar e subi para meu quarto. Tomei um banho frio, me arrumei, passei um perfume, peguei meu pendrive com algumas fotos de Enzo, liguei meu carro e fui até um hipermercado revelar as fotos. Já que ele era 24h, era minha única opção. No caminho, o computador de bordo anunciava uma chamada de Flávio, então atendi.
- Oi Gabriel ? Tudo bem ? Não atende mais minhas ligações... Aconteceu alguma coisa ?
- Oi Flávio, não não, está tudo bem sim.
- Como é que esta a viagem ?
- Viagem ? Já estou em Goiânia.
- O que ? E nem me avisou ? Aonde você está para eu te buscar ? Vamos sair pra jantar ?
- Jantar ? Uma hora dessas ? Vou passar... A propósito, estou longe de casa.
- E aonde o senhor está ?
- Estou dirigindo, estou na T6.
- Vai aonde ?
- Vou revelar algumas fotos no Extra, estou sem nada pra fazer.
- Pois agora já tem, vou te encontrar no Extra, pode ser ?
- Rá Rá Rá, estou pensando em ir no Sam's Club agora...
- Para rapaz, te encontro em vinte minutos.
- Tudo bem então. Até breve.
Eram exatamente 23:42 quando cheguei no Extra, e assim que encostei no guichê para revelar as fotos, Flávio se aproximou.
- Nossa ?! Você veio voando ?
- Peguei carona com um avião... Brincadeira, eu estava aqui perto já.
Ficamos conversando durante uns trinta minutos. Tempo em que foi levado para revelar as fotos. Peguei elas, as vi de forma que Flávio não enxergasse-as e coloquei rapidamente no envelope. Paguei a simpática moça, peguei meu pendrive e me dirigi ao estacionamento acompanhado de Flávio. No caminho, parei bem longe de meu carro, assim como ele parou bem longe do dele, querendo me levar até o meu. Relutei para que isso não acontecesse, até ser convidado para tomar um café em uma loja bastante cara de Goiânia. Aceitei seu convite e fomos em carros separados. Eu não o segui, fui pelo meu próprio caminho e cheguei muito antes dele. Fiquei esperando no carro, até que ele me liga dizendo que já tinha chegado. Ele estava do outro lado da rua, então desci e fui a seu encontro. Ele se restringiu ao sociável aperto de mão, o que era muito bom, pois passava um tom de seriedade maior. Pedi um cappuccino vertongë simples e ele me acompanhou. Ficamos horas naquele lugar conversando bastante e gastando também. Percebi que ele realmente é o que fala. Além de ser muito elegante, ele é bem masculino, e assim que eu gosto, não curto caras efeminados, não por preconceito, mas por uma questão de gosto mesmo, e Flávio tinha me agradado muito. Além de sua beleza perceptível, ele era muito cabeça, tinha um bom papo, e era bem sensato também e sua barba por fazer dava um charme extra. Ele em um certo ponto, resolveu ser bem sincero comigo. Disse que estava bastante interessado em mim, que não costumava sair com homens mais novos que ele, mas eu tinha mexido com ele de uma forma muito diferente. Ele me disse que sabia que eu tinha namorado, porém ele não conseguia controlar, ele me disse que quando se quer alguma coisa, os obstáculos são pra ser vencidos e que ele ia fazer o máximo para vencer todos os meus obstáculos. Achei bastante legal da parte dele, ouvir aquele esclarecimento, que ele era um rapaz de boa índole e que suas intenções eram as melhores possíveis. Fomos então pagar a salgada conta, aquele lugar tinha coisas maravilhosas, mas era bem caro. Fiz questão de pagar metade, e fiz com que ele pagasse metade. Discutimos um pouco pois ele queria pagar toda a conta, mas insisti até ele ceder. Ali na saída, andamos lentamente em direção a nossos carros. Ao se despedir, Flávio estendeu a mão com um sorriso de satisfação estampado no rosto. Pedi para que ele me acompanhasse até meu carro, e ele acatou meu pedido. Ao entrar no carro, falei com ele com os vidros fechados, ele abriu a porta para entender o que havia dito, até que eu dei um beijo nele. Flávio ficou bastante surpreso, fechou minha porta e sumiu. Ai eu percebi que ele tinha dado a volta até se sentar no banco ao meu lado. Ele me tocou o rosto, e ficou me olhando até que por iniciativa própria ele me beijou. Ele beijava de um jeito bastante diferente, ele era mais carinhoso e cuidadoso, não tinha a mão boba dos outros gays que eu já tinha ficado, nem tentava me dominar como outros. Ele era apenas ele. Ele começou a se excitar e ficou bastante envergonhado.
