O Irmão Ogro XXIII

Mais uma parte... Espero que estejam gostando, obrigado pelos comentários! Muito bom tudo isso. Até a próxima, boa leitura!

Ele acabou de se trocar e colocou seu short de futebol, me deixando com um tesão louco. Ele me abraçou e disse no meu ouvido:

- Você tá aproveitando dos meus beijos, mas não respondeu minha pergunta gatinho?

- Qual pergunta Bruno?

- Topa namorar comigo?

Namoro... aquela palavra me fez lembrar de uma coisa. Marcos! O que fazer. Que dúvida. Eu amava Bruno, mas e Marcos?

- Bruno, não dá! Eu gosto muito de você, mas eu tô com o Marcos, lembra?

- Peraí, você gosta de mim?

Ele deu ênfase na palavra gosto. Mas essa palavra foi proposital, já que seria no mínimo incoerente se eu dissesse que o amava e recuasse de seu pedido. Nossa! Eu estava muito incoerente. Como eu poderia recuar de um pedido desses? Era tudo que eu sonhava. Ele percebeu meu pânico e continuou:

- Eu já pedi desculpas por tudo cara, eu quero você. Acho que tu não entende, mas...

- Eu aceito Bruno!

- Repete.

- Eu aceito namorar com você, Bruno.

- Cara, valeu!

Ele me abraçou e me levantou, começamos a rir juntos e só paramos pra nos beijar. Que beijo! Os beijos de Bruno são incríveis. Ficamos juntos aquela tarde. Não pensei em mais nada, só em estar com ele.

A noite chegou e nada dos meus pais. Minha mãe ligou dizendo que ia dormir fora com meu pai, já que eles estavam na casa de uma tia e se atrasariam. Comuniquei ao Bruno:

- Então Bruno, sobrou pra você cuidar de mim.

Rimos juntos:

- Mas eu vou adorar cuidar desse bebezão.

E mais beijo. Já tava ficando viciando na boca dele. A cada beijo eu explorava mais seu corpo com as mãos e ele fazia a mesma coisa! Me deixava louco. Não demorou muito e estávamos os dois excitados, porém, pela altura, pude sentir na minha barriga. Não consegui me conter:

- O bebezão tá sentindo uma coisa aqui. Será que é mamadeira?

Eu sei, foi péssima. Quebrei o clima total. Ele começou a rir e no começo eu até achei engraçado, mas ele simplesmente cortou o beijo e disse que iria até uma pizzaria próxima. Fiz questão de acompanha-lo mas ele achou melhor não:

- Fica aê me esperando. Não vou demorar e se você sair vai ficar batendo papo com alguém que encontrar na rua.

Achei meio idiota isso, mas aceitei. Ele saiu, mas antes me deu um beijo e disse ‘Eu Te Amo’.

Que perfeito!

Eu estava cada vez mais envolvido.

Tudo de ruim que ele havia me feito passar estava temporariamente esquecido. É claro que eu não conseguiria simplesmente fingir que nada aconteceu, mas evitava pensar nisso. Agora ele estava sendo tudo que eu sempre quis, então pra que ficar sofrendo com o passado?

Decidi tomar um banho e ficar bem cheioroso para aproveitar meu momento a sós com Bruno.

A água caia e eu só pensava em como essa situação era estranha, afinal ele é meu irmão. Mas eu amo demais. Apesar de estranha, a situação era extremamente prazerosa.

Eu precisava de alguém que me amasse e, se fosse ele, seria perfeito.

Sai do banho enrolado na toalha e demorei vários minutos para decidir qual roupa vestir, como pentearia o cabelo. Decidi tudo isso e fui para cozinha, arrumar tudo pra quando ele chegasse.

Que demora!

Arrumei tudo e fiquei na sala o esperando... estava demorando demais. Comecei a ficar impaciente. E ele não queria que eu fosse pra não atrasa-lo.

Mais alguns minutos e a campainha toca.

- Que idiota, foi correndo e esqueceu a chave.

Pensei alto e fui até o portão. Abri já reclamando:

- Demorou Bruno, tava quase morrendo de... Marcos?

Sim, Marcos havia chegado. Como seria agora? Ele entrou, fechou o portão e me deu um grande beijo. Foi me conduzindo para dentro e eu nem estava retribuindo, mas a surpresa foi tanta que também não consegui me largar dele.

Chegamos à sala e ele me largou:

- Amor, você tá lindo! Que saudade que eu tava de você.

Nem esperou eu falar e já foi me abraçado:

- Eu tava contando os segundos pra chegar e sentir você. Só passei na casa da Thaís e deixei as malas e vim direto pra cá.

E mais um abraço. Eu não conseguia dizer nada:

- Fala alguma coisa meu lindo!

- Eu tô muito surpreso com você aqui, Marcos.

Decidi explicar que era melhor ele voltar outra hora, mas ouvi o barulho do portão! Bruno havia chegado.

Que merda!

Olhei para a porta e ele entrou, ainda sem ver Marcos:

- Demorei gatinho, já tava com saudade do seu beijo!

Olhei com reprovação e nem consegui impedir Marcos de dizer, furioso:

- Que esse ogro tá falando? Vocês dois... ? ? Me explica isso Carlos! AGORA!

CONTINUA...