Ontem fui até aquele sex-shop perto do teu escritório, onde fomos juntos comprar a cinta-liga da tua fantasia. A vendedora discutia ao telefone com uma colega que se atrasara. No fundo da loja duas mocinhas davam risadinhas maliciosas enquanto olhavam os consolos expostos. Do outro lado, um homem de terno preto e camisa abotoada ate o pescoço fingia folhear uma revista, mas as observava de soslaio. Tinha até um jeito de padre.
Me aproximei da arara de roupas, tentando encontrar aquela calcinha de couro que vimos juntos. Me imaginei usando um corpete vermelho pra te surpreender. Mas a dor da tua ausência se apossou de mim. A vendedora antes contrariada se aproximou e me perguntou se eu queria experimentar alguma roupa, que o vestiário era discreto. Eu mergulhada na tua ausência.
Ela falou "esse ia ficar lindo na tua pele tão branquinha". Disse que sim, queria provar umas roupas pra surpreender meu namorado. Escolhi umas três ou quatro e ela me mostrou o provador num canto da loja. Disse com um sorriso que voltaria pra me ajudar.
Me despi sem pressa e coloquei o corpete vermelho com a calcinha de couro que te excitou. Ouvi as meninas se despedindo, a cigarra da porta tocando. Ouvi a vendedora se oferecendo pra me ajudar. Afastei a cortina pra perguntar o que ela achava. Ela disse: "Vem aqui olhar no espelho maior". Olhei em volta e não vi ninguém. Saí e olhei nos olhos dela pra saber se ela gostava. "Não. Prova outro. É muito fechado".
Me troquei e quando sai, vi que o padre ainda estava lá, em outra sessão. Ela falou: "Não se preocupe com ele. Ele vem sempre aqui". Ela olhou pra nova roupa, preta, com zíperes e se aproximou para me mostrar como ficava com eles mais abertos. Quando me tocou a vi: uma moça esguia, quase um rapaz, com seios minúsculos e tatuagem étnica na nuca nua. Cabelos curtos espetados com algumas mechas descoloridas. Um cheiro suave de almíscar.
Ela me mostrava a abertura do zíper e seus dedos afloravam a minha pele. Ela queria que eu colocasse o outro. O padre-cliente-habitué continuava em seu lugar olhando com interesse para uma caixa azul. Voltei ao provador e não consegui colocar a outra roupa cheia de tiras e fechos. Pedi ajuda. Ela entrou e foi desenrolando as tiras sobre o meu corpo. Seus dedos me fazendo estremecer.
Ela disse: "Você ficou linda nessa. Um tesão. Vamos olhar lá fora". Estávamos num canto escondido, mas dava pra ver a loja vazia. O padre-voyeur estava de costas. Ela mostrava os detalhes com as mãos, ajustava meus seios no sutiã que deixava escapar meus mamilos eretos por uma fenda central. Ela estava em pé atrás de mim, e seus braços me envolviam, olhavamos no espelho.
Ela afastou as bordas da calcinha pra que eu visse como a minha buceta estava acessível por mais uma fenda. Meus lábios se abriram deixando aparecer as minhas carnes úmidas no espelho. Ela estava encostada em minha bunda Senti que roçava em mim seu púbis, de leve. O homem de preto ressurgiu no espelho, me assustei por um instante, mas ela disse: "Deixa ele olhar, você tá linda!". Deixei e só aumentou a minha excitação.
Ela continuava ajeitando o meu traje e me acariciava ao mesmo tempo, realçando algum detalhe. Que vendedora!... Foi encostando seu corpo no meu e meu corpo se inflamou. Senti uma protuberância se esfregando na minha bunda que também se movia. Me virei de frente e a beijei. Vi que o homem esfregava seu membro por cima das calcas, uns três metros atrás de nós. Sorri.
Ele abriu o zíper e um pau rígido escapou. Ele deu uns tapinhas no pau. Eu adorava ver aquele macho tarado se masturbando. Meu corpo estava grudado no dela. Enfiei a mão por baixo da saia da moça e quis olhar. Ajoelhei e afastei a calcinha. Ela tinha um clit grande, durinho que toquei com a ponta da língua.
Suas pernas amoleceram. ela pediu: "Chupa ele, chupa." Eu agora estava de costas para o homem, mas a imagem dele nos olhando e mexendo no pau estava impressa na minha retina. Abocanhei aquele pequeno pau devagar. Nunca tinha visto um assim. Meus dedos procuraram sua buceta e a penetraram. Ela pedia pra continuar. Eu me deleitava em continuar, estava enlouquecida de tesão. Seu sabor inundava a minha boca.
A sineta da porta tocou. "Vamos entrar aqui" ela disse, me ajudando a levantar. No provador ela me encostou na parede e me beijou e me abraçou, sussurrou que ia atender e já voltava. Me sentei no banquinho coberto de roupas, ofegante, e me olhei no espelho, com teus olhos, aquele teu olhar de dono que deseja e toma.
Ela entrou e disse sorrindo que era a colega, que podíamos ficar mais um pouco. "O homem estava roxo, todo atrapalhado", gracejou. Ela olhou pras minhas pernas abertas naquela calcinha de couro escancarada, abaixou sua calcinha, levantou a saia e se ajoelhou aos meus pés, me encostando as costas na parede. Aquele caralhinho se apossou da minha buceta.
Ela o esfregava em movimentos suaves, percorria cada recôndito de minha feminilidade. Eu, recostada, olhava aquela cena deliciosa e gemia de prazer. Ela amassava minhas tetas, segurava meus quadris, para melhor se mover, até que gozei, me contendo para não gritar. Ela estremeceu toda logo depois e se inclinou pra lamber a minha xana, murmurando algo num suspiro.
Eu não conseguia me mover. Ela me abraçou por um longo momento e a tua presença em mim se fez viva e intensa. Não era só ela, era você com ela, as tuas carnes quentes e relaxadas apos o gozo, meu amor.
A colega a chamou. Ela se recompôs como pôde, acariciou a minha boca com a ponta dos dedos e saiu sorrindo. Demorei um pouco para conseguir me arrumar e levei aquela roupa para pagar. A colega estava atrás do balcão e me atendeu com um sorriso contido. Nenhum sinal da minha amante-garoto, nem do cliente-voyeur. Eu nas nuvens.
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Publicado em Saudades Carnais
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