- Ai caramba. Me desculpa, você vai pensar que eu sou um tarado.
- Relaxa cara, isso é normal.
- Não comigo, geralmente eu consigo me controlar, mas...
- Pelo menos eu sei que você sente atração física por mim.
Ele riu, e concluiu:
- É verdade. Que constrangedor, é melhor eu ir.
- Tudo bem, se tu quiser...
- Antes, quero te dar mais um beijo, posso ?
Respondi beijando-o e percebi sua inquietação:
- Nossa, eu nunca senti tudo isso em toda minha vida.
- Isto o que ?
- Nossa, é melhor eu ir embora. Este primeiro encontro esta muito difícil pra mim.
- Estou vendo pelo seu suor mesmo...
- É garoto, eu preciso ir. Se não você vai me matar do coração.
Beijei ele novamente, e ele se retraia todo, acho que seu pênis estava no ápice e ele não estava aguentando mais. Quando ele se levantou do carro, percebi um melado em sua calça e o quão volumoso estava a região da virilha. Liguei o carro, e no caminho de volta, fui rindo bastante: eu havia feito Flávio gozar com um beijo. E ele ficou todo sem graça, não queria que eu percebesse. Chegando em casa e passado o momento de descontração, percebi o quão incrível ele era. E fui dormir pensando nele.
Quando acordei já era bem tarde. Meus pais já haviam saído para viajar, e me deixaram um comprovante de deposito na minha conta caso eu precisasse de dinheiro. Peguei meu envelope com as fotos, e colei algumas em meu mural. Uma foto em especial coloquei em uma moldura em cima da minha cômoda. Levantei bem disposto, tomei um banho, e enquanto pensava no Flávio e na noite anterior, fiquei um pouco excitado e me masturbei. Fazia um bom tempo que eu não me masturbava, então foi meio diferente. Assim que tomei meu café da manhã tardio, meu celular tocou. Corri para meu quarto e atendi a Flávio:
- Oi Flávio ? Como tá ?
- Estou bem garoto. Tenho um convite irrecusável para um almoço hoje.
- Vish, acabei de tomar café da manhã. Eu até iria, mas estou sem fome alguma.
- Então porque não damos um passeio ? Tenho que aproveitar meu recesso de final de ano.
- Nossa, eu estou quebrado. Viajei ontem a tarde inteira, dirigi quase três horas de Brasília, e ainda saí contigo de noite. Acho que vou ficar aqui em casa mesmo.
- Nossa, só porque eu queria te ver hoje ?
- Porque você não passa aqui em casa então ? Vou te mandar o endereço por mensagem, pode ser ?
- Fechado, estou no aguarde.
Depois de uns quarenta minutos, pedi para que a Fátima, empregada quase da família, tirasse o dia de folga. Ela foi embora e logo em seguida, o porteiro interfonou pra mim. Como o elevador é privativo, precisa de uma senha para poder parar em nosso andar, e assim que dei o aval ouvi a campainha. Flávio estava bonito, calça jeans, sapatênis, e uma camiseta branca em 'v'. Assim que chegou na porta, não sabíamos como nos cumprimentar, Então depois de alguns segundos vergonhosos, dei um abraço nele. Servi a ele uma garrafa de Heineken e ficamos sentados no sofá conversando enquanto assistíamos ao Globo News. Eu tinha ficado muito tempo fora, e gostava bastante de assistir noticiários, então ele concordou com minha escolha, e ficamos comentando as notícias. Após um longo tempo, Flávio me disse o que havia acontecido na noite anterior, e eu caí na gargalhada. Me sentei ao seu lado, e comecei a beija-lo. Desta vez, ele estava mais a vontade, e se excitou facilmente. Ficamos de lado, e seu pênis roçava em mim enquanto nos beijava-mos.
