O primo - Parte II

Um conto erótico de Lust Boy
Categoria: Homossexual
Contém 1969 palavras
Data: 10/11/2006 13:23:15
Assuntos: Gay, Homossexual

...

Enquanto caminhávamos até o carro, um Corsa chumbo parado do outro lado da rua, senti vários calafrios circulando por meu corpo. Não saberia dizer, entretanto, se eram de medo, já que eu o estava sentindo – e muito, ou se eram resultado da dor de garganta, que parecia cada vez pior.

O céu estava um tanto avermelhado, com grandes nuvens a circular num tráfico frenético e nenhuma estrela a vista. Era possível sentir um cheiro de umidade no ar. Aroma semelhante ao que se sente quando se joga um balde de água numa calçada poeirenta após vários dias de seca. Um cheiro de chuva.

...

Sentei-me no banco traseiro. Foi Marcel quem educadamente puxou o banco da frente para que eu entrasse. Binho deu partida no carro, ligou os faróis e também o rádio. Uma música que eu gostava muito estava terminando: “It´s no right, but it’s ok...” – dizia a letra. E naquele instante tive de concordar.

Lembrei-me então, do fator que me levara até ali, e também do que estava prestes a acontecer. Lembrei também, o quanto eu gostara de “ficar” com Binho e o quanto ele fora legal comigo.

Mas dois – pensei um tanto assustado. Será que vão me machucar?

Senti medo por estar ali, de não ter ido embora. O estranho, é que junto com o medo, eu era capaz de identificar bem lá dentro de mim, um outro sentimento tomando forma, e me espantava que isso estivesse acontecendo. Eu estava sentindo Tesão.

Após uma “circulada” pelo centro, que acabara tornando-se um tanto demorada devido ao trânsito que se formara com a chuva, Binho agora tomava o rumo de minha casa.

Senti-me aliviado por estarmos indo naquela direção, um tanto frustrado também, devo admitir.

- Era na próxima esquina – falei num sobressalto, assim que ele virou uma esquina antes da rua onde eu morava.

- Eu sei – ele respondeu, enquanto seguia reto com o carro.

Me olhando pelo retrovisor perguntou:

- Esqueceu da nossa brincadeira?

Senti me gelar.

...

O carro seguiu adiante pela grande avenida, cruzando duas ou três ruas perpendiculares aquela que eu morava. Minha casa agora, já estava um tanto distante.

O pequeno terço preso ao espelho retrovisor, chacoalhava ao balanço do carro e os vidros eram castigados pela chuva que agora caia com toda a força.

- Onde estamos indo? - perguntei

Deixando de lado a timidez que mostrara até então, e se virando para me olhar, foi à vez de Marcel responder:

- Brincar. Esqueceu?

Binho sorriu, e eu me senti inseguro, e estranhamente ainda mais excitado.

- Vocês já vão ver – falou Binho, enquanto virava o carro à esquerda.

Mesmo ao fundo, e com certa dificuldade em enxergar a pista, sabia onde estávamos indo: Jardim Silvana.

...

Com ruas sem saídas, amplos terrenos e uma guarita sendo erguida logo no início do bairro, o Jardim Silvana, tinha intenções de ser uma espécie de residencial fechado. Eram poucas as famílias que residiam ali, umas quatro ou cinco, entretanto algumas grandes construções já começavam a tomar forma.

Deduzi que iríamos a uma delas. E não me enganei.

Binho embicou o carro em frente a uma delas, descendo com ele pela rampa que conduziria a futura garagem no piso inferior.

- Chegamos – falou, enquanto desligava o motor do carro. Nos entreolhamos.

...

Carro desligado, mas faróis ainda acesos e Binho foi o primeiro a sair. Caminhando, dirigiu se a uma porta que ficava a esquerda. Sequer tinha reparado nela até então. Marcel rompeu o silêncio enquanto virava o corpo em minha direção:

- Meu primo falou muito bem de você.

A claridade dos faróis contra a parede deixava seu rosto envolto em leve penumbra.

- Bem como? – perguntei.

Senti sua mão subir por minha perna e estacionar no meu joelho. Lá fora, uma nova e pequena luminosidade fez se notar por trás da porta antes fechada.

