Uma amiga puxa outra

Um conto erótico de Zaron
Categoria: Heterossexual
Contém 1878 palavras
Data: 03/06/2008 15:49:22

Fazia um bom tempo que eu não entrava em salas de bate-papo. Os cursos universitários e os demais afazeres me tomavam quase todo o tempo livre fora do quartel. Confesso que me fazia falta acessar esse tipo de sala de entretenimento e firmar muitas novas amizades, algumas que perduram até hoje.

Semana passada – estamos no início de junho de 2008 – por ocasião do ajuste de matrícula na faculdade, resolvi visitar o bate-papo do uol. Cumpri todas as formalidades e eis que me encontro numa das salas de Fortaleza com o nick de ‘Especialista’. Fiz a saudação de praxe e algumas garotas, de imediato, sentiram-se atraídas com a originalidade da minha abordagem. É bem verdade que uso texto pronto para essas ocasiões; texto feito faz alguns anos, inclusive, mas é um texto feito por mim e, portanto, como autor, posso usá-lo quantas vezes quiser!

Feitas as devidas triagens, pedi o MSN de uma garota que usava o nick de ‘Gatinha linda’. Fomos para o MSN e lá, depois de muito papo, fizemos amor virtual pela webcam. Ela se mostrou muito excitada quando me viu nu na telinha – não contarei vantagens nem darei créditos a fatos mentirosos e, pra ser sincero, o que me foi permitido ver foram vultos de uma gata loira, branquinha e de cabelos lisos longos... Ela, desfocando a webcam antes de se despir, apenas me deu a honra de observá-la sem nitidez. Eu sabia que ela estava nua. Foi delicioso poder ver o momento exato em que ela se despiu, tirando uma blusinha verde, depois o shortinho e por fim uma calcinha branca linda que, ao ser retirada, revelou uma xaninha de poucos pêlos, desfocada! Implorei para que ela ajustasse o foco, mas foi inútil.

Antes de voltar a se vestir, a última cena que pude ‘degustar’ foi a de uma mulher excitada, sentadinha numa cadeira em frente ao PC, enfiando dedinhos na pepeca até gozar... Percebia os movimentos discretos da mão dela com algum dos dedinhos entrando na xaninha encharcada e dela saindo, deliciosamente. Ela gozou. Eu gozei. Ela saiu para se lavar e fazer xixi. Ao voltar, ajustou a imagem da webcam, mesmo envergonhada, e voltamos a conversar. Agora ela estava usando uma blusinha rosa de alcinha branca, com um detalhe suave e discreto.

Conversamos por mais umas duas horas e nesse ínterim tive a oportunidade de saber mais sobre ela: medos, sonhos, fantasias... E as tentativas frustradas dela de realizar sexo anal, apesar da vontade que, segundo me confessara, havia. Enviei um texto que fiz sobre sexo anal. Ela leu e ficou encantada com as dicas. Depois, enviei vídeos de sexo anal, mas cometi o erro crasso de enviar apenas vídeos onde os estragos deixados causam a impressão de que a bundinha nunca mais será a mesma depois de invadida por falos tão grandes e grossos. Ela me confessou que deu arrepios ao ver os vídeos e que toda a vontade e a curiosidade que as dicas tinham inspirado haviam desaparecido. Fomos tomados por uma crise de risos e o papo fluiu naturalmente até a despedida. Ela viajou e perdemos contato da quarta-feira, dia 28, até domingo, primeiro de junho.

No domingo, apesar de não termos acertado horário exato, entramos no MSN por volta das 18h. Tentei manter contato, porque até 20h, das 18h às 20h, ela simplesmente me ignorou. Aproveitei para atualizar e-mail, orkut, minhas páginas em alguns sites que tenho e, sem nenhuma razão aparente, decidi enviar pra ela um pensamento meu. Ela leu e me respondeu assim:

– Cara, isso que você mandou pra mim é exatamente o que estou passando agora! Poxa, que impressionante!

– E o que você está passando, moça linda?