- Garoto, você me enlouquece !
Sabendo disto, ele tirou minha camiseta e logo em seguida a sua. Ele lançou seu corpo contra o meu, e ficamos sentindo a fricção causada pelo peso contra ao sofá. Começamos então a tirar nossas roupas e espalhamos elas por toda a casa, subimos nus para meu quarto, deitei em minha cama, e Flávio se deitou em cima de mim todo melecado de gozo já e ajeitou meu pênis em seu ânus. Ficamos na movimentação natural típica do sexo variando posições. Fiz amor selvagem com Flávio e presenciava suas múltiplas ejaculações. Exaustos, deitamos um ao lado do outro, Flávio me envolveu com seus braços.
- Gabriel, eu acho que estou apaixonado por você ?
- Mas já ?
Ele riu e respondeu:
- É Gabriel, estou sim. Acho que desde eu te conheci no avião.
- Nossa, assim ? A primeira vista ?
- Você tem o poder de me deixar sem graça hein ? É impressionante isto !
- Eu não faço isso Flávio.
- Faz sim, no avião você mexia comigo, pegava na minha mão e me lançava alguns olhares. No café também, você me intimidava bastante !
- Nossa, porque eu te intimido ? Eu ajo normalmente com você.
- É porque, pode ser idiotice, mas olha só pra você: você tem uma vida bastante confortável, você tem um carro do momento, você é bem resolvido financeiramente, e eu sou um mísero comisário de voo. Você tem uma personalidade bastante forte, seus pedidos soam como ordens, eu sinto, mesmo que você seja mais novo, que me domine, sei lá...
- Ah, para com isso Enzo.
- Enzo ? Flávio.
- Nossa, desculpa...
- Enzo é o seu namorado ?
- É sim, me desculpa é que...
- Não tem problema - disse ele me interrompendo - eu não ligo... Desde que isto não se repita !
- Eu gosto bastante dele ainda Flávio.
- Aquele garoto não te merece, você precisa esquecer ele.
- Mas não dá ! Acho que ele foi a única pessoa que eu amei de verdade...
- Desculpa Gabriel, mas eu me incomodo muito em ouvir isto.
- Me desculpa, mas está muito recente ainda.
- Ele é aquele ali das fotos ?
- É sim.
- Ele é um garoto muito bonito.
- É, ele é sim.
- E pelo visto você ainda gosta bastante dele.
- É, na verdade eu amo ele.
- Mas sem querer ser indelicado, nao quero mais falar sobre isto, tudo bem ?
- Esta ótimo, vou preparar um lanche pra gente pode ser ?
- Ta bom, eu te espero aqui ...
Fiquei algum tempo lá embaixo até decidir pedir comida chinesa. Tinha um restaurante delivery a alguns quarteirões dalí então eles entregariam rápido. Gritei lá de baixo se ele aprovava e ele concordou. Ele desceu nu com meu celular na mão.
- Enzo, está na linha, ele quer falar com você.
- Você atendeu ? Passa pra cá.
- Enzo ? Tudo bem ?
- O que você está fazendo com esse cara ai na sua casa ?
- Calma, ele veio me dar uma força.
- Força ? Eu sei muito bem o tipo de força que vocês estavam fazendo.
- Para com isso Enzo.
Enquanto conversava com Enzo pedi para que Flávio atendesse o entregador, e pagasse, o dinheiro estava na mesinha de centro e pedi para que ele colocasse pelo menos uma cueca para não assustar o entregador. Voltei a conversar com Enzo.
- Como você tá piá ? Meus pais chegaram bem de viagem ?
- Sabe Gabriel, como você quer que eu esteja bem sabendo que tem um cara ai com você pelado. Voce acha que eu não ouvi você pedindo para ele se vestir ?
- Enzo, você sabe muito bem qual a nossa relação.
- Sei, mas você e eu sabemos que não pode ser apenas amizade entre nós dois.