- Que você é um camarada legal, e coisas do tipo – continuou. Falou também, que você dá gostoso como ninguém.

Um grande fluxo de sensações começou a se instalar em meu corpo. Excitação, receio, dor. Frio e calor. Se ajeitando melhor no banco de modo a ficar quase de frente para mim, Marcel estendeu a mão, vindo com ela na direção de meu rosto.

- Você realmente me parece gostoso – continuou ele, enquanto seu dedo percorria meus lábios. E que boca boa pra uma chupeta, hein! – concluiu.Endureci.

Binho agora voltava ao carro. Já havia tirado a camiseta.

- Pelo visto já estão começando a se divertir – falou enquanto sentava. – Que achou dele? – perguntou inclinando a cabeça pro lado do passageiro.

- Uma delicinha – falou Marcel.

- Eu não te disse – continuou Binho – mas você precisa sentir a boquinha dele, pra ver que tesão que ela é.

Admito ter sentido um certo prazer, uma certa satisfação com todo aquele tipo rústico de cortejo. Com toda aquela “lambeção”.

- Já demoro pra eu experimentar então – falou Marcel, abrindo a porta e postando se de pé fora do carro.

- Vamos – disse Binho, tão logo se levantou e me ergueu o banco, abrindo caminho pra que eu também descesse.

- Com certeza – resmunguei agora com a dor realmente me incomodando.

...

A única claridade agora era a que vinha do pequeno cômodo. Todo o resto era escuridão. Nem bem sai do carro, e Marcel já me puxou pra si, segurando me pela cintura.

- Eu to loco pra socar ele em você – falou com a boca rente em meu ouvido enquanto roçava seu corpo no meu.

Senti me arrepiar. Binho não marcou bobeira, e veio se juntar a nós, ficando de frente para mim.

- Eu também to afinzão de um metão – falou enquanto também se esfregava. Seu pau também estava duro como ferro, e o calor de seu peito desnudo e de sua voz próxima me fez transpirar.

Ficamos naquele sarro por alguns instantes. Mãos subiam e desciam. Bocas lambiam, sussurravam. Membros se esfregavam. Era todo um calor humano a nos unir.

- Vamos logo então. – falou Marcel se desvinculando. – Vamos que to loco pra meter.

Binho sorriu, e me pegando pela mão me puxou rumo ao quarto.

...

Com exceção do tamanho, o quarto/depósito se assemelhava e muito ao primeiro que eu conhecera. O mesmo cheiro de ar parado, de cimento. A mesma decoração: galões de tintas cobertas com saco plástico preto, pás e demais acessórios. Havia, no entanto algo de inédito, de inusitado ali. Sorri assim que a vi, e apesar dos calafrios e do calor que tomavam conta de meu corpo, com freqüência ainda maior, sabia que a noite seria longa e divertidaNum dos cantos do quarto, com um fino lençol azul a cobrir o também fino colchão, havia uma cama. Toda feita numa madeira marrom escuro, fora colocada ali com uma única finalidade: servir de leito para que alguém pudesse vigiar a obra. Alguns delitos vinham ocorrendo naquela região, talvez por ser isolada demais. Ora sumiam tijolos, ora instrumentos de trabalho, ora cimento. Já ouvira falar, de casos nos quais os ditos “ladrões” eram os próprios empregados da obra, que visavam alguma espécie de lucro maior. Binho fora o incumbido daquela noite.

Assim que entramos, e ele passou o trinco na porta. “Pra caso apareça alguém” – tornou a dizer.

Atrás da porta, alguns pregos tinham a função de cabide. Já estavam lá algumas peças, talvez dos outros pedreiros. Pude notar que era lá que estava pendurada sua camiseta. E foi pra lá que também foram à bermuda preta e em seu interior uma cueca cinza. Ele agora estava nu. E excitado. Após me encher a visão com sua bela e firme nudez, Binho caminhou em nossa direção.

Começaram então a me despir. Primeiro a camiseta, e eu já sentia o calor do peito de Binho junto ao meu, depois a bermuda seguida pela cueca. Ficamos nos roçando por um longo tempo.

