Apesar de toda a felicidade que eu e o Louis estávamos vivendo, a cada segundo que o tempo passava ficava cada vez mais próximo a data de casamento dele. E apesar de não querer pensar nisto, agora era uma questão de muita importância... Louis por sua vez, estava tranquilo e pulava de lá para cá crente, que eu o salvaria disso, talvez em uma fuga digna de lenda. Entretanto em minha mente não havia, absolutamente nada em questão de idéias.
Mas eu não queria desistir de forma alguma de ter ele para mim... Já tinha perdido pessoas que eu amava, mas agora, eu agarraria com unhas e dentes naquele garoto. E com o tempo que se esgotava, o meu amor incondicional crescia... Ele e eu era completamente desiguais. Eu alto, ele baixo. Eu moreno, ele loiro. Eu frio calculista, ele emocional. Sim, éramos uma combinação estranhamente perfeita, um completava o outro... Nem com Cecília me senti assim... Tão completo.
Estava amanhecendo, e estávamos os dois no quarto. Fazia algum tempo em que tínhamos transado, e ele dormia em um sono profundo e calmo... Ele dormia de bruços, completamente nu, e a bunda dele ainda estava vermelha pelos meus tapas... Aquela imagem já me deixava completamente excitado. Imagina alguém dormindo completamente nu na sua cama... E de bruços! Com cuidado passei a ponta dos dedos nas costas, subindo em cima dele com cuidado...
Fui dando beijinhos de leve, no pescoço, orelhas, e ombros, roçando de leve a minha rola completamente dura naquela bundinha deliciosa. Dei beijinhos no pescoço e orelha. E passando agora as mãos de leve nas laterais do corpo macio.
-- Louis... Acorda... - disse no ouvido.
-- Humm me deixe dormir... - ele disse sonolento e de mal humor.
-- Acorda seu pequeno preguiçoso. - disse rindo baixinho.
Eu comecei a fazer cócegas nele até o acordar na base das risadas. Segurei ele pelos quadris, erguendo-o fazendo ele sentar no meu colo na cama. Abracei a cintura dele, apertando contra mim.
-- Nossa... É tão bom acordar assim... - riu baixinho.
-- Se depender de mim, acordaremos assim por um bom tempo. - sussurrei.
-- Aceitarei isto como uma promessa.
-- Dou a minha palavra. - falei, acariciando a minha rola no cuzinho dele, enquanto mordiscava a orelha
-- Enzo... Agora não é um bom momento para isto... - ele corou.
-- Não é? Então diga que eu saio daqui agora e te deixo tomar banho. - chantagieei.
-- Fica... Aqui comigo. - ele se rendeu.
Comecei a enfiar devagarinho a cabeça dentro do cuzinho dele, sentindo a musculatura sendo lentamente aberta por mim.
-- Ahhhhhh... Vai... - ele disse gemendo.
E fui enfiando mais e mais, ele descia lentamente o corpo dele em direção ao meu mastro, e até que dei uma estocada profunda. E comecei a fazer o vai e vem, cada vez mais rápido... Ele mexia os quadris devagar, enquanto eu metia fundo dele... Ficamos assim durante uns minutos, até que eu gozei fundo dentro dele.
Ele pulou em cima das minhas costas e eu o carreguei até o banheiro, entre risinhos e beijos. Tomamos um banho, e nos arrumamos. Peguei a nossas coisas, e a minha nova espada e saímos da estalagem... Ele tinha trocado o cavalo em que viemos por dois, mais fortes e jovens. Juntos partimos de lá, e pelo o que eu soube já estaríamos perto de Grasse, e consequentemente quase na fronteira para a Itália. Cavalgamos por cerca de 40 minutos a fio até que fomos obrigados a descer por que a montaria de Louis havia machucado a pata. E enquanto isso, eu e ele ficávamos nos beijando, entre caricias...
-- Humm, se continuar a me tratar deste modo ficarei mal acostumado... - ele disse com as mãos em cima do meu peitoral enquanto eu mantinha os braços em volta dele.
-- Mas tu já é mal acostumado. - ri.
-- É mas...
-- Espere... - disse colocando um dedo nos lábios dele. - Você está ouvindo isso?
