Laura, primeiros tempos - 14

Um conto erótico de AribJr
Categoria: Heterossexual
Contém 1930 palavras
Data: 08/02/2009 13:03:47

<tt><Center>Laura, primeiros tempos Episódio 14º</Center></tt>

<center><strong><b>Grande Acampamento – Campo de banhos</b></strong></Center>

<Center><tt><b> Domingo, 8 de julho de 1979</b></tt></center>

<blockquote><b> Escolheram a pequena praia protegida, ao lado do sub-campo 2 da Arara. Apesar da noite alta o calor atazanava e o suor, seco no corpo fedido, fava uma sensação ruim.</b></blockquote>

<i>– Vou buscar a toalha... – Marisa voltou pro campo – Vão indo no frente, chego logo!

Lúcio ainda tentou dizer que ia esperar, mas ela insistiu e Edite tomou a dianteira enquanto ele titubeava.

– Vamos lá Lúcio, ela não vai se perder... – pegou na mão do amigo e arrastou, ele deixou-se levar.

Antes passou pelo campo II para ver se o pessoal precisava de alguma coisa, andou por entre as varas fincadas indicando os locais das barracas. Estava deserto, não viu Clemente nem a Eneida, foi pra barraca do staff, abriu a portinhola com cuidado para não fazer barulho e sorriu vendo que já dormiam.

Clemente ressonava encolhido no colchonete verde oliva colado no fundo e Eneida, do outro lado da barraca, se enrolara na manta campeira</i>(1)<i> já surrada de poída de tantas noites acampadas.

– Não sei como agüenta... – entrou e puxou a coberta pensando em arear a garota.

Eneida despertou assustada quando ele puxou a manta, sentou com os olhos esbugalhados.

– É tu Lúcio?... – bocejou e esfregou os olhos – Que horas é essa?

Olhou o relógio de pulso.

– Quase duas... Tá tudo bem?

Ela segurava a manta na altura do pescoço.

– Tá! Já vai deitar?

Disse que não, que iria tomar banho.

– Tu jantou? – ficou de joelhos e caminhou para fora – Tem café no bule, queres que esquente?

Levantou e ele viu que ela estava só de calcinhas, olhou pro amigo imaginando se tinha rolado alguma coisa. Balançou a cabeça, tinha certeza que não. Clemente era daqueles que não traia.

Saíram da barraca, Eneida não se preocupou em vestir uma roupa, apenas usou a manta para tapar os seios.

– Tu acordou eles, Lúcio? – Edite esperava encostada em uma arvore – Sacanagem cara...

– Não! – Eneida acudiu o colega – Eu não tava dormindo, o Clemente é que bateu no colchão e apagou... Tô sem sono! – avivou a fogueira e colocou o bule perto, pra esquentar café – Tu também vais banhar?

– É... Não quer ir? – convidou por convidar.

– Não! Já banhei, a água ta fria pra cacete.

Acocorou perto do fogo, Edite viu que ela estava quase nua, a buceta cabeluda fazia volume e deixava escapar alguns pentelhos pela beirada da calcinha. Lúcio entrara na barraca pra pegar roupa limpa e toalha.

– Por que tu não te depilas?... – Edite perguntou.

Eneida olhou para entre as pernas e ajeitou a calcinha colocando os pentelhos pra dentro.

– Gosto assim... – riu – Me sinto mais mulher...

Lúcio saiu da barraca e chamou as duas.

– Vamos lá?

– Preciso acertar umas coisas contigo... – fechou as pernas – Como vai ser com o pessoal extra?

– Sei não... Não cabe mais nem uma barraquinha aqui – puxou o banquinho e sentou perto dela – O que Clemente achou?

Conversaram sobre as coisas do dia, Edite estava aperreada pra ir logo banhar.

– Vou na frente... Espera a Marisa! – não esperou resposta, saiu correndo em direção ao rio.

– Ele acha que se a gente abrir o sub-campo um em direção da atalaia</i>(2)<i>, var dar pra por mais duas – Lúcio esticou o mapa no chão e Eneida abaixou o lampião – Aqui, ó... – apontou.

– Mas e como fazer com a atalaia?

– Fica lá mesmo, no meio do beco... – olhou demoradamente pro desenho – No dois também vai dar pra estender...