- Mas você não está nem ai pra mim !
- E o que eu estaria fazendo em Goiânia se não estivesse nem ai pra você ?
- Pera ai ?! Eu não acredito ! Você está aqui am... Piá ?
- Estou no aeroporto.
- Pega um táxi e vem pra cá.
- Não Gabriel, eu vou ficar num hotel hoje, aproveita pra terminar tudo com este aí que você está. Aproveita, que eu não banco o compreensível a muito tempo.
- Que bom que você veio.
- Até amanhã Gabriel, vou tentar não ficar com raiva de você.
- Ele está na cidade então - disse Flávio ao se aproximar com a comida chinesa.
- Está sim.
- E você contou sobre agente ?
- Ele descobriu já.
- E o que você pretende fazer agora ?
- Comer esta comida chinesa antes que esfrie.
- Ótima escolha !
Sentamos no sofá e ficamos assistindo ao festival Glastonbury. Depois de tentar ensinar ele a comer com o hashi, ficamos um bom tempo rindo da meleca que ele tinha feito, e depois pela sua rendição a um garfo. Agente ainda cantava de boca cheia, e trocava olhares seguidos de uma certa vergonha. Depois de comer tudo, Flávio me disse:
- Como vai ser agora Gabriel ?
- Como vai ser ?
- Seu namorado, você ainda gosta dele.
- Eu não sei Flávio. Eu gosto dele, mas você... Eu não consigo nem te descrever, você é simplesmente incrível.
- Você quer um tempo ?
- Tempo ?
- É, eu volto a trabalhar na próxima segunda, e vou ficar duas semanas viajando. Eu quero que você pense bastante neste tempo. Fechado ?
- Você existe ? Como alguém pode ser tão perfeito ?
- Para com isso, estou só fazendo o que deve ser feito. Você está bastante confuso.
- Claro, eu vou pensar sim.
- Então eu acho que vou indo.
- Pera aí. Não senhor, você não vai agora não.
- Não quero que você presencie uma crise de ciúmes minha aqui.
- Fica, por favor.
- Fico, em uma próxima oportunidade.
Ele se levantou, juntou suas roupas, as vestiu lentamente enquanto eu ainda pedia para que ele ficasse. Depois de vestido, ele pediu para que o acompanhasse até o elevador. Ao chegar lá, ele me beijou. Começou com um beijo simples, mas nos empolgamos e quando dei por mim, já estava sendo prensado contra a parede. Ele então entrou no elevador, e deu uma piscada enquanto a porta se fechava. Assim que ouvi o 'plin' fui correndo, literalmente, pegar meu celular. Liguei para Enzo imediatamente.
- Aonde você está ?
- Estou fazendo a reserva no hotel. Porque ?
- Vem pro meu apartamento agora !
- Não, você está acompanhado já.
- Para Enzo, eu já mandei ele embora. Vem logo moleque.
- Mesmo ?
- Anota meu endereço: rua...
- Eu não vou anotar - disse Enzo me interrompendo - me passa por torpedo.
- Ta bom primo.
Enzo demorou muito, mais do que o normal. A distância não era tão grande e ele não atendia minhas ligações. Se passaram três horas e meia e nada do meu piá chegar. Deixei avisado na portaria que ele viria, para adiantar o processo, mas em vão. Enzo não chegou. Eram duas e pouquinho da manhã quando acordei. Eu estava dormindo no chão em frente a porta do hall de entrada, esperando por ele. Até que meu celular toca quase que em seguida.
- Alô ?
- Estava dormindo ?
- Lorenzo Moura Bertinolli, o que você pensa que está fazendo ?
- Desculpa, aconteceu um imprevisto.
- Imprevisto ? Aonde você está ?
- Eu ? Estou em ... Estou em um hospital.
- Hospital ? O que aconteceu ? Voce esta bem ? Me passa o endereço, estou indo te buscar.
- Calma moleque, eu to bem, só não sinto minhas pernas ...
- Pelo amor de Deus Enzo, passa logo o endereço, me diz o que aconteceu - comecei a chorar neste instante - me responde, responde cara !
