A História de Nós Três - "Segredos... grandes segredos"

Um conto erótico de My Way
Categoria: Homossexual
Contém 1845 palavras
Data: 24/09/2012 16:31:28

Antes de começar quero agradecer a todos e o carinho de uma pessoa que sempre está ao meu lado desde o inicio da minha vida aqui no CdC. G. Você é uma amiga e tanto valeu pelos conselhos e puxões de orelha... apesar de vc tbm ser uma chata!!!

Besos!!!

Vamos a história!!!

Segredos... porque insistimos em ter? É algo que nos sufoca, nos deixa fraco. Um segredo é pesado para carregamos em nossas costas. Mas, para proteger quem amamos fazemos qualquer loucura... até mesmo fingir que tudo está bem.

- Alô? – disse Pedro ao telefone.

- Oi? – disse Paula com uma voz fraca.

- Mãe? Está tudo bem? – perguntou Pedro.

- Sim, estou. Acho que é essa febre. – reclamou Paula.

- Mãezinha, essa febre de novo?

- Mas estou bem meu filho, vou melhorar. – disse Paula.

- Sei... sei... até o dia em que eu for ai e levar a senhora carregada para o hospital. – falou Pedro.

- Calma mocinho... eu ainda posso com você. – disse Paula rindo.

- Só queria pedir para a senhora cuidar dos meninos hoje, mas acho melhor não, vou pedir da Isabel. Daqui a pouco vou ai com senhora... beijos.

- Beijos.

- O que foi amor? – perguntou Mauricio passando remédio no joelho.

- A mamãe... só vive fraca e doente... amor... tem como você falar para ela ver isso?

- Claro. Ei a Dora passou a nossa roupa? – perguntou Mauricio.

- Sim... está atrás de você. Vou falar com a Isabel, infelizmente ela vai ficar com os meninos hoje... amanhã dou a folga dela. – falou Pedro.

- Ok... vou fazer o meu curativo e estou indo me arrumar.

Na calada da noite um caminhão se aproximou da rua onde morava Pedro e sua família. Na frente um carro muito imponente e de lá desceram os membros da família Walker. Eles olharam para a casa nova, uma das mais bonitas da rua e apenas sorriram.

- Olha... vizinhos novos. – disse Mauricio.

- Onde? – perguntou Pedro. – Ahhh agora eu vi... nossa que caminhão grande, eles estão trazendo a antiga casa será? – riu Pedro.

- Eita... vamos logo que a noite vai ser longa.

- Vamos meu mestrando favorito.

O hospital ofereceu uma festa para os formandos do curso de Mestrado. Além de Mauricio e Carlos, estavam também outros colegas que se formaram junto a eles. A festa estava linda, o salão de reunião do hospital se tornou um incrível salão de festas e todos estavam bem vestidos e bonitos. Mauricio e Carlos foram homenageados pela excelência do trabalho prestado. A família de Mauricio estava orgulhosa, Pedro chorou ao ver o orgulho de sua sogra ao ver o discurso do filho.

- Bem... aqui todos sabem a minha história... devem estar enjoados. Mas ela é assim, apesar das lutas e batalhas consegui chegar até aqui. Um menino pobre e sem expectativas, que chegou onde está... o meu certificado de mestrado não é apenas meu... quero oferecer aos meus pais que tanto insistiram para eu ter um futuro. E claro aos meus filhos e meu esposo pelo apoio, além das noites acordado também. E a vocês também que me suportaram... principalmente o Carlos meu amigão. Obrigado.

- Eles não estão lindos? – perguntou Luciana.

- O meu tá um gatão. – disse Pedro rindo.

- Mas me conta e as coisas como estão? Já que você praticamente me esqueceu... – disse Luciana.

- Amiga está tudo bem... mas estou preocupado com a minha mãe.

- O que tem a Paula?

- Não sei... ela está esquisita... sempre com dores e com febre.

- Mas deve ser a menopausa. – disse Luciana.

- Não sei, mas ela precisa ir no médico... é uma teimosa.

- Calma. Já pediu para a Priscila falar com ela?

- Não.. falei com o Mauricio...

- Oi... falando de mim? – perguntou Mauricio sentando.

- Mais ou menos... falando de como você está lindo nesse terno. E de como estamos orgulhosos de nossos esposos.

- Hummm... sei... mãe... pai... estão gostando do jantar? – perguntou Mauricio.

- Sim. Estamos. – disse Antônia.

- Que bom... quero o melhor para vocês. – disse Mauricio.

- Antônia,não é a pessoa mais linda da terra? – perguntou Pedro beijando o esposo.