Ficou analisando as sugestões tentando visualizar como ficaria.

– O Albert falou em pelos menos mais três ou quatro patrulhas – coçou a cabeça – Isso se não pintar outra novidade de ultima hora.

Eneida levantou e serviu café quente, entregou uma caneca pra Lúcio e bebeu na outra. Sentou no chão com pernas cruzadas sem se importar que ele visse a calcinha esticada marcando o lugar da abertura da buceta.

– E a intendência vai suportar o aporte? – olhou pra ele.

– Sei não, Ene! – rabiscou as sugestões – Edite te meio preocupada, parece que a Narcisa conseguiu alguma coisa da merenda escolar no Sesi... A gente aperta um pouquinho no rancho...

– E a bomba?

Falou o que sabia e que não tinha participado do conselho.

– Me mostra o que vocês pensaram!

Levantaram e foram para os locais onde achavam que podia ser crescido. Eneida ficou impaciente com a manta que era puxada toda vez que passava por uma touceira de mato, tirou e deixou dependurada em uma forquilha de “Maria-mole”</i>(3)<i>.

– Tem cuidado, garota! – olhou para traz com medo de aparecer alguém – É bom não ficar assim...

Ela não ligou e continuou andando até onde pensava por as novas barracas. Olhou entristecida, não era possível, tinha um buraco enorme e a moita de “sabiᔠimpedia qualquer tentativa.

– Agora cagou tudo! – resmungou – Só se a gente invadir a fazendo do lado...

Não podiam fazer aquilo, o proprietário jamais permitiria que abrissem uma clareira no capinzal. Desistiram de continuar, resolveram deixar pro dia seguinte.

– Vamos voltar, amanhã a gente dá um jeito – segurou o braço dela, ela estremeceu – Vamos lá Ene...

Eneida ficou parada respirando agoniada.

– Vamos? – Lúcio puxou pelo braço, ela virou e passou na frente – Não esquece a manta...

Caminharam em silêncio.

– Tu vais dormir aqui? – perguntou quando chegaram no campo...

– Vou... Só vou dar uns mergulhos e tirar essa lama do corpo.

– Tá bom... Vou arrumar teu slip</i>(4)<i>...

Entrou na barraca, Lúcio ficou um instante olhando antes de ir para o rio.</i>

<center>● ● ● ● ● ●</center>

<i> Marisa e Edite conversavam sentadas dentro d’água encobertas pela luz fraca da lua filtrada pela folhagem densa.

– Hei! Aqui! – Marisa acenou ao vê-lo descer a ribanceira.

Ele sorriu e apressou os passos.

– Como é? Conseguiram pensar em algo? – Edite baixou mais, dentro da água fria, deixando só a cabeça fora.

Não estava com vontade de continuar queimando os miolos com o que sabia não ter solução.

– Amanhã a gente vai ver... – chegou na beira – Não me esperaram, né?

Arrancou a camisa e desafivelou o cinto.

– Importam se eu banhar de cuecas? – parou olhando para elas – Acho que não trouxe calção de banho.

– Deixa de frescura amor... – Marisa levantou, saiu da água – Tá tão gostoso que resolvemos banhar à la Eva...

Lúcio se assustou de verdade, não imaginava que a loura tivesse coragem de tanto, ficou abasbacado com a beleza do corpo bem feito, das curvas sinuosas, do seio redondo e pontiagudo e da calcinha minúscula que delineava a xoxota papuda</i>(5)<i>.

– Entra logo, cara! – Edite chamou – A água tá uma belezura.

Não teve coragem de tirar a calça sentindo o cacete vibrar.

Marisa saiu e se aproximou de mansinho.

– Tava doida de saudades... – abraçou o namorado e se colou a ele.

Lúcio sentiu o corpo retesar pelo contato espremido com os seios macios. Com a mão vacilante afastou as mechas de cabelo que pendiam no rosto da garota e beijou os lábios carnudos e doces. Edite olhava sentindo a vagina zunir só de pensar em poder se colar a ele.

– Também passei o dia pensando em ti... – balbuciou – Assim tu acabas comigo...

Marisa riu e empurrou o rosto dele.

– Vamos lá... Tira logo essa calça fedida... – correu e mergulhou nas águas barrentas do Maioba – Vem!

