Me senti melhor com todas as esclarações, o fim das pendencias amorosas e da confusão geral na minha vida social, me satisfez. Embora, os outros não estivessem ficados satisfeitos, eu estava.
Nem preciso dizer que com o fim de minha vida social amorosa, eu prendi exclusivamente a atenção na minha vida profissional. Embora tenha dito que queria que nossa amizade continuasse a mesma, tudo mudou, entre Paula e eu as conversas eram o extremamente necessário e com o Bruno, ele não desistiu, me convidava constantemente para sairmos juntos, mas sempre inventava uma desculpa para recusar, eram claras as segundas intenções. Estava decidida, ficaria sozinha.
Quase um ano depois dos acontecimentos narrados anteriormente, estava caminhando na rua cheia de preocupações e no mundo da Lua como sempre, esbarrei em alguém que derrubou meu netbook, uns três livros, duas pastas e meu celular - meu celular? Não se derruba o celular de uma estágiária de Direito a caminho do Fórum, isso é pecado - abaixei imediatamente para pegar meus pertences, ouvi um pedido de desculpa, vindo de uma pessoa com a voz super conhecida.
GISELA: Bruno? O que faz aqui?
BRUNO: Vim ver uns BO's aqui.
GISELA: Embriaguez ao volante?
BRUNO: Você me conhece mais que eu mesmo né?! - meio sem jeito - Desculpa pelo seu computador, é caro né, pode deixar que pago.
GISELA: Imagina Bru, nem estragou, só o celular mesmo que deu perda total. Mas depois vejo outro.
BRUNO: Não, nada disso eu faço questão de pagar.
GISELA: Pare! Já que faz tanta questão, eu ainda tenho meia hora, me paga um café?
BRUNO: Claro, vamos lá.
O sorriso nos lábios grossos do Bruno, demonstrava não apenas felicidade, demonstrava que ele ainda se interessava por mim. Nesses meses eu mudei muito, meus cabelos cresceram, com o tempo livre entrei na academia, mas para praticar Muay Thai, então minhas pernas estavam super definidas na minha saia justa coz alto e o creme de meu Blazer com botões dourados combinava muito com minha pele. O Bruno também havia mudado, estava mais definido, fiquei sabendo depois que estava se dedicando a musculação, com corpo de homem, mas o mesmo sorriso infantil e doce que me fascinava.
Conversamos sobre atualidades de nossas vidas, mas por conta dos poucos minutos sobrou muito assunto, então marcamos um jantar em minha casa no mesmo dia. Nos despedimos com um beijo no rosto, mas que foi bem proximo da boca.
Passei a tarde em serviços forenses, depois fui direto para casa.
Como conhecia BEM o Bruno, preparei algo super leve, tipo lasanha. Por volta das 23hrs - tarde assim, porque ele trabalha ate 22hrs - ele chegou L I N D O.
Ele estava um tanto acanhado e eu também, afinal já fazia algum tempo que não faziamos um programa juntos.
Conversamos sobre nós inicialmente, mas depois começamos a falar sobre o filme que assistiamos - um amor para recordar - ele carinhosamente segurou minha mão direita e disse que eu era um amor para sempre recordar. E como recordar é viver.
Fiquei super sem graça, mas envaidecida. Depois desse feito pouco malicioso, ele ainda prosseguiu.
BRUNO: Você está ainda mais bonita do que uns meses atrás - riu um poco sem graça - eu que pensei que isso seria impossivel.
GISELA: O impossivel é a gente que torna possivel - nossa que clichê, e super mal colocada essa frase, estava muito nervosa com aquela situação.
Acabou o filme, e Bruno estava indo embora. Nos encaminhamos até a garagem, ele sentou na lateral da moto e disse que a noite tinha sido quase perfeita. Curiosidade maldita.
GISELA: O que faltou para ser perfeita? Eu fiz alguma coisa?
Bruno riu acenando um não com a cabeça e envolveu com seu braço esquerdo em minha cintura, deixando nossos corpos colados, eu sabia o que ele queria, e eu queria também. Eu aproximei nossos lábios, mas não o beijei, ele é quem me beijou lentamente, talvez para curtir o máximo aquele momento, e também para não assustar a nossa consciencia - e a minha consciencia aquela hora tinha ido passear - facilmente me entreguei ao homem que tantas vezes me deu prazer e era aquilo que esperava aquela noite.
O sussurro de "você quer?" veio em segundos e como resposta, segurei sua mão e o levei ao meu quarto, palco de tantos shows de amor que fizemos juntos.
Sentei na cama e ele sentou ao meu lado, acho que tinhamos broxado, ficamos alguns bons segundos assim encarando um ao outro, de repente ele me sentou em seu colo e me beijou, agora sim com pressa e agilidade, com maestria tirou minha blusa amarela um pouco transparente e se deparou com a parte de meu corpo que posso afirmar que é a sua favorita - meus seios - usava um sutiã também amarelo mas em um tom mais clarinho e rendado, acho que era bonito, pois Bruno não se desfez dele apenas o olhou maravilhado e me mordeu um pouquinho. Ficamos naquele "amasso" um tempo mas não rolou nada a mais. Pedi que como nos velhos tempos ele dormisse ao meu lado, colado a mim na cama. Incrivelmente dormi antes dele e no dia seguinte, esclaremos os fatos - Estavamos Namorando.
CONTINUA!