- Depois do meu esposo. – riu Luciana.

- Hummm... há controvérsias. – disse Pedro rindo.

- Bobo. – disse Luciana.

Fernanda sempre foi uma menina vaidosa. Passava maquiagem, escolhia a melhor roupa, tudo para se destacar. Mas naquela quinta-feira ela estava indecisa e muito nervosa, pois, faltavam 5 minutos para Osvaldo chegar a sua casa.

- Jesus... nada serve... ahhh já sei... vestidinho básico nunca falha! – gritou a menina para si mesma.

- Fernanda?!

- Oi mãe!!!

- O seu amigo está aqui em baixo...

- To descendo! Aiii... é agora... seja o que Deus quiser. – disse ela se benzendo.

Osvaldo poderia ter uma vida desregrada, mas sabia reconhecer uma bela mulher em sua frente. Ao ver Fernanda descer as escadas ele prometeu a si mesmo que seria um homem melhor.

- Boa... boa... noite. – disse Osvaldo.

- Oi... tudo bem? Você é pontual. – falou Fernanda rindo.

- Desculpa... era para eu chegar atrasado?

- Não... não... vamos? Mãe... eu volto cedo... ok

- Tchau meninos divirtam-se. – disse a mãe de Fernanda.

- Para onde vamos? – perguntou Osvaldo entrando no carro.

- Vamos para a sorveteria na praça central. Esse horário está legal, tem som ao vivo.

- Claro.

Vinicius também estava em um momento de nervosismo, pois, sua mãe estava chegando. Até no hospital todos estava percebendo isso.

- Ei cabeça de fogo! – disse Priscila.

- Oi? – perguntou Vinicius.

- O resto dos funcionários do hospital precisam de suco...

- Droga! – disse Vinicius limpando o suco derramado.

- Calma fósforo!! – disse Priscila rindo.

- Desculpe, estou nervoso demais.

- E o que acontece para a princesinha ficar tão nervosa?!

- Minha mãe, ela ligou ontem e está chegando aqui.

- Quer que eu faça a tua mulher? – perguntou Priscila sentando ao lado de Vinicius.

- Não é isso... eu quero que ela goste do Jean.

- Boa noite. – disse Pedro sentando.

- Ei... o cabeça de fósforo está com medinho da mamãe.

- Por que? Pensei que a tua mãe fosse tranquila?

- Ela é, mas quero que ela ame o Jean. – falou Vinicius suspirando fundo.

- Ela vai gostar... não se preocupe.

- Ou ela vai rejeitar também. – disse Priscila rindo.

- Não se preocupe, a sua parceira não sendo a Priscila... – disse Pedro tomando a sopa.

- E o que você está fazendo aqui? – perguntou Priscila.

- Amanhã eu não venho... eu vou ficar com as crianças. As meninas estão de folga e o Mauricio vai levar o Paulinho ao psicólogo.

- Ele está melhor? O Jean disse que o encontrou na praça e ele estava preocupado.

- Está sim... ele tem medo que tomem o Paulinho de nós.

- besteira... vocês são os melhores pais do mundo. – falou Priscila.

- Eu sei que somos, mas o amor é assim mesmo... a nossa família é tudo para ele.

- Espero que ele não fique assim muito tempo... ordenei ao Jean acompanhar o Mauricio.

- Obrigado amigo... muito obrigado. – disse Pedro comendo sem muita vontade.

Em casa, Paula continuava a sentir febre e uma forte dor em seu seio. Ela caiu no chão do banheiro e ali ficou por alguns minutos. Ficou olhando para o céu através da janela do banheiro. Naquele instante sua vida apareceu diante dos seus olhos. Viu sua infância, o casamento com Rodolfo, o nascimento dos seus três filhos, sim naquele momento tudo o que Paula passou surgiu como um filme.

- Deus... não quero morrer assim... preciso... de... ajuda. – ela disse pegando o telefone.

Sozinha, Paula ligou para a ambulância e esperou os paramédicos , ela chegou ao hospital e pegou todos de surpresas.

- Dona Paula?! O que a senhora está falando aqui?! – disse Carlos.

- Estou sentindo algumas dores... mas não avisa aos meus filhos... sei que é difícil... mas por favor... por enquanto não diga nada....

- Entendo... por favor... levem ela para o terceiro andar.

- Obrigada... você que vai me atender? – perguntou Paula.

- Não... será o Dr. Edson. – falou Carlos.

- Dr. Edson... – falou Paula fechando os olhos.

Carlos foi até o muro de atendimentos e colocou apenas o nome Paula na lousa. Ele chamou Vinicius e explicou a situação.