Marcel foi o último a se despir. Estava ocupado demais dispensando longos beijos, ora em meu pescoço, ora em minhas costas. E apesar de já tê-lo “sentido”, quando se esfregava atrás de mim, seu “dito-cujo” fora da calça espantava. Aos poucos estávamos ali, os três. Todos nus sobre a pequena cama. Aos poucos nos vimos mais soltos. Nossos corpos pareceram se entrosar melhor.

Virei-me de costas para Binho, e senti suas mãos ásperas percorrerem o lado de meu corpo, causando-me uma série de arrepios. Colocou seu pau, ainda mais duro, entre minhas pernas, e com fortes fricções, começou uma espécie de masturbação sem as mãos. Marcel, agora de frente, passou a se insinuar mais.

Seus olhos, um tanto distantes, eram tão profundos e desejosos quanto os de Binho. Devagar, ele encostou seus lábios nos meus e pude sentir a ponta de sua língua a roçá-los. Achei um tanto inusitado, já que a filosofia de Binho, seu primo, era nunca beijar na boca, mas não perdi a deixa. Abrindo minha boca, procurei sorver o pouco que me oferecia. E sua língua, passeou rapidamente por ela. A temperatura subia. Binho, entre beijos e lambidas, percorreu minhas costas com a boca. Gemi. Um longo dedo foi posto em minha boca.

- Chupa – sussurrou Marcel.

...

Aos poucos me vi de quatro, com Binho me lambendo as nádegas, enquanto Marcel, substituíra seu longo dedo, por um outro. Agora mais grosso. A orgia começaraMarcel se ajeitara. Colocou as costas no encosto da cama e as pernas, cada qual de um lado. Sem dúvida, era demais aquela visão.

- Quero que você chupe com vontade. Quero fuder e gozar na tua boca – falou

Não me fazendo de rogado, passei a mamar, lamber e babar naquela vara possante e viril. E Marcel, pareceu-me de uma experiência fenomenal. Gemia alto e dizia coisas sacanas. Tinha grande prazer em ser tocado na barriga, e eu procurava faze-lo enquanto chupava.

Binho se posicionara em pé na borda da cama, e com as mãos a abrir minha bunda, começou a me lamber. Primeiro de cima para baixo, depois parou no buraquinho e começou a introduzir a sua língua, que era bem grossa e quente. Tirava e punha bem devagar.

Parei de chupar o pau de Marcel e abaixei a cabeça, queria me concentrar todo naquela maravilhosa sensação.Meu pau já estourava de duro.

- Vai lá Binho – falou Marcel em voz alta, mostrando ser o mais sacana – enterra a língua nesse rabo gostoso.

Binho, seguindo a risca o que foi dito, enfiou a cara em minha bunda, colocando a língua ainda mais para dentro, mexendo-a como uma furadeira.

Gemi. Gemi com o pau de Marcel no fundo de minha boca. Meu corpo febril e minha garganta dolorida pareciam amortecidos.

- Isso mesmo – bradou Marcel – agora ele já ta preparadinho.

Binho, sem demora, me deu um tapão na bunda ainda escancarada. Começou em seguida a enfiar um dedo em mim. Depois dois três.

Contorci-me. Sentia agora, com maior freqüência, algumas pontadas entre meu ânus e meu saco. Minha boca doía, com os puxões que Marcel dava, para que eu o engolisse mais. Meu corpo começava a ficar pesado.

Senti então, os jatos de porra saírem de meu pau como se ele fosse uma torneira aberta. Mal tocara nele. O líquido percorria os canais de meu pau e saia sem nenhum atrito, nem as contrações eu sentia. Só sentia o líquido jorrando, mais do que qualquer vez anterior.

- E viadinho – gritou Binho – não agüentou é. Parece que não está dando conta.

Não tive forças para responder.

Binho, ainda de pé, alisava seu pau, extremamente duro. Marcel levantando-se caminhou rumo as roupas abandonadas no chão. Quando voltou, trazia consigo algumas camisinhas.

Por um instante, pus-me a olha-los. Ali estávamos nós, eu largado sobre a cama, e em pé olhando para mim, dois belos exemplares de macho. Os dois se olharam e riram.

- Não disse que o viadinho era bom – falou Binho.

Marcel assentiuEntão espera – falou – que vem coisa muito melhor ainda.

Continua...

Esse conto e outros mais podem ser encontrados em meu blog: lust.zip.net

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