A história de nós três - Parte 03 - Boa ação

Um conto erótico de My Way
Categoria: Homossexual
Contém 1935 palavras
Data: 09/01/2012 03:26:39
Última revisão: 09/09/2021 00:37:05

Bom dia moçada... Então ... este conto não acho que não servem para aqueles curtem algo sexual. É um romance, uma história de amor e aprendizado com pitadas de romance gay. É bom relaxarmos e curtimos uma leitura leve. Para entender melhor a história basta clicar no meu nick que está acima e poderá conferir as primeiras partes. Por favor, comentem lá em baixo e dê sua nota aqui em cima. A participação de vocês é essencial para mim.

"Alguém me ajude?! Liguem para a ambulância. Mas essa agora... será que ela morreu? Moça acorde..."

Cecete! Milhares de cacetes! O que eu faço? Tem uma mulher grávida nos meus braços. Uma mulher grávida que foi atropelada. Esse está sendo o pior dia da minha vida.

A moça tentava falar, mas estava muito machucada para tal. Ninguém conseguia contactar o sistema de ambulâncias, então, com a ajuda de algumas pessoas, consegui levá-la ao meu carro.

Eu nem lembro como chegamos ao hospital. Estacionei de qualquer jeito perto da entrada e peguei a moça no colo. Tudo bem, eu sei que não é a coisa mais prudente, só que no desespero tomei todas essas atitudes.

Quando cheguei à sala de espera muitas pessoas me olharam. A maioria assustados ao ver uma menina toda ensanguentada em meus braços. Rapidamente, dois enfermeiros a levaram para a sala de exames. Eu estava coberto de sangue, ainda sem entender muito o que estava acontecendo. Sentei em uma das cadeiras vazias e adormeci.

— Senhor. — uma voz masculina disse. — Senhor, acorde.

— Oi? — balbuciei, abrindo os olhos, um pouco confuso.

— Olá. Sou Maurício Elias, o médico que está acompanhando a moça que o senhor trouxe. — ele explicou.

— Pode me chamar de você. — soltei inconscientemente, mas acho que pareci mais grosso do que gostaria. — Doutor, na verdade, eu não conheço essa menina. Ajudei na hora em que foi atropelada, não sei nem o nome ou onde mora.

O médico informou que precisávamos encontrar os parentes da tal moça, pois ela havia perdido o filho. Sem saber o que fazer, liguei para o meu irmão, ele não me atendeu. Mandei uma mensagem de texto para a Priscila.

***

Pedro diz:

Mana. É o seguinte. Estou no hospital, mas não aconteceu nada comigo. Ajudei uma moça que foi atropelada. Preciso de roupas novas. Estou no Hospital Elisa Gutierrez.

***

Pri <3 diz:

Meu Deus, P. Tá. Estou indo.

Pedro diz:

Avisa o pai e a mãe. O Paulo não atendeu. Te espero na recepção.

Pri <3:

Tudo bem. Estou já saindo.

***

Sentei novamente, encostei minha cabeça na parede e só então me dei conta: "Que médico gato". O Doutor Maurício era novo, bonito, alto, moreno, cabelos castanhos e olhos castanhos claros, um perfeito exemplar de homem. Eu devia estar muito traumatizado para não reparar nos olhos penetrantes dele.

Depois, fiquei pensando na moça. Tão jovem naquela situação. Acabei adormecendo novamente. Acordei com uma gritaria no hospital, sabia o que aquele som significava: minha mãe estava na área.

Dona Paula correu e me abraçou, então, percebi que toda a minha família estava na sala de espera. Até meu pai, todo preocupado comigo. Expliquei a situação, e disse que não conhecia a moça.

— Boa noite, são os parentes da paciente? — perguntou o Dr. Maurício, que se aproximou quando viu o escândalo da mamãe.

— Não, são os meus parentes. — expliquei. — Doutor, existe alguma coisa que possamos fazer?

— Vocês podem doar sangue para a paciente. Pelos exames ela é O negativo. — disse o médico.

— Eu e meus irmãos somos O negativo. Podemos doar? — quis saber pegando no ombro de Maurício.

— Claro, me acompanhem. — ele respondeu, nos conduzindo para uma sala de triagem.

O médico chamou primeiro a minha irmã e a levou para uma segunda sala. Depois de alguns minutos Priscila voltou e meu irmão entrou. Alguns minutos se passaram, e lá veio meu irmão, com a maior cara de dor. Apesar de ser fortão, o Paulo sempre foi o mais medroso.