- A Dona Paula está no hospital... com dores fortes no seio. Eu mandei a mandei fazer uma mamografia e o Dr. Edson vai atende-la. Preciso de ajuda.

- Precisamos avisar o Pedro e a Priscila... – disse Vinicius.

- Não... ela disse que não queria...

- Mas eles tem o direito de saber.

- Eu sei... mas eu prometi a ela.

- Você me chamou aqui... você me chamou aqui para livrar a sua consciência e eu ficar com a carga nas costas? Isso é injusto.

- Não é nada disso... quero uma ajuda! – exclamou Carlos.

- Caramba Carlos!!!! Agora... afff – disse Vinicius entrando no elevador bastante chateado.

- Ufaaa...

Priscila estava sentada observando as pessoas que passavam na rua, quando seu amigo Vinicius chegou e sentou ao seu lado deixando a cabeça em suas pernas. Depois do desentendimento inicial no ano anterior, Priscila e Vinicius se tornaram grandes amigos.

- E engraçado né? – perguntou Vinicius.

- O que?

- Lembra quando a gente se conheceu?

- Não... nem me lembra... eu fui uma idiota... se eu pudesse voltar atrás... me perdoa bebê. – disse ela beijando o rosto do amigo.

- Pri....

- Oi? – perguntou ela fazendo carinho nos cabelos de Vinicius.

- Sabe que eu nunca esconderia nada de você... certo?

- Eu espero que sim... porque? Aconteceu algo?

- Bem... – disse Vinicius se levantando.

- Fala amigo... – falou Priscila começando a ficar preocupado.

- A tua mãe está na sala de atendimento no 3º andar... chegou na ambulância e pediu para não contar nada para vocês.....

Antes mesmo de Vinicius terminar a frase, Priscila desceu correndo para encontrar sua mãe. Carlos estava na porta do quarto e barrou a entrada da moça.

- Carlos me deixa passar!!! – disse Priscila quase gritando.

- Não... escuta só... baixa o tom da voz... quer deixar a tua mãe mais assustada?! – perguntou ele segurando firme no ombro da jovem.

- Eu quero ver a minha mãe... o que ela tem?! – perguntou.

- Não sei... o Dr. Edson está fazendo exames nela.

- E porque você não está lá?

- Olha eu considero a tua mãe como parte da minha família. Eu a vejo mais do que a minha própria mãe... então eu pedi para o Dr. Edson a examinar.

- O que ele está fazendo?

- Priscila... vou ser sincero... a tua mãe chegou com dores nos ossos e nos seios... eu pedi para o Dr. Edson fazer uma mamografia.

- Eu sabia... eu sabia... – disse Priscila chorando. – Preciso avisar a minha família. – ela disse se afastando.

Pedro e Mauricio estavam deixando Antônia e seu esposo em sua casa. Mauricio se despediu dos pais e entrou no carro. Beijou o Pedro por alguns minutos e eles ficaram se olhando.

- É incrível. – disse Mauricio.

- O que?

- A cada dia eu me apaixono mais e mais por você, por tudo aquilo que nós construímos juntos.

- Eu sei... eu... – falou Pedro sendo interrompido pelo celular.

- Alô? Oi mana... calma... calma... o que tem a nossa mãe?!! Priscila calma e me explica... você está me deixando nervoso...

- Pedro?! O que aconteceu? – perguntou Mauricio assustado.

- Para o hospital... – ele disse para Mauricio. – Calma... estou chegando.

Sim. Os segredos podem durar por muito tempo, mas quando são descobertos afetam a vida de todos aqueles que nos cercam. Depois que acontece só nos resta rezar... rezar pedindo ao amanhã que ele não termine.

Dúvidas, comentários e amizade -


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Comentários

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Ele não perde a mão para nos fazer viajar em suas histórias... perfeito!!

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Adoro a sua série. Seu estilo é muito bom e muito agradável. Seus contos foram meus companheiros durante minha viagem de férias no mês passado. Me apaixonei pela história, pelos personagens, por tudo. Chorei horrores na morte do Paulo e no final da primeira temporada. Espero que continue por muitos e muitos capítulos.

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Divino. Espero que as coisas terminem bem, pois o seu conto é um dos 2 desse site que já me fizeram chorar. Então ulha lá, hein?! Brincadeira, um autor sempre sabe o que precisa para construir a história e entreter o público. Parabéns. Abraço.

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Que triste, o conto ta muito bom, continua logo

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estou sem palavras amigo...............continua logo...........nota: 100000000000000000000000000000000000000000000000000000000

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Segredo é igual ao ponto de tricô. Desmanchou um, desmancha a peça.

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