-- Não. - ele disse confuso.
Mas eu ouvia. Vozes de longe... E não eram poucas. Várias vozes e todas elas em um tom estranho. Irritação, alegria, e não convencional. Peguei a mão de Louis, e o guiei através das árvores e nos escondemos. Era uma caravana de ciganos e ladrões e no mínimo havia umas vinte e cinco pessoas.
-- Oh Deus! E agora?! O que faremos? - disse Louis baixinho.
-- Vamos sair daqui antes que nos vejam. - disse cauteloso.
Com cuidado, voltamos a onde as montarias estavam presas. Foi lá que comecei a pensar numa solução. Eles haviam bloqueado a estrada que levava até Grasse, e se fossemos dar a volta, teríamos que subir montanhas e vales o que tava na cara que não seria bom, por que era lógico que Louis iria fazer um drama.
-- Vou voltar para a vila para pedir ajuda as autoridades... - disse.
-- Sim... Eu já estou com medo de ficar aqui. - ele disse concordando com a cabeça e montando no cavalo.
-- Não, você vai ficar aqui.
Ele soltou uma gargalhada.
-- Você só pode estar brincando... Só pode estar brincando comigo Enzo. - ele disse.
Olhei para ele sério.
-- Não... Não! Você mão pode estar falando sério, diga a mim que não está falando sério! - ele disse.
Comecei a rir.
-- Egoísta até o fim não é amor?
-- Por que não posso ir contigo? - ele disse choroso. Lá vem o drama.
-- Por que o seu cavalo está com pata machucada, e seria impossível nós dois voltarmos até lá. - disse.
-- Então enfrente eles! - murmurou.
-- Você notou que tem mais de vinte mendigos, ladrões e ciganos, provavelmente armados até os dentes mesmo estando com fome? - falei.
-- Oras, por mim que morram de fome! Por favor não me deixe aqui! - ele disse inpetulante.
-- Desça já deste cavalo e me dê um beijo Louis. - murmurei autoritário.
-- NÃO! - ele cruzou os braços fazendo beicinho.
-- Louis não me faça apelar. - disse entre dentes.
Ele virou o rosto.
Peguei ele pela cintura, tirando-o do cavalo e o abraçando.
-- Oh por favor, Lorenzo, eu te imploro, não me deixe aqui! - ele começou a chorar com o rosto vermelho.
-- Vamos, me dê um beijo.
Ele virou o rosto de lado de novo.
-- Sabe qual é o nosso problema? É que somos EXATAMENTE iguais! Gente ruim, gente egoísta e briguenta. Somos feitos um para o outro, sem nenhum pingo de decência e vergonha na cara. - falei.
-- DEVIA TER VERGONHA DE ME ABANDONAR AQUI FRÁGIL E INDEFESO! - ele disse socando de leve o meu peitoral.
--Frágil? Indefeso? Eu tenho é pena se qualquer um deles se meter no seu caminho. - ergui o queixo dele e dei um beijo forte e severo como se quisesse sugar a doçura dele. Se é que ele tinha. Ele deu uma mordida no meu lábio inferior de leve mas forte o suficiente para parar o beijo.
-- ENTÃO VÁ SEU VERME! EU NUNCA VOU ME ESQUECER QUE FEZ COMIGO! - ele gritou tentando me dar soquinhos.
Segurei os pulsos dele, que ficavam pequenos nas minhas mãos.
-- Volto já, amor... - disse dando beijo na testa dele.
Subi no cavalo vendo-o ele sentar em um tronco de arvore caída, de pernas cruzadas e olhar ácido. Deixei a bolsa ali que tinha comida o suficiente para ele. E sai disparado em direção a vila para pedir ajuda. Era claro que ficava com o coração apertado em deixar ele sozinho ali. Mas se eu pedisse que ele fosse no meu lugar provavelmente ele se perderia, ou pior, fosse morto por um bandido no meio da estrada.
Não... Louis havia se tornado de fato algo precioso demais para mim perder. E enquanto eu corria a toda velocidade, minha mente trabalhava entre a preocupação por ele estar "frágil e indefeso" ou achar graça dessa nossa relação. Relação? Eu e o fedelho realmente estávamos tendo um relacionamento? Bem, se relacionamento significa duas pessoas que se amam muito, então tudo bem... Eu e o Louis estamos em um relacionamento. Esse pensamento fugaz me fez dar uma gargalhada.
