Ódio Vira Amor – X
Continuando...
Procuramos em todo o clube, mas nós não conseguimos acha – lo, quando estava desistindo avistei – o sentando perto do seu carro no estacionamento.
Caminhei na sua direção com a Marcela ao meu lado, percebendo que alguém se aproximava, Tom retirou a cabeça que estava entre as mãos e olhou para cima, fiquei fitando aquele rosto tão lindo inchado pelo fato de estar chorando, por mais que tentasse nenhuma palavra saia da minha boca, até que a Marcela empurrou – me para frente:
Eu: Tom ?!
Tom: O que foi ?
Eu: Gostaria de perdi desculpa. Fui extremamente estúpido com você, descarreguei toda a raiva e não pensei nas consequências.
Tom: Não há o que desculpa. A culpa foi minha, você tem toda a razão, nós não temos nada. Eu que fui estúpido lhe pedindo explicações.
Eu: Nada disso ! Eu que errei e você só agiu por impulso.
Nesta hora Marcela que estava ao nosso lado disse:
Marcela: Gente vou dar um volta, você precisam conversar a sós.
Tom que ainda estava sentado se levou e ficou em minha frente.
Tom: Quem lhe deve desculpa sou eu por lhe deixar mais irritado !
Eu: Vamos parar com essa história de desculpa, pois assim vamos fica a noite toda nesse blá blá blá. Que tal colocar as cartas na mesa ?
Tom: Já que você estar pedido !
Eu: Bem, se importa de começar ?!
Tom: Não. Desde que lhe conhece já notei que iria rolar uma certa química ente nós, só não imaginava que seria tão forte. E a cada dia eu tinha mais certeza disso, o que se tomou uma consequência, pois agora eu estou apaixonado por você.
Quase sem palavras, conseguir dizer alguma coisa:
Eu: Nossa meio que já imaginava isso.
Tom: Então. Quando lhe vi nos braços daquele palhaço, não acreditei no que estava vendo.
Eu: Eu lhe entendo. Mas Tom é muito bom saber do sentimento que você tem relação a minha pessoa, só que mesmo gostando de você, nós não podemos ter nada.
Com a voz meio tremula por causa das lágrimas que corria por seu rosto, ele consegui falar:
Tom: Por que ?! Pense que você sentisse a mesma atração que sinto !
Eu: Não é nada disso.
Alterando um pouco a voz, ele continuou:
Tom: Se você não pode ficar comigo é por que no mínimo gosta daquele canalha.
Eu: Claro que não. É por causa da Marcela, ela gosta de você e eu não iria me sentir bem beijando uma pessoa, sabendo que outra que conheço gosta da mesma.
Contendo as lágrimas, ele falou:
Tom: Agora é a minha vez de dizer: “Já imaginava isso”.
Eu: E agora ?! O que iremos fazer com essa situação toda ?
Tom: Vamos deixar pra lá, o tempo é o melhor remédio pra tudo.
Eu: Com isso nos estamos bem ?!
Tom: Acho que sim. Talvez, só sei que vamos ficar !
Nesta hora a Marcela volta e pergunta:
Marcela: Resolveram tudo ?!
Eu: Acho que sim.
Tom: É acho que resolvemos.
Aproveitando a situação, falei:
Eu: Então vamos voltar para a festa que a noite é uma criança !
Marcela: É isso aí.
Eu: Eita como é o refrão daquela música ?
Tom: Qual ?
Eu: Lembrei ! - “Tonight, we are young, So let's set the world on fire”
Marcela: Traduzindo: “Esta noite, somos jovens, Vamos colocar fogo no mundo” Só você mesmo Rafha pra dar a volta por cima tão rápido.
Tom aproximou de mim e falou ao meu ouvindo:
Tom: E é por isso que estou apaixonado por você.
Naquele momento fiquei mais vermelho que um pimentão. Acho que Marcela entendeu o que ele havia falando, pois piscou olho em sinal de cumplicidade. E mais uma vez entramos naquela festa que a cada segundo ficava mais quente. Ali no meio da madrugada percebi que nunca tive uma noite tão agitada como aquela.
Só que ainda estava cedo e ainda rolaria muito coisaOlhei para o relógio e vi que já era 04:00 da manhã, já estava na hora de irmos, mesmo sendo sábado. Então tratei de chamar o Tom e Marcela que ainda estavam na pista de dança.
Eu: Ei já estar na hora de irmos embora.
Marcela: Mas agora que estava ficando bom.
Tom: Acho que você já disse isso algumas vezes.
Eu: Não mim diga que você estar bêbada ?
Marcela: Claro que não. Acho que tomei só dois copos de Vocka com Fanta.
Eu: Acho que você tomou mais, pelo mesmo eu tomei muito mais que dois.
Marcela: Até parece ! Cinderela você bebe como uma menininha.
Eu: Nossa que engraçado ! Era pra rir ?!
Tom: Então criancinhas vamos para casa ?
Marcela: Ah gato ! Criancinha é mãe.
Depois disso fomos em direção ao carro do Tom que estava no estacionamento ali perto. Eu particularmente estava feliz não só pela festa em si, mas pelo fato do que aconteceu não ter abalado a minha amizade com o Tom.
Enquanto o Tom procurava as chaves nos diversos bolsos de sua calça, Marcela avistou alguém vindo em nossa direção e pela sua expressão não parecia ser alguém amigável. Quando finalmente o Tom acha as chaves, ouvimos a voz da pessoa até então desconhecida gritar meu nome:
Pessoa Desconhecida: Rafhael.
Quando olho para trás e vejo que é nada mais nada mesmos do que o Felipe:
Eu: O que você quer ?
Felipe: Dar-lhe uma carona.
Eu: Pelo amor de Deus, né ?! Se toca. Já esqueceu o que eu lhe disse ?!
Felipe: Amorsinho você disse tudo aquilo quando estava com raiva. Eu sei que você também mim ama.
Eu: Acho que no outra vida joguei pedra na cruz só pode.
Felipe: Como já disse eu adoro seu jeito brabinho.
Eu: Vai se fuder e mim esquece. Você deve estar bêbado seu inútil.
Neste estante o Tom entra no meio:
Tom: Não ouviu o que ele disse ? Sai daqui e esquece ele.
Felipe: Cala a boca o babaca. Ele não gosta de você. Para de mendiga o amor dele, tá cara que no fim de tudo isso ele vai acabar em meus braços.
Eu: Faça – me rir. Vou ficar com você no dia de São Nunca !
Tom: Cara sai daqui antes que eu quebre a sua cara.
Felipe: Você não é homem pra isso seu otário.
Em um pisca de olho, Tom acerta um murro na boca do Felipe que na mesma hora revida, no momento que as coisas iam tomar proporções grandiosas entro no meio da briga e quase fui acertado. Não aguentando aquela situação gritei histérico como nunca:
Eu: Parem vocês dois ! Que coisa mais patética, vocês parecem dois marginais rolando na tapa.
Coitadinho do Tom estava com um canto da boca todo vermelho, quase morri de pena por ele. E o traste estava com a boca sagrando, mas eu não estava nem aí.
Depois que se tocaram do que estavam fazendo, o Felipe foi andando até seu carro e saio cantando pneus. Enquanto nos também entravamos no carro do Tom rumo as nossas casas.
E mais uma vez: “Se houver comentários”.