Não demorou muito e o Dr. Maurício apareceu à porta. Entrei e vi uma cadeira diferenciada. Enquanto Maurício colocava as luvas de plástico, ele explicava o procedimento, porém, antes haveria um tipo de entrevista.

— Está sendo uma noite agitada, não é? — ele perguntou.

— Sim. Mas quero que acabe bem. Pode tirar. — respondi esticando os braços.

— Calma, rapaz. Primeiro tenho algumas perguntas a fazer. Você tem que idade? Orientação sexual?

— Como?

— Pedro, precisamos saber todas as informações possíveis e realizar um exame com o teu sangue. — contou.

— Tenho 22 anos. Sou homossexual. — falei, sem olhar nos olhos dele.

— Ok. Quando foi a última vez que manteve relação com outra pessoa?

— Uns dois meses.

—Ok. Agora coloca o braço aqui em cima. — ele pediu, apontando para o apoio da cadeira. — Vou tirar uma pequena quantidade de sangue para fazer os testes. — explicou, enquanto atava uma liga no meu braço.

Quando o Doutor Maurício tocou em mim, senti algo diferente. Meu coração começou a palpitar mais forte, já estive perto de outros homens bonitos, mas aquilo era novo. Ele sorriu para mim, lutei para manter o contato visual, mas não consegui. #fraco.

— Doutor Elias. — uma enfermeira apareceu. — Posso fazer para o senhor. — interveio.

— Tudo bem, eu faço. — Maurício falou, piscando em minha direção.

— Ok. Vou verificar o resultado dos outros exames, com licença. — ela avisou, saindo em seguida.

— Pensei que ia doer mais. — tentei quebrar o gelo.

— Sou muito cuidadoso. – Maurício assegurou.

Esperamos alguns minutos e o doutor trouxe os resultados. Os exames mostraram que estávamos aptos a doar sangue. A Priscila me levou para um canto reservado, comentou sobre a beleza do médico e pediu minha opinião.

Depois da doação de sangue, os meus pais e irmãos foram embora. O Dr. Mauricio me levou até o banheiro do hospital para eu tomar uma ducha e trocar de roupa. No caminho, conversamos sobre diversos assuntos, incluindo, o meu ato de coragem por ter ajudado uma desconhecida.

— Muitas pessoas não saberiam como reagir. A idade traz um certo conhecimento. Parabéns. — afirmou Maurício.

— Nossa, você fala como se fosse mais velho do que eu. – falei, rindo e fazendo um barulho estranho pelo nariz.

— Tenho 26 anos. Não sou tão velho, mas, mesmo assim, seu ato de coragem salvou uma vida.

— Eu salvei uma. Você deve salvar dezenas. Só fiz o que achei certo.

— Aqui é o banheiro, pelo o que eu vejo sua mãe trouxe tudo o que você precisa. Deixa eu ir checar meus pacientes. — disse ele, antes de seguir pelo corredor.

Não existe nada melhor na vida do que água quente. Relaxa todo o nosso corpo. Fiquei uns 20 minutos debaixo do chuveiro sem me mexer, apenas sendo massageado pela água. Me enxuguei e troquei de roupa.

Eu não imaginava que o hospital fosse tão grande. Entre um corredor e outro, eu me perdi. Uma enfermeira muito gentil me ajudou a encontrar a recepção. Não demorou muito e o Dr. Maurício apareceu para contar as novidades. A cirurgia da moça aconteceu dentro do planejado. Ela não corria risco de morte.

Ele me conduziu até o quarto dela. Ao entrar, percebi que a garota dormia em uma cama. Ela estava com uma expressão tão pacífica. Acho que não sabia sobre o aborto ainda. O Dr. Maurício pediu para que eu dormisse ali, porque havia uma cama retrátil no sofá.

— Eu preciso fazer uma ronda agora. — sussurrou o Dr. Maurício. Eu o agradeci e coloquei a mochila em cima de uma mesa.

Realmente tive que dar o braço a torcer. A garota era linda, não havia outra palavra para defini-la. Se eu não fosse gay me apaixonaria por ela, brincadeira, não tenho talento para ser hétero. Afastei os meus pensamentos e peguei o cobertor que a minha mãe trouxe. Abri a cama e deitei. Simplesmente, apaguei.

No meio da madrugada, escutei uma voz baixa me chamando. Como estava em um hospital, tive medo de abrir meus olhos. Quando juntei coragem e olhei era a moça que havia despertado.