Lúcio deixou a calçar cair na areia fria e correu para a água.

Edite tinha nadado para a outra margem e esperou que a amiga lhe alcançasse. Riram divertidas enquanto ele dava braçadas vigorosas.

– Tu és mesmo muito maluquinha Marisa! – chegou na outra margem e segurou no galho retorcido que aflorava da água – E se chegar alguém?

– Deve tá tudo dormindo... – Edite aspergiu água em sua direção.

Não entendeu quando Marisa mergulhou e nadou de volta para a margem no sub-campo dois, pensou em nadar com ela.

– Espera... Quero te falar uma coisa... – Edite percebeu que ele ia se atirar para seguir a namorada.

Desistiu e esperou que a garota chegasse onde ele estava.

– Que foi? – segurou a mão estendida e puxou para que ela se empoleirasse no galho negro.

Ela subiu no galho se apoiando nele, olhou em volta e viu que a faixa de areia fina, de onde partia o tronco do galho submerso.

– Vamos pr’alí? – apontou e tomou a dianteira.

Leandro seguiu.

– O que é Edite? – estava impaciente, queria aproveitar mais a namorada que se deitara na praia e olhava pro céu.

– Senta aqui...

Ele sentou e ela sentou em seu colo. A calcinha fina e minúscula não impediu ele sentir a carne vibrante da bunda carnuda.

– Porra Edite! Olha a Marisa...

Ela olhou para a outra margem e viu a amiga deitada. Sob seu corpo sentiu o cacete ganhar vida, virou pra ele e sorriu marota.

– Pensei que não ia endurecer...

Levantou e tirou a calcinha, ele apenas olhava os movimentos cadenciados da loirinha. Desde aquele lance da barraca da enfermagem tinha se enchido de tesão por ela, mas não imaginava que Edite tivesse coragem de se oferecer daquele jeito.

– Deixa de doideira, menina... – murmurou sentindo o cacete estremecer – Olha tua amiga!

Mas ela sabia o que estava fazendo. Sentou novamente em seu colo se aconchegando até sentir o membro pulsar na xoxota quente.

– Tira essa cueca... – levantou e esperou.

Ele tirou olhando a buceta carnuda defronte do rosto, o aroma adocicado invadiu as narinas. Edite se posicionou e começou a sentar enquanto ele segurava o cacete apontando para a boca escancarada gotejante...</i>

----

<tt>1. Manta Campeira; É tradição escoteira ter uma manta específica para uma atividade chamada Fogo de Conselho. Normalmente é cheia de botons ou distintivos de atividades na qual tenha participado</tt>

<tt>2. Atalia é uma construção de observação, também conhecida como Torre de Vigia normalmente construída em local estratégico que dê boa visão de todo o campo.</tt>

<tt>3. Maria Mole: erva perene, com talos eretos glabros, estriados, ramosos na sua parte superior, densamente folhosos, com 1-2 m de altura, com folhas alternadas; Nome científico: Senecio brasiliensis Less; Família: Asteraceae (Senecio, tasneirinha, flor-das-almas, maria-mole).</tt>

<tt>4. Slip; espécie de saco para dormir</tt>

<tt>5. Não era de todo estranho acontecer esses lances em atividades do grupo, principalmente naquelas específicas para chefia, onde tudo parecia ser normal e possível.</tt>

<Center>─────────────────────────────────────────────────────</Center>

<center><b>Para melhor entender esse relato, leia os episódios anteriores</b></center>

<center><tt>– Descobrindo Laura</tt></Center>

<center><tt>– Despertando com Laura</tt></Center>

<center><tt>– Mas eu te amo... </tt></Center>

<center><tt>– Tá danado de duro... </tt></Center>

<center><tt>– Por quê paizinho? </tt></Center>

<center><tt>– Tu és meu pai</tt></Center>

<center><tt>– Pior pra quem? </tt></Center>

<center><tt>– Ver você como mulher...</tt></Center>

<center><tt>– Lembrando do tempo de escoteiros</tt></Center>

<center><tt>– Ainda tá ardendo</tt></Center>

<center><tt>– Você sabe...</tt></Center>

<center><tt>– Deixa de ser besta</tt></Center>

<center><tt>– O Grande Acampamento</tt></Center>


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