Cheguei lá na vila por volta de meia-hora. Fui correndo até a casa dos guardas, para que eles tomassem uma providência. Eles se propuseram na hora de prender aquela baderna pelo o simples fato de que eles tinham um longo histórico de crimes. Por alguma razão eles também chamarão o padre da região, os dois me garantiram que estariam lá assim que recrutarem todos os guardas para prende-los.
Voltei o mais rápido que eu pude, torcendo que o fedelho estivesse bem e são e salvo. Cheguei lá e vi que ele havia sumido. Sem nenhum sinal... Absolutamente nada.
-- LOUIS?! - gritei começando a ficar desesperado. Comecei a andar de pressa, olhando para os lados, procurando-o - Onde esse fedelho se meteu!!! - disse comigo mesmo.
Quando fui no acampamento dos desordeiros, puxei a espada da bainha... Pronto para sálva-lo. Eles estavam dançando e cantando uma tarantela (ritmo de dança italiana) com uma fogueira. Quando me viram eles já puxaram as espadas prontos para atacar... Fiquei em posição de guarda.
-- Pessoal, pessoal... Fiquem tranquilos, ele está comigo! - disse Louis saindo do meio deles... Sem nenhum arranhão.
-- Ah então é você que é o guarda costa dele? - disse um deles abaixando as espadas.
-- Sim. - disse saindo entre eles, e tocando o rosto dele.
-- Eles te machucaram amor? - disse baixinho para ele ouvir.
-- Não, está tudo nos seus devidos conformes. - ele disse sorrindo. Quase que eu o beijo ali mesmo.
Eles me explicaram que estavam tudo bem. Eles me ofereceram um copo de vinho e ficamos comemorando lá... Comemorando o sei lá o quê. Para ser sincero estava me divertindo muito. Até que veio um jovem de talvez a mesma idade do Louis, ele estava acompanhado de um outro que era bem maior do que ele, mas os dois apenas sorriam.
-- Nós dois sabemos que você e o Louis são apaixonados um pelo o outro. - disse o mais novo. Eu quase tive um engasgo.
-- O-o q-quê!
-- Não se preocupe, eu e o Vítor... Bem, estamos juntos também... É que dá para notar o jeito que vocês se olham... Meu nome é Paolo. - ele estendeu a mão. Apertei de leve ainda -em estado de choque.
-- Tudo bem? - disse o outro que mantinha as mãos pousadas na cintura dele. Do mesmo modo que faço com o fedelho... Protegendo o que é dele.
-- Tudo.
E fomos conversando e eu ficava um pouquinho mais relaxado. É estranho demais falar para outro alguém que eu estava amando um outro homem... Mesmo sendo com eles. Os dois foram me contando as historias deles, de como se conheceram e se apaixonaram... E de como foram acolhidos pelos renegados, que não tinham qualquer repreensão sobre eles. Louis se juntou comigo, e ficamos os quatro conversando.
-- Eu não conheço vocês, mas desejo de coração que sejam felizes como nós dois somos não é amor? - Paolo deu um beijinho na boca de Vítor - Amor é engraçado, ele é um não sei o quê, surgiu de não sei onde, e acaba não sei como... Você dois se amam de verdade?
-- Sim... Acho... - disse. Louis me lançou um olhar mortal de raiva. - Sim eu amo ele. - me corrigi e vi um sorriso no rosto do loiro.
-- Que bom.
Naquele momento ouve um grito estrondoso. As pessoas começaram a correr e já sabia o que estava acontecendo... Peguei o braço de Louis e o arrastei na parte escura do bosque tapando a boca dele. Vi alguns serem pegos... Os menos sortidos foram decapitados, ou empalados. Louis começou a chorar de desespero... Quando os gritos cessaram, com cuidado saímos de lá. Havia alguns corpos de pessoas que foram mortas.
-- Ah meu Deus... - Louis chorou de desespero vendo uma mãe e um filhinho degolados ao lado da fogueira.
Aquilo só seria o inicio de uma noite de terror. E muito terror.
CONTINUA