O celular de Bruno toca de novo, dessa vez ele tira Felipe decima dele e vai atender o telefone. Era Daniel seu irmão.
Bruno: Alô?
Daniel: Bruno, meu irmão até que fim eu consegui falar com você.
Bruno: Calma Daniel, o que aconteceu? Por que você tá chorando?
Daniel: A mamãe bruno. A mamãe morreu. Ela foi assaltada e deram um tiro nela.
Bruno ao receber essa noticia desmaia na hora, deixando assim seu irmão sozinho na linha que clamava pelo seu nome desesperadamente. Felipe ao ver Bruno desacordado pega o celular a vê o que aconteceu.
Felipe: Oi? É um amigo do Bruno, ele desmaiou o que aconteceu?
Daniel: Ain mais essa agora. A nossa mãe morreu, ajuda ele ai que mais tarde eu ligo pra saber de noticias.
Felipe desligou o celular e tentou reanimar Bruno, mas falhou. Então ele o pegou no colo e o levou de volta onde estava seu motorista. Eles seguiram para o hospital, com Bruno ainda desacordado. Eles chegam no hospital. Felipe pegou Bruno no colo novamente e foi para a porta da emergência e foi logo barrado por um enfermeiro.
Enfermeiro: ei garoto. Você não pode entrar aqui.
Felipe: Desculpa. Mais é que meu amigo desmaiou.
Enfermeiro: Senhor. Terá que me desculpar mas desmaios não são emergência.
Felipe então coloca Bruno nos braços do motorista e vai em direção ao enfermeiro novamente. Ele pega no lajeco do enfermeiro e o levanta.
Felipe: Se você não mandar o médico vir atender ele agora, não vai mandar ele vir atender mais ninguém. Nunca mais!
Enfermeiro: Vou... Mandar trazer a maca.
Ao receber a resposta que ele queria Felipe o solta. O enfermeiro corre em direção ao final do corredor e volta logo em seguida empurrando uma maca e com o médico do seu lado. Felipe pega Bruno do colo do motorista e o coloca na maca.
Dr. Willians: Nós vamos fazer uns exames e já voltamos pra te dar novidades.
Então o médico, o enfermeiro e Bruno foram para o laboratório de exames deixando Felipe que estava bastante preocupado com o menino. Ele procura algum lugar para se sentar e é acompanhado pelo seu motorista, mais como provavelmente não precisaria de seus serviços mais naquele dia o dispensou dando uma nota de cem reais para que ele voltasse pra casa de táxi.
Felipe ficou lá sentado durante horas. Hora pensando no porque dele estar ali, hora pensando no porque dele está sentindo algo solo Bruno. Ele simplesmente não sabia por que aquele garoto conseguia o deixar confuso. Felipe só sabia de uma coisa: ele precisava estar ali esperando notícias. Se passavam uma, duas, três, quatro horas e já eram 14:39, Felipe estava muito preocupado, ficava andando de um lado para o outro até que uma enfermeira chega com novidades.
Rachel: É o senhor que está com o paciente Bruno?
Felipe: sim sou eu, alguma novidade?
Rachel: sim, mas só podem ser liberadas para família. E o senhor não parece com ele.
Felipe: É... Hum... É... É que eu sou o... Namorado dele.
Rachel: namorado? Que garoto sortudo. E eu aqui procurando marido.
Felipe: O que? Desculpa eu não estava prestando atenção.
Rachel: Nada não. O médico virá dar notícias. E aproveita em quanto isso e vem comigo preencher os dados da ficha dele?
Felipe: Ok.
Felipe preencheu a ficha e voltou a se sentar, ele estava pensando no por que dele ter dito namorado. Ele poderia ter dito primo. Ele continuou pensando até que é despertado por uma mão pesada no ombro. E ao olhar viu o médico Willians.
Dr. Willians: Garoto tenho péssimas notícias. Vamos até o quarto?
Felipe: Quarto? Que quarto? Ele vai ficar internado?
Dr. Willians: Vamos? Lá eu te explico melhor.
Chegando ao quarto Felipe viu Bruno numa situação que ninguém deveria passar. Ele estava cheio de fios, desacordado e respirando por meio de aparelhos. Felipe correu para a cama onde Bruno estava, segurou em sua mão e permitiu que acontecesse uma coisa que não acontecia há muito tempo: uma lágrima rolar pelo seu rosto até cair pelo queixo. Ele então começou a chorar.
Felipe: O que aconteceu com ele?
Dr. Willians: Primeiro se calma que eu falo.
Felipe solta a mão de Bruno e repete o mesmo gesto que fez com o enfermeiro. Só que agora com o médico.