– Estou em crise com meu noivo. Acho que não gosto mais dele... E apareceu um carinha que está me cantando...

– Blá Blá Blá

– Blá Blá Blá

– Ei, tem uma amiga minha aqui on line. Falei de você pra ela. Que você é um cara sensacional e ela quer seu MSN, posso dar?

– Claro! É até bom porque teclamos os três, o que você acha?

– Legal!

– Blá Blá Blá

– Blá Blá Blá

– Blá Blá Blá

A Patrícia – a ‘Gatinha linda’ – era noiva e, portanto, já tinha vida sexual. A Darliane, a amiga dela, era uma morena linda e de um sorriso fascinante, mas que, inexplicavelmente, não se aceitava como era e se julgava incapaz de causar encantos a um homem. Achei isso uma bobagem e, à medida que teclávamos os três, percebia que tinha ali duas mulheres maravilhosas e infelizes. Não conseguia entender como duas pessoas tão abençoadas se torturavam tanto por tolas razões que dependiam apenas delas para se tornarem páginas viradas.

A Paty, sofrendo por uma incerteza que inexiste dentro do mundo real, porque os sentimentos não se colocam à mesa como fichas de jogo de azar. Se existe a dúvida então inexiste razão para prosseguir. A Darliane, sofrendo por se julgar feia. Como pode uma mulher tão expressiva e cativante se julgar indigna de ser amada?

Conversamos por muito tempo os três... Eu, além de teclar com as duas simultaneamente, também teclava com cada uma delas isoladamente em janelas separadas. Quando toquei no assunto da webcam com a Paty, falando que estava com saudade, querendo saber se ela havia mesmo gostado de ver os ‘vídeos educativos’... A Darliane me envia uma mensagem falando que não estava entendendo nada, mas que ficara curiosa. Falei que era coisa nossa e ela não insistiu. Paralelamente, a Paty me pede para não falar daquela forma, pois a amiga não sabia que tínhamos nos masturbados pela webcam. Pedi calma as duas e continuamos a teclar.

Tínhamos um papo amistoso os três, mas, paralelamente, ia descobrindo mais sobre a intimidade da Darliane e tentando levantar o astral da Paty que já tinha até chorado depois que enviei trechos pra ela de uma composição do Guilherme Arantes. Ela me perguntou se valia a pena tentar recomeçar com o noivo e respondi assim:

‘Pra que ficar juntando os pedacinhos do amor que se acabou. Nada vai mudar. Nada vai trazer de volta a beleza cristalina do começo e os remendos pegam mal. Logo vão se abrir. Afinal, a gente sofre de teimoso quando esquece do prazer... Adeus também foi feito pra se dizer. Bye Bye...’

Do outro lado, descobri que a Darliane era virgem. Falei pra ela que para se ter prazer a gente não precisava perder a virgindade e que ela poderia ter vida sexual e se manter virgem. Ela, assustada, perguntou como era isso e eu, nessa hora, decidi dar um tchau para as duas e saí da sala. Mandei um cheiro gostoso para a Paty e disse para a Darliane:

– Calma, moça! Depois a gente continua e explico tudo a você, ok!

– Vou cobrar, pode ter certeza! Você me deixou curiosíssima!

Saí da sala.

Na segunda, dia 2 de junho, após a aula da faculdade, entrei no MSN e encontrei as duas on line. Cumprimentei-as e ambas me responderam. A Paty, porém, deu um singelo ‘oi’ e me ignorou pelo resto da noite, mesmo depois de muitas tentativas e de pedidos de atenção... O único texto que ela me enviou depois que perguntei se estava melhor, foi: ‘Não estou não!’

Assim, fui me aproximando da Darliane, tentando saber mais e me tornar mais amigo e próximo.

Papo vai. Papo vem. Perguntei pra ela se ainda lembrava do assunto que ficara pendente. A resposta foi imediata:

– Lembro, sim! Diz pra mim como eu posso ter vida sexual sem perder a virgindade?

– Para você, moça? Qual o objetivo do sexo?

– Sei lá!

– Concorda que é dar e sentir prazer? Gozar?