- Rá Rá Rá. Você está chorando ?
- Qual o problema ? Você está sem o movimento das pernas e quer que eu fique calmo ? Me passa logo o nome do hospital !
- Nossa, eu estou brincando. Eu apenas passei mal e fiquei um pouco tonto. Já estou saindo pra pegar um táxi rapaz.
- E isso é coisa que se brinque seu idiota !
- Agora você sabe como eu me senti no rio, com seu afogamento fajuto.
- Tá Bom então, se vingou, ótimo. Agora vem logo pra cá !
- Chego em meia hora.
Enzo demorou na verdade quase uma hora para chegar, pois pedi uma pizza depois de uns quinze minutos da ligação e ela foi entregue em quarenta minutos segundo o entregador. Comecei a comer a pizza, pois além de falar difícil quando nervoso, eu sinto muita fome. Enquanto dei a segunda mordida e o primeiro gole no meu suco o interfone tocou.
- Me desculpe incomodar senhor Gabriel, eu sei que o senhor havia permitido a subida imediata do senhor Enzo, mas devido ao horário, eu achei melhor confirmar mesmo.
- Ótimo trabalho seu Jaime, pode deixar subir sim. Depois te pago uma coca pelo bom trabalho !
- Sim senhor.
Lavei minhas mãos engorduradas de azeite e fiquei esperando por Enzo no hall. Ao fazer o 'plin' fiquei aguardando ansiosamente e ao ver meu primo, mais lindo do que nunca, segurando aquelas malas nas duas mãos e me olhando emocionado, fiquei estático. Apenas sorrindo, nós dois ficamos imóveis apenas nos olhando. Enzo então teve que correr para frente das portas para que elas não fechassem. Ele ficou sem graça, e se aproximou com cautela. Ele então soltou lentamente suas malas no chão, e eu fui correndo abraça-lo. Ele me deu um abraço tão gostoso, que chegou a encaixar no meu corpo. Eu senti suas lágrimas caindo no meu pescoço:
- Ta bom cara, chega. Estamos aqui agora - disse a ele secando suas lagrimas com a minha mão - ou melhor, estamos juntos agora.
Peguei as malas do meu piá e as coloquei na sala. Ofereci pizza a ele, mas estávamos bastante sem graça, ele ficou apenas me olhando. Peguei então um pedaço e dei em sua boca, ele melhorou bastante sua fisionomia e continuei a alimentar ele. Depois de comer a quase toda a pizza, Enzo me disse:
- Eu senti muito sua falta.
- Eu tambem senti muito a sua falta, muito mesmo.
- Ah sentiu, com o Flávio aqui com você... Sei ...
- Para com isso, eu estou com voce agora, não estou ?
- Tá, eu não quero falar sobre isto também. Belo apartamento.
- Gostou ?
- Sim, é bem grande também...
- Deixe eu te mostrar uma coisa.
Peguei Enzo pela mão e subimos as escadas em direção ao meu quarto.
- Mal cheguei e tu já está me levando para seu quarto ? Vai com calma namorado.
- Relaxa Enzo, eu sei o que estou fazendo.
Ao entrar no quarto, ele viu logo de cara as fotos dele no meu mural.
- Credo ! Aqui tem mais foto minha do que os álbuns lá de casa.
- Deixa eu te mostrar esta aqui.
Peguei a foto da minha cômoda e lhe mostrei.
- Nossa, eu fiquei bonito nesta.
- Você é lindo cara.
- Vem aqui Gabriel...
Enzo foi me puxando para perto dele, e me beijou. Eu então comecei a rir enquanto o beijava.
- O que foi Gabriel ?
- Nada não Enzo - e continuei rindo.
- Fala logo cara!
- Seu beijo, está com gosto de pizza.
- É que sou dois em um: te proporciono prazer enquanto te alimento.
- E quem disse que você me proporciona prazer ?
- Seu pênis...
Caímos na gargalhada logo em seguida. Meu primo foi tomar banho, ele estava com cara de muito cansado então não entrei no banho com ele. Dormimos juntos abraçadinhos enquanto ele fazia cafuné em mim.
