Olá, me chamo Drama. Espero que gostem da minha narrativa.Antes de começar, quero avisar que este é um romance.Tanto no sentido de amor, como no sentido de ser uma narrativa longa.
Eu tinha 15 anos.Estava apenas começando a sair da inocência.Apesar de aparentar ter bem mais que a minha idade, eu não agia nem pensava como tal.1,78 de altura, 64 kg, bem definido, cabelo bem escuro e liso, sem pelos, pele clara...eu sou Caboclo [ Índio + Branco ].Eu sempre me cuidei bastante, protetor solar, luva de silicone e condicionador Leave-in.Esse hábito ganhei da minha mãe, com quem moro.
Eu estava fazendo o 1º ano do Ensino Médio e jamais havia beijado.Juro.Não que seja crente ou outra coisa do gênero, simplesmente nunca senti vontade.Eu tinha vários amigos na escola.Pedro, o mais bem-humorado, Lucas, o mais tímido, Jorge, o mais popular do colégio, Rebeca, a mais popular, então namorada do Jorge, Natália, a melhor confidente e conselheira, Larisse e Mariana, elas não conversavam muito, mas sempre faziam os trabalhos conosco, por isso, acabaram sendo nossas amigas também.
De longe, meu melhor amigo era o Pedro.Ele sempre chegava nas aulas com muitas piadas e também nunca me tratava mal, assim como a Natália.Eu me sentia meio que excluído naquele grupo, afinal, todos era bons em alguma coisa, já eu...só era uma pessoa comum com muita sorte de estar no grupo mais legal da escola.
Certo dia, combinamos de prepararmos o trabalho de geografia, minha matéria preferida, em minha casa.Logicamente aceitei, pois nunca havíamos feito trabalhos em minha casa e queria mostrar aos meus amigos a mesma.O objetivo era preparar um debate sobre Desenvolvimento Sustentável.Eis que chegamos a minha casa.
-Uau! Adorei o carpete em madeira. – falou Rebeca – sua casa é muito legal.
Realmente era, mas também não era uma casa muito luxuosa.Pertenço a classe B, o que já é suficiente para se viver muito bem no Brasil.Enfim, a discussão a respeito do assunto começou: eu, como gosto de chamar a atenção do professor de geografia, optei por defender os EUA, afinal, ninguém jamais havia querido defender o mesmo.
- Você ta doido ? – Larisse quis saber – os EUA estão completamente errados.
- Não acho. – disse – creio que o Governo só quer manter a população com o mesmo nível de vida de sempre, por isso utiliza tais estratégias, não que eu defenda guerras, só defendo certos tipos de investimentos.
- Mesmo assim ! A gente não pode defender algo que não está totalmente certo.
- Então me diga algo que é completamente certo!
- Se o Drama quer, então fico com ele. – disse Lucas, mas ao perceber o trocadilho, logo ajeitou – quer dizer, a opinião dele é válida.
Acabamos por fazer o trabalho sobre os EUA.Uma semana se passou, nada de importante nela a ser relatado.
No dia da apresentação, eu estava meio desconcentrado, pois havia dormido muito pouco.Comecei a ficar nervoso, pois sempre sou eu quem faz a apresentação, enquanto os outros preparavam todos os trabalhos, pesquisas e, inclusive, minhas falas.
- Eu não vou conseguir, Pedro – disse – essa apresentação é, de longe, a mais extensa que já fizemos e não dormi o bastante.
- Ei, fica calmo.Vai dar tudo certo, eu te prometo.
Comecei a apresentação.Realmente não fui mal, conseguimos um 9,5 , pois eu não consegui explicar alguns atos da nação que representava.No fim da aula, o professor veio falar comigo:
- Drama, quero saber porque você estava tão nervoso, hoje.
- Professor, sinto muito, mas não dormi o suficiente, minha cabeça ainda está meio zonza.Não estou vendo, sentindo ou, sequer, ouvindo direito.
- Tudo bem, então, eu vou arredondar a nota da sua equipe para 10, pela sua justificação.
- Obri-
De repente, senti uma pancada muito forte pouco abaixo do meu pescoço. Eu cai para trás e tentei levantar minha cabeça para reconhecer a fonte de tal golpe. Eis que, ao abrir os olhos, me deparo com alguém totalmente estranho, mas totalmente adorável. Eu não sei bem o que sentia : sono, dor ou...algo que nunca havia sentido.
- Você está bem ? – a voz também era perfeita.Eu acho que estava balançado – me desculpe, vou te levar para a enfermaria.
Não sei se eu tinha forças para me levantar, mas nem me importava aquilo. Só queria ser levado por ele. Espera! É um homem! NÃO! Não comigo !!!
[continua]