– Anham!

– Se concorda, então diz pra mim. Para você dar e sentir prazer. Para gozar. Você precisa dar a xaninha... Precisa perder a virgindade?

– Claro que não, ora!

– Então você entendeu...

– Entendi.

– Você pode gozar com carícias, com sexo oral... Com sexo anal.

– Sei.

– Uma curiosidade. Nem masturbação você faz?

– Sim, mas acho pecado.

– Pecado!?

– Sim. Tento não me masturbar, mas não consigo parar. E isso é pecado.

– Poxa! É pecado sentir prazer?

– Blá Blá Blá

– Blá Blá Blá

– Você sabia que só de falar sobre isso eu já estou com a xoxota doendo de tão inchada?

– Sério!? Você está excitada agora?

– Demais! Mas vamos mudar de assunto.

– Você já viu algum homem nu? Fotos... Vídeos... Pessoalmente?

– Nunca!

– Tem vontade de ver?

– Sim.

– Tenho fotos e vídeos. Posso enviar?

– Sim! Envie logo o vídeo... Queria ver como é.

– Tenho webcam. Posso ligar e mostrar pra você? Estou excitado e gostaria que você visse...

– Não tenho coragem de pedir pra você ligar a webcam.

– Você não precisa pedir. Precisa apenas aceitar meu convite e ver, aceite.

– Tá.

Liguei a webcam. Ela viu por pouco tempo e depois cancelou. Discutimos. Ela me agrediu verbalmente. Falou que isso era pecado e que eu não deveria ter mostrado. Depois se definiu como tola e fez com que eu me sentisse o próprio mal encarnado em pessoa para infernizar a vida dela. Tentei explicar a naturalidade da nudez, mas ela estava irredutível. Por fim, despedi-me e lamentei a limitação interpretativa que ela havia dado aos fatos e prometi não mais incomodar. Ela então se desculpou falando que sentiu medo ao ver e que somente por isso tinha desligado a webcam. Conversamos mais algum tempo e ela, finalmente, aceitou ver sem pressa e demoradamente assistiu a uma sessão de exibicionismo do meu falo que foi mostrado exaustivamente pra ela de vários ângulos.

...

As duas amaram as características do meu pênis e o admiraram na intimidade. A Paty chegou a revelar: ‘isso merecia um pôster de tão lindo que é!’; A Darliane também fez suas considerações: ‘Você é enorme, hein!’

Ambas foram excitadas por mim sem nenhum toque, apenas com o poder de simples palavras escritas naturalmente e decorrentes de um papo sincero e carinhoso que provocou nelas, mulheres lindas e meigas, mas carentes, o desejo de experimentar o novo, de sentir sensações inusitadas de algo tão espontâneo que é o ato de amar.

Talvez nunca as ame de fato. Talvez nunca tenha a honra de sentir o sabor do sexo de cada uma delas, de poder embeber-me com o licor que lhes escorreria das entranhas excitadas, quentes e úmidas depois de sentirem o calor da minha língua explorando-lhes as xaninhas.

De que isso importa se agora, apesar do medo que a Darliane nutre de mim e do desprezo que a Paty me deu, estou aqui, sozinho e feliz, rememorando o que vi pela janela desfocada da webcam da Paty e o que senti quando meu próprio deleite escorreu pelas minhas mãos em deferência à virgindade pudica e ardente da Darliane?

Temos um pacto de amizade os três. Amigos não se beijam. Amigos não se desejam... Mas amigos dialogam e graças a esse flutuar de palavras consegui o gozo da minha deusa loira e, da minha morena encantadora, furtei um olhar certeiro para o primeiro membro peniano que ela verdadeiramente viu à semelhança de outro certeiro falo que num futuro próximo desbravará o virgem óstio que anseia ser deflorado.

A vocês, amigas, a eterna gratidão de um homem simples, cheio de esperanças e louco para que, em havendo novos encontros, possamos perder nossos medos e descortinar nossas intimidades a dois e, quem sabe, a três.

3 de junho de 2008.


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