Simone, 3 - Instituto do instinto

Um conto erótico de AribJr
Categoria: Heterossexual
Contém 1486 palavras
Data: 08/02/2009 20:45:33

<tt><Center>Simone, uma história de amor –– Episódio 03</Center></tt>

<center><strong><b>INSTITUTO DO INSTINTO</b></strong></Center>

<Center><tt><b> Quinta-feira, 27 de novembro de 2003</b></tt></center>

<blockquote><b> Edu já estava impaciente com a demora dos dois e quando eles apontaram, a-briu os braços.</b></blockquote>

– Pensei que tu não vinhas! – abraçou Regis e deu um tapinha na costa de Lira – A polícia passou por aqui!

Rosângela saíra com o carro e Simone de bicicleta.

– Polícia? – Regis não entendeu.

– Tua mulher primeiro e depois aquela deusa de tua filhinha... Rapaz! Tá cada vez mais bo-nita... – Regis olhou para Lira que baixou a vista – Queria ser um pouco mais jovem para... – parou de supetão ao dar-se conta que Regis poderia não gostar da brincadeira – Quem é o felizardo que namora ela? – ficou preocupado com o que falara – Ela namora, não namora?

Lira pediu cerveja e copos, Regis se aproximou dele e passou o braço em seu ombro.

– É!... Deve ser um felizardo mesmo... – puxou Lira para si e apertou, com carinho, o ombro do amigo.

<blockquote><i> Arrumou as bolas e começaram jogar, rindo dos casos que Edu contou ou das piadas, velhas conhecidas, que Regis não perdia oportunidade de contar.</i></blockquote>

– Teu pai esta desconfiado de alguma coisa! – falou baixinho – Ele conversou contigo?

Se encontraram no supermercado, Raimunda foi quem primeiro o viu e chamou atenção da garo-ta.

– Ele perguntou se eu sentia alguma coisa a mais por ti – falou pensativa olhando para os lados preocupada em ser vista conversando sem a costumeira antipatia – Tô morrendo de sau-dades, amado! – sussurrou enquanto escolhia um sabonete na gôndola – Tu vais pro sítio?

Regis ligara cedo convidando para passarem o final de semana no mato e ele ficou de confir-mar.

– Tu vais? – perguntou igualmente sussurrante.

– Só se tu fores! – acocorou para escolher melhor – Ele falou alguma coisa contigo?

Queria poder conversar com ela sem ter que esconder a avalanche de sentimentos que batia no montão no peito.

– Preciso conversar contigo... Vê se arruma um jeito hoje à noite?

Tiveram que se afastar, dona Francisca chegou e puxou conversa com Simone. Lira continuou colocando os produtos no carrinho sentindo a respiração, entrecortada, fremir o corpo. Ti-nha que arranjar uma maneira de assumir, de vez, o namoro com a garota.

– Seu Lira! – Raimunda chamou – Como é que o senhor vai? – sorriu para ele.

Lira parou novamente e conversaram animados sobre as coisas da mulata. Raimunda estava doi-dinha para saber das novidades e se eles acertaram alguma coisa – estava se revelando um cupido de valor.

– Tô precisando ficar a sós com ela... – Lira falou baixinho.

Raimunda ficou brincando com um tubo de desodorante na mão com o semblante carregado, como se matutasse uma resposta que agradasse ao amigo.

– Acho que seu Regis está desconfiado... – falou baixinho – Ele andou querendo saber se vo-cês têm se visto.

– É sobre isso que preciso conversar... – olhou para Simone que conversava animada com dona Francisca – Vê se dá um jeitinho hoje!

– Sei não, seu Lira... – olhou para ele, séria – Tô meio preocupada... Pode sobrar pra mim!

– Preocupa não... Vai dar tudo certo!

Raimunda não respondeu, apenas caminhou em direção de Simone e cochichou alguma coisa em seu ouvido. Lira ainda ficou observando as duas antes de retomar as compras, Simone riu pa-ra ele antes que dobrasse a esquina da gôndola.

Terminou as compras e não viu mais as garotas, achava que não ia dar pé o plano de encon-trar-se com Simone. O telefone tocou, ele correu para atender e não conseguiu identificar o número que apareceu no bina.

– Alô! – falou a meio tom – Sim?

– Tu vais com papai? – reconheceu a voz da garota.

– Te falei! Só se tu fores... Onde tu estais?

– Na praça, tô no orelhão... Tu gostas de mim?

– Tu sabes que sim... – murmurou sentindo acender os sentidos – Tens dúvidas?

– Tu sabias que ainda sou virgem? – escutou o sorriso maroto da garota – Na frente... – ri-sinhos – Meu cuzinho tu já comeste... – ele sentiu o cacete endurecendo – Sabia que bato siririca pensando em ti?

– E aí? Vai dar hoje? – Lira estava ansioso para saber se ela viria em sua casa.

– Tu vais na casa do vovô hoje? – desviou o assunto.

– Não sei... Talvez! – não estava com coragem de encarar Regis antes de conversar com ela – E teu pai?