— Oi. — respondi, levantando e andando até a cama. — Tudo bom? Você não deve estar entendendo nada. Você foi atropelada hoje à tarde.

— Onde... onde estou? — ela perguntou com as sobrancelhas arqueadas.

— Você está no hospital Elisa Gutierrez. Como eu disse, você foi atropelada e eu lhe trouxe até aqui. — expliquei, olhando para os lados em busca de ajuda, mas não havia ninguém.

Saí do quarto para chamar o Doutor Maurício. Ele me acompanhou até o quarto e conversou com a moça. Eu não fiquei para ver a conversa, mas vi o momento em que ela virou o resto e as lágrimas desceram pelo seu rosto. Ele segurou a mão dela, deu alguns conselhos e saiu.

— Nossa. — soltou o médico com os olhos marejados.

— Não deve ser fácil. — comentei.

— Os livros nos ensinam como agir em todos os momentos, mas apenas a vida nos ensina como realizar. — disse ele.

Entrei no quarto nas pontas dos pés. Sentei na cadeira da forma mais desconfortável que alguém poderia sentar.

— Keila. — disse a moça. — Ela se chamaria Keila. Hoje à tarde eu estava contando ao pai dela que eu não faria o aborto. Eu lutei contra tudo e todos para ficar com a minha filha. E o que aconteceu? — contou a moça, chorando copiosamente.

— Olha, moça. Sei o que é isso. Lutar por algo que acredita. Entretanto, as coisas acontecem por alguma razão. Tenha fé em Deus. — falei me aproximando e limpando a lágrima no rosto dela.

— O médico contou o que você fez por mim hoje. Acho que nem em um milhão de anos vou poder te recompensar. – ela agradeceu.

— Você poderia me recompensar agora, me dizendo seu nome. — a curiosidade falou mais alto.

— Luciana Flanstein. E o nome do meu herói, qual é?

— Pedro Augusto. Olha, Luciana, ainda precisamos fazer algumas coisas. Um funeral para sua filha. Avisar seus pais ou familiares.

— Meus pais me expulsaram de casa, quando souberam da gravidez. Eu estava morando de favor na casa de uma amiga. — ela disse, chorando e limpando as lágrimas.

— Calma. Eu e a minha família vamos te ajudar. Amanhã meus pais vão passar aqui para visitar você. Agora vamos tentar dormir um pouco. Tivemos um dia agitado. — sugeri, deitando na cama improvisada.

Quando o dia clareou, minha mãe e meu pai chegaram ao hospital. Foram ao setor administrativo para saber o que deveriam fazer para realizar o enterro do feto. Depois de resolver a parte burocrática, eles conversaram com o Doutor Maurício para saber se a Luciana poderia participar do funeral. Ele autorizou e pediu para ir conosco caso acontecesse alguma coisa.

Minha mãe sempre falou que a coisa que nunca deve acontecer é um pai enterrar o filho. "Essa não é a ordem natural da vida".

O dia estava nublado e o vento forte soprava para todos os lados. O enterro foi rápido e logo estávamos no hospital. Expliquei a Luciana que ela passaria mais uma noite em observação e, no outro dia, iria pegá-la no hospital e a levaria para minha casa. Ela chorou muito e agradeceu.

Quando eu cheguei no estacionamento escutei alguém chamar meu nome. Era o Doutor Maurício. Ele correu na minha direção e usava uma roupa diferente, com certeza, deveria estar indo para casa.

— Pedro. — disse, ofegante e recuperando o fôlego.

— Esqueci algo, doutor? — perguntei, olhando para a minha mochila.

— Caramba. — Maurício respirou fundo. — Não tem uma forma fácil de fazer isso...

— Fazer o quê? — questionei, desesperado. — Foi a coleta de sangue!! Eu tenho alguma doença, doutor?!

*Se vocês curtiram, por favor comentem e votem no meu conto e ajudem a divulgar também para amigos e colegas. Agradeço vocês e boa leitura.

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Comentários

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FANTÁSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSTICO........................

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Nossa me emocionei mto com seus 3 contos espero que tenho o 4º to anciosa.Parabéns vc escreve mto bem,se possivel me add no msn

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Nossa... Cara vc escreve bem demais!!! Começo a ler e da vontade de nao parar!!! Muito bom mesmo! Posta logo o proximo hehr

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Ri na parte do hospital quando a menina chama por você, eu no seu lugar teria me mijado todo... kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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Puxa cada vez mais seu conto fica melhor. Estou com medo do resultado do exame... torcendo por você. Quero o Cap. 4

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