YKNP XIII

Um conto erótico de killinghearts
Categoria: Homossexual
Contém 1008 palavras
Data: 01/04/2012 13:47:23
Assuntos: Gay, Homossexual

Do 80 ao 8. Numa questão de minutos minha vida deu uma reviravolta, e nesses minutos a volta acabou para Diogo. Como é que ele tomou coragem e fez aquilo? Não sei. O seu corpo no chão, sangue preenchendo cada centímetro. Ouço gritos, talvez seja o muleque loiro. Eu continuo olhando para aquilo, enquanto que ele vem e segura no corpo de Diogo me dizendo algo... Eu não ouvia nada, suas palavras evaporavam. Chegou a polícia, chegou sua mãe, seu pai. Eu não conseguia ter nenhuma reacção.

Fui interrogado, apesar de ser óbvio que Diogo se tinha suicidado. Seus pais estavam acabados por dentro, o muleque loiro estava despedaçado... e eu? Eu me sentia culpado. Se eu não o tivesse ido visitar, nada tinha acontecido. Eu não consegui chorar nos dias após da morte de Diogo, nem tão pouco no funeral. Não conseguia. Ainda estava atordoado, ainda ouvia o som da bala saindo da arma, ainda ouvia gritos.

Neil foi um pilar enorme nesse momento. Ele me apoiou em tudo. Seus braços eram meu porto de abrigo, seus abraços um colete à prova de bala, apesar de eu já estar baleado com todos esses acontecimentos. Meus amigos elevaram meu astral, apesar de quase ser impossível. Meus pais eram também a minha segurança, e minha irmã me dava esperança de que tudo ia passar. E ia mesmo, eu não podia viver com aquele pesadelo em minha mente para sempre.

Houve um dia que eu chorei. Estava no computador, sem fazer nada, até que fui parar numa pasta com algumas imagens. Imagens minhas e do Diogo. O sorriso dele, os abraços, os beijos. Parece que todo o sentimento tinha voltado mas que agora já não dava mais, simplesmente porque ele não estava. Aperceber-me da realidade doeu muito, e aí as lágrimas começaram a dançar no meu rosto. Não compulsivamente, mas um choro silencioso, que doía. E Neil? Onde ficava ele? Eu o amava também, amava mesmo... Só que de momento só conseguia pensar em Diogo.

A hora de regressar para a escola chegou. Para além do meu grupo de amigos mais ninguém sabia do sucedido, e então muitos estranhavam toda a minha tristeza... Todo o mundo diz que eu sou uma alma quase a explodir porque estou sempre sorrindo e fazendo brincadeira, mas a luz que todo o mundo via em mim estava de momento apagada. Não estava muito atento nas aulas, o que levou a alguns atritos com alguns professores, uma vez que não sabia responder à maioria das perguntas que me colocavam. Daniel voltou a aproximar-se de nós, Renata o tinha traído. Carlota nem queria acreditar e sorria por dentro... Em poucos dias os dois voltaram. É, no meio disso tudo pelo menos esses dois conseguiram colocar um sorriso em minha cara. O grupo estava completo de novo, com um novo elemento: Júlio. Júlio era bem bacano. Não, não vai ser o meu próximo amor se é isso que pensam. Ele andava sozinho pela escola e então começamos a falar com ele. No meio disso tudo alguma coisa se estava concertando. As duas primeiras semanas de aulas foram caóticas. Na 2ª comecei a prestar mais atenção, apesar de ainda estar triste.

Houve um dia que resolvi visitar o jazigo de Diogo. Como me custou... As lágrimas voltaram a cair. Sei lá, parte de mim tinha morrido também. Coloquei uma vela, desabafei para o ar. Ah, como nós tínhamos sido parvos. Por um lado Diogo me tinha ajudado a encontrar Neil, mas por outro... será que se eu não contasse para ele aquele beijo entre mim e Neil as coisas tinham corrido de uma melhor maneira? Vou morrer na dúvida.

Neil me convidara para ir em sua casa. Ele estava com saudades, afinal já não estávamos juntos há duas semanas. Logo me abraçou e me beijou. Eu correspondi e sussurrei em seu ouvido: 'Se não fosse você, eu não sabia o que era de mim.'. Ele sorriu e me levou para o seu quarto. Rapidamente nossas roupas iam ficando espalhadas. Eu já só estava de cuecas, e ele apenas com as jeans e as cuecas. Tirei suas jeans e as cuecas também. Fiquei observando o corpo dele, hipnotizado. Como já disse ele não era muito definido nem nada disso, mas era muito atraente mesmo. Ele me agarrou e se deitou por cima de mim, na cama. Não rolou oral dessa vez. Ele apenas colocou saliva em meu rabo e em seu pau e começou a penetrar. A dor não tomou lugar e eu só sentia prazer. Só queria Neil, e ele só me queria a mim. Eu sentia imenso prazer.

- Eu te amo, Diogo. - disse, entre gemidos.

Ele parou e me encarou. DIOGO? Eu tinha dito DIOGO? Só faço merda.

- Sai. - falou, segurando o choro.

- Neil, me desculpa, foi... - falei, já chorando.

- Sai da minha casa já.

Me vesti, ele se vestiu. Ele não saiu de seu quarto. Fui descendo as escadas, chorando e tentando limpar as lágrimas com as mãos. Ainda pensei em subir outra vez, mas Neil não iria suportar e eu não o queria fazer sofrer mais ainda. Fui embora. Minha cabeça doía, minha alma doía. Eu estava desfeito. Estava sofrendo por alguém que já não existia e fiz sofrer outro alguém por isso. O amor é tão bom, mas ao mesmo tempo tão cruel.

As semanas seguintes foram dolorosas. Não via mais Neil, nem ele ligava. Eu ligava para ele mas ele não atendia. Lembra quando eu estava perdido por causa da maconha? Eu estava ficando novamente. Eu não podia ir abaixo, tinha meus amigos e minha família me apoiando.

"E eu me pergunto o que é que eu sou, vai ver eu não sou mesmo nada. E eu me pergunto o que é que eu fiz, vai ver eu não fiz mesmo nada. Eu penso tanto em desistir, mas afinal, não ganhei nada...".

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13º e dos últimos capítulos de YKNP. espero que gostem mais uma vez. agradeço mais uma vez a todos vocês, sério... é muito bom vos ter como leitores. <3 abraços.


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Comentários

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cara conto sensacional, ameiiiii e naum demora mtu pra continua heim

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Muito bom. Só nao demora a postar ok? Nota 10

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Muito triste...mas isso não impede do seu conto estar muito bom.E não liga para essas pessoas invejosas que só comentam besteira

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que poha foi essa ? .. que conto mais podre meu deus' .. vai ser besta la no inferno .. coisa do demonio isso sim' merda de conto

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