– Que tem ele?

– Conversou contigo?

– Já falei... Perguntou se eu gosto de ti...

– E tu?

– Disse que sim! – riu baixinho – Acho que ele vai terminar pirando... Perguntou se era gostar de mulher pra homem! – falou compassadamente como se escolhesse as palavras – Ri de-le e disso que não sabia... E ele perguntou por que eu te trato assim e falei que gostava de te ver aperreado!

– Como é? Vai dar hoje? – insistiu.

– Dou!

– Sei... Tu queres que eu vá na tua casa? – torceu para que ela dissesse que não.

– Quero! – fez uma pousa longa – Quero te chamar de chato! – riu e desligou.

<blockquote><i>Lira ainda ficou ouvindo o bip bip do aparelho antes de desligar e ir para a cozinha terminar de arrumar as compras. Tomou banho, vestiu uma bermuda caqui com camiseta sem mangas branca, coou café e saiu.</i></blockquote>

– Lá vem aquele chato outra vez! – fechou a cara – Não sei o que ele tanto quer aqui!

A avó fuzilou com faísca no olhar, a neta estava passandos dos limites e nem era mais uma criança.

– Teu pai te dá muita corda negra! – olhou o carro estacionando – Fosse antiogamente ia dormir de couro ardendo...

Mas a vontade mesmo era correr e se dependurar no pescoço, mas o teatro tinha de continuar, foi assim desde o início.

– Boa noite gente... – olhou para Simone – Olá oncinha?

– Não fala comigo seu chato... – levantou, a cadeira caiu – Tu não tem vergonha mesmo... - pisou forte e entrou.

– Simone volta aqui! – a avó chamou.

– Deixa ela... – sorri sabendo que era tudo finta – Já estou acostumado...

Olhou para o corredor, ela estava parada olhando para ele, sorriu e fez sinal que iria para o quarto dos fundos.

Lira sentou e aceitou o café fumegante, conversou um pouco louco de vontade de correr logo para onde ela estava.

– E Regis, está lá dentro?

– Ta não, foi a Paraibano receber umas encomendas... Acho que volta só amanhã...

Levantou e entrou dizendo ir beber água, Raimunda riu e apontou a porta do seu quarto.

– Demora não seu Lira senão os velhos desconfiam...

Estava debruçada na janela olhando o escuro do quintal.

– Porque tu demorou... – ronronou quando abracei pelas costas.

Virou e beijou a boca com gosto de cigarro, segurou no ombro e sentou na, abriu as pernas e levantou o vestido.

– A danada ta melada...Passa a mão...

Passei, tinha depilado, estava liso e molhado, ela suspirou.

– To doida pra te sentir... – beijou os olhos e abriu as pernas sentindo a mão passear e o dedo roçar na abertura – Não aguento mais amor...

A vontade era fazer ali mesmo, mas o instinto de preservação soou mais alto, tirei a mão e ela choramingou.

Ficamos abraçados sentindo nossas respirações e o pulsar de nossos corpos. Soou como uma explosão a batida, Raimunda avisou que a avó estava vindo.

– E se ela nos visse assim? – Simone riu – Ia ter um troço...

– Um dia vai ver...

Ficaram calados escutando a avó falar com Raimunda.

– O pai vai te convidar pra passar o próximo fim de semana no sítio... – sussurrou – Se tu for eu vou..

3b

Sexta-feira à tarde confirmou que iria com Regis para o sítio.

– Levo o que? – perguntou ao telefone.

– Vou levar um porquinho e uma picanha – respondeu – Leva a rede!

– Sim! E bebida? – Lira sabia que o amigo não iria sem levar o costumeiro Montila – Tenho um Passaporte em casa... E cerveja em lata!

– Tu és quem sabe... Faz isso! Passa aqui pra gente ir ao supermercado – convidou – Tu tens um isopor grande?

Tinha, falou que tinha e que levaria. Marcaram para saírem lá pelas dez horas da manhã, passaria antes para fazerem as compras.

– Acho que tua oncinha também vai... – falou sabendo que Lira sentiria o baque – Quem sa-be...

– Quem sabe o que, bicho? – sentiu que aquele final de semana seria meio complicado – A gente conversa sobre isso depois! - desconversou – Tu vais na Toca hoje?

<blockquote><i> Não! Não iria, teria que despachar Rosângela que resolvera ir na frente, de ônibus. Ele ainda ficaria mais esse final de semana antes de também voltar pra Ca-paísa.</i></blockquote>

<Center>─────────────────────────────────────────────────────</Center>

<center><b>Para melhor entender esse relato, leia os episódios anteriores</b></center>

<blockquote><tt>Episódio 01: O chato</tt>

<tt>Episódio 02: O Sítio</tt>

<tt>Episódio 03: Instituto do instinto</tt></blockquote>


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Comentários

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É uma pena existirem leitores como esse tal Pastor que de severo apenas o que escreve. E, puta, é sua mãe. Portanto, você que é filho dela sabe bem o quw é.

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