Felipe: Eu estou calmo porra!
Dr. Willians: Tudo bem, mais da pra me soltar?
Felipe: Desculpa. Estou só nervoso.
Dr. Willians: Bem... Ele entrou em estado de coma, e nunca se sabe quando ele pode abordar, agora os motivos nós ainda temos que estudar. Ele recebeu alguma notícia forte?
Felipe: Não que eu saiba... Espera! A mãe dele... Ela foi assaltada e levou to tiro. Ele desmaiou quando o irmão dele ligou avisando.
Dr. Willians: Hum... Ele pode sofrer que alguma doença cardíaca. Vamos fazer exames mais detalhados. Você avisa os demais familiares?
Felipe: sim avisarei.
O médico então pai do quarto e deixou os dois sozinhos. Felipe pegou novamente a mão de Bruno. E jurou para ele que não ficaria um dia se quer sem visita-lo. Depois de passar um tempo chorando agarrado a mão de Bruno, Felipe saiu do quarto e foi ligar para Daniel.
Felipe: alô? Daniel.
Daniel: sim é ele, quem fala?
Felipe: Sou eu. O Felipe. O amigo do Bruno.
Daniel: e então? Como ele está?
Felipe: Olha Daniel, sei que não sou da família mais você tem que ser forte...
Daniel: Forte por que? O que aconteceu?
Felipe: O Bruno... Ele... Entrou em coma.
Daniel: Coma? Mais como?
Felipe: O médico disse que a notícia da morte da sua mãe pode ter sido forte demais pra ele.
Daniel: Em que hospital vocês estão?
Felipe passa o nome e o endereço do hospital para Daniel que se compromete a ir lá depois do enterro da sua mãe.
Felipe: Tem alguém que eu deva ligar?
Daniel: Não precisa, eu ligo pra todos... Elias, ligue para uma amiga dele o nome dela é Vitória. Eles eram muito apegados.
Felipe: ok. Vou ligar pra ela sim.
Felipe finalizou a ligação, pegou o celular de Bruno para procurar o número de Vitória. Ele encontrou e o digitou em seu celular. Depois de três toques ela atende.
Vitória: alô?
Felipe: oi. Sou um amigo do Bruno. Queria te informar de uma coisa.
Vitória: uma coisa? O que aconteceu com ele?
Felipe contou tudo para vitória, que logo começou a chorar.
Vitória: Me passa o nome, endereço, tudo desse hospital.
Felipe: vou te passar por sms.
Vitória: tudo bem mais manda logo.
Felipe finalizou a ligação e mandou rapidamente a mensagem com o endereço. Passou mais ou menos uma hora quando vitória entra no quarto. Por um breve momento Bruno foi esquecido, os dois estavam parados um olhando nos olhos do outro, até que Vitória volta em si e vai chorando até onde Bruno estava. Vitória caiu em cima de Bruno já o abraçando, eles eram bastante amigos, por isso ela sofria tanto. Felipe vendo aquela cena comovente tenta consola-la. Coloca a mão em seu ombro e diz as palavras que mais são usadas nessas ocasiões.
Felipe: calma. Você vai ver, ele vai ficar bem.
Vitória: Eu sei que vai. Ele é forte. Vai contornar como fez todas as vezes.
Os dois ficaram lá abraçados, um consolando o outro.
Até aquele momento Felipe só havia Tomado o café que Bruno havia comprado. Então não demorou muito para que seu estômago reclamasse.
Vitória: acho melhor você ir comer alguma coisa. Tá aqui desde manhã e não comeu nada.
Felipe: eu não posso! Prometi a ele que ficaria aqui até o último segundo.
Vitória: mais você não pode morar num quarto de hospital sabia?
Felipe: Eu sei.
Vitória: vamos comer alguma coisa. Eu também estou com fome.
Felipe: tudo bem! Você venceu só vamos esperar o Daniel chegar.
Quando Felipe fechou a boca Daniel adentra o quarto já chorando e vai pra cima de Bruno.
Vitória: vem. Vamos dar to tempo pros dois.
Felipe: vamos sim.
Os dois saíram do quarto e foram para a garagem. Felipe abril a porta do seu carro para que Vitória entrasse. Ela entrou e depois eles foram para uma lanchonete perto do hospital. Eles conversaram bastante, ficaram bastante próximos. Vitória com certeza mexia com Felipe e Felipe mexia muito com ela. Vitória tentou arrancar de Felipe como ele conheceu Bruno mais ele não dizia. Ela então foi chegando mais perto, mais perto e por os dois estavam lá se beijando.
